Vem aí uma carga de água ou de como a verde timidez das árvores persiste na primaveril afirmação dos dias.
EM ABRIL, AAAALMOÇOS MIL!!!!
Semana dedicada aos nossos convidados dos AAA da quarta-feira, 2 Abril, José Jorge Letria e Carlos Alberto Moniz.
Recordar para não esquecer.
A PROCURA DE UM OUTRO ABRIL, como ABRIL, PARA ACONTECER!!!
RESISTIR DE NOVO!!!
SONHAR DE NOVO!
Letra de Letria, música de Moniz.
antónio colaço
Semana dedicada aos nossos convidados dos AAA da quarta-feira, 2 Abril.
Recordar para não esquecer!!!
José Jorge Letria, desafortunadamente PREMONITÓRIO!!!
A PROCURA DE UM OUTRO ABRIL, como ABRIL, PARA ACONTECER!!!
antónio colaço
Frei Bento Doimngues
In Público
AFINAL JESUS TAMBÉM TINHA DISCÍPULAS
1. João Paulo II, ao marcar os limites inultrapassáveis do papel das mulheres na Igreja, deixou uma herança pesada ao Papa Francisco. Não se atreveu a enunciar qualquer dogma, mas tentou barrar definitivamente o acesso das mulheres aos ministérios ordenados, ao sacramento da Ordem.
Nenhum católico está obrigado a receber os sacramentos todos. Mas as mulheres, mesmo que o desejem, mesmo que manifestem as maiores capacidades para serem chamadas a liderar uma comunidade cristã, o facto de serem mulheres constitui um impedimento radical. Pelo contrário, os homens, por serem homens, podem ser chamados à ordenação presbiteral ou episcopal mesmo sem grande talento. Não se trata de um direito, mas da possibilidade de vir a prestar um serviço estruturante, se para tanto forem convidados pelo respectivo Bispo.
Dir-se-á que assim é que está bem. Segundo a narrativa bíblica, na sua linguagem mítico-simbólica, Deus criou o ser humano: homem e mulher. Se é divina essa diferença, ela deve ter a sua significação. Concluir daí que as mulheres ficam impedidas de aceder à liderança das comunidades cristãs é ridículo.
Sustentam alguns que a Igreja não está autorizada a contrariar a vontade de Cristo. É ele que manda na Igreja e não o contrário. Enuncia-se algo que não pode ser mais acertado. Dizer, porém, que a negativa da hierarquia católica e ortodoxa cumpre a vontade de Deus é um salto muito atrevido e não conheço nenhum raciocínio teológico que o permita. As tradições das Igrejas nem sempre reproduzem um desígnio do seu fundador.
2. Urge reexaminar esta questão, pois está semeada de ambiguidades. Quando o movimento feminista católico denuncia esta situação, alguns concluem: as mulheres, ávidas de poder, estão a querer reproduzir, na Igreja, o que acontece na sociedade. Lutam, como os homens, por um lugar ao sol, por carreiras profissionais e por lideranças políticas. Para aptidões iguais, possibilidades iguais. No mundo laboral persiste a desigualdade salarial: para trabalho igual, as mulheres recebem menos e nunca poderão aceitar esta descriminação.
Como na Igreja se continua a pensar que ser padre ou bispo é uma posição superior à dos outros baptizados, coroa de uma carreira eclesiástica, um caminho do poder, as mulheres, ao reivindicarem a possibilidade de aceder ao presbiterado e ao episcopado, estariam também elas a sonhar com a dominação das comunidades católicas. Mesmo que isso possa existir, só pode ter sentido numa eclesiologia piramidal, como a que vigorou antes do Vaticano II, e para quem continua ainda com os esquemas mentais e com os desejos derrotados nesse concilio.
A questão real é outra: na celebração do baptismo, confessamos que todos acedem à mesma condição de povo sacerdotal, real e profético. Todos são sacerdotes, reis e profetas. Todos são Igreja ao mesmo título e pela mesma razão.
As comunidades cristãs precisam de serviços organizados, hierarquizados, a que chamam ministérios ordenados, para garantir a todos a comunhão nos seus bens espirituais: a Palavra de Deus, a celebração dos sacramentos, a evangelização movida pela fé, pela esperança e pelo amor, que provoca a organização social da justiça.
3. Terminei o texto do passado Domingo, acerca do diálogo efectivo entre Jesus e a samaritana, com a seguinte pergunta: porque teria Jesus, segundo as narrativas da Ressurreição, confiado a evangelização da própria Igreja às mulheres?
Falamos sempre de discípulos de Jesus, alguns eram designados apóstolos. De uma forma explícita, nunca se fala de discípulas.
Os apóstolos, perante o apelo de Jesus, largaram tudo e seguiram-no. O Mestre descobriu, depois, que tinha havido um grande equívoco registado, com toda a crueza, por S. Marcos e que os outros evangelistas procuraram atenuar. Esse Evangelho, desde o cap. 4 ao cap. 10, repete 8 vezes que eles nunca entenderam nem as palavras, nem os actos, nem os gestos do Mestre.
Pe Anselmo Borges
IN DN
MUDANÇA DE PARADIGMA
Nos inícios de Maio e considerando as respostas dos católicos de todo o mundo ao inquérito do Papa, haverá o documento de preparação para o Sínodo dos Bispos, em Outubro, sobre a família, os seus desafios e dificuldades, a moral sexual. Os resultados do inquérito, com uma percentagem de respostas "altíssima", foram "unanimemente apreciados", segundo a declaração, há um mês, do Conselho ordinário do Sínodo.
Os resultados não foram ainda publicados. Ficam aí sínteses significativas de algumas dioceses alemãs. Assim - Aachen: "A moral eclesiástica sobre o casamento e a sexualidade representa para muitos fiéis um obstáculo para a fé." Augsburgo: "As pessoas sentem-se muitas vezes tratadas como falhadas e pecadoras." Colónia: "Em síntese, a doutrina da Igreja é vista como estranha ao mundo e à relação." Dresden-Meissen: "Muitos desejam que as proibições não estejam em primeiro plano." Essen: "Os inquiridos declaram-se favoráveis à possibilidade de uma bênção para os casais do mesmo sexo." Friburgo: "A vida em comum antes do casamento pela Igreja não é nenhum caso extraordinário, mas normal." Fulda: "Os jovens não se sentem correctamente percebidos pela Igreja." Limburgo: "Muitas pessoas que voltaram a casar sentem-se excluídas e feridas pela Igreja." Magdburgo: "No que se refere ao domínio do casamento e da família, a Igreja perdeu consideravelmente o seu alto significado." Mogúncia: "A condenação dos métodos artificiais do controlo da natalidade é rejeitada por quase todos e tratada como completamente irrelevante". Münster: "Entre os ideais católicos e a prática católica cavou-se um abismo." Osnabrück: "Cada vez mais pessoas abandonam a Igreja." Passau: "Não se compreende que não haja perdão para o fracasso de um casamento." Rottenburgo-Estugarda: "A proibição do preservativo é considerada condenável." Speyer: "Muitos fiéis não vêem acordo entre a sua compreensão da misericórdia e as afirmações jurídicas sobre o divórcio e um segundo casamento civil." Trier: "Os que responderam esperam misericórdia vivida nas questões do casamento, do fracasso, de um novo começo e da sexualidade."
Sobre temas tão sensíveis como complexos, espera-se agora uma palavra evangélica, positiva e humanizante, que não canonize o "vale tudo" nem caia no simples legalismo e na moral da proibição. Estou convencido de que o legalismo e o proibicionismo, acompanhados do não reconhecimento do princípio da autonomia moral, foram causa fundamental do abandono da Igreja por parte de milhões de pessoas.
Na sua comunicação ao consistório dos cardeais, aplaudida publicamente pelo Papa Francisco, o grande teólogo e cardeal Walter Kasper abriu portas que não podem ser ignoradas, no quadro da sua afirmação: "Precisamos de uma mudança de paradigma", ou seja, "considerar a situação também a partir da perspectiva de quem sofre e pede ajuda" e para lá do rigorismo e do laxismo. Assim, referindo o caso de um divorciado que volta a casar, formulou estas pertinentes perguntas: "1. se se arrepende do seu fracasso no primeiro casamento, 2. se esclareceu as obrigações do primeiro casamento e se excluiu de modo definitivo voltar atrás, 3. se não pode abandonar sem outras culpas os compromissos assumidos com o novo casamento civil, 4. se se esforça por viver no máximo das suas possibilidades o segundo casamento a partir da fé e educar os filhos na fé, 5. se deseja os sacramentos como fonte de força na sua situação, devemos ou podemos negar-lhe, depois de um tempo de nova orientação, de "metanoia", o sacramento da penitência e depois o da comunhão?" E sobre a possibilidade de um segundo casamento, lembrou a posição afirmativa das Igrejas ortodoxas, reconhecendo, com as cláusulas do adultério, também "outros motivos de divórcio, que partem da morte moral e não só física do vínculo matrimonial". Sublinho esta "morte moral" do vínculo matrimonial. Mas as propostas de Kasper estão a receber forte contestação de outros cardeais.
Carlos Alberto Moniz e José Jorge Letria, juntos e ao vivo, para nos abrirem as portas de Abril, tal como há 40 anos, com MÚSICA!!!
São os convidados dos AAAANIMADOS ALMOÇOS da próxima quarta-feira, 2 de Abril!!
O primeiro fez a música, o segundo a letra, e todos os presentes, seguramente, iremos receber Abril entoando em coro:
RESISTIR DE NOVO!
COMEÇAR DE NOVO!!!!
Não acredita?
É verdade, o dia das mentiras é a 1 de Abril!!!
E....o melhor é inscrever-se atempadamente:213241420, o santo e a senha para um almoço que se prevê animadíssimo!!!
antónio colaço
Os Animados Almoços, uma parceria entre a A25Abril e o Blog ânimo, acabam de alcançar um objectivo impensável, para alguns, normal, para outros, entre os quais nos contamos.
De facto, tendo como pano de fundo as comemorações dos 40 anos de Abril, e após os necessários contactos, foi fácil alcançar a adesão dos cabeças de lista dos diversos partidos, Francisco Assis, Paulo Rangel, João Ferreira e Marisa Matias, para a realização deste almoço informal onde não deixará de se discutir que Europa queremos face à difícil situação que vivemos.
Num primeiro almoço seguimos o critério da presente representatividade no Parlamento Europeu.
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Sendo a Associação 25 de Abril uma casa que honra os valores da democracia, estabelecemos contactos para um segundo almoço no qual participarão todos os outros candidatos que se reclamem desses valores democráticos.
Esse almoço terá lugar na quarta-feira, 14 de Maio, uma semana depois, portanto.
Podemos adiantar, assim, que Rui Tavares já aceitou o nosso convite e amanhã mesmo continuaremos a ronda de contactos que já tornaram possível o anúncio deste primeiro almoço.
EM ABRIL, AAAAALMOÇOS MIL!
antónio colaço
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