E aí está como num minuto se podem encerrar três dias de trabalhinho e ajudar a um melhor Ambiente nos nossos desanimados dias !
Obrigado,Francisco Ferreira!
http://www.rtp.pt/play/p36/e105757/bom-dia-portugal/279712
(No site do Bom Dia Portugal da RTP deve procurar a Parte 7, ao minuto 9.57( visível no écran das horas, À DIREITA).
antónio colaço
Este é o ponto de onde vou partir daqui a alguns minutos.
É possível perceber, agora, de que rituais "transformadores" se faz o que começa a ganhar forma.
Sem tempo para muito mais, em traços gerais, a ideia centra-se na celebração dos 10 anos do FORUM MONTIJO que ocorre por estes dias (Abril, mais propriamente):o que FORAM dez anos de FORUM!
A partir de alguns elementos recolhidos no "lixo limpo" foi possível imaginar a cadeira de um realizador, que funciona aqui, também, pelo recurso à bengala como uma homenagem ao poder das imagens animadas, aos seus primeiros protagonistas, um Chaplin meio envergonhado..., ao centro, pelo recurso a algumas imagens da construção do FORUM como que se projecta um pequeno filme evocador desses tempos, pelo recurso a recortes de jornais, ao discurso dos principais elementos caracterizadores do, então, inovador, projecto - foi o primeiro Centro com certificação ambiental do país- e onde a tampa de um micro-ondas quase art deco como que evoca a pantalha onde tudo passa!Foi uma peça que, desde a primeira hora (obrigado, Helder!) me fascinou.A exibição da pequena memória desse tempo é sublinhada com a presença de duas garrafas de Moscatel de Setúbal, recolhidas no lixo mas que serviram, elas mesmas, na vernissage do passado sábado. Uma celebração dos produtos da região.
O número 10 é estilizado pelo recurso ao desmembramento dos tradicionias moinhos de vento que o Forum tão bem integra na sua construção, vincando o carácter agrícola da região em que se insere.
E é com um madrugador galo que alguém resolveu atirar para o lixo que se completa esta tela: o galo que anuncia todos os dias o começo de um novo dia! Desde logo, poder ouvi-lo é a reafirmação de que estamos vivos!
Com a integração de algumas notícias do dia, em recortes colados, com especial incidência para as notícias que anunciam boas perspectivas para deixarmos a crise, de mãos dadas com notícias que persistem em condicionar-nos os dias, assim damos por cumprida a nossa função de fazer com que pela Arte, pela constante procura do Belo, os nossos dias se tornem um pouco mais leves.
OBRIGADO!
antónio colaço
Alcochete, entardecer.
Um salto até Alcochete. Impossível segurar o Nokia, tal a ventania.
No Diário da Região, de hoje, os ventos "criativos" já estão à solta!!!
Amanhã, às 10, no Forum Montijo a TEMPESTADE TOTAL!!!!
Apareçam.
antónio colaço
Carlos Gueifão entregando aquelas que terão sido as últimas flores dos seus antigos alunos.
O super-juiz Carlos Alexandre na homenagem à sua professora.
Faleceu a Dona Elisa, a legendária professora do Colégio de Mação.
Um traço de união entre as muitas gerações dos alunos do Colégio D.Pedro V, em Mação.
Imagens do tradicional almoço que todos os anos, em Julho, costuma fazer subir a Mação aqueles a quem a saudade de antigos tempos continua a fazer parte do "sumário" dos dias.
Estas foram as últimas imagens que lhe fizémos no almoço do ano passado.
Sempre com algum pudor pois a Dª Elisa era avessa a protagonismos de qualquer espécie!
Foi bom tê-la conhecido, Dª Elisa, mesmo que nunca a tenha tido como professora.
2
O seu funeral deverá estar a decorrer neste momento!
Até sempre!
antónio colaço
QUE FUTURO PARA DEUS?
Pe Anselmo Borges
In DN 12Jan2013
É sobre o tema em epígrafe que Marie Drucker publicou uma entrevista com Frédéric Lenoir, da École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. Faz parte do livro Dieu (Deus).
Alguns indicadores estatísticos. Actualmente, dois terços da população mundial confessam acreditar em Deus. O outro terço reparte-se entre as religiões sem Deus (religiões chinesas, budismo, animismo, xamanismo...) e uma pequena parte que se declara sem pertença religiosa (menos de 10% da população mundial, principalmente na China e nos países europeus descristianizados).
Mesmo se a fé está a diminuir progressivamente desde há várias décadas, cerca de 90% dos americanos e dois terços dos europeus acreditam em Deus. A França e a República Checa constituem excepção, pois são os países que contam hoje com a taxa mais elevada de ateus na Europa. De qualquer modo, mesmo na França, a fé em Deus resiste melhor do que a pertença religiosa e permanece estável: 52%.
As projecções para 2050 dizem que os cristãos passarão de dois mil milhões para três mil milhões; os muçulmanos, de mil e duzentos milhões para dois mil e duzentos milhões; os hindus, de oitocentos milhões para mil e duzentos milhões; os budistas, de trezentos e cinquenta milhões para quatrocentos e trinta milhões; os judeus, de catorze milhões para dezassete milhões.
Estes números não consideram, evidentemente, "evoluções internas profundas" que as mentalidades podem vir a conhecer nem catástrofes ou agitações excepcionais. Segundo a evolução das mentalidades, é a Europa que indica a tendência: "uma secularização crescente, sem que a fé em Deus se afunde. Assim, as religiões terão cada vez menos domínio sobre as sociedades e serão cada vez mais numerosos os indivíduos a declarar-se sem religião, sem que isso signifique o fim da fé em Deus." Acentua-se, portanto, aquele movimento que os sociólogos caracterizam como "crer sem pertencer", emancipação progressiva dos indivíduos em relação às instituições religiosas, mas continuando a ter fé em Deus ou uma espiritualidade pessoal.
Este fenómeno está na linha dos "três grandes vectores da modernidade": "individualização, espírito crítico, mundialização". Assim, no quadro do que Marcel Gauchet chamou uma "revolução da consciência religiosa", é expectável que já não seja "o grupo a transmitir e impor a religião ao indivíduo, mas que seja este a exercer a sua livre escolha em função do seu desejo de realização pessoal". "Salvo se houver uma enorme catástrofe, nenhuma ditadura poderá manter-se na Terra e nenhuma religião conseguirá impor a sua lei aos indivíduos. Os principais vectores da modernidade vão progressivamente, com recuos pontuais, conquistar o mundo todo. Neste contexto, a religião tem razões para preocupar-se, mas não necessariamente Deus e ainda menos a espiritualidade, isto é, a procura do sentido da vida." De facto, as pessoas continuarão a interrogar-se sobre o enigma da existência e as suas questões essenciais: qual o sentido último?, como fazer face ao sofrimento e à morte?, como ser feliz?, quais são os valores que alicerçam a vida?
Por isso, ao mesmo tempo que assistimos à crise da prática religiosa constatamos que a fé em Deus "regressa docemente, mas de modo seguro". Significativamente, os dois elementos que se mantêm estáveis na Europa ao longo dos últimos trinta anos são as cerimónias funerárias religiosas e a fé em Deus, o que mostra que, apesar do distanciamento em relação às Igrejas, ainda se considera que a religião traz respostas à questão do enigma da vida e face à morte. Por isso, "enquanto a existência permanecer um enigma, enquanto a experiência do amor e da beleza nos fizer tocar no sagrado, enquanto a morte nos interpelar", há fortes chances de Deus, seja qual for o nome que se lhe dê, permanecer para muitos "uma resposta credível, um absoluto, uma força transformadora."
Mas há "metamorfoses" do rosto de Deus na modernidade que se acentuam: "Passa-se de um Deus pessoal a um divino impessoal; de um Deus masculino a um divino de qualidades femininas de amor e protecção; de um Deus exterior a um divino que se encontra no interior, no mais íntimo."
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
ANO DA FÉ. UM DECRETO PARA QUÊ?
In Público. 13.01.2013
1. Enquanto não chegar o fim do mundo, depois de um ano, há sempre outro. Para não o enfrentar como uma aposta no vazio, é corrente consagrá-lo a um desejo, em forma de projecto. Diz-se que, perante a crise que atravessa o país, na conjuntura internacional em que temos de nos mover, é difícil configurar um caminho, com previsões que não se confundam com adivinhas ao sabor dos palpites de optimistas ou pessimistas e segundo os interesses que cada um tenta defender.
A verdade é que uns já decretaram que Portugal não tem solução, nem dentro nem fora do Euro e que o melhor é a liquidação total, a preço de saldo. A própria ideia de país independente seria uma ficção e neste tempo, comandado pela transformação e globalização dos negócios, é uma crença ridícula. Outros continuam a falar da urgência de uma política patriótica, quando a pátria de cada um é aquela para onde se consegue emigrar. Seja como for, os velhos vão continuar a morrer e se os nascimentos continuarem a diminuir, a sorte do país é previsível. Não será preciso dar-se ao trabalho de "repensar Portugal", como desejava o Pe. Manuel Antunes.
Diz-se isto como se poderia dizer outra coisa qualquer. Quando tudo passou para a ordem do inevitável, já nada tem sentido. O próprio sofrimento das vítimas da história da crise não conta para nada.
A incapacidade de questionar, em profundidade, esta versão trituradora da máquina capitalista é a vergonha do nosso tempo. O Papa relembrou-o, muito recentemente, mas os economistas, os gestores, os banqueiros, os ministros que se confessam cristãos preferem espiritualidades de chá de tília religiosa, a ouvir o clamor dos pobres e dos empobrecidos e questionar teorias que mostram a sua inadequação, pelos frutos que produzem. As teorias são para os seres humanos, não estes para teorias, onde as pessoas estão sempre a mais.
2. As interrogações são inevitáveis: tanta ciência económica e financeira, ensinada nas Universidades Católicas, não será capaz de imaginar contributos para alternativas concretas, técnica e politicamente viáveis? A Banca é para salvar as pessoas ou serão estas, as exploradas, que devem salvar os interesses da Banca, mediante decisões governamentais? Não será possível desconstruir configurações políticas que, nos seus efeitos, resultam em grandes negócios para uns e em castigo para a maioria da população? Estaremos numa civilização esgotada a transitar de continente para continente, enquanto sistema de exploração, sem tentar curar as suas raízes?
Os chamados regimes democráticos fazem tudo para não se distinguirem das ditaduras. O fascínio pela China é interessante.
Com isto tudo, não creio que se possam extrair dos Evangelhos ciências ou políticas confessionais, em concorrência com ciências e políticas laicas, nem aceito que se diga que quanta mais ciências menos religião. Há grandes cientistas e políticos crentes, agnósticos e ateus.
Francisco José Ayala, um dos maiores representantes do neodarwinismo, tem uma posição que me parece muito sensata: "Não vejo razão para pensar que as descobertas científicas sejam incompatíveis com a fé religiosa. A ciência procura descobrir e explicar os processos da natureza: o movimento dos planetas, a composição da matéria e do espaço, a origem e a função dos organismos. A religião trata do significado e propósito do universo e da vida, das relações apropriadas entre os humanos e o seu Criador, dos valores morais que inspiram e guiam a vida humana. A ciência nada tem a dizer sobre estas matérias, nem é assunto da religião dar explicações científicas, para os fenómenos que têm lugar na natureza."
3. Daqui não se pode concluir que os cristãos possam ser indiferentes ao que se passa na sociedade. Não dispõem de uma mensagem, descida do céu, para os levar para o céu, sem se importarem com o que se passa na terra. Se a Bíblia fosse, apenas, revelação divina escrita por autores inspirados, não teria de dar contas de nada nem a ninguém, era puro ditado sobrenatural. Esta é a posição do fundamentalismo mais ignorante. Nessa perspectiva, a Bíblia poderia ser decorada, mas nunca estudada. Não é esse o pensamento católico actual. O documento A Interpretação da Bíblia na Igreja (1993) liberta a investigação de qualquer constrangimento. A Bíblia não remete para si mesma: aponta para o mistério de Deus e para o mistério do mundo. Deus não estava calado antes da Bíblia, nem emudeceu depois do último parágrafo da Sagrada Escritura. É preciso aprender a escutá-lo na experiência de cada um, nos acontecimentos da sociedade e em todas as tentativas para decifrar o sentido da vida.
Logo após o Vaticano II, E. Shillebeeckx, para lhe ser fiel, desenvolveu a perspectiva do mundo como "lugar teológico": a história humana, em todas as suas manifestações, é o espaço e o tempo da contínua revelação de Deus, acolhida ou traída, a decifrar em cada conjuntura cultural.
O Ano da Fé não foi decretado para dizer que a Igreja tem a resposta pronta para tudo. É porque a não tem que, na humildade, tem de partir para a escuta de todos os mundos. Quais serão esses mundos?
Tiago, o primeiro à direita com o seu irmão Miguel e seus Pais.
A surpresa desta segunda-feira: subi até à Praça dos Cinemas para dar uma olhadela no contentor com o "lixo" que me espera para que o transforme em Arte no próximo fim-de-semana.
O espanto:-Mas.... eu conheço-te de algum lado, puto?!
-Sou o Tiago Carretas!E o senhor é o António Colaço que nós visitámos lá no Atelier?!
-Tiiiiiiiaaaaaaaago???E por que é que não apareceste no Sábado com os teus Pais como te sugeri, no mail que te enviei?!
Ali estava Tiago com os seus Pais e o seu irmão Miguel.
Uma visita guiada e dois dedos de agradável conversa vieram coroar de êxito esta opção de trocar o silêncio da Galeria pelo tropeçar nos passos de quem sobe ao Forum Montijo!
Obrigado, Tiago!
Ah! O Tiago quer ser médico mas adora a pintura.
Nunca se sabe.
O Tiago observando atentamente a mota QUADRIGA.
Cá está, finalmente, a foto da turma do Tiago.E...lá está ele, lá ao fundo, bem perto da Laranjeira!
O texto que o Tiago mandou e que republicamos:
"Hoje eu fui visitar a exposição "A arte não existe,a arte somos nós",de António Colaço.
antónio colaço
PS
Ainda não foi hoje que recebemos o resto do material da inauguração da Exposição e, bem assim, o video da nossa ida à SIC Notícias.
Serenamente aguardemos
Enquanto não nos chega a edição na integra da intervenção de Guilherme Oliveira Martins, esta tarde, no Forum Montijo, aqui fica esta pequena e bem humorada intervenção do meu querido amigo.
Ou, de como, "insistir é preciso"!!
Obrigado pela sua disponibilidade.
antónio colaço
apoio
josé luis silva
O Trio de Clarinetes do CRAM com o Prof João Rocha à esquerda e os alunos Francisco Aleixo e Rui Cardoso.
imagem
josé luis silva
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