Quinta-feira, 30 de Abril de 2009
"A ARTE NÃO É PARA TONTOS" QUEM DISSE?
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=83Zmwgs7oMc&hl=pt-br&fs=1]SIC
"..O sentido da emoção não é apanágio de toda a gente. A arte é elitista.Quando eu digo que a arte é elitista, não me refiro a uma elite social. Refiro-me a uma elite intelectual. A arte é elitista porque não é para tontos.
A arte é elitista porque é para poucas pessoas. E é para pessoas que estão preparadas para a receber.
A história da arte democrática, da democratização da arte é uma treta.Porque a democratização da arte levaria ao nivelamento por baixo da arte. Como qualquer questão cultural.A democratização de qualquer actividade cultural é a coisa mais estúpida que pode existir. Em vez de trazer as pessoas para cima, não. Leva é o que está em cima para baixo. Para as pessoas todas perceberem"
Julião Sarmento, Outlook, Semanário Económico,10 Abril 2009
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NÃO SEJA TONTO!!!
Com a agitação dos últimos dias o animador de serviço quase passou ao lado destas palavras.
Ao entrar na última semana da Exposição "Abril, Ânimos Mil", a decorrer até ao dia 9 de Maio, na Galeria da Associação 25 de Abril, até 9 de Maio - atenção que amanhã está fechada. Abre no Sábado, das 15 às 22H e durante a próxima semana.
Vai ser uma semana rica de reflexão, aqui na ânimo!
Vamos trocar por miúdos, tim por tim, os bastidores do mundo ( quase apetecia chamar do bas fond ) do mundo da arte plástica nacional/lisboeta.
Para já, não seja tonto, vá mesmo visitar a nossa exposição!
Deixe-se das tretas do Julião!!!
( Não era para rimar!!!)
Finalmente a ânimo está no You tube! E depois?! Divirta-se.Problemas na rede do Parlamento Global obrigaram a tal. Obrigado na mesma, pessoal!
Bom fim-de-semana!
antónio colaço
ÚLTIMA HORA: A HORA DOS JACARANDÁS!!!
É um
rigoroso exclusivo/ânimo que nos chega da nossa Delegação na Rua D.Carlos, sim a
Catedral dos Jacarandás de Lisboa, certo,
António?!!!
Bem que os pressentíamos, cá em baixo, mas o nosso
repórter/ânimo, melhor colocado, lá em cima, algures, bem pertinho deles, no seu violáceo céu, acaba de alcançar este rigoroso
exclusivo/ânimo e, não duvidamos
, vai receber um Prémio de Produtividade da nossa generosa administração, ou, quem sabe, da Fundação dirigida por
este nosso amigo!!!
Alô,
pfm:
Mesmo com a crise e revelando uma timidez nada usual eles estão de volta!
Este, julgo, é o primeiro que vejo da minha janela. Nada como um jacarandá para alegrar um dia tão cinzento.
Será que vêm a tempo de nos darem ânimo para o resto do ano ?
pfm
ACTUALIZAÇÃO
A nossa reportagem já esteve no local não para confirmar o precioso exclusivo mas para erguer os olhos para um céu, agora e sempre, cada vez mais violáceo, mais... inclusivo.
Ah! O regresso dos jacarandás devidamente assinalado com a nossa bandeira hasteada, como se vê!!!
Obrigado!ac
Terça-feira, 28 de Abril de 2009
ÂNIMOS MIL.VEJA AQUI A REPORTAGEM DA SIC
A
SICNotícias esteve, ontem, na Galeria da Associação 25 de Abril para dar conhecimento do que por ali se passa.
A reportagem acabou de passar há alguns minutos.
Numa amigável colaboração - e enquanto não conseguimos ter o nosso próprio "software"....- a reportagem pode ser vista
aqui!
A SIC Notícias volta a exibir o "CARTAZ" mais logo e a SIC, mãe, na próxima quinta-feira em horário que ainda desconhecemos.
A todos, muito obrigado.Um obrigado especial ao
Miguel Andrade e ao seu jornalista de imagem, cujo nome aguardo,pela qualidade do trabalho apresentado!
antónio colaço
EMERENCIANO MERECE UMA VISITA.CASCAIS
Apesar da agitação do dia seguinte à inauguração da "ABRIL, ÂNIMOS MIL", lá nos metemos ao caminho do Centro Cultural de Cascais para ainda assistir à inauguração da Exposição "IR&VIR" de um amigo artista plástico cuja obra admiro, com quem falo, por telefone ou mail, mas com quem, nunca, em mais de 10 anos de conhecimento, tinha tido o prazer de um conhecimento pessoal! Finalmente, o encontro e, coincidência das coincidências, ambos com exposições na capital e arredores!
Emerenciano, somos os maiores na arte de "
escripintar" a cidade, ou, se quiser, "na arte de
Qualigrafar", ou seja, por uma nova escrita com qualidade!!! Uma brincadeira, "tá-se" mesmo a ver.
Emerenciano trouxe até Cascais, para além dos seus conhecidos labirintos, algumas das catedrais de uma outra escrita, que desde a primeira hora em que nelas tropecei, como que me certificaram da justeza do meu próprio percurso iniciado anos antes dessa "descoberta" ou seja, o recurso à escrita, ao movimento que a sua elaboração contém mas que a todo o momento apetece abandonar, ganhar asas, subir em espirais que rapidamente nos transportam para uma outra escrita, um outro céu. Uma outra terra, dentro desta nossa terra.
Para ver até 28 de Junho.De Terça a Domingo, das 10 às 18 horas.
O Emerenciano merece. No que me diz respeito, ao contrário de um que outro nome mais "consagrado", nele admiro, desde a primeira hora, o espírito de partilha e
troca de saberes. Obrigado, outra vez!
antónio colaço
(Fotos: Nuno Lemos )
TODOS À ANTIGA FILA.ÀS 17.3O.ESTREIA DOCUMENTARIOS "CONSTRUIR PARAÍSO AQUI!"
A Associação para a Cooperação entre os Povos (ACEP) apresenta, na próxima terça-feira, dia 28, o documentário “Construir o paraíso aqui” – histórias e vozes africanas da cooperação, no âmbito da segunda edição de “Os Dias do Desenvolvimento”. O filme, que será exibido no auditório do Centro de Congressos de Lisboa – Pavilhão do Rio, a partir das 17h30, dará o mote ao debate sobre cooperação descentralizada.
“Construir o paraíso aqui”, é uma criação jornalística de Paulo Nuno Vicente,
Antena 1, imagem e montagem de Luís Melo, da Universidade de Aveiro, concepção gráfica de Ana Grave e música de Eneida Marta e Juca Delgado. O filme resulta de uma ideia da ACEP para dar voz e rosto a intervenientes da cooperação e do desenvolvimento de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. Reconhecendo que na relação Norte-Sul, em particular na relação Europa-África, os protagonistas pertencem, frequente e persistentemente, ao lado que domina os circuitos da comunicação, o filme procura criar espaço para outras vozes, de dignidade, interrogação e, sobretudo, de confiança no futuro.
Após a exibição do filme, segue-se um debate moderado pelo professor Fernando Ramos, da Universidade de Aveiro, com a participação de Augusta Henriques, da ONG guineense Tiniguena, Mário Moniz da Plataforma de ONG´s de Cabo Verde, Patrícia Schor, ex-departamento PALOP da NOVIB, Holanda, e ainda do jornalista Paulo Nuno Vicente.
Produzido pela ACEP, “Construir o paraíso aqui” foi realizado no âmbito do projecto “Cooperação descentralizada: entre Norte e Sul reequilibrar poderes, reforçar solidariedades, favorecer mudanças”, co-financiado pelo IPAD.
Documentário e Debate
“Construir o paraíso aqui” – histórias e vozes africanas da cooperação descentralizada
Data: 28 de Abril – entre as 17h30 e as 19h30
Local: Centro de Congressos de Lisboa – Pavilhão do Rio
Segunda-feira, 27 de Abril de 2009
JOÃO PAULO GUERRA,LOGO, ÀS 18.30 NA FNAC CHIADO
Eu sabia, meu querido amigo, que, um dia, ocuparíamos o Chiado.
"Cá em cima (A25A) está o António, lá em baixo(FNAC) está o João"!Juntaram-se os dois à esquina para tocar ...as concertinas de Abril!!!
Vamos ver se consigo, logo, dar-te o abraço que mereces!
Lembras-te da encomenda que o nosso querido e saudoso
Josué da Silva, do
Diário de Lisboa, ( vai à minha exposição ver a última ediçaõ do DL, hoje, propriedade desse outro amigo de Abril,
Marques Júnior !) te enviou lá para o
Notícias da Amadora de ...
Carlos Carvalhas, o homem que assinou o meu primeiro cartão de "quase" jornalista?!
De facto, o estar em vésperas de "ir para a tropa", inviabilizou, então, a possibilidade de entrar no DL.
Estamos nos quentes anos de 1972/73 e também a ti devo a compreensão de coisas, até então, tidas como incompreensíveis. Daí a duas ou três crónicas "censuradas" foi um passo!Obrigado,
João. Obrigado
Josué!
Até mais logo!
E cá estamos de regresso. A Fnac já foi.
O João Paulo Guerra está em forma. Descer à Fnac (sim, como quem desce da Galeria da A25A !!!) foi muito gratificante. Por lá passaram algumas da minhas velhas e sempre actuais referências no que ao mundo da rádio e jornalismo diz respeito. Uma reflexão que quero um destes dias aprofundar. Liberto, cada vez mais, de qualquer constrangimento ou gratuito deslumbramento. Acho que sempre assim foi. Referências, sim, mas nunca interferências. Livre para construir o meu próprio percurso. Com o benefício do seu despretensioso aplauso. Solidário, agora, às portas da minha própria terceira idade, pronto para os novos combates dos novos velhos de agora! Não, não me resigno a ver Luis Filipe Costa, Rui Morrison, Adelino Gomes, Joaquim Furtado, o próprio João Paulo Guerra, sim,e outros, como que encostados à boxe. Acho que um destes dias, mais cedo do que penso, alguém, do alto de uma sábia
terceira idade, subirá ao ringue para dar um par de murros no quotidiano de um país que, assim, prescinde dos seus mais jovens anciãos .
Certo, meu caro
Mário Zambujal?!
antónio colaço
Domingo, 26 de Abril de 2009
WEBANGELHO
Dançai com Cristo sobre os EvangelhosFrei Bento Domingues, O.P.
(In Publico, hoje, 26.o4.099
As narrativas que temos são actos de linguagem que tentam apontar sinais, mas não descrever o sobrenatural 1. Desde E. Cassirer, ninguém estranha que se diga que o ser humano é um animal simbólico. Certo positivismo tem dificuldade com essa linguagem, mas é o positivismo que restringe a sua capacidade. É próprio das artes, da literatura e da música sugerir, no sensível, o inexprimível da realidade inabarcável em conceitos claros e distintos. Na Semana Santa, foram celebradas todas as formas da dor humana. Na Vigília Pascal, antecipamos as páscoas que faltam: matar todos os dias o poder da morte na morte de Cristo, ressuscitar na Sua ressurreição. Nessa Vigília, mãe de todas as vigílias, apesar das longas horas que convocaram o que há de melhor em nós, tudo ficou ainda por dizer. Foi a partir daí que dois mil anos de literatura, música, pintura, cinema fizeram de Jesus Cristo a figura suprema do mundo desejado. Até às festas da Ascensão e do Pentecostes, os cristãos continuarão a dizer, num grande crescendo da memória, o que aconteceu, acontece e acontecerá. Dir-se-á que os textos dos Evangelhos e dos Actos dos Apóstolos sobre a Ressurreição estão semeados de acontecimentos inverosímeis, de incongruências e até de contradições. Todos os anos regressa a discussão sobre o que neles é histórico, lendário e simbólico. 2. Há dois caminhos que não vão dar a lado nenhum saudável: tentar destrinçar o que é histórico e o que é lendário; servir-se dos textos para pregações e catequeses moralizantes. Os historiadores e os psicólogos podem tentar saber por que razão os discípulos - que tinham dispersado ao verificar a crucifixão e a morte de toda a esperança depositada em Jesus -, passado pouco tempo, confessavam a experiência de que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Messias, está vivo e, por causa dele, estarão progressivamente dispostos a tudo. A esse nível, o fenómeno em torno da descrença e da crença na Ressurreição pode ser matéria de história e de psicologia. Mas nada mais. Ninguém viu o acto de ressuscitar nem quem o ressuscitou. São realidades da ordem do inverificável empiricamente. Por duas razões. Primeiro, porque não se trata de alguém que estava morto e que voltou à sua situação anterior. Se fosse o caso - como se diz que aconteceu com Lázaro -, poder-se-ia comparar a situação dessa pessoa antes e depois da morte. Segundo, um fenómeno sobrenatural e o próprio Deus não são evidentes, não são fotografáveis nem testáveis em laboratório. Quem imaginasse o contrário negaria a absoluta transcendência de Deus e o sobrenatural. As narrativas que temos são actos de linguagem que tentam apontar sinais, mas não descrever o sobrenatural. Pode-se, no entanto, perguntar: mas então, porque será que as narrativas e as pregações do Novo Testamento não se contentaram com a sobriedade essencial: Jesus ressuscitou e não sabemos mais nada. Parem de pensar, de imaginar e de perguntar. De facto, não foi o que aconteceu. S. Pedro, bastante mais tarde, aconselhou: "Estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança" (1Pd 3, 15). Os autores do Novo Testamento tinham de mostrar que o ressuscitado era o mesmo que foi crucificado, mas não o era da mesma maneira. Era ainda mais real, mas numa forma de realidade incomparável com aquela com que tinham convivido. 3. Tarefa nada fácil. As testemunhas da experiência do Ressuscitado tinham de apresentar a sua convicção na linguagem dos gestos e das experiências que tiveram com Jesus. Tinham também de mostrar o que havia de radicalmente novo naquela experiência. Não lhes caiu do céu um ditado divino que dispensasse a imaginação e as palavras humanas. A Ressurreição transfigura, mas não pode negar as exigências da Incarnação. Tinham de se servir do que estava disponível na sua língua, na sua cultura. São os conceitos de inspiração, revelação e inerrância, atribuídos aos textos bíblicos, que precisam de levar uma grande volta, para não produzirem resultados mais nefastos do que aqueles que pretendem evitar. Se consentirmos na convicção de que a linguagem simbólica, metafórica, é a mais adequada para exprimir e dizer a fecundidade do mistério pascal na nossa vida, como perpétuo movimento, constante conversão, passagem da morte à vida pelo amor dos irmãos, de todos (1Jo 3, 14), não estranharemos acontecimentos inverosímeis, incongruências e até contradições. O cristianismo junta, no Espírito de Deus, nosso espírito, duas palavras explosivas que parecem incompatíveis: Jesus e Cristo. Não é na linguagem dos tratados teológicos e dos catecismos que a poetisa açoriana Natália Correia evoca a Páscoa e o Pentecostes. E ainda bem: "Musas amigas, levai estes espelhos / Que reflectem do tempo a estampa fútil. / Dançai com Cristo sobre os Evangelhos / O círculo dos deuses inconsútil. // Nem céu nem inferno dos sacramentos velhos / Que são os cárceres de uma fé indúctil. / De em meu barro escutar santos conselhos / Desposa o Espírito minha alma núbil. // E em meu jardim interior passeiam / À meia-noite em flor amantes mortos / Que entre acácias se estreitam ressurrectos. // Com paixões que as grades incendeiam / Endireito da vida atalhos tortos, / E na morte entrarei de olhos abertos."
Sábado, 25 de Abril de 2009
ESTE DESENHO É PARA SI.ÀS 15.35H
Às 15.35H esperamos por si. Na Galeria da Associação 25 de Abril.Uma forma de partilhar Abril. No desenho, um original numerado e assinado, está colada uma pequena relíquia de há 35 anos: um
pedacinho de película das instalações da RTP de então, ao Lumiar.
Enfim,
Abril de
mão em mão.
Abril de mãos dadas. Pedindo por
mais Abril!
Mais Abril.
Abril para muitos mais, como dizemos no catálogo da nossa exposição. Como o disse, com emocionadas lágrimas, lágrimas de Abril, o meu querido amigo e camarada
Marques Júnior!
Para ele e
todos os militares que há
35 anos saímos à rua, um imenso
abraço de Abril!"
A todos muito obrigado e.... até já!
ÚLTIMA HORANa oferta dos 35 desenhos, está incluída a surpresa que acabámos de ter:
- O nosso querido amigo Pe
Anselmo Borges reproduz, hoje, na sua coluna, no
Diário de Notícias, a magnífica intervenção com que nos brindou na inauguração da Exposição. Mais palavras para quê? O nosso
WEBANGELHO, ao vivo!
Muito obrigado, outra vez, Pe
Anselmo Borges:
35 anos depois
por Anselmo Borges
Hoje é como se vivêssemos ( ou vivemos mesmo?) numa democracia deprimida. Que se passou?
In Diário de Notícias, 25Abril 2009
Para a abertura da exposição "Abril, ânimos mil", na Galeria da Associação 25 de Abril, em Lisboa, António Colaço desafiou-me para um intróito: "De que falamos, quando falamos de ânimo?"
1. A identidade humana é narrativa. Mas a história narrada de cada um(a) é sempre incomensuravelmente incompleta, pois seria preciso narrar a história do universo todo, donde vimos e onde somos, até ao big bang - a grande explosão. O universo é dinamismo, que se vai configurando em estruturas cada vez mais complexas, numa história com 13.700 milhões de anos e aberta.
De que falamos, quando falamos de ânimo? Deste dinamismo cósmico que se autoconfigura, da cosmogénese, da biogénese, da hominização. Deste dinamismo em luxo e luxúria, presente em milhares de milhões de galáxias e em expansão.
2. A estrutura mais complexa que conhecemos é o Homem. De que falamos, quando falamos de ânimo? Do Homem, no dinamismo da liberdade, com duas possibilidades: liberdade criadora e liberdade destruidora. O dinamismo do mundo, agora consciente e livre, na e pela relação, constrói; curvado sobre si mesmo, devora-se e destrói.
3. De que falamos, quando falamos de ânimo? Do amor cósmico, esse amor que tudo move, como disse Dante. É também esse amor - energia e dinamismo - que une a história dos povos. Por causa da liberdade, também eles criam e dinamizam ou oprimem e destroem.
De que falamos, quando falamos de ânimo? Também falamos da Revolução dos Cravos, de Abril. Foi o júbilo do "dia inicial inteiro e limpo", sob o desígnio de democratizar, descolonizar, desenvolver.
E assim se fez, mesmo se a descolonização foi inevitavelmente dramática, a democratização feita aos solavancos, o desenvolvimento, pouco e sobretudo pouco racional. Mas o que éramos e o que somos!... Não há nada que pague a liberdade, a democracia, recuo do analfabetismo, fraternidade de povos, igualdade de homens e mulheres. É disso que falamos, quando falamos de ânimo.
3. Mas, hoje, é como se vivêssemos (ou vivemos mesmo?) numa democracia deprimida, quase impotente, sem ânimo. Que se passou?
Ele foi a sofreguidão do ter sobre o ser, na ganância louca do consumo de teres, na perda de valores fundamentais, da honra, da dignidade e do espírito. Continua vivo o individualismo dos portugueses: não conseguimos interiorizar que o que é bom para Portugal é bom para mim. A situação do ensino não é felicitante. Ah!, aquela abertura apressada e sem critério de Universidades, para ganhar eleições! O fosso entre os muito ricos e os muitos pobres é cada vez mais fundo e parece que o maior da União. A corrupção campeia. Quem acredita ainda no sistema judicial? E os jovens desinteressam-se pela política, como que para evitar um lugar mal frequentado. Que Abril foi esse que, passados 35 anos, ainda permite 2 milhões de pobres? E quem sabe o que vem aí?
Ainda é de ânimo que falamos, quando o que nos visita é o desânimo? Sim, é ainda de ânimo, se o desânimo se tornar força dialéctica para a sua autosuperação.
5. O que aqui nos trouxe foi a arte. Sem beleza, não há salvação. O artista imita a natureza: não a natureza naturada, mas a natureza naturante, o dinamismo e o ânimo que habitam o universo enquanto força criadora originária. O artista é, por isso, génio: gera beleza a partir da fonte dinâmica do mundo e anima a esperança.
O mundo não é estático: está em processo e é processo. As suas possibilidades ainda se não esgotaram, e essa é a razão por que o ânimo não é apenas psicológico, mas ontológico, da ordem do ser. O processo do mundo ainda não transitou em julgado. Abril também não. Caídas as máscaras, poderemos reencontrar o ânimo daquela manhã primeira. Se foi possível no passado, porque não há- -de sê-lo no presente e para o futuro?
A beleza abre ao futuro e à Transcendência e é promessa de ânimo, mesmo quando faz falar a arma da crítica e da sátira político-social. É disso que falamos, quando falamos de ânimo.
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Até já, na Galeria!
antónio colaço
EMERENCIANO, FINALMENTE O ENCONTRO
A ânimo esteve na inauguração da Exposição IR & VIR de Emerenciano. Ano após ano de contactos telefónicos, mailáticos e afins, chegou a hora de conhecermos pessoalmente Emerenciano.
(Aguarda edição)
Sexta-feira, 24 de Abril de 2009
AMANHÃ,ÀS 15.35H, ESTE DESENHO PODE SER SEU.APAREÇA NA GALERIA A25
Mais do que uma vulgar campanha de sedução para que visitem a Exposição ( fim de rima! ) "
ABRIL,ÂNIMOS MIL",patente na Galeria da Associação 25 de Abril, ao Chiado, na Rua da Misericórdia, Nº 95, do que se trata é de comemorar os 35 anos de Abril.
Assim, amanhã, Sábado, 25 de Abril, a partir das
15.35, os primeiros
35 amigos da ânimo que subirem à Associação 25 de Abril, terão direito a um original evocativo ( sim, e invocativo, tipo,
Mais Abril para Abril! ) elaborado com predominância de vermelho e dourado, a partir da obra patente na referida Exposição "RELÍQUIAS VIVAS!
Nestra tela estão guardadas, finalmente, as memórias físicas do 25 de Abril do animador de serviço: as munições que não foram utilizadas, os galões de soldado cadete da EPAM, unidade que atacou a RTP, um cravo, então oferecido por um entusiasmado cidadão e um pedaço de um velho filme da RTP.
Ora, amanhã, os 35 desenhos em oferta, conterão, também, um
frame da referida película!!! Querem mais
partilha?!
Ah! Se visitar a Exposição - o que agradecemos, apesar de ao fim da primeira semana ainda não termos conseguido vê-la
inscrita em nenhum dos consagrados
roteiros dos nossos
media escritos - muito obrigado à Lusa, à TSF, à Antena1, ao Diário de Notícias e ao Expresso, bem como à RAL e Primeira Linha, de Abrantes, e Voz da Minha Terra , de Mação, que a ela se referiram - lembre-se:
- Este quadro, "A ÚLTIMA PEDRA", elaborado com três tijolos oitocentistas provindos dos resíduos das recente obras de remodelação da Assembleia, está em
leilão, com uma base de licitação de
500 euros. O produto da venda reverterá integralmente para o orfanato das 50 crianças órfãs de
Bolenga, Uganda, e cujos pais morreram com sida. Conhece algum amigo que possa estar interessado?
Ou, como dizem as animadoras do
Projecto Uganda:
" Quem atira a última pedra neste casamento entre a arte e a solidariedade?
Até 9 de Maio, na Associação 25 de Abril (na Rua da Misericórdia, perto do Largo Camões, em Lisboa) esperamos fazer uma revolução!
As paredes de Bulenga precisam destas pedras…
Africa,
Abril,
Amanhã...( por um
amanhã melhor ) isto anda tudo ligado!
Até amanhã! Até Sempre!
antónio colaço
VASCO LOURENÇO.ABRIL POR DENTRO
O meu querido camarada e amigo,
Marques Júnior, numa foto que tem o mérito de assinalar, lá ao fundo, a obra "Adeus, Diário de Lisboa", feita a partir da última edição do Diário de Lisboa!
Enquanto entardecemos ali para as bandas de Belém, fiquemos com o relato da Lusa sobre a concorrida sessão de lançamento da obra "
Do interior da Revolução", de
Vasco Lourenço:
Lisboa, Portugal 23/04/2009 21:26 (LUSA)Temas: História, Política, Defesa, Forças Armadas, revoluções
Lisboa, 23 Abr (Lusa)- O coronel Vasco Lourenço afirmou hoje que a promoção de Jaime Neves a major-general o fez ponderar "não comparecer nas comemorações" do 25 de Abril e que "só não o fará por respeito à Assembleia da República e aos deputados".
Quase no final da apresentação do livro "Vasco Lourenço - do interior da Revolução", lançado hoje na Associação 25 de Abril - a que preside - o militar e capitão de Abril voltou a tecer críticas à promoção do coronel Jaime Neves a major-general.
Segundo ele, essa promoção fê-lo reflectir sobre a presença na cerimónia de comemoração do 25 de Abril no Parlamento, onde estarão as mais altas figuras do Estado.
"Ponderámos não comparecer nas comemorações do 25 de Abril, só não o fazemos pelo respeito que temos à Assembleia da República e aos deputados, que são os representantes máximos da democracia", afirmou.
Ainda sobre o mesmo assunto, Vasco Lourenço revelou que alguns "problemas de consciência" o estavam a fazer retardar a publicação da obra mas que tal acabou quando teve conhecimento da promoção do outro militar.
"A atitude de promover o Jaime Neves nas condições em que o fizeram deu-me uma paz de espírito extraordinariamente grande. Os dois responsáveis por esta promoção tiraram-me todos os problemas de consciência", afirmou Vasco Lourenço, sem no entanto especificar a quem se referia.
Perante uma audiência de quase uma centena de pessoas onde se incluíam várias figuras ligadas à política e à instituição militar, o presidente da Associação 25 de Abril acrescentou: "A promoção teve este aspecto positivo, desculpei-me lá com aqueles que como eu não concordam nada com a promoção do Jaime Neves".
"Não pretendi atacar ninguém mas se o fiz, paciência", declarou, acrescentando, sem citar nomes. que alguns militares "quiseram a medalha de ouro quando têm direito à medalha de bronze".
Antes da apresentação da obra - o último livro produzido no âmbito do projecto de História Oral do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, sob a responsabilidade de Maria Manuela Cruzeiro - Vasco Lourenço considerou que a promoção de Otelo Saraiva de Carvalho a coronel, anunciada hoje pelo Ministério da Defesa, "já devia ter sido promulgada há mais tempo".
"O Otelo está a ver reconstituída a carreira no âmbito de uma lei que foi aprovada já em 1999 para reconstituir a carreira aos militares que se envolveram no 25 de Abril e eu saliento, que se envolveram ou 'pró' ou contra, e que viram a sua carreira prejudicada por isso. Portanto nada mais natural, já devia ter sido promulgada há mais tempo mas só acontece agora", afirmou Vasco Lourenço, questionado pelos jornalistas.
"A decisão vem desde Paulo Portas, que não a assinou quando era ministro da Defesa, de maneira que para nós é absolutamente natural", referiu.
ATF.
Lusa/fim
EMERENCIANO.A PARTIR DE HOJE EM CASCAIS
A partir das
21.30, de logo, e até 28 de Junho, no Centro Cultural de Cascais.
IR&VIR, pintura de
Emerenciano.Se não tem onde IR, logo à noite, diga que vai da parte da
ânimo.Será que é desta que nos vamos conhecer pessoalmente, Mestre
Emerenciano?
Êxitos, enquanto por aqui preparamos a surpresa para amanhã! Por artes mágicas conseguimos montar, algures, um pequeno atelier serigráfico ..."descartável"!! Por momentos, sentimo-nos transportados à Piazza Navonna e ruas afins!
Até mais daqui um pouco, para os leitores da
ânimo.
Para si,
Emerenciano, imagino a azáfama, apesar de isso, por aí, em Cascais, ser "à profissional", imagino. Não, não é nenhum lamento de nenhum
sem-abrigo das artes plásticas. Voltaremos ao assunto para a semana. Prometemos umas animadas
confissões sobre as tantas "plásticas " das lisboetas artes plásticas.
Bora lá para Cascais que o
Emerenciano é dos que
merece!
antónio colaço
PARABÉNS, ANABELA GLOBAL
O que os anos nos fazem, quando fazemos anos.
O
Parlamento Global comemora hoje um ano de vida! A incansável
Anabela Neves não pára. Em vez de comemorar o passado dos dias tem passado os últimos dias a preparar uma comemoração do
25Abril non stop para amanhã!
Vamos colaborar e, mais, oferecer, amanhã, um exemplar de uma edição limitada e assinada de 35 originais, com que festejamos os 35 anos de Abril, ao mesmo tempo que dinamizamos a Exposição "Abril ânimos Mil"!
Os pormenores mais tarde.
Para já,
Parabéns, à Anabela e a toda a equipa, Joel, Rute, Patrícia, Sónia e Bruno.
antónio colaço
Quinta-feira, 23 de Abril de 2009
HOJE HÁ GRANDE ANIMAÇÃO NA ASSOCIAÇÃO
Tem dois óptimos motivos para subir, hoje, Quinta, até à Associção 25 de Abril.Sim, é certo que está lá a nossa exposição "ABRIL,ÂNIMOS MIL"que, se quiser pode visitar.
Mas, pelo menos não perca às 18.30 o lançamento do livro do meu amigo Vasco Lourenço, "Do Interior da Revolução".Para abrir o apetite, um cheirinho do que a Lusa acaba de adiantar:
Em declarações à Agência Lusa, à margem do seminário "As dimensões internacionais do 25 de Abril", que decorreu terça-feira no Instituto de Defesa Nacional, o antigo militar e actual presidente da Associação 25 de Abril revelou que o livro vai trazer a "vivência" do antigo militar em "três períodos fundamentais" da sua vida.
"A guerra colonial, a conspiração para o 25 de Abril e o processo do 25 de Abril que se seguiu até à aprovação da Constituição. Vão encontrar a minha verdade porque eu conto a minha vivência e portanto conto a minha verdade e depois de algumas dúvidas, quis ser como sou normalmente e não ser politicamente correcto e conto os pormenores do que se passou", adiantou Vasco Lourenço.
Na opinião do antigo militar, o livro traz "muitos pormenores que podem ser contestados" e apesar de admitir ter tido dúvidas em relação ao que devia dizer, Vasco Lourenço garante que optou por contar o que realmente se passou: "portanto vão saber a minha verdade", garantiu.
Apesar de se ter recusado concretizar que momentos da sua verdade serão diferentes da versão corrente dos acontecimentos deste período histórico, Vasco Lourenço acabou por apontar o 25 de Novembro como exemplo.
"No aspecto do 25 de Novembro venho voltar a repor a minha verdade do que se passou e não a verdade que é comummente aceite pela imaginação pública hoje", apontou, admitindo referir-se a Ramalho Eanes.
"
A relação entre mim e o general Eanes, que foi meu subordinado e meu adjunto nas acções militares do 25 de Novembro e que está visto como o comandante das operações, quando quem comandou foi o general Costa Gomes e eu com ele como meu adjunto", revelou.
A obra, que vai ser apresentada hoje, em Lisboa, é o último livro produzido no âmbito do projecto de História Oral do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, sob a responsabilidade de Maria Manuela Cruzeiro.
Com chancela da editora Âncora, "Vasco Lourenço - do interior da Revolução" é apresentado às
18:30, na sede da Associação 25 de Abril, em Lisboa.
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ÀS 21.30, dois outros amigos, O
Paulo Nuno Vicente e a
Alexandra Lucas Coelho debatem:
A Youth Press Portugal - Associação de Jovens Jornalistas regressa às tertúlias . A próxima é já hoje, quinta-feira, dia 23 de Abril, e o tema que propomos é:
A cobertura mediática de conflitos
- Qual o papel dos jornalistas na cobertura noticiosa durante períodos de guerra?
- Os media permitem à opinião pública um entendimento correcto e independente do que está em causa nos conflitos?
- Como lidam os jornalistas com eventuais influências da censura, da propaganda e das técnicas de relações públicas por parte das autoridades envolvidas?
Vem reflectir sobre estas e outras questões, dia 23 de Abril de 2009, quinta-feira, às 21h na Associação 25 de Abril, na Rua da Misericórdia, 95 ao Chiado.
Convidados:
Alexandra Lucas Coelho (Público) - Jornalista do Público, actua na área da grande reportagem e da cultura. Em 2005-2006 esteve seis meses baseada em Jerusalém como correspondente. Em 2007 publicou “Oriente Próximo” com narrativas jornalísticas entre israelitas e palestinianos. É autora do blog
http://diariodereportagem.blogspot.com sobre o conflito israelo-palestiniano e está a preparar um livro com um diário de reportagem no Afeganistão.
Paulo Nuno Vicente (Antena 1) - Jornalista da Antena 1,
é também é o autor do blog Jornalismo em Segurança - Report on Safety http://reportsafety.wordpress.com/ , onde partilha as suas experiências como repórter em teatros de guerra. Entre os principais trabalhos destacam-se reportagens na Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Ceuta e Melilla, Líbano, Bósnia, Israel, Cisjordânia, Chade e República Centro Africana. Prepara actualmente um documentário sobre Cabo Verde e Guiné-Bissau para a Associação para a Cooperação entre os Povos (ACEP).
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Então digam lá se não vale a pena subir até à Associação 25Abril?!
Se quiserem perder mais um minutozito, claro, apreciam as obras que lá deixámos e.... até podem trazer sementes de revolução, perdão de girassol!!!
ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA, PERDÃO, VAI ESTAR NO 25 DE ABRIL, 35 ANOS DEPOIS?
ATENÇÃO AOS 35 PRIMEIROS VISITANTES DA EXPOSIÇÃO ABRIL, ÂNIMOS MIL, DO PRÓXIMO SÁBADO...às 15.35!!!
MAIS PORMENORES DA SURPRESA QUE ESTAMOS A PREPARAR PARA AS 15.35 DE SÁBADO, 25 DE ABRIL,35 anos de Abril, JÁ A SEGUIR!!!!
antónio colaço
Quarta-feira, 22 de Abril de 2009
ULTIMA HORA:ONDE VAI ESTAR SÁB. 25 ABRIL?!!
Aguarde!
Temos uma ( agradável e...compensadora ) surpresa para si,
tome nota:- No próximo
Sábado,
25 de Abril, às 15.
35,
35 anos depois, onde é que quer estar?!
-Não se assuste!
antónio colaço