Toca a agendar esse 10 de Novembro, pelas 15 horas, no Jardim da Casa Mora, instalações do Museu Municipal do Montijo.
Mais logo deve ficar fechado o Programa das festividades que inauguram a abertura do Atelier de Artes do CRAM-Conservatório Regional de Artes do Montijo, com a nossa exposição A ARTE NÃO EXISTE, A ARTE SOMOS NÓS.
Água pé, licores e algumas castanhas não devem faltar!!!
Obrigado.
antónio colaço
Cais do Seixalinho, esta tarde.
Na recolha de mais alguns elementos naufragados ainda a tempo de os redimir e recuperar para o dia 10 de Novembro!!!
Um condensado de Marcelo ou, de como a minha estreada lareira montijense esteve muuuuuito muito mais quente!
A bem dizer, os dois grande momentos são o conselho a Portas para que não deixe de engolir e a Vítor Gaspar sobre a sua propalada infalibilidade e reconhecimento internacional.
Marcelo acha que há melhor que Gaspar e quanto ao prestígio internacional reconhece que, alto lá:o seu prestígio foi conquistado à custa, atente-se bem, "do nosso lombo"!!!!,
CICLO DE COLÓQUIOS 2012/2013
Colóquio I
25 de Outubro de 2012
5ª feira, 18h30m
Vaticano II, 2012: Os tempos ainda nos dão sinais?
Bento Domingues, O.P.
José Eduardo Borges de Pinho
Local: Sede do Centro de Reflexão Cristã
Rua Castilho, 61 – 2º Dtº. Lisboa.
[Metro: Marquês de Pombal] ENTRADA LIVRE
Frei Bento Domingues
In Público
IMPOR OU SERVIR?
1. O Prémio Nobel da Paz de 2012 foi atribuído à Europa, cuja população é de 500 milhões de cidadãos. Vem, como é normal, justificado: A União e os seus precursores têm contribuído, há mais de seis décadas, para o avanço da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos. O papel estabilizador da UE ajudou a transformar a maior parte da Europa de um continente de guerra num continente de paz.
Embora o seu comportamento, sobretudo em relação ao Médio Oriente, por acções e omissões, continue a ser desastroso, o prémio celebra um processo interno notável que, por desgraça, tem vindo a ser gravemente traído. Quando os actuais dirigentes políticos parecem ter perdido a memória, o juízo e a decência, este prémio poderá ser interpretado como um alerta solene: não deitem a perder, com políticas mesquinhas, esquecidas da "fraternidade entre as nações", um património de esperança.
Por outro lado, o culto das guerrilhas económicas e financeiras nunca poderá ser fonte de paz. As lógicas imperiais sempre precisaram de vítimas, sejam elas as seguidas pelo mundo ocidental, sejam as praticadas pela China, cada vez menos misteriosa.
Naquilo que imediatamente nos toca, não sei se chegaremos a conhecer a rede e o percurso dos interesses de todos os intervenientes - visíveis e invisíveis - com um resultado que violenta as pequenas empresas, os trabalhadores, os pensionistas e entrega a massa dos desempregados às reacções do desespero. Mas a insistência no caminho do quanto pior melhor, depois de todos os avisos, talvez não seja um jogo inocente. Não é, pelo menos, o caminho mais inteligente e virtuoso.
2. Para os eurocépticos, a própria ideia de UE não passou de mais uma utopia destinada à falência, fruto de um voluntarismo descontrolado pela memória dos horrores de duas guerras mundiais.
Talvez não tenha sido voluntarismo cego, mas alta lucidez. Não bastava dizer "guerra nunca mais". Era preciso imaginar e percorrer os caminhos que, passo a passo, constroem a paz. Nenhum futuro desejado está, porém, garantido à partida. A vigilância activa de todo o processo é a condição para não confundir a utopia com o delírio.
O desejo e a imaginação são fontes de mudança, mas também de instabilidade e sofrimento. Buda, ao adoptar o longo processo interior de desapego do seu próprio eu, atingiu a "iluminação", pois ficou a saber o que é o sofrimento, de onde vem, como pode ser superado e o caminho para o superar. Não é pouco.
O caminho de Jesus tem pontos de contacto com o de Buda - "perder é ganhar" - mas de modo diferente. Toda a sua pessoa e intervenção eram desejo de um mundo outro, um fogo a acender em todos os corações. Não apagava o desejo. Intensificava-o, convertendo-o sempre em algo de melhor, para não se perder em labirintos sem rumo. Não era nem um austero nem um libertino. Gostava da vida e para todos a desejava em abundância, alargando a tenda do Reino onde reunisse todos os filhos de Deus dispersos pela desumanidade.
Está escrito que ele próprio teve de resistir às tentações messiânicas, à vontade de tomar o poder e instaurar uma nova era em Israel ocupado. Interpretou-as como diabólicas! Não conseguiu, todavia, convencer os seus discípulos de que sem a radical conversão do desejo nunca iriam entender o que é preciso para alterar a própria natureza do poder. Ao pressentir que se passava com eles algo de muito estranho, descobriu a luta pelo poder, com as clássicas manhas do carreirismo, que envenena a política. Foi obrigado a uma linguagem e atitudes muito duras para tentar restabelecer a paz no grupo.
3. O Evangelho de S. Marcos, proclamado na missa de hoje, identifica a tentação que tem minado a Igreja, ao longo dos tempos. Nada de muito original: para satisfazer a ambição do poder, a vontade de mandar, é preciso saber construir uma carreira e intervir no momento exacto. A narrativa não podia ser mais clara. "Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram ter com Jesus e disseram-Lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir. (...) que quereis que vos conceda? Que na tua glória - quando tomares o poder - nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda". Estavam dispostos a tudo. Ouvindo isso, os outros, os dez, sentindo-se ultrapassados, indignaram-se contra Tiago e João.
Jesus não podia deixar isto em claro e fez uma reunião: "Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem-lhes sentir o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo e quem quiser entre vós ser o primeiro será o escravo de todos, porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos"( Mc 10. 35-45).
Quando se pergunta que pode a Igreja fazer pela paz, pressupõe-se uma situação grave, atravessada por conflitos nacionais ou internacionais. Não deve tentar substituir o que pertence aos caminhos da política. Mas, sabendo o que perverte as relações económicas, políticas e sociais, tem de mostrar pela sua vida, pelo seu comportamento, pela transformação do poder de dominar em serviço, no seu interior, que existem alternativas ao modo como são governadas as nações. A Igreja tornar-se-ia, desse modo, fermento, sal da terra e luz do mundo.
Aderindo, pela primeira vez, com o Francisco, a uma das mais belas iniciativas que congrega o melhor dos montijenses, naturais e residentes: a prática do desporto físico, correndo, marchando ou, simplesmente, caminhando e conversando na Grande Ciclovia que abraça todo o Montijo!
Obrigado.
antónio colaço
Os céus ouviram a minha prece.
A Amizade perdida voltou a brilhar, exactamente, sobre a linha do reencontrado horizonte.
Obrigado.
antónio colaço
Nos quase 60 minutos que deambulei pela Frente Ribeirinha, este homem manteve-se de vigilância ao frenético voo das gaivotas.
Tal como os flamingos, mais ao lado, firme e hirto.
Uma solidão, assim, habitada, por isso mesmo minorada.
antónio colaço
Quem salva o que resta deste meu deslumbrante painel de azulejos?
Fecharam-me as portas ao vento e das minhas velas nada sei.
Devolvam-se a Alegria de fazer aquilo que ainda sei!
Fotos.Montijo.Dois Moinhos abandonados e vandalizados, próximo da empresa Damatta (ainda não sei identificar os sítios, apenas tentar salvar o património sitiado!)
antónio colaço
De uma imagem desfocada, uma miragem ao dobrar da esquina, o espaço, onde....
.....graças ao dinamismo do Prof João Martins, Director da Escola Profissional do Montijo, e com o entusiasmante apoio de outros ilustres montijenses, que a seu tempo nomearemos, vai nascer o ATELIER DE ARTES do CRAM-Conservatório Regional de Artes do Montijo.
A última visita de trabalho ao edifício que alberga o Museu Municipal, em plena Baixa do Montijo.
Para a semana, as mudanças e os retoques necessários!
No dia 10 de Novembro, sábado, pelas 15 horas, véspera de São Martinho, os nossos amigos do Montijo e das redondezas, Lisboa incluída, claro, estão convidados a virem a esta adega e a provarem deste artístico vinho!
Sim, teremos água-pé, castanhas e alguns dos tradicionais licores com que animamos as nossas vernissages.
MONTIJO.Jardim da Casa Mora.Ao fundo, à esquerda, a porta e a janela do ATELIER DE ARTES
Nas paredes e no Jardim da Casa Mora - lugar onde está instalado o Museu Municipal- estará a nossa exposição A ARTE NÃO EXISTE. A ARTE SOMOS NÓS!
Um vinho, esperamos, de boa colheita!!!
Obrigado
antónio colaço
Montijo.Largo do Mercado.
Chega aí mais um bocadinho que está cá a ficar um friozinho.....
Obrigadinho.
Quem te dera barquinho, deixar as águas por um instantezinho.
MONTIJO.Frente Ribeirinha.
Diz-me, espelho meu, há palmeiras mais bonitas do que eu?
Ou, de como os fundos do Tejo também têm direito a merecer do Sol um beijo a preceito!
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN
O MONOTEISMO DO CAPITAL FINANCEIRO E A FELICIDADE
De finanças o meu conhecimento é praticamente nulo. De ciência económica, quase. Mas não fico muito aflito, pois o que noto é que entre os economistas a confusão é imensa, tornando-se cada vez mais claro que, afinal, a economia é tudo menos uma ciência exacta.
Mas vamos ao capital, que é mesmo capital, como diz o étimo: caput, capitis (cabeça), necessário e até essencial para a existência humana. Seguindo em parte uma taxonomia de P. Bourdieu, X. Pikaza apresenta os diferentes sentidos de capital.
Nos capitais simbólicos, encontramos o capital sócio-cultural - o conjunto das riquezas simbólicas dos grupos e da humanidade, começando na língua e continuando nas tradições, nas esperanças de futuro, nas artes e tecnologias, nos saberes tradicionais e nos novos saberes científicos e técnicos - e o capital ético, incluindo os diferentes domínios da vida, no plano social, laboral, jurídico, abrangendo, portanto, o capital político, jurídico, religioso...
Mas, quando se fala em capital, pensa-se fundamentalmente no capital monetário e financeiro. Evidentemente, também este é um capital simbólico, mas hoje é o dominante, acabando por subordinar os outros. O capital de consumo situa-se no mundo da vida, está ao serviço da vida e da produção de meios para o consumo, bem-estar e desenvolvimento da humanidade. Há um capital monetário ligado à produção e distribuição do poder, isto é, das relações sociais, no quadro dos valores humanos e da democracia, da distribuição dos meios que permitem a realização dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, num plano ético.
O problema maior é que nas últimas décadas se foi dando o triunfo do capital financeiro, sobretudo na sua vertente neoliberal, desligado da produção de bens materiais e da distribuição de bens sociais, para se transformar em fim em si mesmo, sem atender à vida das pessoas e acima dos próprios Estados, que devem garantir os direitos humanos e a igualdade dos cidadãos. Fim em si mesmo, domina os próprios mercados, que "já são mercados do capital".
Encontramo-nos diante do "perigo de um monoteísmo do capital financeiro, que aparece assim como o único Deus do nosso mundo. Um capital por cima da produção de bens e da administração da justiça dos Estados, um capital sem normas éticas, sem outra finalidade que não a do desenvolvimento do próprio capital nas mãos de poderes financeiros frequentemente sem nome."
Este capital toma conta de todos os outros, a começar pelo capital ético, e está na base de uma guerra em curso, que custa milhões de vítimas.
Esta situação exige reflexão, pois cada vez se torna mais clara a urgência de mudar globalmente de paradigma. Entretanto, é salutar saber de exemplos de solidariedade e ética, que animam a esperança e são sinal de que a humanidade verdadeira mora para outras bandas.
A gente nem quer acreditar, quando lê, em Isabel Gómez Acebo e no Courier International, o exemplo impressionante do presidente do Uruguai, José Mujica. Após a eleição, continua a viver na sua pequena casa, numa zona da classe média, nos arredores de Montevideu. Tem um salário de 12500 dólares mensais, mas dá 90%, vivendo com 1250 (que lhe basta, pois muitos concidadãos vivem com menos). A mulher, a senadora Lucía Topolansky, também dá a maior parte do seu salário. Como transporte oficial utiliza um Chevrolet Corsa. Durante o Inverno, a residência oficial servirá de abrigo aos sem tecto. Mandou vender a residência de Verão do presidente, e o resultado da venda destina-se, entre outros usos, à construção de uma escola agrária para jovens sem posses.
Na reunião do Rio+20, pronunciou um discurso especial. Aconselhou a uma mudança de vida, pois foi para sermos felizes que viemos ao mundo. Ora, na sociedade actual, vivemos completamente obcecados com o consumismo: trabalhamos para consumir sempre mais... tendo de pedir empréstimos que temos de devolver, e esquecemo-nos da felicidade. É este o destino da vida humana? Terminou, estimulando à luta pela conservação do meio ambiente, porque "é o primeiro elemento que contribui para a felicidade".
Que manhã de flamingos fazendo amor,firmes e hirtos, numa cama de neblinas na Frente Ribeirinha.
Que manhã de gaivotas dançando em vertiginosos volteios por suculentos dejectos na Frente Ribeirinha.
Que manhã,neste tímido ensaio do que imagino um completo desvario quando investir a sério em tudo o que mexe na Frente Ribeirinha.
Montijo, que fascinante regozijo!
Obrigado.
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