Alcochete, há instantes.
Mas...em Abrantes, segundo relata o meu amigo António Maia na sua página do Facebook, o susto é bem maior:
Foto António Maia
Montijo.Matriz
Esta é a noite.
Na Matriz de Mação ou na de Montijo, como este ano, pela primeira vez, a Luz de Cristo continua a iluminar a Terra Inteira.
Pena é que matemos a noite com uma excessiva ritualização que cansa e nos afasta da mensagem da noite inicial de há dois mil anos.
Três horas até nem é muito tempo, mas aquilo que podia ser uma partilha da Palavra rondou num espartilho de palavras, palavras.
Seja como for, RESSUSCITOU!
Haveremos de fazer RESSUSCITAR aquilo que em nós deixamos, ainda, que nos continue a atrapalhar.
antónio colaço
NESTES DIAS DE NOS LEMBRARMOS daqueles que nos dizem mais deixo-me levar pelo bem-bom de uma apatia que,pior ainda, já nem ouso questionar.
Amiúde, lá solto um incontido SMS,disfarçado de uma nostalgia de difusos contornos.
Comunica-se mais,agora que dispomos de uma parafernália de QWERTicas ferramentas, ou aquilo que comunicamos é cada menos sentido lá no mais íntimo lugar de todas as nossas tormentas?
antónio colaço
Acabadinha de fazer, aguarda a hora de desenformar e, mais tarde, de tomar forma nos nossos esfomeados estômagos com o apoio de um tinto ressuscitado do chão alentejano!!!
Com os votos de Santa Páscoa, Trás-os-Montes no coração - foi em Meireles, graças a Abril de 74, que me viciei nestas Bôlas, ou folares - aqui fica a receita ( que não cumprimos!), sacada da web, para quem quiser experimentar!
SIRVAM-SE.
RESSUSCITEMOS!
ALELUIA!
SANTA PÁSCOA!!!
antónio colaço
BOLA DE TRÁS-OS-MONTES
1 kg de farinha 30 g de fermento de padeiro 1,5 dl de água 12 ovos (médios) 300 g de gordura (por ex: 125 g de manteiga, 125 g de banha e 1/2 dl de azeite) água ou leite 1 colher de sopa de sal farinha 1 gema 1 salpicão 1 linguiça (chouriço de carne, em Lisboa) 200 g de presunto 1 frango assado ou estufado (fac.) salsa
Pe Anselmo Borges
In DN
FRANCISCO, BISMARK E AS BEM-AVENTURANÇAS
Numa obra cimeira, Ser e Tempo, Martin Heidegger, um dos maiores filósofos do século XX, retoma a famosa fábula de Higino sobre o cuidado. O texto latino da fábula conta como Cuidado modelou uma figura a partir do barro, pedindo depois a Júpiter que lhe insuflasse o espírito, levantando-se então uma disputa sobre quem deveria dar o nome a essa figura, pois esse direito era reclamado por Cuidado, por Júpiter e pela Terra. No meio da contenda, foi escolhido Saturno como juiz, que assim decidiu: o nome para a nova criatura será "homem", pois foi feito a partir da terra, "ex humo" (em latim); na morte, Júpiter receberá o seu espírito e a Terra acolherá o corpo. Mas quem o manterá e terá solicitude com ele enquanto viver será Cuidado. Saturno (o Tempo) escolheu Cuidado precisamente pelo papel decisivo que cuidar desempenha na formação, desenvolvimento e manutenção do ser humano até à morte, incluindo o morrer. Para Heidegger, o cuidado é um existenciário, estrutura originária da existência. O que é a existência sem o cuidado, cuidar e ser cuidado?
No passado dia 19, na Missa do início do ministério petrino do bispo de Roma - já não se fala em entronização -, o Papa Francisco dedicou a homilia precisamente ao cuidado. E disse que os cristãos guardam Cristo na sua vida, "para guardar os outros, salvaguardar a criação".
Mas a vocação para cuidar, preveniu, "não diz respeito só aos cristãos, tem uma dimensão que antecede e que é simplesmente humana, diz respeito a todos. É cuidar de toda a criação, da sua beleza, como nos é dito no Génesis e como nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo meio ambiente em que vivemos. É o cuidar das pessoas, cuidar de todos, de toda a pessoa, com amor, especialmente das crianças, dos velhos, dos que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos cuidam um do outro; depois, como progenitores, cuidam dos filhos e, com o tempo, também os filhos assumem o cuidado dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um cuidar recíproco, na confiança, no respeito e no bem. No fundo, tudo está confiado à guarda do ser humano, e é uma responsabilidade de todos. Quando não nos preocupamos com a criação e com os irmãos, então ganha terreno a destruição e o coração torna-se árido", "surgem planos de morte, destrói-se e desfigura-se o rosto do homem e da mulher."
E Francisco Papa pediu um favor a todos quantos ocupam lugares de responsabilidade no âmbito político, económico ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: "por favor, sejamos 'guardiões' da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do meio ambiente; não deixemos que os sinais de destruição e de morte acompanhem o caminho deste nosso mundo".
Mas, lembrou, para "cuidar e guardar", precisamos de "cuidar também de nós mesmos. Recordemos que o ódio, a inveja, a soberba sujam a vida", e é do coração que "saem as intenções boas e más: as que constroem e as que destroem". E teve esta afirmação inesperada num Papa: "Não devemos ter medo da bondade; mais ainda: nem sequer da ternura." Acrescentou: "O preocupar-se, o guardar, o cuidar requerem bondade, pedem ser vividos com ternura." A ternura não é "a virtude dos débeis; pelo contrário, denota fortaleza de ânimo e capacidade de atenção, de compreensão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura".
O bispo de Roma, sucessor de Pedro, "também tem um poder", mas "nunca esqueçamos que o verdadeiro poder é o serviço".
Pela simplicidade, humildade, cordialidade, serviço, Francisco conquistou a simpatia de todos, crentes e não crentes. O Evangelho avança como notícia boa e felicitante. Mas a Igreja é também uma estrutura complexa e um destes dias Francisco vai confrontar-se com o seu governo e ter de fazer reformas profundas na Cúria Romana, reconduzida "até novas ordens". Aí, enfrentará problemas, pois, como se diz, já Bismarck se queixava, porque com as bem-aventuranças não conseguia governar a Prússia.
Páscoa feliz!
No dia mundial do Teatro apresentei Mário, Mário Viegas, aos meus pequenos alunos desta tarde!
Vieram do Bairro da Caneira, do Projecto TU KONTAS, uma iniciativa que conta com o apoio da AFPDM-Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo e que incide o seu trabalho com putos da comunidade cigana, africana e outros.
Acho que adoraram a tarde de trabalho e criatividade.
Vamos voltar a ver-nos, creio.
Um outro palco, silencioso, mas onde se jogam novos papeis para uma cidadania mais integrada.
antónio colaço
Por estes dias dou por mim a murmurar contra tudo o que em mim envelhece.
Nem a máxima do meu amigo Mário Pissarra "envelhecer com sabedoria" atenua tais murmúrios de pouco assumida "velhice".
Para falar só das pernas, sinto-as cada vez mais pesadas na sequência de mazelas mal curadas,eu sei.
Mas....esta manhã,na piscina municipal do Montijo, alguém um pouco mais jovem do que eu,sem pernas, percorria veloz para lá e para cá com uma alegria que me deixou submergido no meu inútil queixume.
Olhei para o meu corpo e senti que, afinal, ainda tenho pernas.
Obrigado.
antonio colaço
Acabo de tropeçar neste pedaço de Eternidade!
Sem palavras.
Obrigado, Glenn!
antónio colaço
No final do Concerto juntámos à conversa no CT Joaquim d'Almeida três presidentes que têm em comum acreditarem que qualquer projecto só vinga se houver um grande e partilhado trabalho em equipa.
Sentem-se à mesa connosco.
antónio colaço/AFPDM
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