Uma explicação prévia: a passada quarta-feira, em que devíamos ter presente Jerónimo Sousa, continuando,ontem, e na próxima, com Francisco Louçã e Pedro Mota Soares completariam esta incursão pelo mundo da política iniciada com Miguel Relvas e Augusto Santos Silva. Todavia, os últimos acontecimentos alteraram por completo as agendas dos três últimos e a nossa própria, inviabilizando as suas desejadas presenças.
A vida não pára e quer a Maria Flor Pedroso, ontem, quer o Luis Paixão Martins, na próxima quarta-feira, aqui estão para nos ajudar a reflectir sobre o rumo da política portuguesa.
Pelo caminho, e aproveitando a ocasião, temo-nos multiplicado em contactos para tornar Abril um mês cheio de Abril, ou seja, multiplicarmos estes encontros com o alto patrocínio do restaurante RES PUBLICA da Associação 25 de Abril, a quem nunca é demais agradecer todo o apoio que nos tem dado. Esses contactos, com vista à realização de almoços/tertúlia noutros dias para além das quartas-feiras, têm-nos levado à conversa com alguns dos protagonistas que gostaríamos de ouvir de viva voz, sob o lema "ABRIL,ÂNIMOS MIL" a procurar descobrir
Que saudades e, no entanto, nasces todos os dias, Irmão Sol.
Eu é que nem sempre te descubro nas enoveladas nuvens que consinto em mim.
Obrigado.
antónio colaço
ADOLESCENTES
Tímido verde, quase imberbe, mas desafiando os primeiros calores de um sol, ele mesmo, namoradeiro, ansiando, desbragado, por amores primeiros.
antónio colaço
É só descer uns postezitos abaixo.
Faço questão!
Pelo João Teixeira e pelo excelente texto de Joel Neto na NS do DN deste sábado!
Obrigado
antónio colaço
A Associação Portuguesa de Escritores está a promover uma série de debates sobre
A GUERRA COLONIAL
Presenças e Regressos
1.º debate: Geografias da Guerra
HOJE no ResPublica,às 19H30
Jantar/debate
com
Fernando Rosas, José Augusto França, Martins Guerreiro, Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço
Moderador: Luís Machado
Faça já a sua inscrição para a Associação Portuguesa de Escritores
pelo tel. 213 971 899 ou e-mail info@apescritores.pt
ou
através do ResPublica
(Custo do jantar: 25€)
Afinal, mais do que se julga, Lisboa multiplica-se em silenciosos recantos primaveris. Ao menos, a Natureza parece dar provas de que, nela, não há lugar para quaisquer tipo de cortes. Antes pelo contrário, faz questão de nos cortejar o desânimo que parece não queremos abandonar!
Pronto, para além das frágeis margaridas, a interpelação forte dos ... cardos!
Vejamos!
Este cardo ergue-se para nos relembrar as palavras do Mestre "onde dois ou três se reunirem em meu nome..."
Construir igrejas ou ... ser igreja onde quer que seja?!
Na esquina do bairro, pode ser?!
Ah, este verde tão tímido!
Flores, como antenas!Espalhem a notícia,é Primavera, acabaram-se as penas!
antónio colaço
Como solidárias gotas de água, de folha em folha, assim a esperança numa outra Primavera, Portugal.
Obrigado.
antónio colaço
Chove na Calçada. O Presidente há muito recolheu a casa. Deve estar preocupado com este país, assim, subitamente alagado.
Saia mais um Conselho do Estado.
Que o país não tropece no escorregadio empedrado.
Obrigado.
antonio colaço
R.Ferreira Borges, Campo de Ourique, esta manhã.
O que resta do cinema Europa, em Campo de Ourique.
aguarda edição
antónio colaço
Estimado Tozé / Eterno Jairzinho
Não, não sou o rei/ lavrador/trovador, o nosso D.Dinis. No entanto, pergunto às "flores do verde pino" (...pinheiro, não o que tu pensas...) "se sabêdes novas do meu amigo", e o nosso Alegre, Manuel de seu nome, poeta e eterno candidato a presidente, responde-me,..."E o vento cala a desgraça/ E o vento nada me diz ".
"Ai, Deus, e u é?". Sei bem onde estás e o que o vento me diz, pois vou acompanhando o blog e as notícias dos teus convidados. Parabéns, não só pelo teu espírito de iniciativa, com o pelo sucesso que vais tendo, pois a convidados de tal peso não é fácil fazer disponibilizar tempo. É preciso é olhar também um pouco para os "matarroanos" cá de "xima", mas provincianos de gema, tal como tu, meu estimado alentejano/beirão. Penso que este país está um pouco(muito) "Lisboodependente" e que existe uma colonização política, ideológica, linguística (basta ver os "xabores"; "xidadãos"; "xelente"; "Xampaio"; "Gé Xócrates"; "xaberes"; "xantos" e outros que tais...), cultural, económica (a pouco mais de duzentos quilómetros da capital, zona com um dos melhores níveis de vida da CEE, a par da Madeira, existe... e é o mesmo país, uma das zonas mais pobres da mesma Comunidade e que vai empobrecendo a um ritmo bem superior). Como eu gosto de desenterrar a lupa irónica do nosso inimitável Eça e pela voz inesquecível do seu conselheiro Acácio, continuar a repetir como há 130 anos atrás..."Caro amigo, a país são as arcadas de S.Bento e do Terreiro do Paço... O resto é paisagem!". Sim, ele próprio, o político/embaixador Eça, Poveiro de têmpera e de nascimento, longos tempos esquecido das suas raízes, mas que, em "A cidade e as serras" , volta ao Douro (que paisagem espectacular!), hospeda-se no solar da família da sua mulher, cujo mirante se espelha nas águas licorosas do rio que cheira a mosto e a rabelo, e na cozinha rústica, desconfortável,mas aconchegada de calor humano, come uma boa cabidela ao lado do amigo Jacinto, bebe um velho e decantado maduro duriense de sonho, prova os sabores de uma terra dura, socalcada, agreste, esquecida, e.assim se reconcilia com a "pátria", não a que ele critica nos seus mordazes "Os Maias", da oitocentina Lisboa, romântica e terrivelmente lasciva, enjoativa, "Jetessetada" do Carlos da Maia, do João da Ega, do Alencar, dos Gouvarinhos... e tantos outros...todos eles bem actuais, mas a que enterroa as mãos até ao mais fétido estrume que envolve o humus que dá vida à terra e às gentes e as tempera de rugas e socalcos, misturados com a rudeza empedernida das rochas e das giestas que enovelam o forno do povo, escancarado à pobreza do fumo e odor da última cozedura do pão Torguiano que o "diabo amassou". Como era bom que as arcadas de S.Bento, Belém e Terreiro do Paço deixassem de ser o país! Se um dia assim for, cumpriremos o que diz o genial e visionário Pessoa na poesia da sua Mensagem: " Ó Portugal, hoje és nevoeiro..." ; " É hora!..." "Senhor, falta cumprir-se Portugal !"
Meu bom Tozé, isto não é para ti, pois sei como tu sentes as tuas raízes, como as amas, como gostas de ir para lá, como ainda cheiras o pão saído do forno acolhedor dos que, com tanto sacrifício e pobreza, te deram vida e te amaram profundamente, um amor que nasce da mais radical simplicidade que a terra nos dá. Sei que és um citadino/emigrante saudoso da terra natal! É apenas uma reflexão de um como tu, mas que sonha com algo melhor para todos e em que estejam todos. Eu sei que o meu sonho é o teu!
Meu bom Tozé, desculpa estas palavras. O que eu quero, afinal, é saber se estás bem, tu e todos os teus, se estás feliz. Palavras leva-as o "vento" e as "flores do verde pino". A amizade, essa fica para sempre enraizada em nós e, mesmo que às vezes pareçamos mais distantes porque a agitação da vida a isso nos leva, isso não é verdade, pois a presença dos amigos verdadeiros como tu, meu estimado, essa é inapagável e vai para além das estrelas, para outro lado da vida. Obrigado pela tua amizade, meu irmão. Força, para a frente com os teus sonhos e projectos. É de gente como tu que precisamos. Tenho a certeza que o mundo seria mais justo, fraterno ... e franciscano.
Paz e Bem e até breve...
O meu amigo João Teixeira, o primeiro a contar da direita, com esse outro amigo, Mário Pissarra, ao centro.Imagem colhida na Exposição "EM ÉVORA, SÊ ROMANO, PERDÃO,ALENTEJANO!", em Maio do ano passado.
João Teixeira
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Meu querido amigo, João Teixeira,saúde!
Paz e Bem, sim, como costumamos dizer, nós os que nos reclamamos de Francisco de Assis.
O do povorello, claro!
Apanhaste-me completamente de surpresa mas nada melhor do que fazer das tuas palavras as minhas/nossas MATINAS de hoje. As Matinas que tantos anos nos fizeram caminhar para os coros dos Conventos de Barcelos e Ameal,Porto, sim, e que, agora, vê lá tu, continuo a fazer minhas neste conventinho outro, virtual.
2
O frenesi em que por aqui ando só tem como objectivo abrir algumas portas para, com mais propriedade, poder dizer em voz alta algumas das realidades que, com tanta sapiência, convocas.
De facto, repara que até convoquei para aqui uma das fotos de que mais gosto, a da cerca do meu Vale das Árvores, em Mação (que tanto suor me custou uma vez que a ergui s-o-z-i-n-h-o!ah, pois!!!) como sinal dessa atenção que o campo, a ligação às nossas origens nunca deveria abandonar-nos.
Tal como tu, penso que grande parte da crise de identidade porque passamos tem a ver, exactamente, com este deslumbramento a que nos demos, cada um à sua medida, claro, de nos instalarmos nas prebendas do dinheiro fácil que veio da Europa e nada mais fizemos para multiplicá-lo.Um pouco como na parábola dos talentos, creio que me entendes!
3
Foi por isso que no passado sábado, quase me comovi ao ler a crónica do Joel Neto, que não conheço, na revista NS do Diário de Notícias.Porquê?! Porque está lá tudo!
Deixo-te com duas ou três pérolas das palavras do Joel:
(...)
Não pode haver nada mais triste do que não ter uma terra.Dois mil e quinhentos anos depois, o mundo não é já o de Sócrates, feito de meia dúzia de cidades e dúzia e meia de aldeias piscatórias alinhadas ao sol do Mediterrâneo. Pelo contrário: dois mil e quinhentos anos depois de Sócrates,a mundividência é, antes de tudo o mais, a capacidade de cultivar raízes.De ser de algum lado, se possível até do lado de onde verdadeiramente se é.
E, pelo menos enquanto um só velho da Terra Chã (Açores, Terceira, Angra do Heroísmo) se lembrar de mim, eu serei da Terra Chã.
Quando, enfim,tiverem todos morrido, e com eles a memória desses gloriosos tempos de bicicletas e bichos-da-seda, então talvez eu passe a ser do mundo inteiro.Mas, em todo o caso, tentarei evitá-lo."
Tudo, porque Joel partia desta outra grande conclusão:
"A grande tirada que eu mais deploro é a do "cidadão do mundo", com que gostamos de encher a boca até que, enfim,nos reconheçam representantes dessa nova burguesia de resort de qutro estrelas."
4
Aqui está, meu caro João, o Cântico do Irmão Sol em linguagem do sec XXI.
Obrigado, por teres feito com que eu não me esqueça e, muito menos, me deslumbre!
No próximo fim-de-semana, lá encaminharei os meus passos para o Senhor dos Passos, momento maior dos maçanicos que fizeram o favor de me adoptar e a quem, com amor, fiz acrescentar dois maçanicos para ajudar a que...não se perca a memória de nós!
antónio colaço
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