Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008
FELIZ 2009!!!

Um 2009 cheio de Paz e Bem!

Foto:A redescoberta, muitos anos depois, do meu primeiro lençol!Bordado pela minha querida e saudosa Mãe!
Um 2009 embrulhado na ternura que o mundo tem!
Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008
ÂNIMOS EXALTADOS
(Várias personalidades falam sobre ) o estado de ânimo do País.
O Diabo, hoje.
ÂNIMOS EXALTADOS(SEGUNDA)

(Por causa do surto de gripe) até a polícia foi chamada para serenar os
ânimos.
RTP, Jornal do almoço ( Segunda, 29 Dezembro)
2
(Noticiada)a criação da ..
ânimas, educadores que integram a
Ânimas - Associação Portuguesa de Cães Para Actividade Social.
RTP, Jornal do almoço (idem)
Domingo, 28 de Dezembro de 2008
ÂNIMO ELEGE O MELHOR PRESÉPIO



Presépio de Chão de Lopes, Mação.
A
ânimo fez, esta tarde, uma ronda por alguns dos presépios instalados ao ar livre nos concelhos de Mação e Vila de Rei. Está em Chão de Lopes o Presépio vencedor. Uma ternura.

A caminho de Cardigos.

O Presépio de José António Martins, em plena Praça de Cardigos. Aplaudindo, desde logo, a sua intervenção, parece-nos um presépio excessivamente criativo e que quase anula, tão minúscula se mostra, a Cabana do Menino. As construções parecem excessivamente realistas e algo agrestes na cor escolhida. Fica a sugestão de conseguir alterar o estado de coisas recorrendo a cores mais suaves e, sobretudo, atapetando-o com muito mais musgo. Se assim for aceito tudo quanto nele fervilha actividade desde a cena da padaria, que muito me tocou, passando pela venda de presuntos e enchidos e, até mesmo, o pormenor do homenzinho de cócoras...Parabéns pelo empenho.

Os pastores, os privilegiados para a Boa Nova do Nascimento do Menino.

Para o ano, Cardigos vai ter uma gruta muito maior e...mais acolhedora.

Um pulo até Vila de Rei.A noite apressou-se.

Simples e com uma Gruta de pesadas rochas feita.

Junto da Albergaria D.Dinis, um outro Presépio, a céu aberto. Chovia na altura em que o visitámos. Figuras gigantes, despojadas, ao frio e ao vento.Talvez a melhor imagem do que significou o Nascimento de há dois mil anos e que S.Francisco de Assis para sempre eternizou, ele, o irmão menor que, também, um dia se despojou da sua riqueza em busca de uma Riqueza Maior.

Mação, pois então.

Os "Três Reis Magos"....

E o Presépio Rupestre de Mação. Agreste, ou talvez não?
Esta proposta "
pensada pela autarquia", como pode ler-se no folheto distribuído pela própria, "
esta surpreendente iniciativa que parte de fora da comunidade científica" - um pouco mais de humildade não ficava mal... -deixa-nos meio
perplexos exactamente por isso mesmo: Mação, que tudo tem feito para salvaguardar as suas gravuras rupestres ( c0nfesso que ainda não sei
quantas gravuras são, qual o seu significado e importância histórica, entre outros aspectos , problema meu, talvez ) em detrimento da
preservação do seu
património histórico construído em contínua e acelerada destruição - ao contrário dos planos já aprovados e divulgados por autarquias vizinhas, vivendo, portanto, idênticos problemas, como sejam Vila de Rei e Constância - Mação, dizia, quer dizer,
quem lá na Câmara "
pensou" nesta iniciativa, está a convocar-nos, afinal, para uma utilização abusiva das gravuras para o que der jeito! Hoje para um presépio, amanhã, vá lá saber-se , talvez para uma qualquer campanha eleitoral em que se pega numa determinada gravura, acrescenta-se-lhe, uns"braços levantados em acção de graças" ou "a segurar nas mãos um sol" ou, ainda, põe-se-lhe "um animal aos ombros"!!!
Tanta criatividade que até os próprios rupestres estarão, a estas horas, fartos de dar voltas nas suas antas funerárias admirados com as suas façanhas artísticas.
Anta de morte para anunciar a vinda e a Vida do pobre Menino.
É o que faz tomar iniciativas " que partem de fora da comunidade científica". A propósito, senhores académicos, podemos, então, saber o que pensam e, já agora, explicar o mistério que corre por Mação inteiro de um porco rupestre que acompanhava as ditas gravuras e que sumiu para bem longe dos quadros bíblicos assim invocados. E não é que o porquinho, dito rupestre, vem bem anafadinho, ao contrário dos enfezados bicharocos espalhados por algumas paredes de Mação?
Nada contra o nosso património e tudo o que se faz para o defender. Areia para os olhos, não. Ou como dizia uma velhinha, há dias, "o que é que fazem aquelas coisas ali em pé?! Ou, uma outra, "mas quando é que põem lá na gruta as figurinhas do presépio"? Já agora, ao menos, podiam ter revestido o luxuoso parquet daquela assoalhada com mantas do
musgo das nossas serranias. As tais, aí sim, onde viveram os nossos tão criativos antepassados!
antónio colaço
WEBANGELHO

Subversão da família?28/12/2008 Frei Bento Domingues O.P.
A família tende a ser a instituição da reprodução. Jesus não vem para reproduzir o mundo, mas para o transformar
1.Os jornalistas não gozam de grande prestígio. Diz-se, com alguma ligeireza, que são superficiais, sem preocupações com o rigor. Nesta acusação, oculta-se, muitas vezes, o desejo de os encontrar a defender os nossos pontos de vista e exige-se aos meios de comunicação o que não podem dar. Notícias ou comentários de circunstância não são teses de doutoramento.
Raros são os jornalistas especializados no fenómeno religioso. Já Hegel se queixava de que o pensamento não quer arriscar-se a estudar seriamente a religião, mas aventura-se em terrenos que conhece mal. Por vezes, dois dedos de conversa com pessoas religiosas ou anti-religiosas bastam para percorrer séculos de história e abranger os mundos culturais mais diversos. Considerações e reportagens sobre as festas do Natal, da Páscoa e dos acontecimentos das Igrejas - às vezes com incursões no âmbito das religiões comparadas - não deviam ganhar em ser entregues à improvisação.
Ainda é cedo para fazer o balanço das produções em torno do Natal de 2008, mas é fácil ver a diferença entre as peças da revista Sábado e da Única (Expresso). Le Point (Hors-série) convocou um conjunto de especialistas para um dossier sobre "Jésus". É uma obra-prima de seriedade.
2.Celebra-se, hoje, na liturgia católica, a "Sagrada Família de Jesus, Maria e José". Parece uma festa redundante em relação ao Natal. Os textos não trazem grande novidade: inscrevem Jesus numa família judaica, de há dois mil anos, e nas suas práticas rituais obrigatórias (circuncisão do Menino e purificação da Mãe). É previsível que, nas igrejas, seja usada para multiplicar as lamentações acerca da crise actual da família, esquecendo as razões da crise essencial provocada pelo próprio Jesus. Importa destacar as razões dos conflitos declarados entre Jesus e a sua família de sangue, durante a sua intervenção pública. As narrativas evangélicas, sobretudo de Marcos e João, não podem ser mais claras, ásperas e desagradáveis, quanto ao profundo desentendimento que dividiu a família de Nazaré: "Tendo Jesus chegado a casa, de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: 'Está fora de si!'" (Mc 3, 20-35). Como dizia S. João, nem sequer os seus irmãos acreditavam nele (Jo 7, 5).
Os doutores da Lei iam mais longe: "Ele tem Diabo (Beelzebu)! É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios."
Esta acusação será repetida noutras passagens do Novo Testamento. Será sempre recebida por Jesus como uma cegueira daqueles que deviam ser peritos na interpretação das Escrituras e da novidade dos sinais dos tempos.
A oposição da família é mais compreensível. A sua família de sangue, como qualquer outra, queria que um seu membro lhe desse prestígio, honra, glória e perpetuasse a sua descendência. Jesus, pelo contrário, nunca mostrou interesse nenhum em repetir esse modelo tradicional. Os seus familiares não conseguiam perceber o que é que Jesus pretendia com a sua pregação, com as suas curas, com o ataque contínuo às observâncias mais sagradas do judaísmo, baseadas na distinção entre puro e impuro na alimentação, nos comportamentos sociais e religiosos, sobretudo, em torno da absoluta sacralização do sábado. É evidente que Jesus era judeu e que actuava no interior dessa religião e dessa cultura. Tinha, no entanto, empreendido, como seu comportamento - interpretado como diabólico - uma revolução cultural e religiosa. Não o preocupava a observância ou não observância de lugares ou tempos sagrados. Sagrada era a condição humana, fosse de quem fosse.
Uma ilustração gráfica desta situação é apresentada pela continuação da narrativa de Marcos: "Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar. A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: 'Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.' Ele respondeu: 'Quem são minha mãe e meus irmãos?' E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: 'Aí estão minha mãe e meus irmãos. Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.'"
(In, Público, hoje)
Sábado, 27 de Dezembro de 2008
SORTILÉGIOS

A A23 não é só um privilégio - ainda sou do tempo das sinuosas curvas e errantes percursos para chegar a Lisboa!- é, sobretudo, e cada vez mais, um
sortilégio!Baila na cabeça um projecto... adiante, mas, para além do rio Tejo, embrulhado nos finos lençóis de tantas e orvalhadas madrugadas, acordadas por mil sóis de encantar, os finais de dia são de arrepiar, tamanha a beleza que aos nossos olhos fazem irradiar!
Bora lá até Tomar!

Rua Serpa Pinto...

...a sede do Fatias de Cá neste diamante da arquitectura de outrora...

...mas...o Nabão ali tão perto...

..e a "
Estrelas de Tomar" com o seu chá menta e as estaladiças Brisas a cintilar!

Se quiser lanchar e sobre o Nabão os olhos debruçar - hoje vai de rima - só nas Estrelas de Tomar!

E o dia termina, à lareira, com a agradável surpresa de ver e ouvir o meu querido amigo Luiz (sim, com um z!) Carvalho a perorar sobre os anos 80.Em suma, Luiz, um
Instante Fatal! Bom ano, Luiz, e ... boas imagens, para além das "chamuscagens" do teu constante "lança-chamas"! Poderás vir a ser convocado para os 30 da
ânimo, tu, que colaboraste, também , nos 25! Obrigado, outra vez!
antónio colaço
WEBANGELHO

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM
Anselmo BorgesPadre e professor de Filosofia
Há 60 anos, exactamente no dia 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou em Paris a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Havia precedentes. Por exemplo, a famosa Charta Magna libertatum - a Magna Carta -, de 1215. Mas ela começa assim: "Estas são as demandas que os barões solicitam e o senhor rei concede", acabando, portanto, por abranger apenas os "homens livres".
A Declaração de Direitos (Bill of Rights) do Bom Povo de Virgínia, de 1776, já reconhecia os direitos dos indivíduos enquanto pessoas, mas não se estendia a todos, pois não incluía os negros, considerados "uma espécie inferior".
Em 1789, a Assembleia Nacional Francesa promulgou a célebre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas este Homem era ainda só o varão branco e proprietário.
Na Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclama-se, pela primeira vez, que toda a pessoa humana, independentemente do sexo, condição social, raça, religião, nacionalidade, é detentora de direitos fundamentais, que devem ser respeitados por todos, pois são universais e valem em todo o tempo e lugar.
Mas não houve consenso. Oito países abstiveram-se de votar a favor. A Arábia Saudita e o Iémen puseram em causa "a igualdade entre homens e mulheres". A África do Sul do apartheid contestou o "direito à igualdade sem distinção de nascimento ou de raça". A Polónia, a Checoslováquia, a Jugoslávia e a União Soviética, comunistas, contestaram que alguém pudesse invocar os seus direitos e liberdades "sem distinção de opinião política".
Entretanto, em 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou o "Pacto Internacional de Direitos Económicos, Sociais e Culturais" e o "Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos", que, para entrarem em vigor, precisariam de ser ratificados pelo menos por 35 países membros, o que só aconteceu dez anos mais tarde.
Embora a sua violação continue uma constante, como permanentemente informa e denuncia a Amnistia Internacional, há uma consciência universal crescente dessas duas gerações de direitos - civis e políticos, e económicos e sociais -, a que veio juntar-se uma terceira geração, cujos titulares não são os indivíduos, mas os povos, como o direito ao desenvolvimento, o direito à autodeterminação, a um meio ambiente sadio, à paz.
Continua o debate sobre a sua universalidade, que J.-Fr. Paillard sintetizou nesta pergunta: "Um instrumento ideológico ao serviço do Ocidente", para impor ao resto do mundo a sua visão do bem e do mal? M. Gauchet, por exemplo, disse: "Do ponto de vista de um dirigente chinês, indiano ou árabe, os direitos do Homem são antes de mais os direitos do homem branco a exportar o modelo de civilização que os tornou inteligíveis."
No entanto, ainda recentemente - Junho de 1993 -, na Conferência das Nações Unidas sobre os Direitos do Homem, os Estados reafirmaram: "Todos os direitos do Homem são universais, indissociáveis, interdependentes e intimamente ligados." E, considerando a diversidade cultural em conexão com este universalismo, acrescentaram: "Se importa não perder de vista a importância dos particularismos nacionais e regionais e a diversidade histórica, cultural e religiosa, é dever dos Estados, seja qual for o sistema político, económico e cultural, promover e proteger todos os direitos do Homem e todas as liberdades fundamentais."
No início de um novo ano, que melhores votos que os do cumprimento pleno destes direitos?
Referindo o Preâmbulo da Declaração - "Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; considerando que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar, de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem..." -, um caricaturista do El País pôs Deus a ler e a exclamar: "Que preâmbulo! Não tinha lido nada tão bom desde o Sermão da Montanha."
In, Diário de Not+icias, hoje.
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A chuva e o frio regressaram. O ano aproxima-se do seu fim mas, cada vez mais, a noção de que chegam ao fim todas as noções de tempo.Cada vez mais a exigência de estar bem presente neste presente instante.
antónio colaço
Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008
ÂNIMOS EXALTADOS

Provavelmente o último "animos exaltados" de 2008!
A nacionalização do BPN não foi tomada de
ânimo leve!
Teixeira dos Santos, RTP
Quinta-feira, 25 de Dezembro de 2008
QUANDO EU FOR PEQUENINO
Presépio da Matriz de Mação, Missa do Galo,ontem.
Meu querido Menino Jesus, estava muito longe de vir importunar-te este ano. Não que não goste de falar contigo, por estas alturas, e, tal como os outros, aproveitar a maré para te fazer alguns pedidos. Mas, como adulto e entradote que já sou, não quero fazer-te perder tempo tão precioso para atenderes os muitos meninos, que, como eu, há muitos anos, te importunam com os seus pedidos mais incríveis. Longe vão, portanto, os tempos em que te pedia uma viola,

uns bonbons, um carrinho de lata e tantas outras coisas que, felizmente, sempre me deste na humilde e singela lareira da casa lá do altoalentejano Gavião. Não, não quero roubar o Teu precioso tempo, por muito que agora já saiba que o tempo para Ti não existe porque Tu és o próprio Tempo. E, se formos bem a ver, nem sequer me dirijo a Ti, porque agora já sei que Tu foste a manifestação de Deus connosco, o Emanuel prometido e a que Deus recorreu para nos fazer perceber como gostava de nós. É certo que também não te venho pedir que me ilumines um pouco mais para perceber melhor como tudo se passa no Mistério da Santíssima Trindade ou, tentando forçar a barra, queime etapas para, de uma vez por todas, entrar na Plenitude dos Céus, na Eterna contemplação de Deus, sem ter de andar a recorrer àqueles amigos que, por aqui vou dando conta, nomeadamente, aos padres Amândio, Anselmo, Frei Bento Domingues, Vitor Gonçalves, tantos, sei lá, que todos os domingos se esforçam para nos explicar o alcance da novidade que há na Palavra que há tantos anos proclamaste, Palavra, essa, que, mais não queria do que nos fazer aproximar de Deus Teu e nosso Pai.
Mas era mesmo isso que, às portas da terceira idade – meu Deus, como o tempo passa – me apetecia pedir-Te mesmo.
2
Sem querer, portanto, fazer-Te perder tempo, venho pura e simplesmente pedir-te que me ajudes a ser menino, outra vez. Sim, quando for grande, perdão, quando for menino, outra vez, quero que me faças continuar a viver em Mação, sim, e que me faças olhar sempre para todas as pessoas de boa-fé. Que eu nunca me julgue superior a quem quer que seja e que acredite sempre na bondade das pessoas e, muito menos, que seja distinguido, entre todos os outros, com a possibilidade de ter um jornal ao meu dispor para denunciar por simples ironia ou estafadas figuras metafóricas, todo os meninos que, meninos como eu, vão querer atirar areia para os olhos dos outros meninos.
Menino Jesus, este ano, só por este ano, atende ao meu pedido, faz-me regressar ao tempo em que volte a acreditar que os meninos que vão crescer, como eu, vão preocupar-se sempre e só com o bem-estar dos outros meninos e não apenas com o seu próprio bem estar, tentando enganá-los, com as mais criativas e sub-reptícias manobras do contrário. Faz com que, de uma vez por todas, quando eu voltar a ser pequenino, passe a vida só a escrever-te cartinhas a celebrar aquela máxima que nos ensinaste “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
A todos os que se preocupam em nascer em cada dia para uma nova maneira de estar na vida mais conforme à humildade de Belém, um Santo e Feliz Natal e um óptimo 2009.
Crónica publicada no mensário Voz da Minha Terra,Mação


Acender da fogueira, Largo da Matriz,Mação.


NOTA
A maioria dos nossos leitores ignora a acidentada edição deste post. De facto, ao leitor, interessa o produto final.Mas...desde as quebras de rede, as solicitações do quotidiano - sim, cada vez mais, blogar não substitui o viver, concreto, a cada instante -
não vivo para blogar, blogo do que vivo! - para não falar da qualidade das imagens, colhidas sem preocupações de grandes enquadramentos, para que nada perdesse dos natalícios momentos, a decorrer lá dentro.... Devia esta explicação.
Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008
NATAL, LUGAR DE ENCONTRO!TODOS OS DIAS!
Deus te acrescente que vais servir para muita gente.

As mãos e os rolos assinalados que da fofa massa despegaram maravilhas...

Estamos fritos.

Deste lado do Natal, por nós, belhozes e filhozes, mais este raminho de azevinho, estamos prontos.

Mas, do Outro lado do Natal que nos interessa, acabam de entrar na nossa redacção dois postais de Boas Festas que nos enchem a alma e auguram para 2009 um desejado estreitar de laços:
Caro António, Espero que no próximo ano possamos colaborar. Um abraço de Boas-Festas Frei Bento E depois de Frei Bento Domingues, Meu bom e muito estimado Amigo: A partir da Alemanha estou q enviar-lhe
os meus votos sinceros de santo Natal.
Um abraco muito amigo
Pe Anselmo Borges
São para estes dois amigos, em especial, e todos os outros que têm ajudado a ânimo, para além de um outro projecto editorial, os Votos Especiais de que o Natal possa, todos os dias, ser o Lugar que cada um de nós dedica “ao seu mais próximo”, acolhendo-o e … animando-o! antónio colaço |
Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008
MATINAS.TODOS A CARDIGOS VER O PRESÉPIO!



Desculpe a ousadia, mas como sei que também é um apaixonado por Cardigos, resolvi enviar-lhe um recado.
De certeza que já viu ou já ouviu falar num maravilhoso presépio que está na praça de Cardigos.
Como penso que ele merecia uma maior divulgação, e como imagino que deva ter relações privilegiadas com a comunicação social, pedia a sua colaboração para que muitas mais pessoas pudessem apreciar o referido presépio.
Já enviei um mail para SIC, mas de certeza que não vou ter resposta.
Como estou farta de más notícias, considero importante a divulgação de coisas positivas, e sobretudo belas como esta.
Os meus agradecimentos
Leonor NunesNOTADe manhã é que se começa o dia! Obrigado a Leonor Nunes, que não conheço, mas que conhece o meu amor por esta minha segunda pátria. Na mesma Praça para onde tantas vezes subi com os meus queridos amigos de infância do Quintal da Estrada, para celebrarmos o ritual das mil e uma "fagúlhas" em redor da natalícia fogueira, está hoje um presépio gigante que ainda não visitei (e cujo autor, se puder, agradeço me envie o nome.As obras têm sempre um nome, uma vontade, a animá-las, certo?!). É possível "entrar" no interior do dito presépio, no blogue do meu antigo colega de lides seminarísticas, Tó Manel Silva, dos Vales, como dizemos,
aqui! Ficam estas fotos - obrigado, Tó Manel - para aguçar o apetite enquanto não chega a nossa própria reportagem!
Quanto à segunda parte do pedido...bom, a
ânimo é lida, nomeadamente, por muitos amigos e amigas que "dominam" as agendas das nossas queridas televisões. Aguardemos.
Para si e todos os seus, Feliz Natal!
antónio colaço
Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008
VÈSPERAS

Mação.Um pôr-do-sol como há muito não via.Obrigado, Criador.
antónio colaço
MATINAS

O Sol, continua esplendoroso.Obrigado.

No Vale das Árvores, um outro esplendor, este com mais dor.

O Outono em plenitude.Não consigo outra atitude.
A Primavera espera a sua hora.
antónio colaço
Domingo, 21 de Dezembro de 2008
WEBANGELHO/DEUS COM TODOS
Deus com todos
21/12/2008 Frei Bento Domingues, O.P.
( In Público,Hoje)
A linguagem mítica não é uma mentira porque não pretende ser a substituição de uma explicação biológica1. Talvez não seja para homenagear Jesus Cristo e as Igrejas cristãs que a publicidade da Vodafone classifica o Natal como a maior festa do mundo. Direi, no entanto, por todas as razões e mais uma, se o não é, devia ser. Já se tentou, em nome do rigor histórico, eliminar, da cultura do Ocidente, a memória desse estranho judeu, de há dois mil anos, que continua a ser invocado por muitos milhões de pessoas como permanente fonte de vida. Sucessivas gerações de historiadores, com perspectivas muito diversas, têm tornado impossível esse negativismo. Não se espera, no entanto, que a investigação histórica venha algum dia a explicar esse enigma testemunhado nos textos do Novo Testamento, canónicos ou apócrifos. Qualquer trabalho histórico é sempre parcial e não pode evitar as marcas da subjectividade. Não se prevê uma "narrativa canónica" da história do mundo em que Jesus viveu e onde a sua memória se perpetuou. Cada historiador terá sempre de escolher um ângulo de visão e de apresentação do seu trabalho. A noção de verdade histórica está sempre exposta a diferentes configurações. Por outros motivos, o mesmo acontece com as convicções da fé em Cristo. Como Jesus não cabe em nenhum dos títulos que lhe foram atribuídos, haverá sempre quem diga: não, não é bem assim, estão a esquecer o essencial.
2. Vou saltar, de propósito, para a narrativa de um sonho acerca da origem de Jesus Cristo, cujo género literário não pode ser controlado pela investigação histórica: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: "José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados". Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus (Mt 1, 18-25).
Quem olhar para este texto como se fosse um tratado de biologia ou de sexualidade sobrenatural, tem de o achar ridículo e de o entregar ao mundo das anedotas. Ridículo, porém, é esse olhar naturalista. Para uma perspectiva geral de interpretação de textos bíblicos, Orígenes (185-253 d.C.) - apontado como o professor e escritor mais erudito da Igreja Antiga, nascido de uma família cristã do Egipto - já tocou no essencial: "Os simples que interpretam a Bíblia, meramente à letra, formam frequentemente de Deus um conceito muito pior do que se Ele fosse um homem brutal e injusto. (...) A causa de falsas opiniões e de afirmações ímpias ou simplistas parece ser o facto de que a Escritura foi entendida não segundo o seu sentido espiritual, mas à letra".
Não é neste espaço que posso apresentar a natureza dos impropriamente chamados "Evangelhos da Infância" de Jesus, nos quais figura a narrativa transcrita. Dir-se-á que é um mito. Embora a palavra "mito" possa ter significações que não se aplicam aqui, quem ler o texto nessa direcção está num caminho possível. Neste caso, a linguagem mítica não é uma mentira porque não pretende ser a substituição de uma explicação biológica da concepção e do nascimento de Jesus. Esta linguagem é a expressão simbólica, poética, de uma intuição teológica magnífica, inscrita na significação do nome dado à criança, Jesus (Deus salva), explicitando-o com outro: Emanuel (Deus connosco).
Lembro, aqui, uma passagem da belíssima "políptica de maria klophas dita mãe dos homens", de Mário Cesariny: O jogral do céu / riscou uma estrela no manto judeu // e o milagre veio / sem perdão nenhum sem forma sem meio // sobre a palha loura / caiu o menino de nossa senhora menino perfeito / com fomes e prantos com raivas e peito (1).
As orações do Missal Romano terminam todas assim: "Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo". No passado dia 18, a antífona da comunhão, era esta: "O seu nome será Emanuel, Deus-connosco", com a indicação de Mateus 1, 23. Mas a oração que se seguiu esqueceu-se e Jesus Cristo deixou de ser Deus-connosco. Que Ele seja Deus com Deus, óptimo, mas o Natal é para fazer a festa de que, afinal, Ele é Deus-connosco. Todos os trabalhos da vida adulta de Jesus tiveram como objectivo mostrar que Deus está sempre por perto, sobretudo daqueles que, por razões de saúde, de higiene, de profissão, de moral, de religião, de nação, eram classificados como pecadores, abandonados de Deus e sem direito ao convívio social e religioso. O Natal é a festa da transformação da esperança individual ou étnica, na esperança universal: reunir todos os filhos de Deus dispersos, os filhos de todos os povos. Santo Natal! (1) Manual de Prestidigitação, Lisboa, Assírio & Alvim, 2004, p.30-31
ÚLTIMA SESSÃO

Faz de conta que a Micas despertou do seu sono e que é preciso deixar o bem-bom do borralho e, numa saltada, descer até ao Eco cá do sítio, que fica nos arrabaldes da vila.

Sais e o que vês ? Um céu quase a fechar-se para a noite com uma paleta de cores a despedir-se de nós! Imperdível! Micas, é só o tempo de alguns "frames"! Croquetes há muitos,meu, mas... estas cores, apenas hoje! Agora!







Oh, não! O sono foi mais forte.
antónio colaço