Um amigo recente segredou-nos, há dias, o quanto lhe agradam os retratos de "alguém que anda nas ruas e depois partilha as suas histórias connosco.Às vezes, apetecia-me fazer o mesmo, mas nem o tempo, nem o jeito para tal!", disse.
Uff!
E a gente a relembrar que não vivemos para fotografar, sim, fotografamos (pintamos, musicamos,noticiamos.....) porque vivemos.
Mas, é evidente, como dizia, recentemente, o nosso querido amigo Pe Anselmo, nas páginas do DN e que aqui reproduzimos, esta coisa do reconhecimento é algo que mexe com todos nós.
O sermos tidos em conta, o contarem com as nossas ideias, as nossas propostas, o nosso jeito de olhar o mundo, como é o caso,ajuda-nos e dá-nos mais energia para continuarmos, de preferência, sempre atentos aos perigos do deslumbramento fácil que gera, em regra, todo o tipo de snobismos, egocentrismos, etc.
Ou seja, que nunca deixemos de nos deslumbrar com as mil e uma histórias que se escondem atrás das coisas mais insignificantes em que tropeçamos no nosso dia-a-dia.Esse é o verdadeiro deslumbramento que apetece e que enriquece.
A sua partilha, depois,é uma consequência natural.
A Beleza é tanta e tamanha que não chega só para nós, quer ser desfrutada pelo vizinho do lado, que pode estar à espreita ou à espera na próxima esquina mais recôndita deste nosso admirável mundo novo da web!
Obrigado, J.T. por esta reflexão, em casa, de quem acabou de chegar "das ruas".
Do mesmo Rossio, onde, a cada hora que passa, coisas diferentes se passam.
E até nós, continuando os mesmos,regressamos sempre diferentes para melhor,mesmo se para tornar melhores as piores coisas que continuamos a ver passar!
antónio colaço
A fabulosa Banda da GNR a cavalo, em versão reduzida na composição dos seus membros.Aliás, é uma das nossas próximas reportagens.Quer o magnífico Coro quer esta banda são a prova do que é possível em cada local onde estamos não nos ficarmos pelo que a profissão pede...
A ânimo dá por finda a sua contribuição como LUGAR DE ENCONTRO para o debate em curso no PS.
Os leitores ajuizarão sobre a independência com que assegurámos o nosso trabalho.
Para a semana um novo e grande desafio.
A ele voltaremos mais tarde.
O nosso obrigado a Ana Catarina Mendes e António Galamba , directores de campanha de ambos os candidatos,pela mediação que tornou possível estes AAA.
antónio colaço
O atraso de Francisco de Assis foi apenas meio susto.Com o RES PUBLICA praticamente esgotado o animador de serviço começou a deitar contas à vida.Finalmente, lá surgiu, acompanhado de Manuel Seabra, que, por várias vezes, viria a interromper a nossa conversa tantos os telefonemas que se prendiam com a finalização da Moção a ser apresentada no Largo do Rato, por volta das 15.30.
Estava desculpado. Interrupções que viriam, afinal, a beneficiar todos quantos subiram ao RES PUBLICA uma vez que puderam ter acesso, em primeira mão, às linhas mestras da proposta com que se apresenta aos militantes. Ainda um pormenor a colorir o repasto – um bem condimentado arroz de polvo, auxiliado por um encorpado tinto do Ribatejo – vários foram os comensais que obrigaram Assis a fazer-se fotografar, militantes vindo da Amadora, Sintra , Odivelas e Coimbra.
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Vasco Lourenço, como habitualmente, cumprimentando os convidados da ânimo, no caso Francisco Assis.
Assis dirá, no final do animado debate que teve lugar após o almoço, e ainda antes da gravação exclusiva que fez para nós, que se meteu num “combate difícil.Não gosto de quem parte para os combates, qualquer combate, com a ideia de que vai ganhar.Não contem comigo para estar na política apenas para ocupar lugares”.
Naquilo que alguns consideraram uma espécie de antecipada confissão de que as coisas possam não correr de feição, Assis dirá que “muitas vezes há surpresas!”
De facto, tanto quanto confidenciaram à ânimo alguns dos presentes, ligados à Associação 25 de Abril, no momento em que Assis avançou com a sua proposta de primárias no partido e já para as candidaturas autárquicas - possibilitando queindependentes, desde que estabeleçam um compromisso com as estruturas locais do partido, possam ser alvo de escrutínio em pé deigualdade com os militantes - proposta que viria a dominar, mais tarde, já no Rato, os títulos dos media, alguns dos comensais avançaram, como dizíamos “isto é uma proposta para perder as eleições! Os militantes não devem gostar muito de ouviristo!”.
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O núcleo essencial da intervenção de Assis prendeu-se com a preservação das políticas sociais e a sua articulação com o mercado tudo num contexto europeu e numa Europa a precisar de uma urgente renovação/conjugação de esforços. Combinar crescimento económico e manter um Estado social tudo, porque, segundo Assis a “ esquerda deve confiar mais no mercado, não de forma absoluta mas com regras e nelas a democratização do acesso ao mercado!”
Questionado por um dos comensais, Assis afirmará que “nada de pensar em sair da zona euro e sim tudo a favor da reformulação das regras de funcionamento da Zona Euro!”
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Assis, que alguns acusam de falar demasiado em aparelhismo, dirá que “nada tenho contra o chamado aparelho e contra as pessoas que nele trabalham se funcionarem bem.Há muita gente no PS que serve uma causa pública.O problema são os dirigentes intermédios que se perpetuam nos cargos”.
Sobre a magna questão da corrupção, para Assis,“é tudo uma questão onde o exemplo é fundamental. Exige-se rigidez e inflexidade totais!”
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Em jeito de despedida, Assis deixa recado:”Espero que o debate no PS dignifique o PS.Tenho com Seguro uma relação de quase 30 anos.Colaborámos muitas vezes.Temos diferenças mais quanto ao estilo. A verdade é que, depois, teremos de estar juntos!”
Assis, o essencial, pela voz do próprio!
antónio colaço
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A agência LUSA esteve no almoço e, com a devida vénia, o trabalho editado pelo jornalista Pedro Morais Fonseca, um decano do jornalismo parlamentar a quem aproveitamos para saudar!
ac
Lisboa, 22 jun (Lusa) – O candidato à liderança do PS Francisco Assis entende que os socialistas devem adotar uma atitude de “confiança no mercado”, mas democratizando o seu acesso e combatendo as oligarquias e as corporações que existam nos mercados.
Francisco falava no final de um debate promovido pelo blogue Ânimo, do ex-assessor de imprensa do PS António Colaço, em parceria com o restaurante Res Pública, da Associação 25 de Abril.
Num discurso em parte dedicado às questões económicas e sociais do país, Assis sustentou que uma das prioridades tem de ser o crescimento económico e não apenas as tradicionais receitas europeias de controlo da inflação e estabilização monetária.
“O PS tem de participar ativamente com a esquerda democrática europeia num projeto que recrie um novo consenso europeu, abrangendo o centro direita”, sustentou o ex-líder parlamentar do PS.
Neste ponto do crescimento económico, Assis sustentou que “o mercado tem de funcionar melhor, as políticas públicas têm de ser rigorosas e orientadas para potenciar o crescimento da economia”.
“Há por vezes a ideia que a esquerda tem dificuldade em lidar com o mercado, até porque a direita tem uma crença irrestrita no mercado. Mas entendo que a esquerda deve confiar no mercado, mas não de forma absoluta, impondo regras”, sustentou.
Segundo Assis, a sua candidatura quer colocar o PS numa lógica de “democratização do acesso ao mercado”.
“O problema por vezes não é o mercado mas as oligarquias e as corporações do mercado. Temos de democratizar o acesso ao mercado”, advogou o candidato à liderança do PS, falando num dos pontos centrais da sua moção de estratégia, intitulada “A força das ideias”.
PMF
Lusa/fim
É um António José Seguro muito tranquilo, como nos dirá mais à frente no almoço em privado –“Estou muito tranquilo.Sei onde quero chegar!” – nós que o confrontámos com aqueles argumentos que têm sido como que a cassette dos seus principais opositores, dentro e fora do partido, ou seja, segundo os mesmos "a gestão dos seus silêncios, o aparelhismo que domina como poucos e o não lhe serem conhecidas posições de fundo".
A tudo, Seguro responde que, desde sempre, teve contactos com as pessoas e com os militantes e que a sua proximidade com os cidadãos não é de hoje e vai ser a pedra de toque a partir da qual quer construir um PS muito mais próximo dos cidadãos, não se cansando de dizer que quer um partido “ onde todos sejam tidos em conta” e onde o partido possa contar com eles. As adesões em massa que tem registado nos últimos dias, nomeadamente, de alguns militantes que estavam a pensar deixar o PS, como nos refere, fundamentam a tranquilidade que respira
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Percebe-se que não tem pressa embora compreenda que os portugueses precisam de contar com um PS que, dirá, “sempre teve como responsabilidade cuidar da democracia!”.Mas,António José Seguro não se fica pela visão caseira da política e prepara um desafio aos lideres socialistas europeus no sentido de pôr fim “a 17 políticas económicas” e a nenhuma política europeia devidamente afirmada, tal como defende, aliás, num artigo hoje publicado no Público.Para os que o criticam de não ter opinião… fica ainda ainformação de que na próxima segunda-feira, no Hotel Meridien, será lançado o livro "COMPROMISSOS PARA O FUTURO"com alguns dos seus artigos publicados nos últimos tempos, em especial no Expresso.
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António José Seguro quer um grupo parlamentar onde a liberdade de voto seja a regra e a disciplina a excepção, apenas para as matérias que possam pôr em causa a governabilidade do país.
Sobre a troika dirá que “uma coisa é a troika, outra a agenda liberal do PSD”!
Quer ser “uma oposição responsável”, não vê o poder como um fim e sim como um meio e acha que” as pessoas devem ser o centro das políticas”, reconhecendo que “entre mim e Passos Coelho há um oceano ideológico”!
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Mas, o grande momento do almoço estava para chegar com a esperada e aguardada intervenção de Vasco Lourenço que lhe vai lançar o mote para aquela que, em nosso entender, pode ser considerada a grande mensagem desta iniciativa da ânimo/RES PUBLICA.
Vasco adianta, a dado passo, que “sem desmontar o monstro da corrupção, não vamos a lado nenhum.Talvez fosse a batalha que glorificasse o futuro secretário geral do PS que, aliás, gostava que António José Seguro ganhasse, embora ,como é que vai ser com um grupo parlamentar feito pelos outros?!”
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António José Seguro, na resposta, não perde pela demora: “As pessoas estão carentes de exemplos.Eu vou dar o meu próprio exemplo. Não pactuarei com as nuvens que possam pairar. Temos de reconciliar os cidadãos com a política!Fazemos pouca pedagogia política!”
antónio colaço
antónio colaço
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ACTUALIZAÇÃO
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A Lusa esteve presente e, com a devida vénia, o trabalho do repórter Hugo Godinho, apenas com um senão:a parceria da ânimo é com o restaurante RES PUBLICA, da Associação 25 de Abril e não com a Fundação ali referida!!!Acontece aos melhores!
ac
Lisboa, 21 jun (Lusa) – O candidato a secretário-geral do PS, António José Seguro, prometeu hoje uma “cooperação sadia” com o Governo liderado pelo social-democrata Passos Coelho e mereceu o apoio do capitão de Abril Vasco Lourenço.
Caso seja o sucessor de José Sócrates no partido “rosa”, o deputado eleito pelo círculo de Braga adiantou que irá “respeitar a sua assinatura, enquanto Primeiro-Ministro e secretário-geral do PS, onde ela estiver”, mas que PSD e CDS-PP terão “o não garantido em todas as iniciativas que pertençam ao seu plano liberal”, num evento organizado pelo blogue Ânimo e a Fundação Res Pública( NR-Errado, como dizemos!), na Associação 25 de Abril, em Lisboa.
“Pretendo manter uma relação sadia com o governo que hoje tomou posse, com toda a legitimidade que advém das eleições. Se liderar o PS, não vou ser uma Oposição de bota abaixo. Os portugueses esperam que haja cooperação sadia para resolver os problemas”, disse Seguro.
O rival de Francisco Assis na “corrida” à secretaria-geral socialista recusou comentar a proposta do PSD do nome de Assunção Esteves para a presidência da Assembleia da República, e sublinhou que, sob a sua eventual liderança, o grupo parlamentar socialista irá ter como princípio “a liberdade de voto, à exceção das questões de governabilidade do País”, com “regras e princípios” que garantam a “democracia interna”.
Seguro defendeu um “debate sério” na família europeia, designadamente entre a Internacional Socialista, sobre a necessidade de alguma governação política e económica em toda a zona euro para haver equilíbrio com as políticas monetárias porque “há uma política única monetária, mas 17 políticas económicas diferentes”.
“Sou a favor do capitalismo ético, mas contra aquilo que (o ex-primeiro ministro espanhol e também socialista) Felipe Gonzalez chamou de capitalismo de casino”, continuou Seguro, adiantando que vai propor uma “clarificação entre negócios e política porque as pessoas não podem vir para a política para enriquecerem” e “tem de haver transparência e exemplos”.
HPG.
Lusa/Fim
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