Dentro de momentos - enquanto as broinhas vão ao forno - voltamos para o "making-of" (uau, tipo Spielberg das broas!!) das ditas e...........atenção, com a receitinha na mão!!!
O quê, queriam chegar, provar e comer, aqui?
Mark Zuckerberg, inventa lá um Facebrook (Feice+br(oa)+ook!!! tás a ver?!
O quê?Temos que pedir autorização à Felipa Vacondeus?!
... Ó balha-nos Deus...z...z
NOTA
São as primeiras broas e arroz doce do Francisco!!!
..pronto, eis a prometida receita!!!
Mãos à obra!!!
antónio colaço
A FALA DAS GAVETAS é um espaço dedicado aos leitores da ânimo que queiram mostrar aquilo que durante anos esconderam de todos os amigos:palavras com prosa,poesia,ensaio e ficção dentro.
O nosso mail está ao vosso inteiro dispor.
Sirvam-se.
Foto.Google.
A MAÇÃ
Um cartaz bonito anunciava, sobre uma cesta de verga enfeitada com folhas de feto cheirando a verde, maçãs maduras, maçãs amarelas e rubras com a pele a estalar de verniz, importadas de um distante país do longínquo norte. Os intensos reflexos que douravam a superfície poliédrica dos frutos proclamavam a sua excelência.
Apesar do seu preço exagerado, decidiu comprar uma delas, a maior, a mais bonita, a mais perfumada de todas as frutas do cabaz. Pesou-a, sopesou-a, mirou-a sob todos os ângulos fazendo-a girar sobre a palma da mão muito aberta, e depois pediu ao vendedor que a embrulhasse em papel celofane, certamente o melhor envólucro para tão precioso pomo.
Depois subiu as escadas da repartição e esperou que a manhã se esgotasse, desdobrando-se entre a redacção de ofícios inúteis e a leitura de despachos absurdos, entretecendo os longos minutos nas teias delicadas da aranha burocracática.
Um nervosismo desacostumado ia crescendo na razão inversa do tempo que faltava para a hora do almoço, como se o odor suave que se libertava da gaveta da secretária onde tinha guardado a maçã, lhe activasse as papilas gustativas, predispondo-o para o gozo antecipado do pecado da gula.
Quando finalmente os apressados colegas da secção sairam porta fora em direcção ao refeitório, um a um, compondo as gravatas e vestindo os mesmos casacos todos iguais, todos em tons de azul com botões reluzentes de metal amarelo, abriu a gaveta da secretária, retirou a maçã, desembrulhou-a com cuidado, poliu-a longamente com a manga direita da camisa muito branca, e recostou-se na cadeira, adiando um pouco mais o prazer infantil de a saborear.
Foi então que a maçã abriu uma boca enorme e o mordeu profundamente, primeiro no pescoço, e depois de uma forma lenta e sistemática, um pouco por todo o corpo, devorando-lhe os membros, deglutindo o tórax e o abdómen, engolindo-lhe as pernas, as mãos e os pés, e por último o crâneo pequeno e luzidio, onde se faziam já notar os princípios da calvície.
À laia de caroços, cuspiu os suspensórios!
E foi então que suspirou, consolada…
Rogério Carvalho
Hoje, Francisco,a nossa primeira descida aos Jerónimos depois que chegaste.
Sim, quem dera pudesse pedir ao António Estanqueiro, "António, dá-me as teclas desse órgão e deixa que solte a alegria que me corre nas veias e faça das semínimas e das colcheias os acordes com que a vinda do meu neto me acordou para a Vida que verdadeiramente Sou.
Não sendo possível e até lá - deixa que a gente descobre outro órgão, já! - aqui fica a parte final da Eucaristia de hoje.
2
Sim, vim pedir- Lhe que te proteja e ilumine, mas acredita que, na sua Bondade Infinita, o que acho mesmo que Ele mais quer é que vivamos FELIZES como um dia - O Dia - nos resolveu conceber.
Obrigado.
Video.Órgão dos Jerónimos, esta tarde, excerto de execução no final da Eucaristia, por António Estanqueiro, organista titular.
Mais um grande WEBANGELHO de Frei Bento Domingues directo ao coração da crise, quer dizer, ao lugar onde tudo devíamos fazer para que ela não tivesse lugar sequer como ideia condicionada e condicionante da nossa vontade em aproveitar as dolorosas circunstâncias para as transformar nas gratificantes transumâncias.
antónio colaço
NOTA
O habitual pedido de desculpas pelas continuadas condições de edição!
(Ó saudosos links....)
antónio colaço
(Clique duplamente no texto para leitura mais ampliada!)
O tio do Francisco, arquitecto, está agora, pela primeira vez, lá em cima no seu quarto.
Não tem cabido em si de contente com o primeiro sobrinho - estou à espera, meu amado filho, da tua hora... - e em sua homenagem e aos "caixotes"que tanto critico na moderna arquitectura, aqui ficam estas imagens de um projecto que,não obstante, me parece muito funcional!
antónio colaço
(...que dia de sábado tão intenso, sem tempo para "postar", porque no meu posto de avô-vigia em que nada pode falhar.Aqui ficam as VÉSPERAS de Sábado,quase Matinas de Domingo!!!)
...e ao segundo dia, Francisco, dei-te o primeiro beijo na tua aveludada pele.
Fico horas a olhar para ti, a recuar no tempo, antes de ti, antes de mim,antes dos avôs que, como já te disse não conheci, antes do...s bisavôs, antes, antes...
E vem-me à memória o meu querido amigo Pe Anselmo "por que há Algo e não nada.."
Hei-de ficar horas à conversa contigo a olharmos a Lua, as estrelas, o sol a despedir-se delas e nós, pequeninos como tu, a sentirmo-nos Grandes porque capazes de adivinharmos o Grande Momento em que Tudo-Em-Nós teve seu Princípio.
Vá, dorme, não tenhas pressa em crescer para que do tempo que me resta eu contigo possa renascer.
Obrigado.
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
O ÚLTIMO SEGREDO(1)
In DN de Sábado,29OUT
Coube-me, a pedido da Gradiva, apresentar O Último Segredo, de José Rodrigues dos Santos. No sábado passado, na Sociedade de Geografia, com mais de 500 pessoas presentes. O que aí fica é a primeira parte de uma breve síntese do que aí disse.
1. Vamos supor que se descobriram os restos mortais de Jesus Cristo num túmulo de família. Agora, a partir do seu ADN, como não tentar cloná-lo, se ainda por cima o projecto for no sentido de o Jesus clonado instaurar a paz no mundo? Arranje-se uma intriga, com assassinatos pelo meio, dentro de um thriller, a partir dos interesses de uns em levar a ideia por diante e a perseguição de outros, que têm medo da sua concretização por motivos diversos, e temos material para uma história de enredo apelativo. Se, no meio da intriga, se vão descobrindo alegadas "fraudes" na Bíblia e se anuncia "a verdadeira identidade de Jesus", temos os ingredientes para o sucesso. Mesmo se o tema da clonagem de Cristo não é original, pois já há tempos apareceu um romance com esse tema.
2. A partir dos conhecimentos históricos disponíveis e fundados - Jesus é a figura mais estudada da História -, penso que, apesar das controvérsias que continuam, à pergunta "o que podemos saber hoje sobre o Jesus histórico?", se pode responder minimamente dizendo que foi um profeta escatológico judeu, um sábio, alguém com o dom da cura e um carismático, homem de mesa em comum e rompendo com a distinção entre puros e impuros, que impulsionou um movimento messiânico integrador de marginais, um homem de conflitos e perigoso para a ordem religiosa e social estabelecida, condenado pela oligarquia sacerdotal de Jerusalém e mandado executar na cruz pelo procurador romano, "o seu movimento profético-messiânico manteve-se e transformou-se depois da sua morte" (Xabier Pikaza). Alguns dos discípulos afirmaram que estava "vivo" e que tinha sido elevado à glória de Deus.
3. No desenrolar da intriga de O Último Segredo, há pressupostos e afirmações histórico-teológicos. Pergunta-se: o que valem?
Para mim, ao contrário do que insinua José Rodrigues dos Santos, os pilares do cristianismo não são abalados. Assim, não perturba nada a minha fé que Maria seja virgem ou não: o Credo não é um tratado de biologia. Do mesmo modo, não agride a fé cristã que Jesus tenha tido ou não irmãos e irmãs ou que tenha sido casado ou não. O que a boa teologia diz sobre a Santíssima Trindade é que a unidade de Pai, Filho e Espírito Santo é uma unidade de revelação: "Deus mesmo manifesta-se através de Jesus Cristo no Espírito", escreve Hans Küng. Na Bíblia, não se diz que Jesus é o próprio Deus. Ele é confessado pelos crentes como o Cristo, isto é, Messias e Filho de Deus. Ele é a revelação definitiva de Deus, não o Deus (hó theós).
Quanto à ressurreição, ela não pode entender-se como a reanimação do cadáver. O que foi feito do cadáver de Jesus ninguém sabe: pode inclusivamente ter ido para uma vala comum. No entanto, não haveria cristianismo sem a convicção de fé de que Jesus não morreu para o nada mas para o interior de Deus, para a vida eterna de Deus. Deus em quem Jesus acreditava e revelou como amor não o abandonou na morte.
É evidente que a ressurreição não é um acontecimento da história empírica, estudada pelos historiadores nem podia ser, pois transcende a história. O que é histórico é que Jesus foi crucificado e pouco depois os discípulos voltaram a reunir-se em nome de Jesus Cristo, que anunciaram como o Vivente em Deus. Essa experiência de fé foi de tal modo avassaladora que dela deram testemunho até à morte. Mas é claro que uns acreditam e outros não. Uns e outros com razões.
Sou muito mais cauteloso do que José Rodrigues dos Santos, que declarou ao DN que acredita em Deus "porque a ciência já encontrou provas". Ora, Deus não pode ser objecto de provas científicas: um Deus demonstrado cientificamente não seria Deus, mas um objecto mundano e finito. Uns crêem e outros não, e há razões para acreditar e razões para não acreditar, mas não há provas científicas.
Maternidade do Hospital de S.Francisco Xavier,esta tarde
Francisco, quando puderes vir à janela este é o mar que te espera para navegares...cá dentro.
Ajuda-nos a "achar" o Portugal que tanto nos falta mas que nos sobra e basta se formos capazes,se formos AUDAZES!
Conta comigo, quero ser o avô dos avôs que nunca tive.
Vou aprender se tu quiseres!
Obrigado, por este primeiro dia em que me fizeste sentir tão PERTO DO PRINCÍPIO.
antónio colaço
Com o Francisco - que ainda não vi por esta altura do registo visual (11.30h) - foi-se a tempestade e o vento que fazia falta a estes moinhos que já não moem deu lugar à Luz.
Sim,a solução para estes moinhos só pode ser mesmo a energia solar!!!
(Com a construção dos altos prédios em redor o vento não circula.)
A Torre de Belém vista do quarto do Francisco na Maternidade do Hospital de S.Francisco Xavier.
Vamos ter um marinheiro daquelas de rija tempera, capazes e audazes para navegar e...achar Portugal!!
O verde do quarto do Francisco....(o Pai é sportinguista mas a Mãe é benfiquista!Será que o avô benfiquista chega para desempatar a favor do Glorioso?!
A parede do teu quarto, Francisco, a desafiar-me para a foto artística!!!!
A maquinaria lá em cima que te assistiu cá em baixo!
Estádio do Restelo com S.Francisco Xavier lá mais para trás!!
Francisco, o teu primeiro pôr-do-sol!!!
Quem sabe se nem Benfica nem Sporting e se não terá nascido um...Belenense?!
antónio colaço
António Colaço.Maternidade.Grafite sobre papel.1972
Às "quatro da madrugada" - à boa maneira da costela altoalentejana" do Francisco - deixámos S.Francisco Xavier sem podermos ter visto o Francisquinho mas, no dizer da Mãe, a nossa querida Ritinha, corroborado pelo babado Pai, Paulo Vicente, "é liiiiiiindo"!!
Os Pais têm o exclusivo das primneiras imagens mas podemos confirmar que, de facto, é liiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo!
Obrigado.
antónio colaço e meninha
Links Amigos