Montijo, Moinho das Marés sem água para moer. É só estremecer com a beleza da noite que ali se está a oferecer....
Caminhante que por aqui passas, vem, abeira-te e bebe. Mata aqui a tua sede.
Foto.Rossio, esta tarde.
EM TRANSGRESSÂO na solarenga e,apesar de tudo,calma Confeitaria Nacional.
Ponto.
Pschiu.....queima-se tudo mais logo na caminhada montijense!
Um regozijo estes grilos falantes do Montijo!
1.28' imperdível.
Vídeo.Montijo.Portas da Cidade.
Rente ao chão os meus pés insistem. Às vezes sinto que não conseguem tantas são as mazelas mal curadas.
E lembro-me de ti, querido e saudoso Pai, e sinto o teu apoio.
"O meu filho tem conserto. O meu filho vai lá. O meu filho nunca vai desistir".
Obrigado.
Pe.Anselmo Borges
In Dn 18Maio
Identidade narrativa, a ética, a Europa e a esperança
Se fosse vivo, teria feito 100 anos no passado dia 27 de Fevereiro. É um dos maiores filósofos do século XX, que "se tornou filósofo para se não tornar esquizofrénico".
Refiro-me a Paul Ricoeur, sendo o que aí fica, evitando tecnicismos, uma homenagem ao grande pensador humanista e cristão, que também influenciou a teologia, com a hermenêutica.
1. Pergunta nuclear da filosofia é: o que é o Homem?, quem sou eu? Ora, não se pode duvidar do facto de que eu sou; mas quem sou, o que é que eu sou: isso é duvidoso. O Homem não é transparente a si próprio. Para chegar a si mesmo, tem de fazer um grande desvio de interpretação, passando pelas obras da cultura: a literatura, as artes, as religiões, as ciências naturais - no quadro das neurociências, em diálogo com J.-P. Changeux, fez questão de acentuar a distinção fundamental entre o conhecimento científico e a experiência vivida: o sujeito não é redutível a dados empíricos -, as ciências humanas... É mediante esse percurso que o Homem vem a si próprio; reconhece-se, narrando a sua própria história, sempre aberta e em transformação. A identidade humana é narrativa.
2. A ética ocupa lugar central no pensamento ricoeuriano. É famoso, neste campo, o seu triângulo ético: a ética é "o desejo da "vida boa" com e para outrem em instituições justas". Tudo arranca do desejo: o esforço de existir, a capacidade de querer e agir, ser. Mas "eu" (primeira pessoa) não sou sem o outro, sem o "tu" (segunda pessoa), que me solicita: "O outro é meu semelhante. Semelhante na alteridade, outro na semelhança." O encontro, porém, dá-se no contexto de um "ele", "ela" (terceira pessoa), que remete para o impessoal e institucional (instituições justas).
3. A sua filosofia está profundamente enraizada. Di-lo também um texto sobre a Europa, numa entrevista de 1997, agora publicada pela Philosophie Magazine: "Estamos em guerra económica. É um problema muito perturbador, sobre o qual nunca tinha dito nada. É hoje o problema de toda a Europa ocidental. Onde, para sobrevivermos, devemos manter uma ética e uma política da solidariedade. O combate a travar tem duas frentes: por um lado, as nossas economias têm de permanecer competitivas; por outro, não podem perder a alma - o seu sentido da redistribuição e da justiça social. Um problema enorme, quase tão difícil de resolver como a quadratura do círculo...
Ainda não acabámos com a herança da violência e da última guerra. Nem com a dureza e a brutalidade do sistema capitalista, que deu KO ao comunismo, ficando sem rival. É hoje a única técnica de produção de riqueza, mas com um custo humano exorbitante. As desigualdades, as exclusões são insuportáveis.
Estou um pouco tentado por uma solução que se poderia dizer cínica. Pode causar-lhe espanto da minha parte, mas enquanto este sistema não tiver produzido efeitos insuportáveis para um grande número, continuará o seu caminho, pois não tem rival... Penso que vamos conhecer na Europa ocidental uma travessia no deserto extremamente dura. Porque já não somos capazes de pagar o preço que os mais pobres do que nós pagam. A ascensão das jovens economias asiáticas, concretamente a da China, supõe um custo que seremos incapazes de suportar. Não só não queremos isso, mas não devemos fazê-lo. Não vamos voltar aos tempos do trabalho infantil!... É por isso que eu sou tão fortemente pró-europeu; só uma economia de grande dimensão permitirá à Europa sair disto."
4. "O Homem é a Alegria do Sim na tristeza do finito." Ricoeur sabe da finitude e do mal e da violência e da morte. Mas, em primeiro lugar, há a vida e o seu esforço de ser: "a morte não é eu como a vida, é sempre a estrangeira." Aqui, radica a esperança como sentimento fundamental: "a esperança diz: o mundo não é a pátria definitiva da liberdade; consinto o mais possível, mas espero ser libertado do terrível." Assim, na última página da sua última grande obra: La Mémoire, l"Histoire, l"Oubli (2000), publicada aos 87 anos, deixou este texto que dá que pensar e que assinou pelo próprio punho: "Sob a história, a memória e o esquecimento. Sob a memória e o esquecimento, a vida. Mas escrever a vida é uma outra história. Inacabamento. Paul Ricoeur."
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
VÉSPERAS
A minha sombra, sempre fiel, nunca me abandona.
Marcha comigo, pára quando páro, fita a grande cidade lá ao longe quando a fito.
Em que pensará a minha sombra, agora que estou aqui a olhar para ela...
Um amigo que muito prezo comentou, hoje, para outro amigo, "viste a fotografia sinistra que este gajo publicou a marchar à noite?!"
Diz-me, espelho meu, perdão, diz-me, sombra minha, por que nunca me abandonas de manhã à noitinha?.....
Sim, acredito que os Anjos da Guarda habitam por dentro das nossas próprias sombras.
Obrigado.
antónio colaço
LISBOAS
Praça da Figueira, esta tarde.
em edição
Um texto que em si contém o princípio da desejada Subversão.
É assim, para mim, nada fica como dantes na abordagem à humanidade do Jesus Cristo em que me instalei.
Este, de facto, não é o Jesus Crsito que nos dá jeito, antes, o Jesus Cristo para quem nada está feito, logo, conta connosco para um mundo muito mais perfeito.
Obrigado, Frei Bento.
Por alguma razão aqui se defendeu que, consigo, e com outros amigos, Pee Anselmo incluídos, a Igreja de que necessitamos seria dito e feito!!!
Mas como dizia um outro amigo, "o Espírito há-de dizer como fazer". Quer dizer, se nós O quisermos ouvir.
antónio colaço
CELEBRAR A SUBVERSÃO
IN Público, 19 Maio2013
Clica na imagem para melhor leitura.
Frei Bento Domingues in Público, atrvés do Blog de António Marujo http://religionline.blogspot.pt/
1. São sobretudo os portugueses que, actualmente, vivem bem e muito bem que acusam os outros de terem andado a viver acima das suas possibilidades. Encontrei, por acaso, um conhecido que já não via há muito tempo, que me exibiu uma estratégia para acabar com as aldrabices dessa conversa inconsequente e para me convencer a desistir das minhas homilias dominicais. O importante não é saber quantos habitantes estão a mais em Portugal, mas como os eliminar sem dor.
NR - O trabalho que se segue resultou de uma reportagem que assegurei, esta manhã, para o site da AFPDM-Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo. Dada a sua importância, com a devida vénia e autorização o transcrevo.Obrigado.
Foi, como já dissemos, o momento alto desta I Feira do Emprego e Empreendedorismo, ter, entre nós, o Dr. Filipe Carrera (passe pelo Google e veja só o espantoso curriculum deste ...comunicador nato!).
Temíamos que a assistência, constituída, maioritariamente, por jovens na idade de todas as legítimas expectativas tivesse ficado com a ideia de que o sucesso mora ao dobrar da primeira esquina, quer das redes sociais, quer do Linkdln de alguma forma seguindo o testemunho do conferencista.
Mas as coisas não se passaram bem assim e, afortunadamente, colocámos a questão a Filipe que se disponibilizou a precisar melhor essa decisiva fase do investimento a que meteu ombros, e, bem assim, os momentos em que julgou que não ia conseguir.
Foi aí que aprendeu a falar da necessidade de persistência e, sobretudo, de" termos paixão por tudo aquilo que fazemos".
Só assim se pode compreender, também, que muitos de nós gostemos de "ser accionistas do sucesso dos outros" mas, não raro, como vai dizer-nos "nunca encontrei alguém que goste de ser acionista dos sucessos alheios!"
A palavra ao Dr.Filipe Carrera.
UFF! Meu Deus, estou a trabalhar.
Todo o tempo que disponho é pouco.
Cada vez mais cada vez menos.
Tropecei "nisto"!!!
Santo Deus.
Estou em pele de galinha!!!
Faço neste preciso momento uma pausa.
Não aguento esta euforia sozinho.
Preciso de saber que mais alguém precisa de saber "disto".
Sofrer com "isto".
Vibrar "com isto".
Ser arrebatado aos céus de onde "isto" veio e ficar lá para SEMPRE!
Obrigado.
antónio colaço
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