Foto.Pôr-do-sol,hoje,Domingo,no alto do Restelo.
É isso!No momento em que muitos dos nossos amigos demandam as férias, a ânimo não vai de férias, a ânimo quer ser o teu areal amigo onde repouses de todos os cansaços e onde deixes todos os desejados abraços!
Vem descansar na ânimo!
antónio colaço
A FALA DAS GAVETAS foi um espaço de revelação, na velhinha ânimo/offset, de há mais de 32 anos, de muitos amigos que escrevem para a gaveta, ou por simples gosto ou porque nunca sentiram vontade de dar público conhecimento dos seus escritos ou, ainda, porque nunca tiveram uma mão amiga que ampliasse o seu sentir!
O desafio continua, hoje, independentemente do estatuto, mais ou menos consagrado de quem quer colaborar.
É o caso do Zé Carmo Francisco, nome sobejamente conhecido das nossas letras.
A porta está, pois, aberta, para quem queira!
Força, Zé!
antónio colaço
Montijo
BALADA DO CAIS DA CORTIÇA
Cais da cortiça, vapores
A caminho de Lisboa
Samarra de lavradores
Contra o frio da proa
A água do cantarinho
O mestre tem na cabina
É do poço do vizinho
Onde a rua faz esquina
As galeras de Pegões
Chegam aqui de manhã
Entre os gritos e razões
Na cadeia comarcã
E a gente dos escritórios
Nas janelas da prisão
No maço de Provisórios
Cada cigarro um tostão
Em certas ocasiões
Vem a carga diferente
A galera traz melões
Matam a sede à gente
Com rodas de camioneta
São outras velocidades
Viagem quase secreta
Entre duas localidades
Entre Montijo e Pegões
Levam a carga que calha
Ou o ferro para portões
Ou vinte fardos de palha
E esta galera continua
Numa memória já morta
Já vem na curva da rua
Onde estou à minha porta
José do Carmo Francisco
Nós achamos que o Jamie Olivier deve começar a pensar muito a sério que o seu império gastronómico pode ter os dias contados! Tudo isto graças ao êxito das nossas receitas troikianas, quer dizer, com que tentamos fazer face aos dias dificeis que se avizinham trocando as voltas à Troika!!!!
No almoço que tivemos com o Nuno, o seu pai, agora um dedicado professor de educação alimentar- com quem um destes dias falaremos - levou-nos, melhor desencaminhou-nos ali para as bandas do Saldanha, nem mais nem menos que o...."MARACANÃ!!!!
E foi lá que descobrimos este contributo para uns tão simpáticos quanto vitamínicos e económicos aperitivos!
Imaginem só: CASCAS DE BATATA FRITAS!!!!
Exactamente, lavam-se muito bem as casquinhas das ditas, cortam-se, de preferência "roubando" um bocadinho à polpa, fritam-se e servem-se com um pratinho de maionese com três pimentas dentro!!!!
Provem e não digam que não somos amigos!!!!
antónio colaço
Tejo, há instantes.
Que humilhação, sol, onde está o teu matinal esplendor?
O quê, queres ser tu surpreendido com o esplendor do que resta de Iluminação interior no mais Íntimo de cada um de nós?!
Obrigado.
antónio colaço
Mais um dia que termina.Um cargueiro que se faz ao oceano. Meia dúzia de banhistas que resistem e um casal em completo estado de adoração fruindo o último raio do Irmão Sol.
Como eles, digo-Te, adoro-Te.
Obrigado.
antónio colaço
REACÇÕES
Amigo António Colaço
Tu já nos tinhas contado o episódio.Por diversas vezes e sempre com um brilhozinho nos olhos que não enganam.
Mas tivemos agora a oportunidade de confirmar, ao vivo e a cores, que às vezes vale a pena subir um pouco mais para ver mais longe.Mesmo que a subida seja a muros feitos de pedras frias que é quase sempre o material de que são feitos os muros.
Mas o importante é que a história tenha um final feliz, como parece que está a ter.
Parabéns e força ao Adriano, ou Nuno, e a todos os Adrianos e Nunos que precisem de ter força.
Um abraço
silvério
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as maiores sortes do mundo para o nuno barata.
a vida está aí, aproveite-a.
com força e muito ânimo.
Roberto Ferreira
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Imagens de ontem mas que de hoje poderiam ser.
LUZ, MAR,ILUMINAÇÂO,NAVEGAR,NAVEGAR
COMUNICAR É PRECISO!
Ânimo, lugar de encontro.Porto de abrigo!
Obrigado,pelas pontes que me ajudaste a restabelecer e por todas aquelas que jamais quero que me venham a faltar.
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN 23 Julho 2004
A caminho dos 93 anos, é um dos últimos sobreviventes daquela plêiade de gigantes políticos europeus que reconstruíram a Europa, souberam lidar com a Guerra Fria, contribuíram, sem tibieza, para o desanuviamento mundial, estabeleceram as bases da União Europeia. Quando a política não era mera Realpolitik, pois ainda se apoiava em saber e se movia por ideais. Foi ministro da Defesa, da Economia e das Finanças, chanceler federal. A sua influência continua hoje forte através do seu semanário DIE ZEIT. Falo de Helmut Schmidt.
Acaba de publicar Religion in der Verantwortung. Gefährdungen des Friedens im Zeitalter der Globalisierung (Religião na responsabilidade. Perigos da paz no tempo da globalização), reunião de textos de conferências em várias partes do mundo. Ficam aí algumas ideias marcantes.
1. Várias vezes se confessa cristão, embora cristão "distanciado". Apesar das dificuldades doutrinais e das desilusões, permanece na Igreja, porque ela "põe contrapesos à decadência moral na nossa sociedade e oferece apoio moral, que de outro modo se não tem".
2. A colega Marion Gräfin Dönhoff tinha razão: "Uma sociedade sem normas morais desfaz-se; uma liberdade desenfreada leva à brutalidade e à criminalidade. Todas as sociedades precisam de laços. Sem regras, sem tradição, sem consenso quanto a normas de comportamento, nenhuma comunidade subsiste." E acrescenta ele: "Não podemos viver em paz, sem os deveres e as virtudes desenvolvidos no cristianismo."
3. A existência humana não se deixa reduzir à satisfação das necessidades materiais. O ser humano precisa sobretudo de orientação para o sentido da sua vida, capaz de responder às "perguntas últimas". "Apesar do Iluminismo crescente desde há quatro séculos - e apesar do ateísmo comunista -, a necessidade metafísica de orientação por parte do Homem manteve-se viva." As religiões surgem precisamente desta exigência de orientação por uma verdade mais elevada.
4. O Estado deve ser religiosa e cosmovisionalmente neutro. Portanto, tem de salvaguardar e garantir os direitos fundamentais; quanto à salvaguarda e garantia dos valores fundamentais, aí aplica-se o princípio: tua res agitur, isso é assunto teu, "de cada um, de cada comunidade, da Igreja". As Igrejas com os seus valores participam no processo de formação da vontade política, mas "o Estado não pode garantir juridicamente convicções que as Igrejas não conseguem transmitir aos seus fiéis".
5. Tem muitas dúvidas quanto a uma política cristã. Mas procurou ser um político cristão, isto é, tentou, nas grandes tomadas de decisão, não esquecer a inspiração cristã. "Uma política sem consciência tende para o crime." Uma política não orientada pela razão, que não mede as consequências, os riscos e as chances, irresponsável perante a consciência e a História, é certamente "não cristã". Não deixou de rezar, concretamente o Pai-Nosso. Lembrou os dez mandamentos. Precisou da música coral da igreja, de um bom pastor (é luterano) ou bispo e do seu apoio pastoral. Aliás, o que hoje esperamos da Igreja é "cuidado e consolação, compaixão com os fracos e pobres, solidariedade com o nosso vizinho doente".
6. No tempo da globalização, é essencial a tolerância entre as Igrejas e entre as religiões - a tolerância positiva: respeito, conhecimento mútuo. Por isso, manifesta-se contrário às missões: converter outros, como se só a nossa religião fosse fonte de verdade e salvação.
Sabe por experiência própria, pois reúne responsáveis das diferentes religiões, que não estarão de acordo nas doutrinas, mas encontram consenso mínimo nas questões dos grandes interesses da Humanidade.
7. Princípio nuclear: o respeito pela dignidade inviolável de cada ser humano. O esquecimento de que o Homem não é para a economia, mas a economia para o Homem fez com que a especulação financeira desembocasse no "capitalismo de rapina". A par da Declaração Universal dos Direitos Humanos é preciso ensinar a Declaração Universal dos Deveres Humanos.
Causou grande impacto a versão gastronómica da ânimo, versus,Bacalhau Conventual!
Como hoje está um calor de rachar, nada melhor do que uma "maionése", uma refeição simples e economicamente refrescante para poupar!
Comprando um saco de macedónia nas grandes superfícies, dá, pelo menos, para três refeições do género, quer dizer, dependendo do número de comensais e respectivo apetite!!!
Precisamos de três ovos, uma lata de atum sem ser em azeite,miolo de camarão - pode ser do mais baratinho, por que não?! - duas postas de pescada para cozer, umas tiras de delícias do mar...e aí vamos nós.
Num tachinho dê uma ligeira cozedura à pescada e ao camarão.Escorra a água depois de cozidos e volte a metê-la no tacho para nele cozer, em seguida, a macedónia.Vai ver que ganha o gostinho do peixe.Ah!Depois de uma cozedura,também leve, para que os legumes não se desfaçam na hora da mistura,aproveite a água para fazer uma sopa, tipo consomê (uau!!!) com pepino cortado aos pedacinhos, ou, simplesmente, com pedacinhos de pão tostado, vulgo croûttons (uau!!!mas isto hoje está que nem o J Olivier!!!).
Depois de termos os ingredientes todos cozidos, desfiemos o peixe, o camarão (partido ao meio ou em pedaços),o ovo "esmigalhado", tudo para o frigorífico para arrefecer!
Passados uns quinze minutos,junta-se tudo, mexe-se com uma colher de pau (sim, das proibidas pela ASAE/UE!!!) e adiciona-se maionese a gosto!
Em regra deixo sempre um pouco de ovo para a decoração final como se vê nas imagens!
Pode acompanhar com uma salada de alface, migadinha ou de tomate!
Ah!Um branquinho maduro bem fresquinho, que até pode ser substituído por um qualquer Alvarinho, dos mais acessíveis,está bem de ver, ajudam a refrescar as ideias para a rentrée que aí vem...(o quê?!Mas Agosto ainda nem começou,ó balha-nos Deus!!!!
antónio colaço
(que jamais chegará aos calcanhares do Jamie Olivier!!!)
NOTA DA REDACÇÃO
A nossa política de comentários obedece a um requisito muito simples:gostamos de saber quem é que nos comenta.Tão simples quanto isso.Não vivemos obcecados pelo comentário, que saudamos sempre que aparece, mas também não queremos viver obcecados para descobrir quem é quem e porque é que desaparece por de trás de um indescortinável somatório de... letras.Na ânimo, o santo e a senha têm rosto!Obrigado.
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