O que me espera, hoje, do outro lado da margem, Sol, diz-me?
Tudo e nada, apenas Tu, Todo.
Sim, basta-me, vou montijar-me todo.
Obrigado.
antóniocolaço
É um pôr-do-sol de ontem, na varanda da casa do Bisavô Luís, em Mação, e que transponho para aqui, como se fosse de hoje, de regresso que estou à grande cidade.
A vida é, de facto, este imenso puzzle em que ainda podemos mexer algumas peças de um lado para o outro.
Obrigado.
antónio colaço
Adeus, Vale.
Bora até Lisboa..
O cerco.
- Que fazes entre nós, velho moinho, destoando-nos os dias?
- Mas....eu já cá estava andas de aparecerem e agora as minhas velas já não f<em moer as minhas mós porque a vossa desmesurada ambição cortou a rota dos ventos....
- Estávamos a brincar contigo, adoramos a tua presença, mesmo que sem a tua farinha o pão que comemos tem, apesar de tudo, outro sabor. Reconhecemos o teu secular labor.
Alto do Restelo
RÁ(D)IOS AS PARTAM ... ÀS AUDIÊNCIAS!
No IPO (rotina) a contar aviões como se de gaivotas se tratassem...
Vinha do Amorim Lopes, Ventosa, Mação.Um destes dias.
Após mais um cansativo dia de férias, sem tempo para grandes edições, a ânimo, cada vez mais preocupada em cumprir o serviço público de rede social - jamais negociável por um qualquer António Relvas Borges - aqui está para ajudar o inconsolado dono deste....papagaio!
Vá lá, pessoal das bandas de Alferrarede e Abrantes.
Está nas vossas mãos!!!
Ao centro, a velha Torre do Relógio de Mação situado na Praça.
Um dos três relógios audíveis e descompassados que em Mação parecem disputar a "Hora Legal" do velho relógio do Cais Sodré!
Mais do que a celebração da "comunidade abrantina", estas imagens parecem chorar sobre as chamas que quase destruiram o coração da história abrantina lá mais em cima no Castelo.
Quando as recolhemos ainda não o sabíamos!
Nas encostas da incendiada Abrantes, extasiado com o espreguiçar de um rio como há muito não vejo.
Vem, Tejo, possam as tuas "frescas e abundantes águas" limpar da cidade as tantas mágoas que rolam como revoltadas lágrimas por esta encosta abaixo.
Como foi possível?
antónio colaço
em edição
O potente telescópio no "Observatório" do Cadouce.
Nas proximidades do Mar da Tranquilidade, não muito longe da pegada de Neil Armstrong!!!
O "Comandante" Aleixo, na linha das palavras de Armstrong " quando é que alguma vez imaginaste poder "passear" pela Lua a partir de Mação.É, de facto, um grande passo!!!"
Jorge Aleixo ao comando da nave "MAÇANICA.12" fazendo-nos passear pelo Mar da Tranquilçidade, crateras de Ptolomeu, Alfhonso, etc...
A ver a Lua no Telescópio Catadiópico do meu amigo e eminente astrónomo maçanico Jorge Aleixo no Observatório do Cadouço, nos arredores de Mação.
A nossa homenagem a Neil Armstrong que hoje nos deixou.
Fascinante!
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN hoje
A RELIGIÃO DO GATO
Era uma vez um guru que todas as noites fazia meditação com os seus discípulos. Um dia, um gato entrou na sala e, correndo por todo o lado, perturbou a meditação. O guru ordenou então que se prendesse o gato fora, durante a hora da meditação. Deste modo, todos puderam meditar sem serem importunados. O tempo passou. O guru morreu e foi substituído por outro guru, que tudo fez para que se respeitasse estritamente a tradição, dizendo, entre outras coisas, que era necessário prender um gato fora, durante a hora da meditação. Quando também o gato morreu, procurou-se outro, para prendê-lo fora, durante a hora da meditação. Uma vez que as pessoas não compreendiam o sentido desta medida, apelou-se a teólogos, que escreveram dois grossos volumes cheios de notas sobre a necessidade sagrada de se ter um gato preso fora, durante a meditação da noite. O tempo passou, a meditação caiu fora de uso, já ninguém se interessava por ela. Mas, para respeitar o rito, continuou-se a prender um gato."
Aí está uma bela estória, contada pelo teólogo indiano Francis X. D'Sa, que diz bem como tantos costumes e leis, mas sobretudo a religião, se podem tornar vazios de sentido, sem qualquer conteúdo.
De tal modo Jesus atacou a religião meramente formal, ritualista, que poderia bem ser o autor desta estória. Verberou de modo cru a hipocrisia: "Ai de vós, hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Ai de vós, hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Ai de vós, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e iniquidade! Ai de vós, hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície!" E não foi ele que pronunciou a afirmação mais revolucionária na história das religiões: "o Homem não foi feito para o Sábado, mas o Sábado para o Homem", significando deste modo que o critério último de validade de todas as leis, mesmo das leis de Deus, é o serviço ao Homem, a todos os seres humanos, na sua dignidade?
Há 50 anos, precisamente em Julho de 1962, quando um calor sufocante fazia transpirar os cardeais nas comissões de trabalho conciliares - estava-se na preparação do Concílio Vaticano II -, o Papa João XXIII começou a distanciar-se de alguns esboços preliminares. Conta Juan Masiá, citando o biógrafo dos Papas, P. Hebblethwaite: Um dia o bom Papa João "mediu uma página com a sua régua e disse: 'Quinze centímetros de condenações e apenas dois centímetros de louvor. Porventura é este o modo de dialogar com o mundo contemporâneo?
"Coube ao cardeal Montini (depois, Papa Paulo VI) a tarefa de fazer compreender este ponto, na reunião final da Comissão Central. Os anátemas e as condenações, disse Montini, não são a resposta para os erros contemporâneos. No mundo moderno, os remédios contra os erros são a misericórdia, a caridade e o testemunho de vida cristã.
COMENTÁRIO
Os gatos sempre foram o meu bicho de estimação, desde que me conheço.
É verdade que a Micas, a actual gata, tem momentos de pequenas e traiçoeiras arranhadelas mas, em regra, sempre me transmitiram serenidade.
A meditação que concebo e a que tanto desejo chegar - para além de pequenos vislumbres - nunca poderá ser perturbada por nenhum gato, leia-se ruído deste mundo.
De facto, ela remete-nos para o Verdadeiro mundo do Ser onde ruído ou distracção mais não são do que formas com as quais já nada temos a ver tão profundamente estamos em meditação.
Apetecia-me, sim, invadir os pequenos Vaticanos de todas as mais anti evangélicas decisões com milhares de gatos dispostos a alguns "caridosos" arranhões que obrigassem a esquecida hierarquia a tomar as verdadeiras, "misericordiosas, caridosas e testemunhantes" decisões.
VATICANO III JÁ, PARA OUVIR A NOSSA VOZ.A IGREJA SOMOS NÓS!
antónio colaço
Não se trata de nenhum qualquer vaso de viçosa salsa ou de aromatizados coentros.
São, simplesmente, os meus jacarandás bébés que trouxe de Lisboa face ao anunciado encerramento da....Maternidade Alfredo da Costa.
Cresçam em paz, meus filhos.
Ontem, a sair do Vale das Árvores.
Um diálogo entre a lua e o pedacinho de sol anichado no alcatruz do pequeno candeeiro que nos dá as boas vindas, ou as boas despedidas.
Ou, antes, um diálogo de luas?!
É Natal!É Natal!...
Por Abrantes, sem tempo e...sem palavras.
Apenas o tempo suficiente para dar um abraço solidário ao Dr.Joaquim Ribeiro e receber quase em cima da hora a notícia de que a sua proposta para converter em turismo rural, creio, uma quinta com um vetusto palacete que se avista em plena A23, em Abrançalha, quem sobe no sentido sul ,norte, foi indeferido - ao fim de um inqualificável períodod de espera com o argumento de que há .... "excesso de oferta turística"!
Depois queixam-se da crescente desertificação e falta de empreendedorismo...
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Um amigo confessou-me, ontem, que interpelou um presidente de câmara desta região com uma piada de grande alcance perguntando-lhe quanto é que ele paga a cada "figurante" que aparece, de tempos a tempos, pelas abandonadas e desérticas ruas da sede do seu concelho!
Voltaremos a este assunto ouvindo, dentro do possível, claro, todas as partes.
antónio colaço
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