Foto.Vitor Rios
EXPOSIÇÃO "PODERES"
ATÉ 31 DE JANEIRO DE 2014
Vem, embarca-me o ânimo que te resta e contra ventos e marés mostra-nos quem és!
Todos a TORZER por um dois mil e quaTORZE melhor para todos!!!!
Por este 2014 acima!!!
antónio colaço
SOLIDARIEDADE DE CLASSE E UM POUCO DE NARCISO....
É assim: os fotojornalistas esfalfam-se em captar os melhores enquadramentos dos acontecimentos que lhes cabe acompanhar.Chegam às redacçõe e, ups! o material fica na gaveta!!!!
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Aquando da minha passagem por S.Bento, fui autor de uma proposta aprovada pelo então Conselho de Administração que visava converter as paredes dos corredores de S.Bento, nomeadamente, o então novo Café dos Funcionários, numa Galeria onde exporiam, desde logo, gente do Parlamento, entre funcionários, policias, deputados e.....fotojornalistas.
Foi comigo que se inaugurou, dentro desse espírito, uma espécie de pequena Galeria no interior da Livraria Parlamentar.
Muito mais tarde, a querida Zita Seabra - que o meu querido amigo Mário Viegas um dia apelidou de "deputada vodka-laranja", vetou o meu nome para uma grande exposição que queria fazer, exactamente nas paredes que haviam sido objecto de tal proposta. O argumento, simples: não tinha "nome"!
Adiante.
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Tudo isto para dizer que sinto na pele a dor dos fotojornalistas. Por diversas vezes convidei alguns deles para exposições minhas. Mas a de maior significado foi, sem dúvida, a que a ânimo promoveu na Associação 25 de Abril em honra de...Eduardo Gageiro
Chega.
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Tudo isto para dizer que, esta noite, afortunadamente, para mim, e com a permissão do Vitor Rios, dou início à divulgação do making off da entrevista que concedi ao Diário de Notícias e hoje publicada.
É assim. A fama e...o proveito.
Ajudar, ajudando-me!!!Ó balha-me Deus...zzzz não habia nexexidade de tanto narcis........
Obrigado, outra vez, Vitor Rios.
antónio colaço
Foto.Entardecer, esta tarde.Alcochete
Nunca, como hoje, pressinto-me em vésperas de qualquer coisa cujos contorno me escapam...
antónio colaço
Frei Bento Dominggues
In Publico
UM CRISTO FORMATADO?
Pretender despolitizar o discurso económico e torná-lo tecnocrático e apartidário é um embuste.
1. “Esta é a definição da lei: algo que pode ser transgredido”. Assim falava, no seu gosto pelos paradoxos, o grande escritor católico, Gilbert K.Chesterton (1874-1936). Partindo da convicção de que a Deus nada é impossível, as comunidades cristãs, sobretudo as do primeiro século, elaboraram narrativas sobre o percurso de Jesus Cristo - desde a anunciação à ressurreição – que parecem contrariar, sem necessidade, as mais respeitáveis e inocentes leis da natureza.
A este respeito, importa não esquecer que a linguagem mítica e simbólica da liturgia do Natal não pretende dar aulas de biologia e astronomia, mas subverter as leis de um mundo dominado pela injustiça. Quando os Evangelhos são interpretados em registo literal, em vez de provocarem a inteligência, a imaginação e os afectos, paralisam-nos e tornam-se charadas absurdas, até naquilo que têm de mais belo e subversivo. A letra mata. O espírito livre vivifica.
Esta observação não desvaloriza, porém, a importância do método histórico-crítico aplicado aos escritos do Novo Testamento. Ao procurar esclarecer a produção dos textos bíblicos, nas suas diferentes etapas, descobre-se o ridículo das leituras fundamentalistas e que a pluralidade de interpretações não brota da arbitrariedade.
Passada a decepção com as “biografias liberais” de Jesus, do séc. XIX e os estudos pós-bultmanianos da década de 50 do século passado, vários exegetas célebres desenvolvem a “terceira vaga” de investigações sobre o “Jesus da história”. A obra monumental, de John P. Meier, “Jesus, um Judeu marginal”, impôs-se como referência incontornável. No entanto, como ele próprio confessa, o Jesus reconstruido pela investigação histórica – dada a natureza das fontes disponíveis – não pode sondar todas as dimensões da sua realidade. J. Meier alimenta a fantasia da reunião de um “conclave sem papa” e que ele próprio configurou: um católico, um protestante, um judeu e um agnóstico - todos historiadores honestos e bem informados sobre os movimentos religiosos do século I – ficariam trancados, na biblioteca da Harvard Divinity School, submetidos a uma dieta espartana e só lhes seria permitido reaparecer, quando tivessem elaborado um documento de consenso, sobre Jesus de Nazaré.
Um requisito essencial desse documento seria o de basear-se em fontes e argumentações puramente históricas. As suas conclusões deveriam ser abertas à verificação de todas e quaisquer pessoas sinceras, com acesso aos meios da moderna pesquisa histórica. Esse documento não teria a pretensão de apresentar uma interpretação completa, final e definitiva sobre Jesus, a sua obra e as suas intenções. Poderia, no entanto, proporcionar uma base comum e um ponto de partida academicamente respeitáveis para o diálogo entre pessoas de várias crenças ou sem crença alguma. J. Meier talvez goste de um Jesus marginal, mas não muito!
2. Esse empreendimento pode ter a sua utilidade, sobretudo para enfraquecer os delírios teológicos estacionados em definições dogmáticas, como alfândegas da fé. Mas não estou nada interessado num Jesus normalizado, formatado e em repouso num museu da história do cristianismo. Os escritos cristãos falam da sua presença clandestina, onde e quando menos se espera, baseados na promessa de que Ele não desertará da nossa vida.
Muito se escreveu acerca do mundo em que Jesus nasceu e cresceu, e onde se difundiram as comunidades cristãs dos séculos primeiro e segundo. Funcionavam “em rede”. Quando o Imperador Constantino entrou em cena, no séc. III, foi porque ele próprio se deu conta que mais valia ter os cristãos do seu lado do que persegui-los.
Os monges não foram para o Deserto por terem desistido da evangelização do mundo, mas porque se consideravam marginais em relação a uma cristandade adulterada por privilégios. Em vez de se instalarem no Poder, preferiram recusá-lo. Sabiam que ao esquecer o Cristo crucificado na carne dos sacrificados pelos interesses dos poderosos, acabariam na adoração de um Deus do Poder que tudo justifica.
3. O Papa Francisco denunciou os efeitos da economia que mata. Muitos se apressaram a dizer que ele não percebia nada de economia e a sua “Exortação Apostólica” era gravemente desmobilizadora quando já estavam à vista os belos frutos da austeridade, que importa não abrandar. Paul Krugman, Prémio Nobel de economia, em 2008, mostrou, no passado Domingo (cf. El País), as consequências desastrosas, nos EUA, da correlação entre os cortes nos programas sociais, o crescimento das desigualdades e o aumento da dívida. São os interesses e preconceitos de uma elite económica, cuja influência política disparou ao mesmo tempo que a sua riqueza, que procuram ocultar essa realidade. Pretender despolitizar o discurso económico e torná-lo tecnocrático e apartidário é um embuste. A classe social e a desigualdade modelam e distorcem o debate.
Será possível uma economia amiga das pessoas? Manuela Silva mostra que sim (cf. rev. Communio, XXX (2013).
Bom ano!
João Garcia, parabéns e obrigado pelo oportuno exercício de memória!
Marcamos encontro para o próximo ano.
Pessoalmente, gostava mais de reencontrar-te no distante Cozido das Furnas.....
Obrigado.
antónio colaço
(In Expresso de hoje).
Pe ANSELMO BORGES
IN DN
PEQUENOS PENSAMENTOS PARA 2014
É. Quando se chega a uma certa idade e mais um ano passa, o que mais dói é cair sobre nós as ausências de tantos que partiram. Partiram para onde? Ah, esse partir sem deixar endereço, e a falta que nos fazem!
Um novo ano novo começa. Novo: 2014. Por mais diagnósticos e prognósticos, é novo, imprevisível. Não está pré-escrito em parte alguma. Também é nosso: vamos fazê-lo. Mas é na surpresa que ele vem.
Envelhecemos, mas, por mim, não tenho inveja da juventude. Pelo contrário, agora, à distância, o que quero é que os jovens vivam intensamente cada tempo. Na dignidade livre e na liberdade com dignidade. O que deveria ser norma para todos. Que vivam com atenção e intensidade, pois tudo passa muito rápido.
Essa norma também pode ter outra expressão, que vou buscar ao início do Evangelho segundo São João, o passo mais filosófico do Novo Testamento. "No princípio, era o Verbo. Mediante Ele tudo foi criado. E o Verbo fez-se carne." Encontra-se aqui todo um programa para a existência. No princípio, era o Verbo. No original grego, está: era o Logos, a Razão, a Palavra. E tudo foi criado mediante o Logos, a Razão, a Palavra. E o Logos, a Razão, a Palavra, fez-se carne, tornou-se um de nós, por amor. Chama-se Jesus Cristo. O que sustenta o mundo é o Logos, a Razão, a Palavra, que não é impessoal, mas uma pessoa.
Onde deve então assentar a vida senão no vínculo da Razão e do Amor? Tantas vezes perdemos a vida, porque agimos sem razão e até contra a razão. Afinal, de que valem o ódio e o rancor e a exploração dos outros e a inimizade e a imensa estupidez de não pensar? Mas não basta a razão, pois a razão, só, pode ser cruel e mortal. Tem de ser a razão aliada à bondade e a bondade vinculada à razão, pois a bondade, só, sem a razão, pode lutar em vão e perder-se. Uma vida humana plena vive dessa aliança entre a razão que não olvida a bondade e a bondade que se ilumina com a razão.
O objectivo final só pode ser a felicidade, uma tarefa simples, que é ao mesmo tempo terrivelmente complexa. Como todos sabem por experiência. De qualquer forma, se me fosse permitido, gostaria de deixar aqui que muitas vezes fui chamado à cabeceira - isso: à cabeceira - de quem estava de partida, a tal de que falei no início. E devo dizer que não era propriamente a carreira - é certo que alguns/algumas nem carreira tiveram - que os ocupava ou preocupava naqueles momentos derradeiros nem o dinheiro ou a fama. Apenas a verdade maior, que tinha que ver com a família, com os amigos e o pouco tempo para eles e para o mais importante e decisivo. E queriam arrumar com verdade as coisas do aqui e do Além.
Mas isto tudo que para aí fica talvez se diga melhor de modo mais simples. Socorro-me de algumas regras para o bom viver de Manuela Santos, no seu blogue "umavidacomsentido". "Aproveite cada dia para aprender algo diferente. Não viva apenas para o trabalho, pois existe outra vida para além dele. Cuide da sua família todos os dias com amor. Aproveite para cuidar do seu bem-estar interior. Ouça música. Dedique-se a um hobby. Conheça os seus limites e não vá além deles. Aprenda a perdoar. Cultive a honestidade, a verdade, a humildade. Ame-se e namore todos os dias. Seja feliz! Dedique algum tempo à meditação, é muito importante."
Algum tempo, todos os dias, para meditar. É realmente muito importante, decisivo mesmo, vital. Significativamente, meditação, moderação e medicina têm o mesmo étimo: mederi (radical med-, "pensar, medir, julgar, tratar um doente"), que significa: cuidar de, tratar, dar remédio a, medicar, curar.
Quem quiser uma vida sensata e feliz tem de ir por aqui: dedicar todos os dias algum tempo à meditação, para ir ao encontro do essencial, do mais fundo, que é também o mais perto, porque mora dentro de cada um de nós, para ouvir a Palavra primeira, que fala no silêncio e diz a sabedoria do viver na sabedoria e que leva a cuidar do mais importante e melhor e a pensar e a julgar, a dar remédio e a curar. Seja feliz! Bom Ano Novo!
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
EXPOSIÇÃO "PODERES"
ATÉ 31 DE JANEIRO NA SEDE NACIONAL DO PS.15-18H
O autor informa todos os seus amigos que hoje vai estar presente entre as 15 e as 18.
Para o que der e vier.
Obrigado.
antónio colaço
Ele foram os sms, as mensagens pelo Facebook, os emails, os.....ufff!
Confesso que me perdi.
A todos os amigos que tiveram a amabilidade de se lembrar de mim e a quem, porventura, não respondi, aqui fica o meu muito OBRIGADO com a promessa de que COMUNICAR É PRECISO, TODOS OS DIAS.
É o que continuarei a fazer!
antónio colaço
PERTO DO PRINCÍPIO
Meu querido NETO Francisco, dá-me a tua mão e sobe comigo ao Largo do Espírito Santo na altoalentejana pátria gavionense da minha infância.
Devo ter, talvez, mais um anito do que tu.
Anda, ao contrario de hoje, a tarde daquele Natal foi soalheira, luminosa.
Não estou rodeado de tantas prendas como as que tiveste esta noite mas repara, tenho, como tu,o privilégio do aconchego da calejada mão do meu querido e saudoso Pai Zé Jacinto, teu Bisavô, que olha por ti, mais a Bisavó Maria, na terra onde o Natal é Eterno.
É assim que quero que um dia me recordes.
Sempre de mão dada com as tuas mãos tão pequenitas e musicalmente irrequietas.
Um Céu na terra, sempre em Sol Maior.
antónio colaço
Mas...não quero que me procurem, muito menos que me adorem.
Hei-de seguir a estrela de cada um de vós para que, de todo o coração, nome a nome, cidade a cidade, me entregue à vossa inteira disposição.
Feliz Natal.
antónio colaço
Foto.Gavião, Largo do Espírito Santo, Natal de 1958.
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