Este título, meu caro Valter, não é uma pergunta de quem duvida e sim a convicta afirmação de alguém que em ti e na tua energia acredita! Sim, vale ter esperança em Valter Marques como o homem em quem os maçanicos depositam todas as adiadas esperanças para as mais que desejadas e legítimas mudanças.
-Mas eu só fui eleito para governar os meus conterrâneos de Penhascoso, dirás!
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Deixa-me que te felicite, antes de tudo o mais, não só pela vitória do teu querer mas, também, pelo querer vitorioso dos nossos amigos de Penhascoso. Porém, Valter, a tua vitória é o primeiro passo para essa vitória outra há muito por todos nós desejada, qual seja, a de ver a nossa terra libertada de quase quarenta anos de nada. Eu sei que me vais chamar excessivo e, até, por que não reconhecê-lo, desestabilizador na serenidade de que deveriam ser feitos estes teus primeiros dias como responsável dos destinos de Penhascoso! Não te dou razão pela único motivo de estar a falar para um jovem que acreditou e se fez ao caminho e a quem não imagino ficar mudo, quedo e assim com tão pouco, contente! Não! É por isso que a tua vitória contém tudo aquilo de que precisamos e de que não fomos capazes ao longo destes últimos e atribulados anos de militância no PS/Mação! Ou melhor, de que não fomos capazes no conjunto das forças vivas maçanicas! Sim, faltou-nos a tua genica e o teu querer, perdemos demasiado tempo a discutir, entre nós, quem tinha mais poder!
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É certo que vais ter todo o tempo do mundo para mudares Penhascoso e aquilo que nele precisa de verdadeira mudança, respeitando e aplaudindo o que o teu antecessor conseguiu de melhor! Sabes, tens a humildade que nunca faltou aos grandes de coração e tanto assim é que nas tuas primeiras palavras disseste que querias trabalhar para e com todos, outro dos sinais de que precisamos para as desafiantes tarefas que ora te confiamos! Ou seja, nas mudanças que vais operar em Penhascoso, todos temos os olhos postos no Valter generoso, no Valter que queremos generosamente a mudar Mação!
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Vais ver que vais conseguir tempo para tudo e, sobretudo, conseguir tempo para nos reconciliares a todos. És o único, Valter, que está em condições de provar que Mação tem solução! Desde logo, por solucionares o que entre nós, dentro da casa socialista parecia não ter solução! A palavra mágica que tu conheces como poucos, eu sei, Valter, é o perdão! Perdoar significa para grande parte dos entendidos nas modernas terapias comportamentais " deixar partir", ser capaz de perceber que uns e outros, em nome das mais diversas razões, fomos incapazes de dizer um decidido não a egoísmos vários, a uma excessiva atenção sobre nós próprios, nunca percebendo que não somos sózinhos e que contar com o outro não nos diminui, e, sim, engrandece porque dinâmico somatório de várias vontades, vários protagonismos. O passado é passado, não o podemos mudar mas podemos mudar a forma como olhamos para o que nele fizemos, sobretudo, porque, em face dos fracos resultados alcançados na dúzia de anos que duraram estes desencontros só podemos concluir que há que desistir. Desistir de insistir nas mesmas atitudes!
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És tu Valter, de mãos dadas com mais meia dúzia de jovens, de coração limpo, não contaminado pelos nefastos condicionalismos de que te falei, quem está em melhores condições para nos chamares a Penhascoso, daqui a um ano, talvez, com alguma obra feita, sim, mas sobretudo numa quotidiana atitude de "mãos à obra", vamos lá a erguer a obra 2013!
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E tu és, Valter, no meu modesto entender, o alicerce, a primeira pedra, dessa grande obra que será colocar-te na Câmara Municipal de Mação em 2013!
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E que se saiba desde já! Para que os que em ti confiam estreitem todos os laços da muita solidariedade que vai ser precisa e para que os que julgam que o Palácio lhes pertence ad aeternum te temam, com um temor que os faça fazer melhor, sim, mas que na hora de decidir o povo saiba de quem falamos e com quem verdadeiramente contamos para mudar, para, finalmente, evoluir!
antónio colaço
PS
1.Mas é claro que tenho um primeiro pedido a fazer-te: devolve-me a alegria e o fascínio dos moínhos do Penhascoso da minha adolescência. Pelo menos um dos que ainda lá deixou os seus vestígios. Valter, tal como eles, que o vento te faça mover todas as montanhas!
2.Voltarei a mais alguns detalhes, mas, amanhã, Valter, quero que sejas um dos motivos de animada conversa nesse momento maior de todos nós que é a Feira dos Santos. Vamos enfeirar o futuro! Temos o Valter Marques a marcar a agenda deste nosso presente! Com os olhos postos num mais solidário futuro!
Querida Mãezinha, não sei se consegues perceber a nossa alegria, apesar de termos deixado os nossos lares há tão poucos dias, aqui estamos a reclamar que não nos faltes, tu e as Mães dos meus queridos colegas de aventura, com os "Bolinhos, bolinhos, à porta dos seus santinhos!!!" que faziam a delícia das nossas gulosas gargantas por estes dias!
Lembras-te das bolsinhas em retalhinhos coloridos que com tanta paciência para nós costuravas? Se quiseres podes mandar no cabaz pela carreira dos Claras que aqui no seminário depois vão lá buscar. Vê se mandas daquelas broas de milho,das maiores, lembras-te, com intenso sabor a erva doce, para além daquelas mais pequeninas, com sabor a nozes e mel... Mas olha, manda em quantidade para repartir com os meus novos amigos. Eles estão neste momento, tal como eu, na solidão das suas carteiras, um bocadinho às escondidas, a escrever o mesmo postal que eu...espera, tenho de parar, vou disfarçar e esconder o postal entre as páginas da Selecta Latina. Vem aí o padre perfeito que está sempre de olho em nós. Eu estou aqui mesmo ao pé de um santo em madeira, acho que se chama S.Tomás de Aquino, se queres que te diga ainda não sei bem quem ele é, mas, se a santa protecção dele pode ser uma vantagem a verdade é que tenho de olhar sempre para trás para ver se o padre já entrou na sala o que, como deves clacular, exige uma capacidade de manobra mais rápida que a dos meus colegas que estão lá mais para o fundo.Pronto, o padre Emílio já se foi, dizem que bate muito com uma vergasta, acho que não me vou safar até porque a Matemática, de que ele é professor, não é muito do meu agrado, como sabes! Que S.Tomás me ajude e desvie a vergastinha das minhas queridas orelhas. Pronto, não posso demorar mais até porque daqui a bocado vamos todos para o recreio e, imagina tu, enquanto os outros meninos vão jogar a bola, descobri ali numa sala um velho órgão mas que está meio estragado e custa um pouco a pôr-se de pé!!!É engraçado acho que vou ser capaz de o pôr a tocar. Claro que eu não sei como é que aquilo se toca mas deve ser melhor do que aquelas imitações que fazia aí com os dedos na nossa mesa que o Pai carpinteirou no Verão passado, enquanto comia e que tanto te irritavam, " pára, Tóze!!! Come, Tóze!!!"....Mãezinha, tenho muitas saudades tuas e.... das tuas broínhas....
Mãezinha, na linha do que diz aquele nosso amigo lá de Proença, o Zé Henrique, mas agora ao contrário, " a sorte que nós tivemos em encontrar umas mulheres assim" ( a mulher dele também se chama Filomena, como a nossa Meninha, sabes?!) toma, prova das broínhas que fizemos a noite passada sob a criativa batuta de Meninha.
Já comprámos numa grande superfície tudo o que precisávamos para os putos que amanhã nos vão bater lá à porta. Não tem nada a ver com os nossos tempos, em que, pela manhã cedo, nos metíamos ao caminho das aldeolas em torno de Cardigos, como a Lameirancha.... Pronto, faz de conta que aí onde estás nos agradeces por manter viva a tradição e que te soube bem na Net eterna de que são feitos os teus dias dar uma espreitadela pelos aromas da nossa receita. Vai lá descansar mais um bocadinho que é para os meninos que costumam passar por aqui se deliciarem também um pouquinho! -Bolinhos, bolinhos, à porta dos seus santinhos!!!
antónio colaço
Estamos a aproximar-nos do grande dia de Todos os Santos que faz subir a Mação multidões para a tradicional Feira que aqui tem lugar. Mais um ano em que a nossa querida terra fica a marcar passo, alindada que deveria estar, para receber aqueles que aqui se deslocam, muitas vezes com o único objectivo de .... vir à Feira dos Santos de Mação!
Quer isto dizer que, apesar de tudo, apesar de todos os atropelos ao nosso património edificado, Mação ainda existe,Mação ainda resiste. O último dos quais, na continuada linha de nos rupestrizarem, é meterem-nos num jogo rupestre, assim à descarada, dando possibilidade aos jogadores de intervirem, no jogo, claro, com o nosso atribulado quotidiano. É melhor ficarmos por aqui esperando por um sinal, por uma atitude que tarda por parte dos rupéstricos (académicos rupestre) responsáveis e de quem lhes dá total cobertura, no sentido de aguardadas intervenções que, de uma vez por todas, nos tranquilizem os corações. As imagens que se seguem, de tão reais, de tão inestéticas, fazem parte do jogo outro que vos propomos: não vamos deixar que continuem a brincar connosco .... às casinhas!
Atente-se, só, para o naco de refinada e cínica prosa do presidente no seu último boletim: (...) "Mação oferece-lhe ainda os conhecimentos e a ciência que aqui se desenvolvem pelas mãos de investigadores de arte rupestre de todo o mundo e os projectos internacionais que elevam o nosso nome a patamares elevados à escala mundial!!!" Para além das redundâncias o que mais choca é a deslumbrância! Um nome, dr. Saldanha, só o é quando significa vida por dentro do nome de quem o habita e o Mação que andam a vender é, de facto, o Mação morto, rupestre, coisa bem diferente do Mação agonizante em que, com o silêncio cúmplice de todos os académicos nos vai tornando os dias! Uma coisa é estudar o passado, outra coisa é deixar estalar o presente! No mínimo deveria perceber-se que os nossos académicos têm o dever de combinar preocupações rupestres com um não decidido à crescente rupestrização de Mação!
O seu silêncio e a cumplicidade da autarquia torna ambos responsáveis por cada pedaço de telhado, por cada pedaço de muro em que vamos tropeçando, seja na Travessa do Fraião, seja na desvirtuada rua de Santo António!
antónio colaço
Não, não se trata de mais um dos saudosos e famosos livrinhos de aventuras d'OS CINCO da Enid Blyton. Apenas o dom da amizade com gratificantes tons alentejanos.
Obrigado, Carlos Júlio, "espalha", aqui, neste chão, a tua "inquietação":
Conheço o António Colaço desde o advento das rádios livres, ele que foi um dos seus precursores na Rádio Antena Livre de Abrantes. Já lá vão uns anitos. Estava eu na Antena 1. Depois estivemos juntos na Rádio Ribatejo, em Santarém, a primeira rádio da TSF, quando a TSF era uma cooperativa de profissionais e amantes da rádio. Também lá estava o Fernando Alves, o José Carlos Barreto e tantos outros que hoje andam por aí espalhados. Derramados pelo vento da vida. Depois seguimos caminhos diversos, mas mantivemo-nos sempre em contacto. Ele no Parlamento, eu nos jornalismos. Sempre com a inquietação dos dias à nossa volta.
Nos idos de Março/Abril o António Colaço inaugurou uma nova exposição de pintura em Lisboa. Foi polémica. Devia ter sido exposta no Parlamento mas houve quem não quisesse, dado o autor "não ter nome". António Colaço expôs então, a convite de Vasco Lourenço, na Associação 25 de Abril. Mas havia um compromisso entre nós - entre mim e o António Colaço - de que, na próxima exposição, ele queria mostrá-la no concelho de Aljustrel, já que o pai era de Messejana e tinha emigrado para a zona de Abrantes sem nunca ter voltado à sua terra de origem. António Colaço queria fazer esta homenagem como um regresso às raízes. Eu prometi ajudá-lo na concretização desse desejo. E fizemo-lo, com a ajuda de Manuel Camacho, na altura presidente da Câmara de Aljustrel. (Obrigado Manel!). A exposição foi inaugurada em meados de Junho na Biblioteca Municipal de Aljustrel (onde tive a honra de fazer uma breve introdução à exposição) e depois, acho que em Agosto, em Messejana, a terra do pai de António Colaço (onde não tive oportunidade de estar presente).
Esta exposição tem muito de memória, de Alentejo, de terra, de sul (onde o António Colaço regressou para recolher elementos físicos e pictóricos para a exposição) e que pode agora ser vista, em imagens, através do site do Expresso. Aconselho vivamente este olhar. Um olhar que é também uma homenagem a um amigo, a um companheiro.Mais: a um patrício, cujas raízes estão em Messejana, mas cuja alma, religiosa e crente, vagabundeia pelo mundo. Como diz a canção: ó inquietação, ó inquietação!
Carlos Júlio
Provavelmente os 2.10 mais belos da música galega! Ou, se se quiser, de música da Música! Não há palavras. Está feito o reencontro com Emílio Cao! Os amigos da ânimo dos tempos mais recuados bem se lembram das emissões de rádio onde Emílio Cao tinha lugar de destaque. Ataca, Emílio!
antónio colaço
Sol, Irmão Sol, toma, para ti este farol. Para que nunca te percas de nós. Precisamos de ti tanto quanto tu precisas de nós. "Eu sou a Luz do mundo...". Nunca ficaremos sós.
antónio colaço
Esta imagem foi recolhida no site de campanha do PSDMação e espelha, como poucas, a atitude de Saldanha Rocha, o reeleito presidente da CM Mação, quando os problemas exigem um pouco mais do que showoff televisivo em que é perito!
-Há incêndios?
- Chega prá lá! Não é nada comigo! Vieram importados dos outros concelhos! - É preciso avançar para alcançar fundos para tornar a Serra do Bando num grande Parque Natural? - Chega prá lá. Não é nada comigo! É um problema dos proprietários da Serra, eles que se entendam! Etc,etc! Mas... desta vez a SIC apanhou Saldanha só que, nem aqui, confrontado com esta vergonha mal cheirosa deu o braço a torcer: - O quê, esgotos em Carvoeiro?! Chega prá lá !Não é problema nosso, somos uma câmara de parcos recursos... Apetecia dizer como o do anúncio " nós é que não somos parvos, perdão, parcos, perdão, porcos"!!!! Senhoras e senhores, queiram ocupar os vossos lugares, apertar os vossos cintos e .... colocar as vossas máscaras!!! Sim, vamos descer à terra da GRIPE M ( gripe Mação Menor! ) Valter Marques, põe aqui os olhos, meu! No próximo fim-de-semana vais saber porquê!
Amigo leitor, preparado para o que der e vier? Clique Aqui!!! antónio colaço
Uma vontade imensa de regressar às cantorias. À ideia de que, se a arte não se esgota nas galerias, também as cantorias não se esgotam nas catedrais. O regresso ao Túnel que dá acesso à Torre do Padrão, à Rosa dos Ventos, mesmo ao lado do CCB, 8.45 de uma enevoada manhã. Para nosso espanto, alguém se antecipara. Não restou outra atitude senão a de captar o precioso instante. Nem sequer uma moedinha, uma palavrinha, e, mesmo, umas palminhas para saudar o cantante. Assim se reparam três erros num só gesto: divulgá-lo! Pode ser que alguma televisão, sem agenda, por ali passe!
Obrigado, irmão cantor! BRAVÔ!!!!!!
antónio colaço
A ânimo não conseguiu, de todo, reviver os bons velhos tempos que o encontro de 2CV marcado para este fim-de-semana, em Mação, proporcionava deixando, desde já, os parabéns para a organização. Na memória as fabulosas tardes da capital do autocross, na saudosa Pista de Vale de Roubam, em Abrantes, e a animação das corridas que nós próprios ali protagonizámos fazendo a "narração" para os milhares de espectadores que de todo o Portugal para ali se encaminhavam. Uma foto procurada algures no Google:
Apanhado a regressar do Encontro de Mação - alguém tem imagens para partilhar, aceitamos - Arturo Cortez, um dos entusiastas no patrocínio às tão loucas quanto enlameadas tardes de Abrantes, acompanhado por sua mulher, em directo para as câmeras da ânimo.TV:
antónio colaço
Neste combate não nos faltará nem ânimo, nem coragem, nem determinação! José Sócrates, Primeiro discurso.
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