Rita e Lina. Ajudem-nas a ajudar os seus amigos órfãos de Bulenga, aqui!
" O mais valioso não é o que se TEM na VIDA , mas QUEM se tem na VIDA."
Bem hajam pelo bem que fazem a quem tanto precisa e nada têm....
ADMIRO-VOS MUITO.
Estou a ouvir na Antena 1 A RITA COLAÇO.....
Estou sem PALAVRAS.
DEUS dá-nos em dobro tudo o que nós damos com o CORAÇÂO.
Ainda sonho um dia fazer voluntariado......dar um sorriso....um mimo.....um colinho......um pão.....um pião....um avião......
O CORAÇÃO.
ESTOU CONVOSCO.
Maria Manuela Conceição Lopes
________________________
NR
Tal como a Maria Manuela, que não conheço, mas a quem agradeço, ESTOU, ESTIVE SEM PALAVRAS. Faço das suas palavras a minha oração matinal de hoje.
Obrigado,bom Deus, pelos filhos que nos Deste!
Obrigado, Maria Manuela.
2
Obrigado, Jorge, pela condução de mais esta "clara" emissão! Ficámos todos um pouco mais com África no Coração!
antónio colaço
A Ritinha recebe logo às 15H, na AMI, a Menção Honrosa conquistada pelo seu trabalho sobre Bulenga, Uganda.
Mas depois, da meia noite às duas, na Antena 1 (95.7 FM), a jornalista Rita Colaço é a convidada de Jorge Afonso.
Uma conversa que vai decorrer já depois do Portugal-Espanha!
Como diz o Jorge, todos os dias, "para tornar a noite clara como o dia", esperamos que o ambiente fique ainda mais claro depois de uma retumbante vitória sobre os espanhóis!
A Ritinha vai ajudar, sem dúvida, mesmo que as coisas corram mal para Portugal!
O meu prognóstico: 4-1 para Portugal! E o Ronaldo marca 3!!!!
antónio colaço
Esvaziado o tanque , Que desplante ! Um lamaçal Tão enojante Como desencorajante !
Tu és Capaz , Rapaz ! Saíam , Escovas , Vassouras, esfregões e pás !
Uma tarde inteira parágrafo desfrutar Este Instante . Até o sol posto com gosto Assistida .
Em tarde de caloria ,
d e b r u ç um d um s s o b r e um s á g u um s , Um Hortênsias s de alegria .
Obrigado pelas partidas que o Sapo nos prega. Pela ansiedade na construção de um texto que no instante de um clic se apaga por completo.E tu a pensar no estilo, incapaz de reagir, sereno, ao estalo.
Hortênsias, para longe todas as tensões, ao pé de vós, fiquem serenos, esplendorosos e frescos, os nossos magoados corações.
antónio colaço
Frei Bento Domingues
In Público, 27 Junho
“A ciência põe em evidência três dimensões que apontam para Deus”
Uma confiante peregrinação da razão
Os editores da Economist publicaram, no ano
passado, um livro volumoso sobre política e
religião na batalha pela modernidade – já traduzido
em português – O Regresso de Deus, com
um subtítulo apelativo: Como o regresso da fé
está a mudar o mundo (1).
Acerca desse regresso uns dirão que ainda bem, dirão
outros que é uma desgraça. Deixo isso para outra altura,
porque a própria noção de regresso da fé é confusa.
Por onde andava ela? De qualquer forma, não sei se vale
a pena ligar muito a estes títulos bombásticos. Ainda
há bem poucos anos, com algumas obras de Michel
Onfray, Richard Dawkins, Cristopher Hitchens, etc.,
parecia que iríamos ser submergidos por uma onda
de ateísmo “científico” que, afinal, se contentou em
passear de autocarro por alguns países. Irritou-se, no
entanto, com a chamada conversão de
Anthony Flew
(1923-2010), um filósofo britânico, conhecido e respeitado,
durante várias décadas, pelo seu pensamento
ateísta, embora se considerasse um “ateu negativo”,
ao declarar que “proposições teológicas não podem
ser verificadas ou falsificadas pela experiência”. Apresentou
esta posição, em 1950, no seu clássico artigo
Theology and Falsification (Teologia e Falsifi cação),
tido como uma das referências filosóficas mais citadas
da segunda metade do século XX. Para ele, qualquer
debate fi losófi co sobre Deus pressupunha o ateísmo e
o ónus da prova de que Deus existe fi cava a cargo de
quem afi rmava a sua existência.
2.Na narrativa da sua conversão, Deus não existe,
explicou: “Não estava a apresentar uma
tese geral acerca de toda a crença religiosa
ou acerca de toda a linguagem religiosa. Não
pretendia dizer que os enunciados religiosos
eram destituídos de sentido. Eu simplesmente desafiei
os crentes a explicarem como devem ser entendidas as
suas afi rmações, especialmente quando defronte de informação
contraditória” (2).
Antony Flew [na foto], de facto, não parou no seu
“ateísmo negativo”. A partir de 2004, confessa: “Hoje,
acredito que o universo foi criado por uma Inteligência
infi nita. Acredito que as intricadas leis deste universo
manifestam aquilo que os cientistas chamaram a Mente
de Deus. Acredito que a vida e os processos reprodutivos
têm origem numa fonte Divina.
“Por que razão acredito nisto, eu que professei e defendi
o ateísmo por mais de meio século? A versão curta
da resposta é a seguinte: porque é esta, segundo penso,
a imagem do mundo que emergiu da ciência moderna.
A ciência põe em evidência três dimensões que apontam
para Deus. A primeira é o facto de a natureza obedecer
a leis. A segunda é a dimensão da vida, de seres inteligentemente
organizados e movidos por propósitos, que
surgiu da matéria. A terceira é a própria existência da
natureza. Mas não foi apenas a ciência que me guiou.
Também fui ajudado por um estudo renovado dos argumentos
filosóficos clássicos.
“O meu abandono do ateísmo não foi provocado por
qualquer fenómeno ou argumento novos. Ao longo das
duas últimas décadas, toda a minha estrutura de pensamento
tem estado em migração; e isto é consequência
da minha constante avaliação dos dados provindos da
natureza. Quando finalmente acabei por reconhecer a
existência de Deus, não se tratou de uma alteração de
paradigma, porque o meu paradigma permanece – aquele
que Platão atribuiu a Sócrates: Temos de seguir a razão
para onde quer que ela nos leve” (pp. 83-84).
3.Quando se refere às leis da natureza como pensamentos
da mente de Deus, cita Stephen Hawking
que terminara o seu best-seller, Uma Breve
História do Tempo, com esta passagem: “Todavia,
se descobrirmos uma teoria complexa, esta
deve acabar por ser compreendida não apenas por um
punhado de cientistas. Poderemos, então, todos, filósofos,
cientistas e pessoas comuns, tomar parte na discussão do
porquê da nossa existência e da do universo. Se descobrirmos
a resposta, será o triunfo máximo da razão humana,
porque nessa altura conheceremos a mente de Deus.”
Antony Flew refere que, na página anterior, Hawking
tinha perguntado: “Mesmo que haja apenas uma teoria
unificada possível, ela não passará de um conjunto de
normas e de equações. O que é que dá vida às equações e
forma o universo que elas descrevem?” Depois, foi ainda
mais longe: “A impressão esmagadora é a da existência
de uma ordem. Quanto mais sabemos sobre o universo,
mais percebemos que é governado por leis racionais.
(...) Continuamos a ter pela
frente a questão: por que
é que o universo se dá ao
trabalho de existir? Se quisermos,
podemos definir
Deus como a resposta a esta
pergunta.” Muito antes,
já Einstein tinha usado uma
linguagem semelhante (pp.
90-91).
O filósofo inglês sabia que a ciência, enquanto tal,
não pode provar ou negar a existência de Deus. A sua
descoberta do Divino não resultou de experiências
científicas ou de equações, mas de uma compreensão das
estruturas que elas revelam e mapeiam: “Volto a dizer
que a viagem da minha descoberta do Divino foi até aqui
uma peregrinação da razão. Segui a razão até onde ela
me levou. E ela levou-me a aceitar a existência de um
Ser auto-existente, imutável, imaterial, omnipotente e
omnisciente” (p.133).
Esta antologia mínima não dispensa a leitura integral
de Deus não existe.
(1) John Micklethwait/Adrian Wooldridge, O Regresso de Deus,
Quetzal, Lisboa, 2010.
(2) Anthony Flew com Roy Abraham Varghese
NR
Sublinhados nossos.
ac
Pior que um lider déspota e autoritário é o líder brando que quer estar bem com todo o mundo e não enfrenta os conflitos, o que gera desânimo e frustação na sua equipa.
El País Semanal, Francesc Miralles
Obrigado, por esta água cristalina vinda do mais profundo da terra e das tão viçosas quanto vistosas hortênsias que Criaste para nos encantar!
Obrigado, pelo tanto suar, obrigado pelo sangue que , assim, nos fez mover e o tanto lixo acumulado remover.
Obrigado, por ainda nos fazeres comover!
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In, DN, hoje
CATÓLICOS E QUESTÕES FRACTURANTES
Dias antes da chegada de Bento XVI a Portugal, a Intercampus fez para o Rádio Clube e para a TVI uma sondagem aos portugueses em geral e aos católicos sobre várias questões, incluindo as ditas fracturantes. São os resultados dessa sondagem que gostaria hoje de comentar brevemente.
1. Quanto à interrupção voluntária da gravidez, 57, 9% dos portugueses concordam com a decisão de 2007, sendo a maioria dos católicos (54, 6%) igualmente favorável.
Julgo que seria preciso perguntar se também concordam com que as mulheres que abortam não paguem taxa moderadora e façam dois abortos num ano. Estou à vontade, pois, na altura, pronunciei-me a favor da descriminalização.
2. Quanto ao uso de contraceptivos, os portugueses são claros: 95, 8% concordam; entre os católicos, a percentagem é semelhante: 95, 4% também concordam.
Estes números deveriam obrigar a hierarquia a pensar. Precisa-se na Igreja de uma reflexão profunda para uma nova atitude face à sexualidade. Não é sustentável um discurso sobre a sexualidade baseado numa concepção exclusivamente biológica da natureza, porque o ser humano é racional e autónomo.
3. Sobre o casamento gay - na altura, o Presidente ainda poderia vetar a lei -, revelou-se que 51, 8% dos portugueses não concordam, aumentando o número para 57, 3% entre os católicos. Quanto à adopção de crianças por casais do mesmo sexo, 68, 1% responderam não; entre os católicos, 72, 8%.
Estou convicto de que se, em vez de casamento, se tivesse encontrado outra palavra, a percentagem seria diferente. Afinal, a maior parte dos portugueses manifesta a opinião de que, se não se pode tratar o igual como diferente, também não é bom tratar o diferente como igual.
4. Significativamente, 59, 7% dos inquiridos pensam que a lei portuguesa deveria permitir que doentes incuráveis e em situações clínicas dolorosas terminais possam pôr fim à vida, havendo apenas 27, 6% a não concordar com a eutanásia; a percentagem dos católicos que aceita a eutanásia é de 55, 4%.
Mais tarde ou mais cedo, esta é uma questão que será debatida. Afinal, a vida é dom e não um fardo. O próprio Thomas More, canonizado pela Igreja, levantou o problema na Utopia. Mas será necessário, em tempos de economicismo e de menosprezo pelos velhos e doentes, reflectir bem sobre todas as consequências.
5. Finalmente, a sondagem diz que os portugueses confiam, mas não a cem por cento, nos padres e bispos portugueses. Assim, 52, 7% dos inquiridos responderam que confiavam parcialmente nos padres e 49, 8% também parcialmente nos bispos. Admite-se que os escândalos de pedofilia poderão ser uma das explicações. Seja como for, a sondagem revelava que 42, 2% dos portugueses (entre os católicos, 43, 2%) achavam que o Vaticano não tinha lidado bem com a situação. Note-se que o Papa ainda não tinha tido sobre o tema o pronunciamento forte no avião, a caminho de Lisboa, nem tinha pedido expressa e publicamente perdão numa celebração solene no Vaticano.
Aqui, é necessário, em primeiro lugar, perceber que agora as pessoas são críticas e já não confiam de modo cego. Ainda bem. De qualquer modo, seria muito interessante questioná-las sobre as razões para este distanciamento. Aí, encontraríamos com certeza que reconhecem que há padres e bispos de alto coturno moral, intelectual, espiritual. Mas, depois, também viria a ladainha das queixas, mais ou menos justas. Um estilo de vida burguês e instalado, pouco conforme com o Evangelho. Padres com demasiada idade, obrigados ao ministério. Incapacidade de compreensão do mundo contemporâneo. Falta de preparação em psicologia, sociologia e mesmo teologia. Homilias gagas e vazias. Celebrações que nada têm a ver com o pedido papal para que sejam lugares de beleza. Onde está o testemunho alegre do Evangelho, uma notícia boa e felicitante? Na presente situação de crise, na qual os mais atingidos não são os ricos, porque não há uma palavra iluminante por parte dos bispos?
NR - Sublinhados nossos.
ac
Salvas in extremis só pedem que lhes dê água e... um pouco de atenção. Em troca, que sedução, que volúpia feita de azul violáceo até mais não.
Obrigado.
antónio colaço
Andar na cidade sem graça, com o coração enleado, sabendo que , no Vale, a cada hora que passa, a erva daninha grassa e as minhas hortênsias desgraça.
Um pouco mais e estarei convosco para vos libertar, arrancando o que em mim cresce, também, como erva ruim.
Obrigado.
Lembro-me porque Te lembras de mim!
antónio colaço
Adoro prateleiras e as candeias que, nelas, indo à frente, alumiam duas vezes.
Nunca uma candeia às avessas poderá ter lugar em prateleira minha que se preze.
Mil vezes o brilho e o fulgor das velhas caldeiras areadas, lado a lado com as artísticas cerâmicas dos avós herdadas.
Na minha prateleira, afago o vigoroso tronco do ancestral castanheiro que não pára de sussurar às chitas e seus bordados, às elegantes almotolias e aos almofarizes cansados, "agradeçamos aos nossos donos devolvendo-lhes, garbosos,a nossa alegria de permancermos de pé, recuperados!"
A minha prateleira é um poço de sabedoria, guardo nas cinzas das tantas memórias da minha chaminé, noites infindas de serões polvilhados de histórias sofridas mas sempre, sempre, carregadas de Fé.
Obrigado
antónio colaço
Foto Rui Gaudêncio
Anselmo Borges:Deus não é objecto de experimentação científica"
DEUS ESTÁ NO CÉREBRO?
As neurociências são o grande continente para
o século XXI. Nisto acredita Anselmo Borges, padre
e professor de Filosofi a da Universidade de Coimbra
Maria João Lopes
Chegou à hora combinada a Coimbra. Tudo correu conforme o
previsto. Partiu do Porto, o carro andou, não teve nenhuma avaria,
ninguém se atravessou no caminho. Ao realçar que tudo aconteceu
como acreditámos que aconteceria, o que o sacerdote da Igreja
Católica e professor de Filosofi a da Universidade de Coimbra Anselmo
Borges nos queria dizer era que, ao contrário do que possamos pensar,
a maior parte da nossa vida passa-se no domínio da fé e não da razão.
Fé, que vem de fide, tem que ver com conf ar e acreditar. E é aí que
passamos a maior parte do dia. Claro que o carro podia ter
avariado, mil e uma coisas podiam ter acontecido. A realidade é
ambígua e, nesse caso, se não a considerássemos merecedora de
confi ança, entraria em campo a razão. Mas desta vez não foi
preciso. Fiámo-nos que o encontro iria acontecer e aconteceu, sem
alvoroços. Falámos com Anselmo Borges sobre ciência e religião,
sobre ateus e crentes. Aproveitámos a boleia de uma conferência sobre
“Fundamentalismos e intolerâncias da razão e da fé” e, no fim da sessão,
colocámos-lhe questões que ainda se prolongaram por e-mails. E
poderiam prolongar-se mais. É, que apesar dos tempos, há perguntas
que se mantêm. Uma delas é a questão entre Deus e ciência.
Ainda é pertinente? Para Anselmo Borges, sim. “Para
evitar o fundamentalismo tanto científico como religioso. Quando
a ciência pretende que tem o monopólio da racionalidade,
como se fosse a única via de conhecimento verdadeiro, cai no
fundamentalismo cientificista”, explica. Porque não é só a ciência
que tem a razão, ou razões, diz. A fé também tem: “Diria que a razão
para acreditar é fundamentalmente uma razão do sentido enquanto
sentido de todos os sentidos, isto é, do Sentido último”, diz por
e-mail, reconhecendo também existir fundamentalismo do lado da
religião, quando esta “não respeita a esfera própria da ciência e a sua
autonomia ou faz uma leitura literal dos livros sagrados”, como a Bíblia.
Mas há questões novas, deste tempo, no campo das neurociências, “o grande
continente para o século XXI”: “Hoje, por causa dos novos métodos,
como a ressonância magnética nuclear funcional,
que nos permitem observar o que se
passa no cérebro, concretamente as zonas activadas em presença das
diferentes emoções e actividades, surge a tentação do reducionismo,
no sentido de se defender que os acontecimentos espirituais não
passam de processos físicos e químicos no cérebro”, diz. Para
o docente, é “uma conclusão apressada, pois está-se a esquecer
que a realidade humana envolve biologia e cultura” e “a dimensão
cultural precisa de interpretação, para a qual não há métodos
científico-naturais”.
O ponto de Deus
Anselmo Borges sabe que há neurocientistas que se propõem
encontrar “o ponto de Deus” no cérebro e que alguns destes
estudiosos defendem que “a religião não é mais do que um produto do
cérebro, um artefacto do cérebro”. Mas aqui o padre cita o cientista
americano Andrew Newberg, que “popularizou a chamada
‘neuroteologia’”: “Ele diz mais ou menos o seguinte: se observo o
cérebro de uma monja franciscana que vive a experiência da presença
de Deus, vejo o que se passa no cérebro, mas não posso dizer se
Deus está lá e se existe ou não. Deus não é objecto de experimentação
científica”, defende o docente, que considera não haver conflito entre a
Igreja e os avanços científicos. Então, em que acreditar? No Big
Bang? Na teoria da evolução das espécies? No Génesis? Em Adão e
Eva? Para Anselmo Borges, pode acreditar-se tanto nas teorias científicas
como nas religiosas. A ciência explica-lhe o como, a
religião o porquê. Claro que, no quadro da ciência actual, aceito o
Big Bang e a teoria da evolução. Também aceito, mas numa leitura crítica,
o mito do Génesis e de Adão e Eva. Repare: numa leitura crítica. É preciso
entender que os livros sagrados não são livros de ciência, mas livros
religiosos”, nota, acrescentando que a intenção destas obras não é
ensinar ciência, mas o caminho da “relação com Deus”.
A ciência explica “como funciona o mundo”, mas o padre continua
a sentir-se insatisfeito. Há mais para perceber. “A ciência não pode
responder às perguntas: por que há algo e não nada? Qual o sentido
último da minha vida, da história e do mundo?”, questiona. E é aqui
que pode “aparecer a religião”, que “não pode ser cega nem irracional e
tem de dar razões”. Porque “a revelação não cai do
céu”. Nem Deus “faz ditados, nem fala directamente com ninguém”:
“A revelação de Deus é sempre indirecta, através do cosmos e da
história”, defende. E a fé, “uma entrega confiante ao mistério de
Deus, com razões”, “não exclui a dúvida”.
Anselmo Borges até está “de acordo” com o filósofo ateu André
Comte-Sponville, para quem um ateu que diz saber que Deus
não existe, “antes de ateu, é um imbecil, como é igualmente imbecil
o crente” que diz saber que Deus existe. “O ateu só pode dizer, e tem
razões para isso, que crê que Deus não existe, como o crente só pode
dizer, e tem razões para isso, que crê que Deus existe”, defende o
padre. E sublinha a diferença entre saber e crer.
In Público, P2,Sábado 19 Junho 2010.
Estimado/a Amigo/a
Estimado/a Colega
Aceite a minha saudação de respeito e estima.
Desculpe-me pelo eventual abuso de enviar esta mensagem e-mail, mas o facto de em alguma vez ter colaborado, ajudando em algumas das nossas iniciativas, permite-me esta abordagem feita de forma menos elegante, em série e menos pessoal.
Se tiver uma resposta sua, certamente que a minha próxima mensagem será personalizada.
Continuo a trabalhar na promoção da Saúde Mental, tratando pessoas doentes e procurando honrar o trabalho dos profissionais intervenientes em patologias aditivas e comorbilidades associadas.
Continuo a fazer formação com o que estudo e aprendo, e continuo a promover a Mala da Prevenção que criei.
Continuo a procurar estimular a partilha do conhecimento que envolva os profissionais portugueses e estrangeiros.
Continuo a fazer movimento para que intervenientes portugueses possam partilhar a sua experiência com outros colegas da Europa e de fora da Europa.
Trabalhando, continuo a estar com a minha liberdade, onde sou aceite ou para onde sou convidado.
Nos últimos dois anos tenho andado bastante por fora, e como habitualmente sempre que possível criando condições para que outros colegas também saiam.
Disso, de outros temas, e de reflexões, pretendo gradualmente fazer algum relato para partilhar.
Argel, Madrid, Cabo Verde, Lima, Quito, La Paz, Bogotá, Caracas, foram locais de onde recebi convites e onde tive a possibilidade de partilhar um pouco do que muitos de nós fazemos.
Em Abril passado fomos muitos, algumas dezenas, os profissionais portugueses presentes nas Jornadas Nacionais de Socidrogalcohol, em Oviedo, onde os nossos colegas, verdadeiros amigos e "velhos" companheiros de percurso, continuaram a responder sim ao nosso pedido/sugestão de haver inscrições mais favoráveis para nós portugueses.
Estas atitudes que venho assumindo desde há muitos anos, para fora e para dentro, sempre se revelaram um contributo para o aumento da partilha. Em mais de 22 anos pude contribuir para que fossem efectuadas largas centenas de participações de portugueses em encontros internacionais.
Por isso sempre me reconheci agradecido aos que, em boa verdade sem hipocrisia e respeitando valores éticos, são amigos que nos ajudam, concretizando factos nobres: a possibilidade de aprender mais a apossibilidade de partilhar o conhecimento e a experiência.
Tal como em anos anteriores, felizmente os laboratórios Janshen e MSD continuaram a apoiar a ida de muitos profissionais às iniciativas dos nossos colegas de Socidrogalcohol e de outras associações técnicas e cientificas credíveis.
No final de Maio decorreu mais uma edição do EUROPAD, agora em Zagreb, e onde, com a colaboração de colegas, apresentei reflexões sobre o nosso trabalho. Também alguns estiveram presentes, apoiados pela MSD.
Este mês aconteceu a Universidade de Verão T3EUK em Londres.
Também este mês aconteceu, para jovens Médicos Internos de Psiquiatria, uma animada formação de 4 horas, no Serviço de Psiquiatria do Hospital de Viana do Castelo.
E também aconteceu o VII Colóquio Internacional de Esquizofrenia do Porto.
Beneficiando do direito à informação independente e livre que a net nos faculta, decidi criar o blog Droga para que saiba.
http://www.drogaparaquesaiba.blogspot.com/
Se desejar faça o favor de ir lendo, comentando /colaborando e divulgando.
Das iniciativas que tenho promovido ou ajudado a promover (e divulgar) desde há dezenas de anos em Portugal e fora do país, e daquelas em que pude participar como convidado, guardo centenas de fotos e relatos de actividades em que muitos colegas e amigos participaram .
Estou a organizar essas memórias.
O 1º dvd MEMÓRIAS foi apresentado e destribuído em Fr, em Maio passado, por ocasião dos 33 anos do SATO Picardie. Nestas celebrações estiveram presentes mais de 30 portugueses.
Se for o caso, será que posso colocar no blog, na secção Memórias, a sua fotografia, em alguma reunião, seminário ou encontro, ocorrido entre 1987 e 2010 , em Portugal ou no estrangeiro, e em que, pela sua participação amiga estivemos juntos?
Porque a memória existe e a gratidão tem que continuar a ser exercida, coloco a fotografia desde que me responda favoravelmente.
Muito obrigado pelo tempo que dispensou a ler esta mensagem
Aceite a minha estima
Bem haja
Luis Patrício
_________________________________________
NR
Luis Patrício, o primeiro à esquerda da última fila, num almoço no restaurante Casa Velha, em Mação, dos nascidos em 1952. Tendo nascido em Gavião, o meu obrigado aos maçanicos que, assim, me abriram as portas a uma convivencialidade sem fronteiras. Ou de como tenho o privilégio da amizade de Luís Patrício e de, assim, me associar a mais este seu gesto de dádiva à Comunidade numa área tão sensível como a da saúde mental!
Força, Luis!!Conta connosco!
antónio colaço
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