Confesso, a ventania e uma chuva miudinha quase me fizeram voltar para casa mal me abeirei da ciclovia.
Ao contrário deste moinho que mesmo com vento permanece mudo nas suas velas, aproveitei dele uma raiva surda e eis-me, pelo menos, a caminho do dito moinho que dista quase quilómetro e meio de minha casa.
Vindos de longe chegam-me os sons do arraial para as bandas de São Francisco.
Azar o deles, penso, mas igual azar reclamo para mim: hoje fico-me por aqui.
Regresso a casa.
A marcha de ontem foi puxada.
Amanhã cedo espera-me a cobertura de um campeonato de carrinhos de rolamentos da CERCIMA com o apoio da AFPDM/EPE.
Há que reservar energias.
Não há nenhum campeonato à minha espera.
Obrigado.
antónio colaço
VÉSPERAS DE TERÇA
Mais uma lição.
A ventania quase me varria a vontade de prosseguir.
Os primeiros dez minutos são decisivos e onde tudo se pode decidir.
O burburinho das condicionadas ideias, como num remoinho, arrasta-nos, segreda-nos baixinho "este ventinho, estavas tão quentinho, não sejas parvinho, volta para trás,desiste do caminho..."
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Acabado de chegar, longe de mim os trilhos por onde acabei de andar!
Afinal, mais uma vez, nós somos muito mais do que a nossa condicionada mente.
Demorou a perceber mas uma vez revelado o fio condutor da trama, nada nem ninguém que nos detenha.
Obrigado.
antónio colaço
VÉSPERAS DE SEGUNDA
Por muito que em mim esteja presente, não pára o burburinho desta mente.
Nesta montijense caminhada nada me detém.
Apenas o cheiro do feno me derrota, tantas as histórias para que me convoca.
Sigo em frente.
Instante a instante, tudo agora é diferente.
Obrigado.
antónio colaço
Esplendorosas nuvens no céu.
Esplendorosas corvinas nas profundezas do Tejo.
Inesperadamente, o que vejo, na Frente Ribeirinha do Montijo?
Um regozijo, uma atrás das outras, foram saindo do robusto bote.
Em média, entre os 13 e os 18 quilos cada uma.
-O Sr quer comprar?Nós vendemos. São a 5 euros o quilo!
E eu, ali, eufórico só queria mesmo fotografar "aquilo"!
antónio colaço
Frei Bento Domingues
In Público
O SEGREDO DA ALEGRIADE JOÃO XXIII(1)
Clica na imagem para melhor leitura.
Pe Anselmo Borges
In Dn 25 Maio
O MUNDO DOS AFECTOS, A FÉ E A CURA
A definição do Homem como animal racional não dá conta adequada do que somos: de facto, não começamos por pensar, mas por sentir. Somos afectados pelo meio ambiente, desde o ventre materno. Daí, não ser indiferente uma gravidez querida e serena e uma gravidez vivida no meio da inquietação e do sobressalto.
No instante da concepção, está-se no que alguns chamam a "inocência do sentimento". Depois, começamos a ser afectados, positiva ou negativamente, e assim se vai formando uma atitude positiva ou negativa face ao mundo e aos outros, com consequências na auto-estima e autoconfiança ou não, com confiança no mundo e nos outros ou, pelo contrário, com desconfiança e inquietação.
Na altura, ainda se não pensa, mas sente-se. Primeiro, são os afectos. Suponhamos que, depois do nascimento, não se cuida convenientemente do bebé, ninguém lhe sorri, ninguém o acarinha. O que fica? O sentimento de frustração. Afinal, o que vale o mundo? Para que serve? Não começa aqui o sentimento de revolta, violência e destruição?
Depois, com a aquisição lenta do uso da razão, há-de estudar-se a vida afectiva, para aproveitar a sua força - querer ser e viver - na condução da existência, sabendo conviver com ela nas suas dimensões positivas e negativas. Porque a razão, sem os afectos, pode ficar paralisada, mas estes, sem aquela, podem tornar-se cegos. E assim se constata a importância do que hoje se chama a razão que sente, razão sensível, razão emocional.
É neste fundo anímico-vital afectivo que mergulha a própria fé religiosa. Esquece-se frequentemente que a fé não começa por ser religiosa, mas uma atitude fundamental da existência enquanto confiança de base. Hoje, quando o que faz falta é confiança e crédito, percebe-se melhor o tema. Mas, a um dado momento, há-de colocar-se também a questão da fé religiosa, na medida em que se põe a pergunta pelo fundamento último da confiança.
A realidade da fé como atitude fundamental de toda a existência e como possível abertura à fé religiosa, garante do sentido último e pleno, é sublinhada cada vez mais, também em estudos científicos referentes à doença e à cura. Aliás, não há aqui nenhuma descoberta, pois sempre se soube que a atitude do Homem face à vida, à doença e à própria morte depende do grau da sua confiança.
Também da confiança em Deus? "Uma grande maioria do corpo científico considera que a religião tem um impacto positivo na saúde", explicou na Time Magazine Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia.
Agora, Le Monde des Religions (n.° 54, 2012) foi investigar e dá conta de um artigo da Universidade de Oxford em 2001, com a síntese de 1200 estudos sobre a questão, concluindo que "crer , rezar, praticar uma religião levam a uma melhor resiliência às doenças mentais como a esquizofrenia e têm uma acção positiva sobre a pressão arterial e as funções imunitárias". Isto não significa que a oração seja um medicamento, mas que acreditar permite suportar melhor a doença, favorecendo o tratamento. A imagem de Deus, bom ou castigador, é fundamental.
Gail Ironson, da Universidade de Miami, num estudo sobre a ligação entre VIH e crença religiosa, conclui que, "mesmo tendo em conta os medicamentos, a espiritualidade traz um melhor controlo da doença". Nel Krause, da Universidade do Michigan, mostrou que as pessoas que acreditam que "a sua vida tem um sentido" vivem mais tempo.
O acto médico não pode ser de modo nenhum o de um técnico perante uma máquina estragada que é preciso reparar. É necessário aproximar-se do paciente dentro de uma compreensão global do Homem. Georges Engel, num artigo célebre - "The Need for a New Medical Model" -, falou de uma aproximação "bio-psico-social", que, segundo o teólogo Guy Jobin, teve enorme impacto. "Já não se trata de uma divisão do trabalho entre cura do corpo e cura das almas. Em vários sectores do cuidado - em geriatria, nos cuidados de longa duração, nos cuidados paliativos -, o acompanhante espiritual faz agora parte integrante da equipa de cuidados. É considerado um profissional como os outros membros da equipa."
(Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)
b
a
As imagens que se seguem, são de ontem, como se fosse hoje!!!!
O Facebook baralha isto tudo!!!!
Obrigado,
antónio colaço
Um ensaio na Matriz ( que órgão, meu Deus, e que saudades matei!) quase a cair em cima da meia noite ia deitando por terra a prometida catarse gastronómica.
Em versão reduzida (30 minutos, 3 km) mas acelerada, creio que o delicioso palmieri já se foi.....
Obrigado.
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