NUNCA DEIXARMOS DE DIZER ADEUS ENTRE NÓS.
HOMENAGEM DA ÂNIMO AO SENHOR DO ADEUS,JOÃO SOUSA.
Versão youtube do excelente trabalho do Francisco Feio dado que alguns de nós não conseguiam abrir a sua reportagem.´
... Há pouco, o animador de serviço enviou a seguinte mensagem aos seus companheiros:
"Nas compras, a ver o teu fabuloso trabalho, Francisco.Comovido, agradeço.
"Suspeito",Eusébio e Francisco, que nos esperam mais "m...." como "de costume"!
Eterno abraço
ántónio colaço
UM ANO DEPOIS QUE NOS DEIXOU DE DIZER ADEUS,
SINGELA HOMENAGEM A
JOÃO SOUSA
O SENHOR DO ADEUS!
UM ANO DEPOIS QUE DEIXÁMOS DE NOS DIZER ADEUS UNS AOS OUTROS.
OU DE COMO A TROIKA JAMAIS IMPEDIRÁ
QUE CONTINUEMOS A DIZER-NOS ADEUS.
EM TEMPO DE CRISE, APERTAM AS SAUDADES UNS DOS OUTROS!
OBRIGADO,JOÃO!
Estava o Duque de Saldanha bem aconchegadinho na sua enregelada noite de estátua, quando, de súbito, apareceram, vindos do oriente e do ocidente da cidade três cidadãos bem animados, sorridentes, para homenagear, um ano depois, o ADEUS do Senhor do Adeus, que tanta falta nos faz, sobretudo, agora, que deixámos que a noite fosse tomada de assalto pela troikiana tristeza!
Que saibamos, SAUDARMO-NOS é um PATRIMÓNIO INESTIMÁVEL que nenhuma agência de ratting jamais beliscará e muito menos fará parte de um qualquer "memorando"!
SAUDARMO-NOS, como o Senhor do Adeus fazia, baila ainda e SEMPRE na nossa MEMÓRIA!!!
Da esquerda para a direita, António Colaço,Francisco Feio e Eusébio Paulino.
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Estes três rapazes constituiram o núcleo de uma emissão pirata de televisão que fez história no 25 de Abril de 1995 e um deles teve de passar pelo DIAP orgulhando-se, até, de ter sido o único cidadão, até ao momento, que saibamos, que "levou" com um processo destes em cima.
Tudo isto para dizer que, quanto mais velhos, mais sábios na arte de acreditar, cada vez mais, que, COMUNICAR É PRECISO!
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Obrigado aos meus amigos Francisco Feio e Eusébio Paulino pelo empenho nesta singela homenagem a João Sousa.
Quisemos aparecer de surpresa, como fazia o João,sem qualquer contacto com os media tradicionais.
A notícia ( que podia ser, sim, dava, como se diz nas redacções um "bom número",para rádio,tv e jornais) quisemos que fosse a reacção de quem passava.
E, de facto, na meia hora que ali estivemos, nos brevíssimos instantes que a paragem do semáforo consentia, entre um adeus e dois dedos de conversa, foi patente a memória que a maioria registava do Senhor do Adeus e a frase que mais pudemos ouvir:
-Parabéns!Foi um bonito gesto!!!!
João,Senhor do Adeus, onde quer que esteja - e só pode estar num sítio bonito - o nosso gesto vai inteirinho para si.
Devolvemos-lhe, afinal, os tantos gestos que teve para connosco.
Nada mais.
OBRIGADO.
antónio colaço
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O PRIMEIRO VÍDEO
PARA QUE NUNCA DEIXEMOS DE NOS DIZER ADEUS UNS AOS OUTROS!
Como tão bem fez João Sousa, O SENHOR DO ADEUS que a ânimo,ontem, homenageou no seu local de "trabalho"!!!
Sim,afinal,vencer o bem-bom da pantufa dá muito trabalho!!!!
Haverá um segundo vídeo, onde o outro protagonista, no caso o animador de serviço, saltou, igualmente de detrás da câmara para a estrada!!!!
O meu amigo Eusébio Paulino, o rosto meio coberto da emissão pirata de televisão de 25 de Abril de 1995,adoptou,ontem,uma postura de desconstrução do personagem João, FABULOSA e que nos apanhou completamente de surpresa!
Também por isso, João, a noite foi mais do que uma homenagem.
Criámos cidadania e representação com maestria!
PEQUENA NOTA
APÓS VISIONARMOS, HÁ INSTANTES, PELA PRIMEIRA VEZ, ESTE PRIMEIRO VÍDEO:
Luzes, Acção!
ACABÁMOS DE HOMENAGEAR JOÃO SERRA,O SENHOR DO ADEUS, O HOMEM QUE TORNOU AS GÉLIDAS NOITES DE LISBOA MAIS QUENTES E
AFECTIVAS.
Obrigado, João!
...A reportagem mais logo!
Obrigado Francisco Feio e Eusébio Paulino.
O reencontro da equipa que assegurou a emisão "pirata" de televisão em Abril de 1995!
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O Duque para o Super....Boneco:
-Sai daí, meu fanfarrão.Hoje virá quem te SUPERará!!!!
FALTAM...11 HORAS PARA A SUPER HOMENAGEM!
Aguarda por um sinal nosso!!!
Poderás juntar-te a nós se quiseres!
antónio colaço
HOJE É O DIA em que vamos fazer a ponte entre passado e presente, homenageando e SURPREENDENDO Lisboa.....
Obrigado.
antónio colaço
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Chegou o tempo da azeitona e os campos animam-se. Vindas das cidades e dos seus subúrbios, velhos silenciosos armam sob a copa das árvores centenárias imensos panais verdes, encostam escadas às suas ramarias densas e ali passam os dias, ripando ou varejando as oliveiras.
Este refluxo sazonal tem o peso de uma romaria onde não se veneram os santos, mas antes se consagra à árvore tutelar. A árvore sacralizada por todos os ritos mediterrânicos, a árvore da paz e da luz, do óleo santo e do lume acolhedor. A árvore que acolheu as premonições de um Cristo orando no horto, e que depois da sua morte, lhe vem iluminando sem interrupções a noite dos altares. Ungido foi Ele pelo óleo sagrado, tal com a nós nos aguarda a unção final antes de franquearmos o eterno que o nada é.
Sozinhos ou em pequenos grupos comandados pelos mais velhos (mais saudosos, mais sabedores), despidos das roupas citadinas, perdem-se nos descampados assolados pelas chuvas, escondidos nas neblinas ou crestados pelas geadas, regressando sempre ano após ano, reavivando os caminhos velhos que ninguém percorre.
Têm saudades da terra e voltam, pontuais, cada vez mais velhos e teimosos. Contidos, reúnem-se sob as copas vetustas, parcos de palavras; são testemunhas de um outro tempo que soçobrou, e os seus gestos passados de geração em geração, não são suficientes para acordarem o passado. Os campos abandonados já não acolhem cânticos nem risos, apenas silêncios.
Ortiga.Mação.
Aqui e além uma coluna de fumo cinzento desprende-se das fogueiras que crepitam com as ramas queimadas. Assinalam o quê, com semelhantes códigos? Se calhar, o fugaz regresso dos humildes proprietários, terratenentes de tapadas e courelas que o campo expulsou em tempos, e que agora regressam, mais pelo peso do simbólico do que pelo preço do azeite. Ou talvez reafirmem a posse da terra com estes padrões efémeros, tão efémeros como o destino que lhes ditou o rumo das suas vidas.
Enchem sacas de frutos, da negra galeguinha ou da verde cordovil, e cumprem os roteiros dos lagares que, nas margens dos ribeiros ou nas quelhas dos povoados, moem uma vez por ano com engrenagens saídas dos tempos bíblicos. Só descansam quando tudo acaba.
Mas não acaba, porque os ciclos são infinitos e eles sabem-no. Para o ano, prometem, no tempo da azeitona, patuscadas, pão, chouriço, vinho novo.
Para o ano, no tempo da azeitona, despedem-se.
É esse o tempo em que, mais do que sangue, lhes corre terra pelas veias.
Rogério Carvalho
imagens
antónio colaço
campos de Ortiga
Apenas a Igreja da Memória deixa que se perceba onde estamos.
Nevoeiro cerrado e, no entanto, sempre com a memória por companheira.
Para o melhor e para o pior.
Mas a última palavra,tal como a gaivota que atravessa a linha do horizonte, é sempre nossa.
... Podemos sempre voar cá dentro, no meio da maior escuridão exterior.
Nunca nos perdemos, memória de nós que sempre Seremos.
Obrigado.
antónio colaço
Ontem, escrevi no mural do Rui Vieira Nery,quando ainda vivíamos a expectativa da nossa imaterialidade consagrada, RUI VERY NICE!
Hoje não resisto à onda,mas já, passadas todas estas horas,numa de auto-estima elevada dando sequência a uma das leituras que me parece estar a fazer mais caminho, ou seja, "que isto sirva,bla,bla,para nos elevar a nossa auto-estima.Que seja uma música triste a ...deixar-nos, bla.bla,bla, alegres, etc tudo coisas muito acertadas.
De facto,para além do fado, temos tantas outras coisas à espera de verem a sua hora e que, RECONHECIDAS, em primeiro lugar POR CADA UM DE NÓS, nos deixarão, de vez, de nos continuarem a fazer andar à nora!
É preciso recomeçar de novo mas seguindo por caminhos diferentes!
Por mim, é o que faço.
Recuando até onde me lembro de ser gente e para que jamais fique triste eis que retomo o meu caminho para que o meu fado se cumpra sempre de viola em riste!
antónio colaço
Chegou o tempo da azeitona e os campos animam-se. Vindas das cidades e dos seus subúrbios, velhos silenciosos armam sob a copa das árvores centenárias imensos panais verdes, encostam escadas às suas ramarias densas e ali passam os dias, ripando ou varejando as oliveiras.
Sozinhos ou em pequenos grupos comandados pelos mais velhos (mais saudosos, mais sabedores), despidos das roupas citadinas, perdem-se nos descampados assolados pelas chuvas, escondidos nas neblinas ou crestados pelas geadas, regressando sempre ano após ano, reavivando os caminhos velhos que ninguém percorre.
(...)
Têm saudades da terra e voltam, pontuais, cada vez mais velhos e teimosos. Contidos, reúnem-se sob as copas vetustas, parcos de palavras; são testemunhas de um outro tempo que soçobrou, e os seus gestos passados de geração em geração, não são suficientes para acordarem o passado. Os campos abandonados já não acolhem cânticos nem risos, apenas silêncios.
A NÃO PERDER!!!
"Hoje,quando se procura por razões de eficácia substituir a política democrática pela tecnocracia,corre-se o risco de resvalar para a ditadura.A sua desumanidade começa quando a cura das finanças não se importa com a sorte das pessoas"
Mais palavras para quê?!
Venha A PALAVRA, Frei Bento!
Para uma mais ampliada leitura faz duplo clic na imagem.Obrigado.
Lisboa,28 de Novembro de 2031
....
Era um frenesi, Francisco,que nos levava a partilhar tudo.
Nunca tal se tinha visto.
As pessoas parecia que queriam contar umas com as outras.
Meter-se na vida dos outros.Umas querendo lá ficar, outras apenas estar.
... (...)
Partilhávamos tudo e embora a tua Avó e os teus Pais nunca autorizassem publicar imagens tuas, naquele dia, não resisti a publicar o arroz de pato com que celebrámos o teu primeiro mês de vida.
(...)
antónio colaço
Diário Imaginário
Mais palavras para quê sobre A PALAVRA que assim nos interpela e nos convoca para o que verdadeiramnente importa mudar em nós e na nossa maneira de estar?!
(O Pe.Anselmo ficará satisfeito se aqui dissermos que também ,hoje, no Expresso, Miguel Sousa Tavares assina um grande texto neste sentido, embora sem a profundidade que aqui encontramos.
De facto, esta crise é mesmo uma crise de crescimento.Há que perceber os sinais se queremos crescer MAIS e,sobretudo, MUITO MELHOR.Quer dizer, para nos sentirmos e sermos MELHORES!
Outro grande WEBANGELHO de Anselmo Borges!
Pe Anselmo Borges
In DN hoje
Como escrevi aqui, no sábado passado, a crise faz parte da realidade. A evolução, desde o Big Bang, há 13 700 milhões de anos, foi deparando com crises e até becos sem saída, mas encontrou oportunidades, foi oportunista: a prova é que estamos cá.
Há transformações que implicam a mudança de paradigma - paradigma é, segundo Th. Kuhn, "an entire constellation of beliefs, values, techniques, and so on, shared by the members of a given community" (uma constelação total de crenças, valores, técnicas, etc., partilhados pelos membros de uma determinada comunidade). Ora, os paradigmas entram em crise. Por exemplo, o paradigma moderno entrou em crise e já se fala em macroparadigma pós-moderno: já não eurocêntrico, pois o mundo tornou-se multipolar; já não androcêntrico, pois tem de haver parceria entre homens e mulheres; a economia de mercado tem de ter sentido social e ecológico; impõe-se o diálogo inter-cultural e inter-religioso...
A crise de que se fala é a crise económico-financeira. Mas, mais uma vez, indo até ao étimo - crise e crítica, do grego "krinein", discernir, explicar, julgar, resolver um litígio, explicar, decidir, e oportunidade, de "opportunitas", ocasião favorável, "opportune", a tempo, "opportunus", que impele para o porto -, não se vê que as crises, vinculadas à crítica, podem ser também oportunidades?
Não provém a presente crise da lógica do capitalismo neoliberal desregulado e da ganância devoradora? Então, no quadro de problemas globais, não precisamos de uma "global Governance", instâncias políticas globais? De uma refundação das Nações Unidas? De um imposto sobre as transacções financeiras? Da regulação dos mercados, essas entidades anónimas destruidoras da vida de milhões e milhões de pessoas? E do fim dos paraísos fiscais? E de ética, melhor, de homens e mulheres éticos na política e na economia?
Aí está a oportunidade para pensar. Não é tempo de reflectir, decidir, procurar o verdadeiro porto? Afinal, valemos sobretudo pelo ter ou pelo ser? Não é o tempo favorável para se exaltar com a existência? E retomar as alegrias simples da beleza de uma simples folha de erva que abana ao vento e de um pôr do Sol a dançar no mar?
De qualquer mo- do, é preciso perceber que o trabalho é um bem escasso, a distribuir equitativamente, e que, num mundo limitado, não é possível um progresso ilimitado. Precisamos de outro modo de viver, no qual a volúpia do consumismo seja substituída pela intensidade da vida, moderada e no seu melhor.
Está aí a crise da Igreja. Mas não implica ela a oportunidade para a conversão? Não tem a Igreja de recentrar-se na mensagem de Jesus: o amor a Deus e o amor solidário e eficaz ao próximo?
Quem pode pôr em dúvida a dramática crise de Deus? Parece confirmar-se o anúncio do louco, que Nietzsche põe a anunciar a morte de Deus. Qual Deus? Não tinha de morrer o deus que envenena e impede a vida e a alegria dos homens e das mulheres, humilhando-os e tolhendo-lhes a existência? Mas o Deus de Jesus é o Deus do amor, que abre horizontes de futuro e de humanização: o seu interesse é a vida expandida e realizada dos homens e das mulheres. Afinal, como disse Heidegger, na sua última entrevista, "só um Deus nos pode salvar". Não anda a humanidade perdida no sem-sentido? Então, não está hoje Deus presente pela sua ausência, porque ele é o sentido de todos os sentidos? Não precisamos de encontrar o sentido último?
A morte é a crise final. Ora, não são as nossas sociedades tecnocientíficas, urbanas, as primeiras, na história da humanidade, a fazer da morte tabu, o último tabu? A crise toda concentra-se e manifesta-se na crise da morte. A nossa sociedade, afundada no ter, no poder, no cálculo, na eficácia, perante a morte, não sabe o que fazer. Uma sociedade poderosíssima nos meios, mas sem verdade e finalidades humanas, faz dela tabu: disso não se fala. Mas, se o pensamento sadio da morte reentrasse, faríamos a tempo o que temos a fazer e saberíamos finalmente distinguir entre o que realmente vale e as ilusões do que não vale e que é causa última da nossa crise.
O nosso depósito.Que renda a triplicar.
Que nenhuma agência de ratting ouse beliscar este "Banco Nosso de Cada Dia".
Que nuvens.Que despojamento.
Não há agências de ratting que tenham t...... para nos baixar o ratting da beleza deste rio.
Voltem sempre, amigos.
antónio colaço
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