Nunca como após este almoço a vontade de editá-lo de imediato se tornou tão premente. Qualquer tentada palavra para contextualizá-lo pareceu-nos, desde a primeira hora, um atentado, um factor de ruído a perturbar toda a atenção que requer para se ouvir do primeiro ao último minuto.
Maria João Avillez, igual a si própria, acha que “isto agora é com cada um de nós e que não adianta andar a diabolizar e responsabilizar só os políticos" acreditando que, “depois da maré baixa vem a maré alta”. Fala quem sabe, a sua Foz do Arelho e o mar que dele se abeira li tão perto!
Vasco Lourenço, na animada conversa que se seguiu em pleno RES PUBLICA, ripostará que “uns são mais responsáveis do que outros” e dando largas a um pessimismo que o vem caracterizando nos últimos tempos adiantará,depois de referências mais duras em relação ao presidente Cavaco Silva, enquanto primeiro-ministro,o que deixa Maria João visivelmente incomodada, que “não sei quantos irão votar.Continuo a apelar ao voto, sim, mas não sei se um dia não apelarei a que não votem. Os partidos há muito que deixaram de representar o conjunto dos cidadãos!”
O melhor é deixarmos a mesa do RES PUBLICA, onde saboreámos um arroz de bacalhau regado com o tradicional e encorpado tinto de terras de Santarém e darmos, já, a palavra a uma vibrante Maria João, habituada a fazer perguntas, mas que hoje, não duvidamos, estaria a tarde inteira a tricotar respostas carregadas de "ânimo"- também adora a palavrinha mágica!- em amena cavaqueira como se estivéssemos em pleno “Páteo” do Campo Grande ou da soalheira casa das Caldas com suas tantas buganvílias por atentas companheiras
antónio colaço
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