Hospital veterinário da Faculdade da Ajuda
DAS 12 ÀS 14h!!
NÁUFRAGOS. A partir de restos encontrados no meu primeiro passeio pelas imediações do Cais do Seixalinho, Montijo.
E pronto, estes "Náufragos" estão, finalmente, a salvo.
Este é o milagre da Arte, dar vida, resgatar da morte, do esquecimento ou da simples e deliberada marginalização, objectos que foram suportes de tantas vidas.
Que saberes e sabores passaram pelos restos deste prato, deste bule de chá, pelos peixes que esta bóia ajudou a pescar, pelas viagens que os restos destas tábuas de um barco ajudaram a fazer, pela água fresca bebida desta cântara....e mesmo os bivalves de que restam as suas conchas....
Saboreai e vede!!!!
Esta tela vai a caminho do Montijo.
É lá que vamos pregar aos peixes.....
antónio colaço
Uma pausa na tarde de ontem pelas margens do Tejo deu nisto.
Uma espécie de náufragos que a Arte resgatou.
Tela em preparação!
antónio colaço
O que sinto do que vejo, no Montijo.
Já não há volta a dar, ou, da primeira e breve volta que, numa hora, dei pelos arredores do Montijo.
Obrigado, Amélia.
Obrigado, Prof João Martins.
antónio colaço
Tal como estas gaivotas, voo sem destino e ignoro, ainda, que a minha alegre "casinha AAArtes" vem a caminho!
Uma forte brisa indica-me que devo rumar a sul.
Percorrerei todos os caminhos mesmo que os meus sapatos desistam de mim....
Do ar nenhum sinal.
Devo percorrer os meus próprios trilhos.
Onde vais caminheiro, segue a rota dos ventos que me fazem rodar tão ligeiro?!
Deixa que te abrigue das primeiras chuvas de Outono. Não desistas do teu sonho. Estás perto, muito perto, garanto-te eu. Sobe ao meu palco, avista o Museu...
Sabia que passarias por aqui. Estás quase...ali...
Olha bem cá para cima. Sei que vais voltar com os teus amigos e que eles olharão para mim com igual ternura em busca de uma renovada Cultura.
Magnificat.
A Arte não se esgota nas Galerias mas esta vai ser uma casa de muitas Alegrias.
Vem, entra, sente-te bem. Que o teu rosto nunca se deixe amedrontar pelo peso dos dias....
Aqui, não haverá tempo a perder.
Aqui, o Tempo nunca deixará que tenhas tempo para te perderes. Hora a hora, minuto a minuto, tu és o meu tempo.
Tal como há quase século e meio. Revela o Belo, afasta dos dias o que ainda teima em ser feio.
antónio colaço
Não tenho dúvidas, esta exposição é uma amarga sombra que desce sobre a obra do Mestre Gageiro.
Eduardo, desculpa esta intromissão, mas falou mais alto a emoção.
Aqui, neste exacto sítio, a minha primeira secretária de escriturário dactilógrafo de 2ª.
Quem me diria que, 40 anos depois, teria o privilégio de poder contar-te entre os meus amigos de...PRIMEIRA?!
Obrigado, mas desculpa este sentimento de incontida revolta.
Mais palavras para quê?!
LISBOA AMARGA E DOCE
EDUARDO GAGEIRO
GALERIA PAÇOS DO CONCELHO ATÉ 9 DE OUTUBRO
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BENTO XVI NO LÍBANO
In DN
As circunstâncias podiam não aconselhar a viagem do Papa ao Líbano. Por um lado, o conflito sangrento - 27 000 mortos - na Síria, com o risco de reabertura de tensões no próprio Líbano, já com combates em Trípoli. Por outro, a violência dos radicais no mundo islâmico, indignados com um vídeo de um extremista copta americano - Inocência dos Muçulmanos -, ridicularizando Maomé.
Mas a Bento XVI, que tem o sentido de missão e do dever, não faltou coragem, aproveitando precisamente o momento tão delicado da região, para levar aí a mensagem da paz e encorajar os cristãos a não abandonar o Médio Oriente, onde o seu número tem caído constantemente ao longo do último século, podendo o cristianismo desaparecer. Como disse ao Público o antigo arcebispo católico de Argel H. Teissier - ele sabe por experiência de que é que está a falar -, "é nas situações de tensão que a Igreja deve estar presente, mesmo que tenha de assumir riscos para tentar anunciar a sua mensagem de paz, de respeito recíproco."
E a visita foi um êxito. Muhammad Sammak, assessor político do Grande Mufti do Líbano e secretário-geral do Comité Libanês para o diálogo islâmico-cristão, declarou: "A visita de Bento XVI demonstrou ao mundo que o povo libanês, cristãos e muçulmanos, estão unidos enquanto os partidos políticos e as facções se dividem e criam conflito. A esperança é que os políticos do Líbano também aprendam algo com o espectáculo de unidade que se viu nestes dias da visita papal." De facto, juntaram-se cristãos e muçulmanos, incluindo mulheres com chador e jovens do Hezbollah, para a recepção papal, no único país islâmico (35% de cristãos) onde o Presidente é um cristão (num original sistema de governo, o Presidente da República deve ser cristão maronita, o primeiro-ministro, muçulmano sunita e o presidente do Parlamento, muçulmano xiita).
Durante a visita, Bento XVI assinou oficialmente a exortação Ecclesia in Medio Oriente (A Igreja no Médio Oriente), um documento papal, na sequência do Sínodo dos Bispos sobre o Médio Oriente, realizado há dois anos em Roma. Nele, reconhecendo a situação actual das Igrejas como "um grito cheio de angústia" e "de desespero de tantos que se encontram em situações humanas e materiais difíceis, que vivem fortes tensões com medo e inquietação e que querem seguir a Cristo, que dá sentido à sua existência, apesar de muitas e muitas vezes se verem impedidos de fazê-lo", apela aos 15 milhões de cristãos para que permaneçam. Foi nesse Sínodo que M. Sammak, convidado especial, declarou que a diminuição da presença dos cristãos "é uma preocupação tanto cristã como islâmica, não só para os muçulmanos do Oriente, mas para todos os muçulmanos do mundo." Nele, os Bispos rejeitaram o recurso à Bíblia para justificar as "injustiças" e advogaram um Estado para os Palestinianos, no quadro de "dois Povos, dois Estados". Dizia o cardeal Carlo Martini: "Quando houver paz em Jerusalém, haverá paz em todo o mundo."
O Papa declarou que vinha como "amigo de Deus e dos homens" e, "simbolicamente", visitava todos os países da região. E falou sobre a primavera árabe, o fundamentalismo, a Síria.
Exortou ao fim da entrega de armas à Síria: "As importações de armas devem acabar de uma vez por todas. Sem essas importações, a guerra não poderia continuar." Viu na primavera árabe "um desejo de mais democracia, mais liberdade, mais cooperação e uma renovada identidade árabe. Este grito da liberdade, que vem de uma juventude mais bem formada cultural e profissionalmente, que quer mais participação na vida política e social, é um progresso, algo muito positivo". Mas não se deve esquecer que a liberdade "só pode crescer na solidariedade, no viver juntos com determinadas regras". A liberdade deve "corresponder a um diálogo maior, não ao domínio de uns sobre os outros". Quanto à religião, insistiu que tem de ser a favor da tolerância e da paz, contra a violência. Esta, como o fundamentalismo, é uma "falsificação da religião". "O verdadeiro crente não mata." Esta região está ligada às três grandes religiões monoteístas. Que seja, pois, o espaço do grande diálogo entre as três: um "triálogo"!
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
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