Mais logo, pelas 18 horas, no ATELIER DE ARTES do CRAM-Conservatório de Artes do Montijo vamos aderir às celebrações CONTRA A PENA DE MORTE. Este um esboço aproximado do trabalho que vamos realizar.
APARECE!
antónio colaço
De ontem, como se fosse hoje!
Marquês de Pombal.Esta tarde.Ainda sem palavras.
A cuidar do meu menino.
antónio colaço
No final do lançamento do livro do meu querido amigo Zé José Castilho, dois dedos de conversa com o Prof Marcelo que a objectiva do meu outro amigo António Henriques fixou!!!
Ó balha-me Deus....zzz estes papparazzi....
Vamos ver se é uma fotografia com uma historinha dentro....
antónio colaço
O Zé José Castilho, estava felicíssimo. Quase sem palavras face a um Marcelo, o outro, o professor, em grande forma - "Você veja lá se estou a alongar-me.Olhe que é por si e pelo apreço pela sua obra!"- e que durante mais de uma hora dissertou sobre os avanços e recuos de um período decisivo da nossa história com o privilegiado conhecimento de causa. Motivos de sobra para que o Zé Castilho tivesse recorrido ao apoio do prof mesmo sabendo de alguns pontos de divergência entre ambos e que ali mesmo Marcelo Rebelo de Sousa fez questão em sublinhar. O prefácio da obra, lembramos, é da autoria do próprio Marcelo. Pelo caminho ficaram algumas incursões pelos dias de hoje: -Quando se cai cai-se sempre sozinho. Os que giram à volta de quem exerce o poder, nessa altura, em regra desaparecem todos! ...
O Zé José Castilho, estava felicíssimo. Quase sem palavras face a um Marcelo, o outro, o professor, em grande forma - "Você veja lá se estou a alongar-me.Olhe que é por si e pelo apreço pela sua obra!"- e que durante mais de uma hora dissertou sobre os avanços e recuos de um período decisivo da nossa história com o privilegiado conhecimento de causa. Motivos de sobra para que o Zé Castilho tivesse recorrido ao apoio do prof mesmo sabendo de alguns pontos de divergência entre ambos e que ali mesmo Marcelo Rebelo de Sousa fez questão em sublinhar. O prefácio da obra, lembramos, é da autoria do próprio Marcelo. Pelo caminho ficaram algumas incursões pelos dias de hoje: -Quando se cai cai-se sempre sozinho. Os que giram à volta de quem exerce o poder, nessa altura, em regra desaparecem todos! ...
Mais tarde a reportagem do lançamento do livro de José Castilho sobre Marcelo Caetano, há poucas horas na Almedina.
antónio colaço
Não se esqueçam do lançamento do meu livro: 2.ª feira, dia 26, às 19,00 na Livraria Almedina do Atrium Saldanha.
Abraços
José Castilho
-O que é que ficam a fazer aí em casa, meus, hein?!
Ponham-se já ao caminho para apoiarem o vosso Zé Castilhinho!!!
ac
Obrigado.
Frei Bento Domingues
In Público
COMBATER A RECESSÃO LITÚRGICA (I)
A cinquenta anos do Vaticano II, já é possível avaliar a importância da reforma proposta pelo Concílio
1. Terei de continuar a viver sem as máquinas superinteligentes, prometidas para 2030, dotadas de consciência reflexiva, multiplicadoras do eu pessoal, tantas vezes quantas se desejar e com a imortalidade à vista. É possível que venham a resolver, de forma científica e técnica, todas as questões existenciais, imanentes ou transcendentes, sem restos das ingenuidades do passado. Alguns perguntam com malícias tradicionais o que será namorar e casar com um computador, pedir-lhe para procurar saber se Deus existe ou não, se haverá vida (e que vida) depois da morte, se a oração e as liturgias religiosas terão algum sentido.
Esse género de perguntas pertence a ignorantes do admirável mundo novo inscrito na dinâmica das novas tecnologias que dispensa tanto as velhas utopias humanistas como o património artístico e religioso dos nossos antepassados. Essas máquinas prodigiosas vão superar os voos poéticos do velho Apocalipse: vi então um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra foram-se e o mar já não existe. Nunca mais haverá dor, lágrimas, morte, luto, clamor. As coisas antigas desapareceram. Não haverá mais noite e o sol também não será preciso. Vou fazer novas todas as coisas (Ap. 21-22).
Este Livro prodigioso parece que servia de encorajamento às igrejas cristãs perseguidas. A desgraça não tem de ser eterna, eterno é o misterioso Deus de Amor. Quando não se sabe nada do futuro, ou se aposta em cálculos que saem sempre errados ou resta-nos a imaginação delirante. Quando é poética, não se lhe pedem responsabilidades. É verdadeira por ser como é. Quando pretende ser científica, tecnicamente garantida, é preciso esperar para ver e não sobra tempo para tanto.
2. É próprio da celebração litúrgica enraizar-se no passado, transformar o presente e abrir o futuro das comunidades cristãs. A encenação litúrgica, como teofania e antropologia, ou vive da convocação musical de todas as artes ou não consegue reunir o céu e a terra na regeneração transfiguradora do ser humano. É na luz da palavra poética e na energia da acção simbólica do agir ritual que acontece a graça de Deus. Quando a celebração se degrada, fica o ritualismo vazio e o fastio litúrgico. Quando a prática religiosa deixa de ser considerada uma obrigação, sob pena de pecado mortal e suas consequências, já nada consegue vencer o aborrecimento, a prática religiosa entra em crise, surge o abandono, a recessão litúrgica. Não se vence com a obsessão ritual. Seria procurar a cura na doença.
Outro foi o caminho escolhido pela Faculdade de Teologia da UCP e o Patriarcado de Lisboa, que organizaram as jornadas Liturgia, Arte e Arquitectura nos 50 anos do Concílio do Vaticano II, a 15 e 16 deste mês. O tema é abrangente e com razão, pois a liturgia exige o contributo de todas as artes da palavra e da encenação ritual, num tempo e num lugar concretos, como celebração de uma comunidade. Não se trata de preservar o património religioso nem da encenação de espectáculos. O ponto de partida não pode ser um desígnio abstracto de construção de uma comunidade com gente sem história, sem desejos e sem projectos. É preciso partir de grupos de pessoas cristãs, em processo de conversão, com proveniências diferenciadas, que vão adquirindo consciência de que são elas a Igreja em construção.
O primeiro alicerce é o da escuta recíproca. A primeira qualidade do ministro ordenado, para ajudar a comunidade, é a capacidade de escutar e promover as formas várias de encontro entre todos os membros desse corpo. A pressa e o adiamento das decisões não ajudam esse processo vital. É a partir daqui que tem sentido pensar no espaço, na arquitectura e nas artes da celebração da comunidade. Pensar e projectar, com a participação de todos, não atrasa a obra porque esse processo já está a construir o mais importante. Não é tempo perdido.
3. Poder-se-á objectar que um método desses vai dificultar a renovação litúrgica, a participação criativa de artistas, arquitectos e músicos.
Isso só pode acontecer quando se procura espaço para a igreja sem haver Igreja. É na construção de uma comunidade plural, culturalmente marcada, que, de forma dialogada, se podem manifestar as formas artísticas em que ela se reconheça, sabendo que pertence a várias gerações.
Dito isto, a pertinência da temática do encontro não podia ser mais ajustada. A cinquenta anos do Vaticano II, já é possível avaliar a importância da reforma proposta pelo Concílio, tendo em conta a sua preparação, mediante o movimento litúrgico de vários países e tendências, ao longo dos anos.
Continuaremos no próximo domingo.
A primeira descida ao "Mercado da Reforma Agrária".
Todos os sábados, na Frente Ribeirinha, legumes frescos vindos da lezíria ribatejana.
Um intenso aroma a coentros frescos que a chuva se encarregou de passar de mão em mão!
antónio colaço
Pe Anselmo Borges
In DN
O CERN E FERNANDO PESSOA
A descoberta do bosão de Higgs (ainda não há provas totalmente definitivas) aproximou-nos um pouco mais dos instantes que se seguiram ao Big Bang.
É fabuloso aonde a ciência está a chegar. Mas é claro que ela não poderá alcançar o Big Bang enquanto tal, pois trata-se de uma singularidade. Como é ainda mais claro que para a ciência não tem sentido perguntar: "e antes do Big Bang?", já que o tempo apareceu com o Big Bang. O "antes" tem já a ver com questões filosóficas e religiosas.
Começa, pois, a ser tempo de cientistas, filósofos e teólogos se juntarem para reflectir sobre a criação do Universo. E foi isso precisamente que aconteceu no passado mês de Outubro em Genebra. "Dei-me conta de que é necessário discutir isso", disse Rolf Heuer, director-geral do CERN. Como cientistas precisamos de "discutir com filósofos e teólogos o antes do Big Bang".
Para alguns, trata-se de uma questão sem interesse. Assim, para Lawrence Krauss, um físico teórico da Universidade Estatal do Arizona, aquela reunião não significava que os cientistas estejam interessados em Deus. "Não se pode refutar a teoria de Deus. O poder da ciência é incerto. Tudo é incerto, mas a ciência pode definir essa incerteza. Por isso, a ciência progride e a religião não."
Há, porém, quem lembre que foi um padre católico, professor de Física na Universidade Católica de Lovaina, a primeira pessoa a propor, em 1931, a teoria do Big Bang. E manteve a fé religiosa como sendo tão importante como a ciência, tornando-se inclusivamente presidente da Academia Pontifícia das Ciências até à sua morte, em 1966. E, ao contrário do que frequentemente se diz, Darwin também deixou escrito na sua autobiografia: "O mistério do princípio de todas as coisas é insolúvel para nós, e, pelo meu lado, devo conformar-me com permanecer agnóstico."
John Lennox, professor de Matemáticas na Universidade de Oxford, presente no encontro, declara-se cristão. Para ele, o facto de os seres humanos poderem fazer ciência pressupõe um mundo racional e, assim, a ciência abre para Deus: "Se soubesses que o teu computador é produto de um processo não guiado, sem sentido, não confiarias nele. Por isso, para mim, o ateísmo mina a racionalidade de que necessito para fazer ciência."
Andrew Pinsent, também da Universidade de Oxford, pensa que colaborar com a filosofia poderia ajudar a enfrentar as grandes perguntas. Por isso, Heuer sublinhou que é necessário continuar a dialogar, pois deparamos na nossa cultura com o problema da hiper-especialização, de tal modo que "a ignorância de outros campos pode causar problemas, como uma carência de coesão social".
Platão advertiu que é à volta de ser e do ser que os homens travam uma luta de gigantes (gigantomaquia). O que os une - religiosos, filósofos, cientistas - é precisamente esse combate. Somos todos convocados pelo mistério do ser, do existir algo: "Porque existe algo e não nada?"
Fernando Pessoa disse-o de modo inexcedível - fica aí o poema, lembrando o passado dia 15, Dia Mundial da Filosofia: "Ah, perante esta única realidade, que é o mistério,/Perante esta única realidade terrível - a de haver uma realidade,/Perante este horrível ser que é haver ser,/Perante este abismo de existir um abismo,/Ser um abismo por simplesmente ser,/Por poder ser,/Por haver ser!/- Perante isto tudo como tudo o que os homens fazem,/Tudo o que os homens dizem,/Tudo quanto constroem, desfazem ou se constrói ou desfaz através deles,/Se empequena!/Não, não se empequena... se transforma em outra coisa -/Numa só coisa tremenda e negra e impossível,/Uma coisa que está para além dos deuses, de Deus, do Destino -/Aquilo que faz que haja deuses e Deus e Destino,/Aquilo que faz que haja ser para que possa haver seres,/Aquilo que subsiste através de todas as formas/De todas as vidas, abstractas ou concretas,/Eternas ou contingentes,/Verdadeiras ou falsas!/Aquilo que, quando se abrangeu tudo, não se abrangeu explicar porque é um tudo,/Porque há qualquer cosia, porque há qualquer coisa, porque há qualquer coisa!"
A subir, de vistas ainda dilatadas no Gama Pinto, a caminho do Campo Mártires da Pátria, "mártir de mim" - mas salvo, obrigado Teresa Quintão - só luz, só luz a entrar mas ainda com tempo para me deslumbrar nesta hera outonal a rendilhar, a rendilhar!
antónio colaço
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