Quinta-feira, 31 de Maio de 2012
LISBOAS . GAIVOTAS ATACAM REPORTER DA ÂNIMO!!!

AVISO. AS IMAGENS QUE VÃO SEGUIR-SE CONTÊM CENAS EVENTUALMENTE CHOCANTES.


Esplanada do restaurante/cafetaria do Tio Champas, vulgo, Fundação Champalimaud ( come-se bem, barato e com vista para o Tejo), nos canteiros, à sombra de um...tufo de marcela uma pobre gaivota aconchega a sua filhota.

O repórter da ânimo, que adora gaivotas, como é público e notório,fica extasiado com a cena e saca do seu ganha pão,
( sim, o mesmo telemóvel que filmou o super Juiz Carlos Alexandre,o Prof Marcelo, etc, etc, enfim "o tipo deve estar rico", como dizia alguém outro dia, "o quê não levaste nada às televisões pelo furo do super Juíz?!!")
um velho Nokia mais que ultrapassado e zás, começa a disparar.
A pobre gaivota lança o alerta.

Lá bem no alto o gaivoto (?) ouve o pedido de socorro!!!

 

Depois de perguntar à amada se tudo estava bem, o nosso gaivoto avança decidido para o repórter e de bico em riste intimida-o ao ponto de se ter desequilibrado e quase rolar pela escadaria da esplanada.
-Pronto, pombinhos, perdão, gaibotinhas, bá, ide-bos lá continuar a tomar conta da buossa gaibotinha.Ó balha-mos Deus...zzz...zz.
Tudo não passou de uma cena de eternecido amor pela irmã Natureza.
FIM.

 



publicado por animo às 23:11
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MATINAS

 

Aqui estás, Sol, tal como me apareceste nesta manhã.

Um sol despido de rendilhados, de mil encantos despojado, um sol a fazer inveja a um outro sol do passado.

Devo manifestar-te o meu desagrado, dizer que apesar da Tua Luz, esta mesmice dos dias a nada me conduz, em mim nenhum encanto produz?

 

Já estou a ouvir-te a chamares-me pobre e mal-agradecido e que pelo simples facto de acordar, abrir os olhos e a Tua Luz desfrutar tenho motivos mais que sobra para continuar a viver embevecido...

 

Mas hoje, Sol, só por hoje, deixa-me que seja eu a mandar no teu nascer.

Vem comigo, dá-me a Tua mão, fecha os teus olhos de Sol meio ensonado, e, ainda que por breves instantes, vem recordar como já nasceste para que voltes a surpreender-nos, outra vez, quanto antes!

 

antónio colaço



publicado por animo às 09:47
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Quarta-feira, 30 de Maio de 2012
VÉSPERAS
Rente à noitinha,como se me parecesse ouvir as Trindades vindas dos sinos da Matriz, lá para as bandas do gavionense Rossio, e a Avó Remédios, diligente, a dar-nos contas de que era hora de acabar com as brincadeiras.
Que tempos tão preenchidos em que nada adivinhávamos do que era o ontem, o hoje ou o amanhã dos dias.
A eternidade ali sempre à mão.
Obrigado.
antónio colaço


publicado por animo às 23:53
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LISBOAS . UM DIA PELA ESTRADA DE BENFICA FORA

Pelas imediações da Estrada de Benfica,desde a manhã,eis-me no Califa para uma pausa contemplativa visitados que foram por questões do hoje dos dias,os Conventos dos Dominicanos e dos Capuchinhos.
O estádio do Glorioso visto do Convento de Frei Bento Domingues que, não estando, não me pode mostrar a moderna Igreja que há muito ando para conhecer.
Convento dos Capuchinhos, na Av Barjona de Freitas.A sala onde descobri o talento de Mário Viegas.

Na Barjona de Freitas,Convento Capuchinho, revejo a sala onde,pela primeira vez,conheci Mário Viegas e Carlos Paredes.O primeiro,entrando na sala, abriria,para espanto de todos,a braguilha de ond...e sacou uma folha dobrada com os poemas que iria dizer!Quem me diria que, quase trinta anos depois,repetiria o gesto,mas no palco do seu Teatro para apresentação da serigrafia que, com o apoio de Rui Vieira Nery,então Secretário de Estado da Cultura, lhe dediquei?!

Neste Califa de há 40 anos,não está aqui,agora,ninguém.Quer dizer,estão todos no meu coração.Estamos todos a partilhar, a "desenhar o Futuro",como diz o meu amigo Centeio,que ainda não sabemos mas que queremos.
Sim,nesse tempo,estava tudo por acontecer.
Não sabíamos,mas queríamos.
Que conversas teria,hoje,agora,com esses amigos de então?
Falaríamos de artroses, diabetes,hipertensão,disfunção,das adiadas reformas,da incerteza do futuro para filhos e netos?
O IADE dava os primeiros passos, tal como a Escola Superior de Meios de Comunicação Social, e aqui bem ao lado o velhinho Estádio da Luz esperava por mim como desajeitado vendedor de bebidas num Ajax-Benfica que para sempre me deslumbraria ao ponto de perder das bebidas o conto.
Acho q a "LISBOAS" precisa de uma nova exposição para completar as tantas memórias que faltam.
A TéTè e o seu Chapitô esperam por mim....uma rentrée a sério,lá para Outubro,enfim!
Lídia, saudosa Laura,hoje não entornei nenhum copo de leite sobre os casacos comprados nos Porfírios....!
-A conta,senhor!
antónio colaço


publicado por animo às 23:06
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RELEMBRAR UM ALMOÇO COM MIGUEL RELVAS
Bem te dissemos, Miguel, que a coisa não ia ser fácil.Um ano e picos depois, voltamos a "estar à mesa contigo", apenas para conferir entre o que dizias querer fazer e o que estás - estão - a fazer.
Miguel, como foi possível ver-te tão convincente, hoje, em S.Bento, perante uma oposição que quase pareceu conivente contigo.
Como foi possível que sobre o teu adjunto apenas tenhas repetido até à exaustão que aceitaste a sua demissão brandindo a cópia de uma simples nota à imprensa.
Se nada de comprometedor aconteceu porque não o defendeste, então, até à exaustão, tal como Passos fez contigo na Plenária Sessão?
Miguel, como amigos,em coerência, junta-te a nós nesta...revisão da matéria.
Um abraço.
2
De tarde escrevemos assim na ânimo Facebook:
 
A acompanhar a audição de Miguel Relvas.Miguel evolui no relvado com um à vontade espectacular!Se nada se passou como se passou por que é que Adelino Cunha aceitou ser a vítima imolada?
Miguel nada diz e está todo o mundo calado.
Miguel acaba por ser tão convincente que faz com que o silêncio da oposição pareça ser conivente!
antónio colaço
 
O vídeo:
 


publicado por animo às 22:56
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MATINAS

 

Bom dia.

Obrigado.

antónio colaço



publicado por animo às 10:05
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Terça-feira, 29 de Maio de 2012
VÉSPERAS

 

Noite, leva contigo tudo o que este dia deixou por revelar.

O Sol que, ciosamente, já escondes, deixo que o afagues e o recolhas na tua serena escuridão.

Cuida bem dele para que regresse amanhã ainda mais esplendoroso.

Obrigado.

antónio colaço



publicado por animo às 22:47
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LISBOAS

Avião sobrevoando o Bar do IPO

 

Acabo de me deliciar com uma bela Bola de Berlim.

Sim,de Berlim mesma, não da Berlim "da Rússia" da Merkel!
Bem polvilhada de açúcar, um creme quase a escorrer pelos lábios mal dele a nossa salivada lingua pavlovianamente se abeira e com a massa bem fofinha onde descansamos o palato até nova investida.
Sou um privilegiado a lambuçar-me todo em volta desta voluptuosa Bola de Berlim.

Imagem do Google.


Não,não estou nas areias de Carcavelos a dar de sustento à Graça dos Bolos.


Estou num lugar onde vejo passar rostos desfigurados,que tão depressa não poderão deliciar-se como eu,rostos envoltos em lenços que disfarçam cabelos levados por um vento maldito, rostos entubados colados com adesivos benditos e muitos rostos outros,ansiosos,aguardando resultados de biópsias,evolução de quimios e radioterpias, rostos,enfim, que ignoram as delícias da Bola de Berlim.

Estou no IPO para que não se sinta só quem acompanho.
Se um dia para aqui venho...

vou trazer para o pé de mim a saudosa imaginação desta Bola de Berlim que, agora, assim, retenho.
Obrigado.

antónio colaço

 

 



publicado por animo às 22:35
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A FALA DAS GAVETAS . A CAIXA DE S.CESIO . escreve Rogério Carvalho

 

NR- Rogério, que tal se dará o S.Césio quando conhecer o....S.RESGATE?Anda aqui dedo da troika!!!ac

           

 

À porta do serviço de urgências de um pequeno hospital de província, um qualquer gestor consciencioso teve, em tempo oportuno, a ideia pouco original, mas louvável nos intentos, de mandar colocar na parede lateral da sala de espera uma pequena caixa de acrílico, com ranhura no tampo e portinha fechada com um cadeado minúsculo, na face lateral do parelelipípedo. Em letras maíusculas, grandes e vermelhas, lia-se: CAIXA DE SUGESTÕES.

O que passou pela cabeça do autor do evento não se sabe, nem vem à colação. Se estava de facto interessado em escutar, ou melhor, em ler, ou melhor ainda, em mandar alguém ler por ele próprio, as sugestões, os desabafos, as pretensões, as queixas ou até os devaneios dos utentes, ou se apenas e tão só o seu interesse se limitaria a uma cosmética pseudo-progressista destinada a mostrar ao utente que ele, utente, se quisesse podia ajudar a mudar o sistema com as suas sugestões, com as suas anónimas pretensões, críticas ou desabafos, foi coisa que nunca ninguém conseguiu apurar. Até porque, ao que consta, a caixinha de acrílico transparente inaugurada com pompa, passou a arrastar uma existência longa e vazia porque, passados os meses e os anos, nem um só papelinho se imiscuiu pela ranhura da mesma.

Nunca ninguém soube ao certo se o gestor se sentiu defraudado nas suas boas intenções ou se, ao contrário, se sentiu realizado com a evidência: se ninguém queria sugerir o que quer que fosse para melhorar o sistema, ou pelo menos, os serviços, era porque tudo estava certo e no bom caminho. Se não se queixavam, era porque não tinham de que se queixar.

Passou o tempo. Como a caixa das sugestões se situava mesmo por debaixo dos altifalantes que convocavam os doentes para o interior do serviço onde tinham lugar os actos clínicos, aos poucos, a caixinha foi perdendo o brilho e a compostura, contagiada pelo tédio dos doentes, habituados a esperar longas e amargas horas por uma consulta breve, desatenta, mal-humorada e, as mais das vezes, incompetente e assassina. Nestes tempos mortos, homens e mulheres, velhos e novos, europeus, asíáticos e africanos e mais as etnias indígenas, foram-se coçando pelas paredes da sala de espera, foram escrevendo, com o bico das navalhas ou com a ponta aguçada das chaves das viaturas que os aguardavam no exterior, os seus nomes, as iniciais dos mesmos, as datas do nascimento, os números dos telefones, signos cabalísticos, traços, riscos, círculos, espirais, símbolos lunares e símbolos solares e mais uma infinidade de caracteres de não se sabe quais alfabetos obscuros. Espalharam-se por todas as superfícies planas da divisão acanhada: a prateleira do balcão de atendimento, as costas e os tampos das cadeiras, as paredes de estuque velho e bolorento, os paineis de corticite onde era suposto ser afixada informação relevante e, é claro, a própria caixinha que à medida que ia sendo riscada, ia perdendo a superfície brilhante e evidenciando um ar decrépito e nostálgico.

Também as letras vermelhas do letreiro não escaparam; aos poucos, algumas letras iam sendo eliminadas, parcial ou totalmente, segundo um acaso que parecia isento de lógica. E, no entanto, obscura e subterrânea, ela nunca deixou de estar presente e, por ironia desse acaso, o letreiro transformou-se. O U desaparecera de todo e o G transformou-se em C; o T perdeu o travessão  e travestiu-se em I; o til do O evaporou-se e as duas letras finais foram completamente eliminadas, o que provocou, no final da anónima obra, a aparição de um S. Cesio. Estava criada a CAIXA DE S. CESIO.

Então sim, o caso mudou de figura. Claro que o S. Cesio era completamente desconhecido no hagiológio, mas também bastava folhear o Borda d’Água para perceber que desconhecidos eram quase todos os nomes dos santos que tutelavam os trezentos e sessenta e cinco dias do calendário, salvo os bissextos. Entre tantos nomes estranhos e bizarros, um S.Cesio passava despercebido. Na verdade, até tinha odores a família romana ou florentina, nome de gente afidalgada, de famílias de teres e haveres, dado que são sempre estas que disponibilizam os seus para os martírios e a santidade, saibam-se lá os porquês… S. Cesio encaixava tanto ou mais do que um S. Zacarias, um S. Procópio, um S. Sisto ou um S. Cosme. E tanto que encaixava, que a caixinha começou a encher.

Para além do que, para espíritos mais positivistas, o césio constava na tabela periódica com número atómico 55, com massa molar de 132.91 e subordinado ao símbolo CS. Talvez o santinho estivesse na origem do apadrinhamento do elemento…

A caixinha adequou-se à espórtula do misterioso campeão da crinstandade, tanto devido ao arrevezado do nome do padroeiro, como à sua estratégica posição. Antes de entrarem nos meandros imprevisíveis da urgência, os utentes encomendavam-se ao divino, não fosse o diabo tecê-las… e como nestas terrinhas católicas e esmoleres toda a gente se habituara, desde menino, à ranhura do mealheiro, a caixa do gestor conheceu outro destino.

Cada doente que entrava, deixava cair uma moeda, preta ou branca, maior ou mais pequena, uma nota ou outra, umas vezes antes de entrar, outras, à saída, os mais fieis antes e depois. O valor variava em função das aflições. A CAIXA DE S. CESIO enchia, e o culto prosperava em avultadas receitas semanais.

Aos fins de semana, a caixa era esvaziada, deixando apenas no fundo uma meia-dúzia de moedas e uma ou outra nota, tal como a camponesa deixa o indêz no ninho do galinheiro. Os fundos do culto passaram a alimentar um sinuoso percurso que desaguava num destino misterioso, não se sabendo nunca, ao certo, em benefício de quê ou de quem.

O que se chegou a falar foi que o gestor contactou, por ofício em papel com timbre do hospital, um afamado santeiro da cidade de Braga (ou seria da Galiza?), a fim deste dar forma e volume ao santo padroeiro da CAIXA DAS SUGESTÕES, tendo em vista construir-lhe um nicho a preceito.

Ou talvez tenham sido apenas as más línguas a opinar…

   

Rogério Carvalho



publicado por animo às 14:29
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MATINAS

Agora sou o inventor das minhas próprias manhãs.

Pego no sol, convoco as neblinas e exijo às gaivotas que observem até ao mais infimo pormenor o papel que lhes destinei neste inventado nascer do dia.

Deus de Deus, Luz da Luz de mim próprio, descubro-me, como Ele, Criador.

À Sua imagem e semelhança.

Por que demoramos tanto tempo a descobrir que, afinal, Deus quer-nos iguais a Si próprio, Deus como Ele.

 

(Não escrevi "deuses"!).

Obrigado.

antónio colaço

 



publicado por animo às 14:21
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Segunda-feira, 28 de Maio de 2012
VÉSPERAS

 

E cai a noite....

antónio colaço



publicado por animo às 23:49
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LISBOAS

 

 

Estas imagens foram obtidas depois de uma "gravíssima intimação" à nossa delegação na Rua D.Carlos, mais conhecida como a Catedral dos Jacarandás na capital, para que nos desse a sua privilegiada visão!

É que....

 

É que , cá em baixo, "em directo" do 727, vibrávamos com a esplendorosa tarde que finalmente descia sobre os nossos queridos jacarandás numa tentativa de nos redimirmos do comentário menos abonatório que aqui deixámos escrito um destes dias.

Nem de propósito, mas já não pude dar um grito que fosse, sentado no seu República, o meu amigo António Barreto, o guru que me iniciou no declarado amor a estes pedacinhos de céu violáceo e com quem tantas vezes disputei quem primeiro descobria os primeiros anúncios das violáceas corolas!

2

Obrigado, pfm, a sua avença vai ser revista!!!!

Sabíamos que sempre poderíamos contar consigo!!

antónio colaço



publicado por animo às 23:34
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A FALA DAS GAVETAS . A MASCOTE . Rogério Cravalho

 

NR-Rogério, fica este desenho, da série "Reflexões Fáceis de um Soldado Difícil", um soldado que não teve problemas com Mascotes, antes com botas mal engraxadas e suas tantas represálias.Um dos trabalhos que não pudeste ver na Mãe d'Água por chegares em cima da hora, eu sei, mas que, com muito gosto aqui partilho.

Ficamos todos cheios de curiosidade para ver de que rituais se faziam os "alívios" do cabritinho que morria de amores pela mulher do comandante!!!

antónio colaço

 

 

A estória que segue aconteceu há muito tempo ao autor destas linhas, mais concretamente em Março de 1971, num dia da semana que já não consigo precisar. Resta identificar o lugar que, para ser exacto se situou no páteo fronteiro ao antigo Regimento de Infantaria 16, em Évora. Para ser ainda mais preciso, no caminho da ronda da sentinela que fazia reforço à porta de armas.

Passo a contar, se a tanto me ajudarem a memória, já pouco fiável nesta ressaca da vida, e o jeitinho de escrevinhador, que a estória exigia mão mais lesta de escriba encartado. Isto de contar o vivido requer outros pergaminhos, outras habilidades; e como se recomenda ao sapateiro que não ultrapasse o nível da chinela, a prosa que aí vai será rasteira, chã e desapossada. Cada um faz o que pode.

Mas vamos à estória.

Em Março de 1971 estava a formar-se o Batalhão de Caçadores nº 3840, a fim de ser mobilizado para a então Província Ultramarina de Angola. O teatro de operações que nos estava destinado era ainda desconhecido, mas isso também pouco nos incomodava, porquanto a ignorância geográfica do território e das suas cambiantes operacionais era comum a todos, ou quase, praças, sargentos e oficiais. Tábua rasa. Falava-se, especulava-se, será o Norte?, será o Leste?, quando a única certeza era a da inevitável viagem.

Adiante.

Foi nessa altura que um soldado de uma das três companhias operacionais, a 3347, um camponês filho e neto de pastores, nascido e criado nas faldas da Estrela, ali para os lados de Gouveia, se a memória me não trai, habituado às lidas dos gados e dos seus cães, se lembrou de presentear o comando da Companhia com uma mascote: um cachorro da Serra. Prometeu e cumpriu. Quando voltou, no regresso de um fim de semana passado nas serranias, trazia consigo um queijo amanteigado, um salpicão de quilo e um cachorro taludo, bicho aí com nove ou dez meses, desengonçado, magro e de patorras demasiado grandes para um corpo ainda em crescimento.

Vinha escanzelado o bicho, um cão bonito, de pelagem amarela e negra, de manchas fulvas e com uma coleira velha de couro grosso presa a uma corda esfiampada a servir de trela. O soldado, cujo nome não recordo, vinha radiante: arranjara a mascote da Companhia, um rebento das suas terras, desentranhado a gerações de animais generosos, habituados à blandícia das ovelhas e à ferocidade dos lobos. Cão de gado e cão de lobos, que melhor metáfora para quem se preparava para ir para a guerra?

Deram nome ao cão, cujo não recordo também, e sobretudo deram-lhe comida. O bicho dormia na caserna e os soldados davam-lhe lambarices, mimavam-no como podiam. Fora esses mimos, o animal alimentava-se dos restos do rancho. Mas como o cachorro tinha sido habituado a sopas de travia serrana, as sobras das feijoadas, das massas e dos arrozes, que eram a base da alimentação da malta, trouxeram-lhe problemas de saúde intestina. Adivinha-se o resultado.

Até aqui tudo bem.

Ora como se aproximava a semana de campo, e com ela o culminar da adaptação operacional do batalhão, havia que ultimar os preparativos para o embarque. Mascote inclusive. É aqui que me comprometo com o percurso da estória, por força das circunstâncias, e essas eram bem prosaicas: era eu e enfermeiro da companhia, o cabo miliciano e comandante da secção sanitária. Tinha tirado o curso de enfermagem militar, curso onde estavam omissas, talvez por falta de tempo ou de sensibilidade dos seus mentores, as questões veterinárias. Mas como quem pode manda, e vice-versa, o capitão entendeu que, sendo eu o futuro furriel enfermeiro, caber-me-ia por inerência do posto, a tarefa de preparar o canídeo para o embarque.  Falou-me em desparazitações, vacinas e outros quejandos, questões essas que me eram tão desconhecidas como a outra face do nosso satélite.

E, ao que parece, eram igualmente desconhecidas ao soldado que nos tinha impingido a mascote, e que tinha desembarcado em Évora com a dita tal como os animais eram criados nas faldas dos seus montes: ao deus-dará. Se o animal trazia pulgas ou carraças, já não garanto mas também não excluo, embora não venha à baila, pois o assunto é transversal ao miolo do dito. O que recordo é que, face ao inusitado da ordem, tentei argumentar com o oficial: como nada sabia do assunto, talvez fosse melhor levar o cão a um veterinário, etc., etc., etc., que a troco de uns cobres se encarregaria de toda a tramitação, etc., etc.  Argumentação vã. Quando ouviu falar em dinheiro sem provimento nos cofres da Companhia, o homem enfureceu-se. E  num sotaque cerrado da Madeira, lá me foi dizendo, quer dizer, lá me foi ordenando: “é enfermeiro, não é? Então leve-o ao Hospital Militar! Desenrasque-se!”. Desenrascar foi a palavra que mais lhe ouvi pronunciar, com a cerrada pronuncia de ilhéu, nos dois anos subsequentes em que com ele fui obrigado a privar. 

Verde nestas andanças, timorato e acanhado, incapaz de discutir com quem quer que fosse, só me restava cumprir a ordem absurda: levar o animal ao hospital. Foi o que fiz. O cão andava encolhido, rabo entre as pernas, talvez para tentar controlar o desarranjo intestinal de que sofria desde que lhe tinham mudado a dieta. Estava magro, escanzelado e doente. Para agravar o mau aspecto do meu parceiro, tinham-lhe atado ao pescoço um nagalho rançoso e esfiampado a prender-se a uma coleira pré-histórica que devia ter sido usada por todos os antepassados do canídeo desde, pelo menos, a fundação da nacionalidade.

Saí do quartel pela porta de armas e dirigi-me ao hospital, onde me explicaram o óbvio: aquilo era para gente e não para cães. Como estava farto de o saber, pedi uma justificação escrita para mostrar ao capitão. Também já não retenho se o papel me foi passado ou não, mas isso também não influe no desenrolar da peripécia. Voltei para o quartel pelo mesmo caminho, subindo as ruas estreitas que vinham do Largo das Portas de Moura, que desembocavam na ampla praça fronteira ao vetusto edifício que, em tempos, tinha sido um convento. A desafectação dos bens de mão morta levada a cabo pelas elites burguesas do século anterior, tinha-no transformado em património do Estado e reconvertido em aquartelamento militar, estatuto que mantém até aos nossos dias.

Tenho aqui que fazer um pequeno parêntesis e invocar a Lei de Murphy que diz, no seu articulado surrealista, que se alguma coisa pode correr mal, então vai correr mal pela certa. Lei avisada. Apesar de a não conhecer à data do evento que ora se narra, eu intuira o essencial do seu conteúdo: aquela trapalhada ia sobrar para cima de mim.

Vinhamos pois os dois, o cão e eu, cosidos com a parede lateral da fachada do edifício, na inútil tentativa de passar despercebidos até franquear a porta de armas e chegar a porto salvo, que é como quem diz, à caserna onde o animal se acomodava. Estávamos  para aí a uns vinte metros da entrada quando, vindo do centro da cidade, se aproximou rapidamente a viatura oficial do comandante do regimento, o coronel X. Este oficial era temido por toda a gente, independentemente do posto ou da idade. Era a imagem perfeita do oficial de carreira: hirto, rígido, austero, de voz tonitruante e autoritária. As suas ordens eram obedecidas  sem hesitações e pelo velho mosteiro não se via um pau de fósforo pelo chão. Tudo era ordem e disciplina, muito por mérito da figura assustadora do seu comandante.

A sentinela à porta de armas berrou uma ordem para dentro da casa da guarda e, de imediato,  o piquete formou à ordem do oficial de dia. Perfilou, pôs-se em sentido e apresentou armas ao toque do clarim do corneteiro de serviço. O aparato estava montado.

O coronel prestou continência ao piquete e foi então que rodou o seu olhar terrível na minha direcção. Eu estava encostado à parede, em farda de trabalho, com um cão miserável pendurado na minha mão esquerda, enquanto a direita vibrava junto do temporal direito, no exercício de uma continência “à comando”, tal como era norma da casa. O chão da praça, tão imaculado como o interior do quartel, estava pavimentado com paralelepípedos de granito escuro e polido, e nele tinha sido marcado, com riscas de cal, o caminho da ronda da sentinela do portão. Era o itinerário feito para o passeio do soldado que, não podendo abandonar o posto, andava vinte passos para a direita, vinte passos martelados e marciais, parava, fazia meia-volta-volver, dava mais vinte passos na direcção contrária, parava, fazia meia-volta-volver, e regressava ao ponto inicial para se pôr em sentido à entrada ou à saídados graduados, ou quando convocava o piquete para a recepção cerimonial ao comando.

Ora nós estávamos mesmo no caminho da ronda, eu e o cão. Assustado com o movimento mecânico dos militares e aterrorizado com o toque do clarim, o bicho pôs-se a uivar. Os ultra-sons deviam estar a provocar-lhe uma angústia canina que, se fosse tão próxima daquela que eu começava a sentir, não era para desprezar.Uivava o cão, o clarim tocava e foi então que o coronel se virou para mim e gritou:

 “ ó cabo !”

Na hierarquia do exército não havia referência expressa aos cabos milicianos; o regime, para poupar no orçamente arranjara este expediente: só se era promovido a furriel no momento do embarque, altura em que se passava a ser abonado com o vencimento adequado ao posto. Até lá era-se cabo, porque miliciano era apenas um atributo. Por isso, e porque o coronel era ortodoxo nestas questões das hierarquias, todos eram cabos, independentemente de serem ou não milicianos.

Indiferente pois a estes rodriguinhos, o coronel voltou à carga: ” ó cabo!”, e aí o cão enrolou-se no cordel, enrolou-se ele e eu, e de tão assustado deixou de controlar o esfincter, com resultados à vista. Sobretudo ao olfato. Nada podia estar a correr pior.

 O comandante deu um salto num autentico paroxismo colérico, e aproximou-se tanto que lhe podia ver as veias grossas do pescoço tão inchadas que pareciam querer rebentar.

“Mas que m. é esta, ó cabo!? De quem é essa porcaria desse cão que já me borrou a parada toda?”

Se eu pudesse, eclipsava-me. Se estivesse na minha mão, chamava um ilusionista, o que quer que fosse que, num passe de mágica, me tirasse dali num ápice. Mas não havia escapadela possível, nem para mim, nem para o rafeiro que cada vez se enrodilhava mais nas minhas pernas ao mesmo tempo que me fazer perder a verticalidade indispensável à posição de sentido, e quase se liquefazia numa diarreia diluviana.

Encostado à parede do velho edifício, eu não desfazia a continência e o cão não parava de se borrar, num fluxo contínuo de fezes e gazes fétidos. O coronel, apoplético, aproximou muito o seu rosto do meu, o dele rubro de cólera, o meu vermelho de vergonha e de pânico. A dois passos, o piquete completo, o pelotão de serviço mais o sargento e o oficial de dia, todos muito bem alinhados, mantinham o apresentar-armas, hirtos como estátuas; mas o cantinho do olho girava subtilmente na nossa direcção, porque ninguém queria perder o episódio que prometia.

“Que porcaria de rafeiro é este, e o que faz ele à porta do meu quartel?, ó nosso cabo?”.

E eu, vermelho como um pimentão, a mão ainda a vibrar por cima do sobrolho direito tentando não desfazer a continência, enquanto com a esquerda tentava controlar os movimentos descompassados do pobre animal, que gania baixinho, com a tripalhada toda em petição de miséria, lá consegui gaguejar uma resposta:

“O cão é a mascote da Companhia de Caçadores trinta e três quarenta e sete, meu comandante.”

“E o que faz aí essa porcaria dessa mascote, além de me borrar a parada toda, ó cabo?”

e eu, tartamudo, a suar por todos os poros, apesar da temperatura de Março  não ir por aí além, esclareci:

“É que o meu capitão mandou-me ir vaciná-lo ao Hospital Militar, meu comandante.”

“Ao Hospital Militar?  Ó cabo, ao Hospital Militar?”

o coronel explodia, espumava de raiva pura.

“Quem é a besta do teu capitão, ó cabo?”

aí não pude esquivar-me à resposta. Naquele instante vi-me sem fins de semana, com uma porrada às costas e com a descida de posto. Tirando a diarreia amarela que alastrava em redor, tudo à minha volta era negro, confuso e aterrador.

“É o capitão C., meu comandante.”

O coronel fez uma pausa, e por um momento fugaz tive a impressão que ele não estava tão zangado como queria mostrar. Que no seu íntimo até estava divertido com o espectáculo ridículo que estávamos a dar. Mas essa percepção foi momentânea, e não passou disso.

“Tira-me imediatamente esse rafeiro da frente, ó cabo. E vai buscar imediatamente um balde para limpar esta m. toda!”

virou-me as costas e entrou na porta de armas, e com ele, o piquete. Na rua ficámos eu, a sentinela e o cão, e todos pareciamos ter mirrado, de tão encolhidos que estávamos.

 Como aquele imediatamente não suscitava qualquer dúvida, fui pôr o animal na caserna, para logo de seguida pegar num balde e numa esfregona e cumprir a ordem superior. Lavei e esfreguei todo o caminho da ronda, que fedia. Depois fui devolver os aprestos à casa da guarda, onde os tinha ido  buscar, para cumprir aquela que foi a minha última faxina. As praças do piquete lá foram dizendo: “azar do caraças, ó nosso cabo miliciano…” Ao menos os soldados não me despromoveram e mantiveram o posto com o seu atributo.

Só depois é que informei o capitão dos factos. Pareceu-me preocupado, prometeu-me uma porrada e nada mais disse porque o impedido do comandante veio convocá-lo para o gabinete, com carácter de urgência.

Da conversa havida nunca se soube coisa alguma. Mas o resultado da trapalhada teve uma face visível: à data do embarque não havia qualquer mascote a desfilar com a C. Caç. 3347. O cão tinha levado sumiço depois daquela bronca, que foi falada por todo o regimento durante, pelo menos, uma semana. Não sei se o bicho regressou aos Hermíneos ou se mais prosaicamente, não terá sido abandonado nas ruas de Évora ou nos campos em volta. O que sei é que, quando nos enlataram no Vera Cruz para a travessia atlântica, o cão tinha passado à história.

Voltei a cruzar-me com o coronel X uma última vez, uns dois anos passados sobre os factos narrados, no Quartel-General da Região Militar de Angola, organismo que comandava agora com a patente de brigadeiro. Nos finais da comissão eu já não era o cabo miliciano aterrorizado, e ele não era o responsável por um quartel que formava recrutas, mas antes pelos planos estratégicos de uma guerra a sério. Quando se aproximou do sítio onde eu estava, bati-lhe a pála “à comando”, e ele parou, encarou-me e disse:

“O nosso furriel não veio do R.I.16?”

“Sim, meu brigadeiro”, respondi já sem os anteriores receios ou temores.

Depois perguntou-me como me tinham corrido as coisas, quiz saber o número da Companhia e o nome do seu comandante. Quando soube que era o capitão C., acenou com a cabeça e julgo que também ele, naquele momento, se recordou do triste espectáculo que ambos déramos, cão incluído.

Foi a última vez que o vi. Soube mais tarde que, por detrás daquela fachada rude e autoritária havia uma pessoa divertida e generosa.

Quanto à mascote, a Companhia iria adoptar uma já em pleno teatro operacional, na figura de um cabrito recém-nascido e rejeitado pela mãe, que foi criado a leite em pó por este escriba e que, à medida que crescia, se ia tornando num chibo fraldisqueiro, esse sim, adorado por todos. Excluindo apenas o capitão, porque o descarado do bode se masturbava nas pernas nuas da mulher, quando ela o ia visitar ao aquartelamento do mato onde nos encontrávamos.

Mas isso é outra estória que talvez um dia venha à colação.

Rogério Carvalho



publicado por animo às 10:50
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WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMINGUES

 

 

Clica na imagem para melhor leitura.Obrigado.



publicado por animo às 10:44
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WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

Pe Anselmo Borges

In DN 26.05.2012

 O TEMPO DIGITAL E O SEU FRENESIM

Enigma maior é o tempo. Lá está Santo Agostinho: "O que é o tempo? Como são o passado e o futuro, uma vez que o passado já não é e o futuro ainda não é?" E o presente? Mal dizemos "agora" e já caiu no passado. "Se, portanto, o presente, para ser tempo, tem de cair no passado, como podemos dizer que algo é, se só pode ser com a condição de já não ser?"

As culturas experienciam o tempo, cada uma a seu modo: nas tradicionais, o tempo privilegiado é o passado - lá está o mito do paraíso perdido; na modernidade, privilegiou-se o futuro - o passado é simplesmente o ultrapassado, a caminho da realização das utopias.

Por causa das novas tecnologias, sobretudo ao nível dos média - telefona-se, navega-se na Web, lê-se documentos ao mesmo tempo que se envia mensagens -, a vivência do tempo actual é a do tempo concentrado, do "curto prazismo" e até do imediatismo cumulativo. Aí está o tempo chamado digital ou numérico, que nos dá a sensação de quase simultaneidade e ubiquidade: pense-se na comunicação quase simultânea para todo o mundo. Afinal, o que se encurtou mesmo foi o espaço, que não pode ser separado do tempo: no mesmo dia, uma reunião no Porto, outra em Paris, uma terceira em Londres, com regresso ao Porto. Mas é sobretudo a computação que nos dá a possibilidade de contacto quase instantâneo com todo o mundo. Tudo é mais rápido - leio em Philosophie Magazine: num século, a velocidade de comunicação aumentou 107%, a dos transportes pessoais 102%, a do tratamento da informação 1010%.

Fazemos muito mais coisas em muitíssimo menos tempo. Vem então a pergunta da semana passada, aqui: porque é que todos se queixam da falta de tempo, em vez de aumentar o tempo livre? Resposta do sociólogo Hartmut Rosa: com os transportes e a Internet também se acelerou a vida social e entrámos numa lógica infernal de competição, de tal modo que somos devorados pelo produtivismo e consequente consumismo. A aceleração acabou por tornar-se "o equivalente funcional da promessa religiosa de vida eterna". Impôs-se-nos a multiplicação constante e frenética das experiências e das actividades, numa corrida sem fim.

Isto tem consequências também na economia? É evidente que sim. Investir implica uma vivência do tempo longo: quanto tempo leva para se receber os frutos do investimento? Assim, "o marketing substituiu a deliberação política, com a finalidade de lucros especulativos", escreve o filósofo B. Stiegler. A velocidade tecnológica foi posta ao serviço da guerra económica: em vez do investimento, a especulação.

Antepondo o fazer ao ser, somos melhores e mais felizes? Não há, pelo contrário, a sensação generalizada de cansaço e de stress? Precisamente porque "vivemos num tempo completamente descontínuo, disperso. Sem calendário, sem liturgia, sem ritual, já não conhecemos ritmo. Já não há tempo que permita o recolhimento do pensamento. Multiplicou-se a dispersão inerente ao mundo do quotidiano", observa a filósofa Françoise Dastur.

Afinal, mesmo se já há empresas que promovem cursos de meditação ou semanas de retiro num mosteiro, é para que os funcionários se tornem mais competitivos, no regresso ao trabalho. As pessoas vão para a cama - a duração média do sono baixou duas horas desde o século XIX - com o sentimento de culpa, pois não acabaram a lista dos afazeres.

Voltando a Hartmut Rosa, a aceleração tornou-se o novo modo da nossa alienação social: ao contrário das Igrejas, que, se criaram sentimentos de culpa nos fiéis, ofereciam alívio aos pecadores - podiam confessar-se, Jesus morreu para libertar dos pecados -, "a nossa sociedade da aceleração produz culpados sem remissão nem perdão".

Não é, portanto, de uma nova relação mais atenta e serena com o tempo que precisamos? "Deixemos que as nossas vidas sejam guiadas por aquilo que eu chamo momentos de ressonância": o contacto com a natureza, passeando; escutando a grande música, a alma corresponde, o mesmo podendo acontecer com um grupo de amigos; diante do mar, é como se o mundo respondesse e as suas ondas fossem a respiração do mundo.

.

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

 

NOTA

Sem mais demoras a partilha de mais um WEBANGELHO que, mesmo sem o termos lido, ainda, só pelo título já adivinhamos o quanto vai iluminar-nos.A nós e aqueles que por nossa mediação o vão ler.
A ânimo tem um leitor algures para as bandas do Brasil que prefere perder a misa de Domingo aos WEBANGELHOS DE ANSELMO E FREI BENTO..
Bora lá a ler!!!

antónio colaço



publicado por animo às 10:41
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