Do meu querido amigo, António Baptista Lopes,da Editora Âncora, este amável Convite que estendemos aos leitores:
REDACÇÃO COM VÉSPERAS DENTRO.
O sol só nos vê lá de cima.Para ele, é sempre Luz.Um destes dias gostava que o sol viesse cá abaixo, ou, melhor, que me deixasse ir lá acima mostrar-lhe como são as coisas cá em baixo.
Para o sol não há nascer,amanhecer,entardecer.É sempre e só, Sol.
Eu gostava de ser o sol do Sol, para o iluminar a ele também.
Eu acho que ele ia gostar.
Deve sentir-se muito triste sem um sol por perto dele para o iluminar a ele,também.
Deve ser triste estar sempre a ser só sol, sem saber como é a manhãzinha,a maresia,o quentinho do meio dia e a melancolia do entardecer.
Eu acho que um dia o sol vai surpreender-me e arranja uma "abertazinha" para me chamar.
Obrigado.
antónio colaço
Mais um texto para reler e multiplicar a sua releitura.
Quase apetecia convocar o pessoal para que o VATICANO III seja uma realidade!
De que estamos à espera?!
As REDES SOCIAIS não poderão ter aqui um .... papel especial?!
Não estará na hora de fazermos mais um almocinho como o de 11 de Abril na Associação 25 de Abril?
antónio colaço
E agora o texto da edição de hoje do PÚBLICO!
Pedimos desculpa pelas condições de leitura.
Na impossibilidade de link, como nos velhos tempos....
NR-Faz duplo clic.Entras nas fotos do Sapo e consegues maior ampliação do texto!Obrigado
O regresso à Eucaristia das doze, nos Jerónimos.
Um sortilégio.
Um privilégio, mesmo sabendo que o Espírito habita no templo mais humilde de cada um de nós.
No próximo sábado,1 de Outubro, pelas 21horas, concerto comemorativo do 2º aniversário deste Órgão!
António Esteireiro, organista titular ( ao centro) será o intérprete.
Uma chamada no E72, interrompeu-nos a filmagem do tema final da missa de hoje.
Que execução.
Que pena não podermos partilhar.
antónio coilaço
MAIS UM GRANDE WEBANGELHO!!!!
Parabéns e...OBRIGADO, Pe Anselmo!
(Um destes dias um senhor bispo disse que não gostava deste título porque podia armar confusão com....os muçulmanos!Ou connosco, cristãos meio distraídos, pergunto-me?!)
antónio colaço
Padre Anselmo, In DN,hoje.
O MILAGRE DO PERDÃO
Já no avião, vindo de Santander, aonde fora participar num curso de Verão sobre "Transformação da Teologia na situação actual: pluralismo religioso e secularização", leio no El País um daqueles casos que nos dão o melhor da Humanidade.
Ameneh Bahramí é uma mulher iraniana de 32 anos, que não aceitou uma proposta de casamento com Majid Mohavedí. Por causa disso, este atirou-lhe ácido à cara, e ela não só ficou com o rosto desfigurado como perdeu a visão dos dois olhos. Um tribunal decidiu então aplicar a lei de talião, ainda vigente no Irão, e que Majid Mohavedí perdesse também a visão. Aplicação da lei de talião: olho por olho, dente por dente.
No passado dia 7 de Agosto, sete anos depois, estava tudo preparado, a própria televisão iraniana dispunha-se para dar conta do horror. Na sala de um hospital, Majid Mohavedí esperava de joelhos que Ameneh Bahramí executasse a sentença e deitasse nos olhos dele as gotas de ácido que o deixariam igualmente cego. Mas Ameneh Bahramí perdoou-lhe.
O jornal acrescenta que não renunciou ao que é conhecido como "preço de sangue" na legislação islâmica: uma compensação económica pela dor sofrida: 150 000 euros, que o autor da barbaridade deverá pagar, se quiser sair da prisão. E comenta que é verdade que ela foi pressionada pela Amnistia Internacional e outras organizações que defendem os direitos humanos para que concedesse o perdão que só ela podia conceder. Mas, "seja como for, fê-lo. E paralisou assim a abominável norma que consagra a vingança como medida com que fazer justiça".
Mesmo nas piores circunstâncias, ainda é possível a Humanidade erguer-se às alturas da generosidade. "O irreparável não pode remediar-se com mais destruição. É o que ficará do gesto desta mulher a quem destroçaram com ácido o rosto (e a vida)." E é esta grandeza que está também por trás da carta que um jovem de 16 anos que sobreviveu à matança de Oslo dirigiu a Anders Behring Breivik, o verdugo de tantos dos seus amigos.
Fracassaste, disse-lhe, "não respondemos ao mal com o mal".
Se houve tema no qual Jesus insistiu foi no do perdão. "Quantas vezes se deve perdoar?", perguntou-lhe Pedro. "Sete?" E Jesus respondeu: "Setenta vezes sete", isto é, sempre.
Porque o Deus de Jesus é o Deus do perdão, da bondade, da misericórdia. Mas, no fundo, raros são os cristãos que acreditam nesse Deus. Preferem o Deus que mete medo e se vinga. E a prova está em que se continua a oferecer a Deus sacrifícios, para implorar a sua misericórdia e compaixão. Mas como é que um Deus infinitamente bom - o Amor - pode precisar de sacrifícios para aplacar a sua ira e reconciliar-se com a Humanidade? Talvez porque, se Deus se vingasse, nós também poderíamos fazê-lo.
Quando se trata de perdão mesmo, é preciso reconhecer que estamos perante um milagre. Porque o perdão transcende a justiça e o jurídico: de facto, nem o verdugo tem direito a ser perdoado nem a vítima é obrigada a perdoar. É o dom e a graça. Por isso, Vladimir Jankélévitch distinguia, com razão, entre desculpa e perdão. A desculpa é condicional: depende da capacidade de compreender o mal feito, que se explica. O perdão é incondicional: depende do poder criador do amor, confrontado com a malvadez, esse enigma do mal querido livremente. "Por isso, as 'razões' de perdoar praticamente não são mais admissíveis que as 'razões' de crer; se perdoamos, é porque não temos razões; e se temos razões, há a desculpa, não o perdão." E isto não é permissivismo, pois o amor é o mais exigente que há.
Se pensarmos até ao fim, lembrando as vítimas inocentes, não será difícil vir à ideia que só Deus pode perdoar. Como escreveu o filósofo agnóstico Jacques Derrrida, perdoar o imperdoável aponta para algo que está para lá da imanência, "qualquer coisa de trans-humano": "na ideia do perdão, há a da transcendência", pois realiza-se um gesto que já não está ao nível da imanência humana. Aí começa o domínio da religião. "A partir desta ideia do impossível, deste 'desejo' ou deste 'pensamento' do perdão, deste pensamento do desconhecido e do transfenomenal, pode muito tentar-se uma génese do religioso."
Às vezes, o Sol parece ter inveja das gaivotas, sobretudo ao findar do dia.
Como gostaria de voar para outras paragens, descansar, enfim, da sua própria calmaria.
Obrigado.
antónio colaço
"O cérebro não colhe ideias no canteiro do ócio.É sobretudo pela interacção com o material, pelo trabalho,pelo esforço,e, em última instância, pelo fracasso, que nós nutrimos o nosso banco de ideias", Vik Muniz o diz.
Exposição imperdível,mesmo ao lado das salas dos horrores de Pedro Cabrita Reis,não digo a evitar,mas onde o mínimo se deve demorar,por uma questão de boa saúde mental.
Obrigado tio Joe.
O quê,não tem os juros em dia?!
Juro que me estou nas tintas já que nos abre as portas para estas tintas de borla!
Pintura em.....chocolate.
Pormenor de um mapa mundi a partir de restos de ...computadores!
Parece uma fotografia, certo?!Mas é uma montagem feita a partir de pedaços de papel de diversas tonalidades!
Ainda no CCB, na Arte Periférica, as FRONTEIRAS de Pedro Pires.Excelente e originalíssimo trabalho.
Agora vamos dar um saltinho ao Jardim das Oliveiras.
Sem grandes ondas....
..admiramos o Infante enredado na teia das muitas terras "por achar"...
...teias de que acabámos por nos libertar, e ao Mundo novos mundos acabámos por dar!
antónio colaço
Vai, Irmão Sol,leva contigo as lágrimas e os emocionados abraços deste dia.
Ficam em boas mãos.
Amanhã, muito de manhãzinha, vens bater-nos à porta e os teus raios de maresia voltam a lavar-nos os rostos para olharmos de frente um novo dia.
Obrigado.
(Foto.Todos os dias, a minha única nesga de pôr-do-sol mora, por instantes, na certeira janela do prédio em frente...)
antónio colaço
Pela manhã deste teu derradeiro dia, olha, Ri, a surpresa que o nosso amigo Tó Manel, dos Vales (ah!as saudáveis e saudosas rivalidades que se fintavam no "Estádio da Encosta da Serra!!!!) nos acaba de enviar!
E não contente com isso, lá vem o agora chamado "Pego das Cancelas".
Visto, assim, cá de cima, ou, se quiseres - tu já sabes, nós, ainda na adivinhação... - Aí de cima, parece mesmo a Terra Prometida!
Fica bem!!!
Obrigado, Tó Manel!
antónio colaço
Da esquerda para a direita:Ri, Zé Luis (irmão) e Nuno (primo).
Meu Caro,
Foi com surpresa que me apercebi do falecimento do RI.
Não há muito a dizer. O momento é para sentir.
Envio-te uma foto tirada aquando de um jogo de futebol em Proença a Nova, entre o Colégio Diocesano e o Colégio Lassale de Abrantes. Foi no dia 24 de Março de 1972. O RI estudava então em Proença e o irmão, o Zé Luis, equipava pelo Lassale. Na ponta, em baixo, está o Nuno.
(Eu sou o guarda redes.)
Seguem também duas fotos da praia fluvial que tu chamas de S. Bento. Hoje chama-se Pego das Cancelas.
Um abraço.
Tó Manel
Foto.Recriação gráfica pelo animador de serviço a partir de imagem cedida pela família.Ri,sei que gostas.
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