Domingo, 31 de Maio de 2015
WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

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Pe Anselmo Borges

In DN

29 Maio

MAÇONARIA, IGREJA E SEGREDO

1. Foi um convite generoso e insistentemente amável da venerável mestra da Loja África, da Grande Loja Feminina de Portugal, que me levou recentemente a uma daquelas sessões brancas da maçonaria nas quais podem participar "profanos". O tema era reflectir sobre a percepção pública da maçonaria.

Comecei por dizer que não sou membro da maçonaria. Tive contactos com maçons. Os primeiros foram com Raul Rêgo, com quem participei em debates. Falei várias vezes com o cardeal Costa Nunes, mas nunca sobre a maçonaria. A convite do então grão-mestre, António Reis, participei num grande encontro sobre as religiões, o diálogo e a paz. Estive uma segunda vez com ele, numa sessão branca, tendo discutido a distinção, que ele aceitou, entre laicidade - o Estado laico, aconfessional, é decisivo para a defesa e salvaguarda da liberdade religiosa de todos - e laicismo, que pretenderia retirar a religião do espaço público, confinando-a ao espaço privado.

Encontro muitas vezes um estimado amigo, António Arnaut, que já foi grão-mestre, que se confessa "agnóstico cristão", a quem se deve esse milagre chamado Serviço Nacional de Saúde e que cita amavelmente "um filósofo - Anselmo Borges", que diz que o problema dos católicos é nem sempre serem cristãos, e frei Bento Domingues, que escreveu que "liberdade, igualdade, fraternidade são filhos laicos do Evangelho". Foi António Arnaut que disse que, infelizmente, a maçonaria precisa de uma limpeza, como o Papa Francisco está a fazer na Igreja, pois muitos entraram, não por causa dos seus ideais autênticos - aperfeiçoamento espiritual e promoção da tricolor: liberdade, igualdade e fraternidade -, mas por interesses outros: pessoais, partidários, de lóbis.

Realmente, é essa a percepção frequente: a maçonaria como plataforma de interesses outros, cumplicidades entre política e negócios, tráfico de influências. Também chega à opinião pública a luta, por vezes violenta, entre obediências. Perguntei por esses conflitos e pelo secretismo, citando o famoso bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, que não entendia como é que numa sociedade democrática e aberta ainda há sociedades e grupos que se refugiam no segredo, e citava a maçonaria e o Opus Dei.

No quadro dos autênticos ideais maçónicos - liberdade, democracia, companheirismo, fraternidade, humanismo, espiritualidade, aperfeiçoamento interior -, não vejo porque é que há-de haver conflito entre ser católico e maçon.

 

2. As relações entre maçonaria e Igreja oficial não têm sido pacíficas. Pelo contrário, e vou seguir Henri Tincq (Le Monde des Religions, Nov.-Dez., 2010). A maçonaria foi, desde a sua origem, condenada pelo papado, acusada de imoralidade, heresia, segredo. Logo no século XVIII, Bento XIV (1751) escreve: "Se estes homens não praticassem o mal, teriam um tão grande horror à luz?" Todos os papas do século XIX consagraram um documento à denúncia das sociedades secretas, associando a maçonaria ao liberalismo, cientismo, positivismo, modernismo. O anticlericalismo desencadeou uma "literatura delirante" à volta do "complot judeo-maçónico". Neste clima, mesmo Leão XIII, considerado liberal, escreveu a encíclica Humanum Genus, que descreve dois campos inimigos: a Igreja, "reino de Deus sobre a Terra", e a maçonaria, "sinagoga de Satã", atribuindo-lhe a pretensão de secularizar a sociedade, através do divórcio e da escola. No princípio do século XX, o Código de Direito Canónico pune com a excomunhão todos os que pertencem à "seita" maçónica ou a associações que "maquinam" contra a Igreja.

Foi com o Concílio Vaticano II (1962-1965) que se passou a alguma vontade de diálogo. O novo código, de 1983, já não cita expressamente a maçonaria. Mas o cardeal Ratzinger, futuro papa Bento XVI, escreveu, nesse mesmo ano, que a posição da Igreja permanece inalterada, que a inscrição numa loja continua proibida e que quem o fizer fica num estado de "pecado grave", sem poder aceder aos sacramentos.

Continuam as diferenças entre católicos e maçons, nomeadamente quanto ao aborto, o reconhecimento da eutanásia, o casamento homossexual, a homoparentalidade. Mas "a tolerância vai vencendo": já se não nega o funeral religioso a maçons, há "sessões brancas fechadas", com a presença de bispos e até de cardeais, e católicos que "vivem serenamente a dupla pertença": homens de "boa vontade" podem reunir-se à volta de valores de progresso, humanismo, liberdade.

 

3.Todos os cidadãos têm, no quadro da lei, direito ao segredo. Mas ainda se justifica hoje o segredo maçónico? De qualquer modo, gostei de ler um bem conhecido maçon, Ricardo Sá Fernandes, quando recentemente disse ao i: "Não tenho a mais pequena dúvida: se eu detectasse situações de corrupção na maçonaria, obviamente que a denunciaria à justiça profana. Sou, primeiro, cidadão, e só depois maçon. E se tivesse uma varinha mágica, convenceria todos os meus irmãos a assumir que são maçons quando estão em cargos públicos e políticos."

 

 

 

 

 

 



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WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMINGUES

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Frei Bento Domingues

In Público

Assassinado no altar

Em Fevereiro de 2015, o papa Francisco venceu as manobras dos cardeais adversários de Óscar Romero.

 

1. Óscar Romero, arcebispo de San Salvador, nasceu a 15 de Agosto de 1917 e foi assassinado, a 24 de Março de 1980, enquanto celebrava a Eucaristia. Antes de ser morto, ainda teve tempo de explicar, durante a homilia, que, apesar das ameaças de morte que lhe eram feitas, estava disposto a continuar a lutar contra a violência e a favor dos mais desprotegidos de El Salvador: Outros continuarão, com mais sabedoria e santidade, os trabalhos da Igreja e do meu país.

G. Gutiérrez, considerado o pai da Teologia da Libertação, sublinha: Romero não buscou o martírio, encontrou-o no caminho da sua fidelidade a Jesus Cristo, na firme atitude de pastor que não se calou perante as injustiças e humilhações quotidianas que vitimavam o seu povo[1].

Em Fevereiro de 2015, o papa Francisco venceu as manobras dos cardeais adversários de Óscar Romero. Reconhecendo-o como mártir, aprovou o decreto da sua beatificação, celebrada solenemente, no passado dia 23 de Maio, na capital de El Salvador e evocada no Convento de S. Domingos de Lisboa.

Para entender o desígnio deste assassinato e o sentido desta beatificação é preciso ter em conta a grande turbulência política e eclesial, caracterizada por um longo período de extrema violência, na América Central e no conjunto da América Latina. Os anos compreendidos entre 1977 e 1987 foram especialmente duros.

Nesse decénio crítico, muitos desses Estados tiveram regimes repressivos que se autojustificavam pela luta contra as guerrilhas revolucionárias ou comunistas. Os Estados Unidos apoiavam as lutas contra-revolucionárias; Cuba e os países de Leste sustentavam, com frequência, as guerrilhas.

Recordemos algumas datas bem conhecidas: a Argentina, depois do regresso e da morte de Péron, viveu numa ditadura militar de 1973 a 1982; o Brasil, de 1964 a 1985; o Chile encontrava-se, desde 1973 até 1989, sob a ditadura de Pinochet; o Paraguai foi governado pela ditadura militar de 1954 a 1989; o Uruguai conheceu uma feroz repressão entre 1973 e 1985; o Perú foi atingido pela guerrilha e pelo tráfico de droga; a Colômbia conheceu, a partir de 1947, uma dramática guerra civil e depois foi atravessada por fortes violências de vários grupos revolucionários ou de cartéis de narcotraficantes[2].

2. Perante os acontecimentos e a repressão, a análise dessas situações levou alguns movimentos cristãos à conclusão de que o caminho reformista era insuficiente. É neste contexto que é preciso entender a progressiva radicalização de O. Romero. O arcebispo Rivera, seu sucessor, observa: não estou de acordo com aqueles que apresentam Romero como um homem de batina que passou à revolução. O que aconteceu foi simplesmente isto: as massas populares, exacerbadas por tantas injustiças e repressões, desceram às ruas, praticando a desobediência civil e política. A Segurança Pública respondeu com uma repressão ainda mais violenta e, em seu auxílio, ocorreram também os esquadrões da morte.

O episcopado salvadorenho estava dividido. João Paulo II aconselhava o arcebispo a manter uma posição equilibrada, pois não se podia pensar apenas em defender a justiça, mas também em evitar que uma vitória revolucionária colocasse a Igreja em dificuldade.

A defesa do equilíbrio é também a preocupação do Arcebispo, mas não coincidia com o calculismo do Papa. A situação estava cada vez mais polarizada. A sua opção pelos pobres e pela defesa dos direitos humanos não lhe permitiam partilhar as posições revolucionárias, mas por outro, estava cada vez mais distante do poder económico e político. A violência e a morte contra as populações exerciam-se de forma preferencial sobre os padres.

O alvo principal foi atingido quando declarava na catedral: Assim como Cristo florescerá numa Páscoa de ressurreição imperecível, é necessário acompanhá-lo numa Quaresma, numa semana santa que é cruz, sacrifício, martírio. E, sem o procurar, foi martirizado a 24 de Março de 1980.

3. Diz-se que, entre os adversários da canonização de D. Óscar, estavam dois influentes cardeais colombianos: Alfonso López Trujillo, que já morreu, e Darío Castrillón Hoyos, aposentado. Ambos eram conhecidos pelas suas posições ultra-conservadoras e ocupavam, na década de 1990, importantes cargos na Cúria Romana. A arrogância desses cargos e posições não lhes garantiu grande clarividência.

A homilia de Romero, a 21 de Janeiro de 1979, no funeral do padre Octávio Ortiz e de mais quatro jovens assassinados pelas forças de segurança salvadorenhas, numa casa de retiros, é mais realista: Este mundo passa; somente permanece a alegria de se ter vivido para implantar, nele, o reino de Deus. Passarão pela boca do mundo todos os boatos, todos os triunfos, os capitalismos egoístas, os falsos êxitos da vida. Tudo isso passa. O que não passa é o amor, a coragem de reverter o dinheiro, os bens e a profissão ao serviço dos outros, a felicidade de compartilhar e de sentir todos os seres humanos como irmãos. Ao entardecer da vida, julgar-te-ão pelo amor.

[1] Cf. O excelente trabalho de António Marujo em http://religionline.blogspot.pt/2015/03/oscar-romero-35-anos-depois-da-morte-se.html

[2] Cf. Andrea Riccardi, O Século do Martírio, Quetzal, Lisboa, 2002, 395-401; Victor Codina, SJ, El Espírito del Señor actúa desde abajo, cap.I,  Sal Terrae, 2015; Roberto Morozzo della Rocca, Oscar Romero, Ed. A.O, Braga, 2015



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Sábado, 30 de Maio de 2015
CARRINHOS DE ROLAMENTOS. NA ATALAIA ROLARAM EMOÇÕES E AFECTOS

11º GRANDE PRÉMIO CARRINHOS DE ROLAMENTOS
NA ATALAIA ROLARAM EMOÇÕES E MIL AFECTOS

Finalmente, por entre alguns percalços no que à realização e montagem deste trabalho diz respeito ( que não pudemos evitar, nomeadamente, no primeiro terço do filme com duas sequências mal editadas!) eis as imagens de uma iniciativa que todo os anos por esta altura, a pretexto da comemoração do Dia Mundial da Criança, nos faz subir à Atalaia e tornarmo-nos, por umas horas, de novo, crianças....
Com mais ou menos necessidades educativas especiais.
Foi bom confirmar a alegria estampada nos rostos dos nossos amigos da CERCIMA que tornou mais alegre a nossa própria alegria.
antónio colaço

(In, página Facebook da AFPDM.EPM MONTIJO)

 

 



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Sexta-feira, 29 de Maio de 2015
CARRINHOS DE ROLAMENTOS QUE ROLEM OS AFECTOS

11º GRANDE PRÉMIO EM CARRINHOS DE ROLAMENTOS
EPM A ROLAR PELA PARTILHA DE AFECTOS

Dificuldades de última hora impedem-nos a "ligação em directo" ao Rolamentódromo da Atalaia para a transmissão do 11º Grande Prémio.
Deixamos para mais tarde a reportagem mais exaustiva que temos preparada e que inclui conversa com o professor Joaquim Franco, o formando da EPM David Santos, do curso Técnico de Manutenção Electromecânica e o mestre Serafim da Cercima....
Os formandos da EPM foram, mais uma vez, inexcedíveis no apoio e dinamização a esta belíssima causa que fez a alegria de todos os amigos da CERCIMA.
Até mais logo.
antónio colaço

(In página da AFPDM/EPM MONTIJO)

 

 



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Terça-feira, 26 de Maio de 2015
OLARÉ,OLARÉ!!! O S.PEDRO É QUE É!!!

 

Grande tarde hoje no CAF-Componente Apoio à Família, de Atalaia, que conta com o apoio a Afpdm: os alunos levaram, finalmente, para suas casas, a sua "tela" "O nosso Tejo", um trabalho feito com recurso à técnica de colagem e pintura em acrílico e que recria a visão da Ponte 25 de Abril a partir da Frente Ribeirinha do Tejo, no Montijo. Para o barco, foi utilizada a cortiça, de que o Montijo já foi expoente no que à comercialização e industrialização diz respeito, e ara a vela, o recurso às folhas das canas da índia. A Ponte 25 de A...bril, essa, nasceu do recurso ao fio de serapilheira colado.
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O próximo e último trabalho resulta de um desafio à criatividade da família no seu todo!
Imaginámos uma situação: a Câmara Municipal do Montijo "aflita", com as tradicionais Festas de S. Pedro à porta e ainda sem cartaz (!!!) "recorreu" à nossa criatividade e encomendou-nos a sua concepção!!
Distribuída uma imagem do S.Pedro, gentilmente cedida pela autarquia,foi a mesma levada para casa para que os alunos a recortem com posterior montagem na aula.
A frase criativa que, decididamente, convidará todos os forasteiros a visitarem o Montijo, será, então, objecto de aturado consenso familiar!
Esperemos para ver!
antónio colaço
(colaborador Afpdm do CAF)

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publicado por animo às 19:24
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QUIOSQUE

PARA O MELHOR E PARA O PIOR

Clara Ferreira Alves, de "pluma, caprichosamente", brilhante, no retrato que esboça, "A Barata Americana", na sua habitual crónica do Expresso.

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Porém, a mesma Clara Ferreira Alves, qual "barata" tonta e, pior, deslumbradíssima, na entrevsta ao polémico escritor Michel Houellebecq, produz um trabalho que, não tenho a mínima dúvida em considerar um precioso "case study" que um quaquer minimamente dedicado professor de comunicação social nas várias cátedras da lusa pátria devia exaustivamente analisar.

Se o autor é difícl de abordar, como a própria faz questão em sublinhar - não só por ter a cabeça a prémio por parte dos extremistas - a verdade é que, nem por isso, Clara ousou parar um bocadinho para refrear todo o seu deslumbramento literário.

Resultado? Compare-se a "qwertagem" a que  Clara recorreu para colocar questões e a qwertagem outra  de Michel para lhe responder.

A diferença é claríssima: Michel assutou-se com tanta pergunta carregada de todas as respostas e, não raro, ultrapassa a minguada fala recorrendo a meia dúzia de palavras.

Conclusão, se conhecia mal o homem, não deverei dar nenhum passo que me arranque a esta preguiça intelectual para vir a conhecê-lo. O homem, além do mais, como Clara não se inibe de lhe atirar à cara, é de uma fealdade que mete medo ao susto.Leia-se:

(...)
Clara:Em Paris , as pessoas arranjam-se muito, cuidam-se, embelezam-se.O que você não faz.Mas a fealdade é a condição humana.
Michel: Não acho.


Pim!

antónio colaço

 

 

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QUIOSQUE

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Consigo, de alma e coração, Senhor Presidente António!

antónio colaço

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Segunda-feira, 25 de Maio de 2015
WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMINGUES

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NÃO DESISTIR DO ESPÍRITO DO PENTECOSTES

Tornou-se um hábito contrapor o Pentecostes cristão à Torre de Babel. Não nos precipitemos

Frei Bento Domingues
In Público 24 Mai

1. Ao começar a crónica deste Domingo, escrevi: a festa de Pentecostes não celebra o que já foi, mas o que falta fazer. De repente, deparei com a notícia: a morte de cerca de uma centena de passageiros de um navio carregado de migrantes do Bangladesh e da Birmânia.

Este navio andou quase dois meses à deriva no alto mar, depois da guarda costeira da Malásia e da Tailândia o ter impedido de aportar a estes países. A luta desesperada pelos últimos mantimentos, a bordo, provocou a morte de uma centena dos passageiros. Já em segurança na Indonésia, os sobreviventes contaram a crueldade dessas mortes: esfaqueados, sufocados, atirados ao mar.

A Europa, depois de ver o Mediterrâneo transformado num imenso cemitério, resolveu discutir a atribuição, por cada país, dos migrantes que batem à sua porta. Veremos, como diz o cego.

Apesar das apregoadas virtudes da modernidade e da laicidade, a fraternidade universal foi ficando pelo caminho. O pensamento liberto do obscurantismo da religião não construiu a realidade, segundo o bem do ser humano, isto é, de todos os seres humanos. A grande maioria não passa de simples meio e instrumento de uma minoria privilegiada.

Permito-me revisitar a Bíblia para recuperar algumas perspectivas para o presente e o futuro do ser humano, como animal sagrado e político. 

A Bíblia – a biblioteca fundamental hebraica e cristã – nem sempre é muito recomendável. Nessa biblioteca há passagens criminosas e escandalosamente blasfemas que não ficam nada bem numa literatura divinamente inspirada. Hoje, depois de alguns estudos publicados nos Cadernos ISTA por Frei Francolino Gonçalves, professor da Escola Bíblica de Jerusalém, há mais de 40 anos e consultor da Pontifícia Comissão Bíblica, cheguei à conclusão – que só me responsabiliza a mim - que as Sagradas Escrituras estavam muito bem inspiradas acerca do bem a fazer e do mal a evitar. A literatura sapiencial, na sua mítica e simbologia, é admiravelmente universalista, mas a literatura nacionalista, a par de muitas maravilhas, mostra como os seres humanos podem cair na aberração de fazer de Deus um criminoso que incita à violência, isto é, o que nenhum Deus pode ser, fazer ou incitar a fazer. É apenas um ídolo do mal. Voltou nos nossos dias sob diversas formas e grupos.

2. A narrativa da criação – a não confundir com as representações das ciências – começa em beleza: No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus movia-se sobre as águas [1].O poema continua ao ritmo da natureza. Por fim, Deus disse: façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança. O salmista, espantado, escreveu: o que é o Homem para te lembrares dele? Quase o fizeste um ser divino [2].

Esta maravilhosa criatura não está formatada nem para o bem nem para o mal. Pode fazer o melhor e o pior. Perante o crime de Caim, ouvimos a primeira pergunta de Deus: Que fizeste do teu irmão? Quem faz esta pergunta rompe o ciclo da violência. A guerra não é a boa lei da História. No Levítico nasce a regra de ouro: amarás o teu próximo como a ti mesmo, na sua diferença.

Tornou-se um hábito contrapor o Pentecostes cristão à Torre de Babel. Não nos precipitemos. O conto da construção dessa espantosa torre tem muitas lições ou, pelo menos, pode ter várias leituras. Por um lado, a eficácia e os benefícios de uma só língua, de uma só cultura e de uma só técnica. A imagem do sucesso sem obstáculos. A escalada do céu. O sonho de todas as pessoas, de todos os povos. Por outro, a complicação de várias línguas, de várias culturas, ter de traduzir e aprender uns com os outros. Diante destas dificuldades, quem não sonha ser um poliglota universal?

Deus aparece neste conto como ameaçado. De facto, o que Deus impede é a repetição do mesmo, a clonagem cultural e linguística. Defende a pluralidade de línguas e culturas. Os seres humanos só podem viver bem em relação uns com os outros: são todos mestres e discípulos, cooperantes.

A invenção do Espírito Santo, narrada na segunda obra de Lucas, ainda é mais divertida. O Espírito fez descer sobre cada um dos apóstolos línguas de fogo e eles começaram a falar outras línguas que nem conheciam. A multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua e eram de muitos povos.



publicado por animo às 23:53
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Sábado, 23 de Maio de 2015
WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

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ECOLOGIA E RELIGIÃO

Pe Anselmo Borges

In DN

1. Era Fernando Pessoa que perguntava: O mistério? E respondia: Olha para o lado e ele está lá. Sim, digo eu, está lá, ao lado, fora, dentro, em toda a parte. Ele mora, antes de mais, nesta pergunta in-finita, inconstruível: porque há algo e não nada?

Há 13 700 milhões de anos foi o Big Bang. A Terra pode ter aparecido há uns 5000 milhões de anos e a vida há uns 3500 milhões. Há uns 7 milhões de anos, deu-se a separação do tronco comum, que se ramificou, de tal modo que temos, de um lado, os chimpanzés, gorilas... e, do outro, num processo que passa pelo Homo habilis e o sapiens, estamos nós, o Homo sapiens sapiens - acrescento sempre: e demens demens (sapiente sapiente e demente demente) -, há uns 150 mil anos.

Eu considero espantoso este processo gigantesco, que dá que pensar. E o mistério mora também aqui: porque é que apareceu, no termo dele, embora ainda a caminho, um ser que é o ser humano, sendo nele que o processo toma consciência de si, pois antes não sabia de si. E bastava a mínima variação nas leis iniciais, para não estarmos aqui a falar disto, deslumbrando-nos e pondo questões, como: há um desígnio?, como é que um processo impessoal produz uma realidade que se vive a si mesma como pessoa e como "eu", na primeira pessoa, e que fala e que é livre, e que distingue entre o bem e o mal e contempla e cria beleza, e pergunta com perguntas incessantes, até à pergunta ao infinito e pelo infinito? E porque é que, neste processo gigantesco, apareci eu, precisamente eu, único e irrepetível?

O facto é que nascemos nele, vimos da natureza, mas de tal maneira que somos natureza, dentro dela, mas ao mesmo tempo transcendendo-a: somos "da" natureza e "fora da" natureza, pois reflectimos sobre ela e é em nós e por nós que ela sabe de si. E vivemos dela e somos responsáveis por nós e por ela.

2. Mostrei aqui, na semana passada, citando cientistas eminentes, que, face à iminência da catástrofe - por exemplo, está aí o aquecimento global -, se impõe uma mudança de paradigma, para ser possível a continuidade da vida, pensando concretamente nos países mais pobres e nas gerações futuras, pois, na lógica actual, a Terra, que já viveu sem nós, pode pura e simplesmente expulsar-nos dela.

Numa obra importante, já aqui citada, Sustentabilidade, Leonardo Boff apela para a urgência de um desenvolvimento sustentável, para que "o capital natural seja mantido e enriquecido na sua capacidade de regeneração, reprodução e co--evolução". Foi com o paradigma moderno, reclamando para a subjectividade e a tecnociência a omnipotência divina de dominação universal, que a natureza deixou de ser mãe acolhedora para tornar-se puro reservatório de energias a explorar sem limites. Tomamos cada vez mais consciência da urgência da mudança. Segundo Boff, há pontos fundamentais a considerar e a salvaguardar. 1. Reconhecer que a Terra é Mãe, como declarou oficialmente a ONU em 2009, e que a Terra é um superorganismo vivo, Gaia. 2. Resgatar "o princípio da re-ligação": todos os seres, particularmente os seres vivos, são interdependentes. A Terra é um sistema - num sistema, o todo é mais do que a soma das partes. Todos os seres são constituídos pelos mesmos elementos físicos e químicos, derivando daqui a consciência de que "temos todos um destino partilhado". 3. Entender que "a sustentabilidade global só estará garantida mediante o respeito dos ciclos naturais", o que implica um consumo racional dos recursos não renováveis e dar tempo à natureza para regenerar os renováveis, pensando na solidariedade intra e intergeracional. 4. Valorizar e preservar a biodiversidade, "que é a que garante a vida como um todo". 5. Exigir que "a ciência se faça com consciência e se submeta a critérios éticos, para que as suas conquistas beneficiem mais a vida e a humanidade do que o lucro e os mercados". 6. A tecnociência não é a via única de acesso válido à realidade. É preciso preservar valores como os direitos dos afectos e da razão sensível e cordial e das utopias e da colaboração e do respeito pela humanidade toda. 7. Colocar no centro o bem comum e a equidade, porque as conquistas humanas devem beneficiar a todos. 8. É urgente uma eco-educação, educação para a ecologia, preservação do meio ambiente, enquadrada por uma consciência planetária: "vida, humanidade, Terra e universo formamos uma única, grande e complexa realidade". Afinal, como advertiu Dostoievski, "o progresso todo não é nada comparado com o choro de uma criança".

3. "Dominai a Terra", disse Deus aos primeiros homens, segundo o Génesis. Há quem acuse essa ordem divina da presente situação. Má interpretação, pois o que Deus mandou foi cuidar da Terra como quem cuida de um jardim. E aí está outra razão para o Papa Francisco publicar em breve uma encíclica sobre a preservação do meio ambiente: é preciso cuidar da natureza, porque é criação, dom e presente de Deus.

 



publicado por animo às 17:07
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Segunda-feira, 18 de Maio de 2015
OS ÓSCARES E AS FAIXAS ASSINALADAS boa sorte finalistas da epmontijo 2015

 



publicado por animo às 23:14
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EPM MONTIJO OS ÓSCARES E AS FAIXAS ASSINALADAS a ânimo noutra frente de trabalho!!!

 



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Domingo, 17 de Maio de 2015
WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMNGUES

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Não é preciso ir à “terra santa”

O segredo da simbólica da Ascensão é o Pentecostes, uma Igreja de saída que o Papa Francisco veio acordar.

 

1. Quem se sentir desafiado por Jesus Cristo não deve ignorar que, para além da sua experiência vital e do conhecimento afectivo, tem de recorrer também aos estudos que ajudam a ler os escritos do Novo Testamento (NT) e os ziguezagues da sua influência, ao longo dos séculos. A não ser que se aposte na preguiça piedosa: quanta mais ignorância, mais devoção.

Os resultados da investigação histórica e os frutos da hermenêutica das configurações simbólicas, legadas pelas primeiras gerações cristãs, não devem servir apenas para compor as estantes das bibliotecas das faculdades de teologia.

O seu estudo livre e rigoroso será sempre o melhor remédio contra a manipulação de algumas censuras eclesiásticas, feita em nome da salvaguarda da fé. Só é possível acreditar, de modo decente, interpretando e dialogando com outras interpretações. Como já disse nestas crónicas, a defesa da tradição cristã não se faz com os métodos das indústrias de conserva. É vitalizada no confronto e no diálogo com os desafios de cada época, na diversidade dos povos, a partir dos guetos sociais e culturais criados pelos interesses financeiros e económicos da nova desordem do mundo.   

Segundo o exegeta Xabier Pikaza, neste momento, a preocupação desses estudos deslocou-se da problemática do Jesus da história e do Cristo da fé para a investigação das origens do cristianismo: como surgiu a Igreja e qual o seu sentido? Não está centrada apenas no Nazareno, ocupa-se cuidadosamente dos seus primeiros seguidores. Aqueles que nos deram a conhecer o Mestre também precisam de ser conhecidos.

S. Lucas escreveu a sua obra entre os anos 90 e 100 d.C.. De origem pagã, mas talvez prosélito judeu, conhecia a Bíblia Grega, a dos LXX. Foi o primeiro autor cristão a apresentar a história de Jesus e do seu movimento, segundo os modelos judeu e helenista [1], sendo, também, o primeiro a interessar-se pela identidade social da Igreja e pelo lugar que ela ocupa na história, como movimento messiânico. Não tenta mostrar, em primeiro lugar, como é que as coisas se passaram. Interessa-lhe fazer entender a perspectiva da missão de Paulo que desembocou em Roma, capital do Império.

Sobre este fundo, destaca os dois polos da sua obra, o judaico e o helenista ou romano. O judaico mantem-se como raíz, pois constitui a origem e o destino israelita de Jesus e o princípio da Igreja em Jerusalém [2].

O polo romano constitui o enquadramento final e definitivo da Igreja que chegou a Roma e onde Paulo estava preso, mas anunciava abertamente o Evangelho. Esta perspectiva é muito sugestiva, mas exclui as Igrejas da Síria e da Ásia Menor [3].

No desenho deste cenário, Lucas idealiza e destaca as origens da Igreja em torno de Pedro e dos Doze, quando de facto, como se sabe desde o princípio, a origem real das igrejas ou comunidades foi muito mais ampla e plural.

Se as outras grandes “testemunhas” do NT (Marcos e Mateus, Paulo e João…) não precisaram de escrever uma história da Igreja foi porque, do seu ponto de vista, ela já estava incluída nas narrativas dos seus Evangelhos.

2. Xabier Pikaza chama a atenção para uma obra original de “desconstrução” do segundo livro de Lucas, os Actos dos Apóstolos (Act), feita por um destacado investigador espanhol [4] que se tornou uma autoridade na interpretação das origens cristãs.

Esta desconstrução pôs em causa a visão mais clara do nascimento e expansão da Igreja que tínhamos. Começa-se a saber, agora, que essa obra não conta a história da Igreja primitiva. É uma interpretação muito particular. Lucas construiu uma tese. Desconstruindo essa interpretação, recuperam-se possíveis materiais mais antigos e valorizam-se outras fontes do NT (Paulo, tradição evangélica, etc.). Talvez se torne possível reconstruir melhor a história das igrejas do princípio e de forma mais ampla.

Neste livro, há personagens importantes que dominam, por algum tempo, a trama deste “romance” (os Doze e Pedro, os helenistas e Estêvão, Filipe, Tiago…), mas acabam todos por ficar em segundo plano. Actuam por um momento e, cumprida a sua missão, desaparecem. Quem garante a unidade e a continuidade da Igreja é a acção do Espírito Santo que a vai conduzindo de Jerusalém a Roma. O grande protagonista desta obra é o Espírito Santo.

3. Cumpriu-se a promessa: Recebereis a Força do Espírito Santo, que virá sobre vós. Sereis, então, minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra. Dito isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos [5].

 

 



publicado por animo às 13:13
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WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

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Mãe Terra e "ecomanidade"

por ANSELMO BORGES
DN
<input ... >Ontem

 

1- No passado dia 27 de Abril, Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, inaugurou no Vaticano uma conferência sobre o meio ambiente, já no contexto da apresentação da nova encíclica papal sobre este tema, a publicar em fins de Maio, princípios de Junho. E Ban Ki-moon elogiou o Papa Francisco, que assumiu a liderança na luta pela preservação da natureza. Há hoje, disse perante líderes religiosos de várias confissões e assessores do Papa, grande consenso tanto entre líderes religiosos como entre cientistas no reconhecimento das alterações climáticas, que exigem por parte da humanidade um novo comportamento para "proteger o nosso meio ambiente: um urgente imperativo moral e nossos dever sagrado".

O secretário-geral da ONU acabou por repetir as advertências de Francisco: "Quanto às alterações climáticas, há um imperativo ético claro, definitivo e iniludível para actuar." "Para que as pessoas aprendam a respeitar a criação como um presente de Deus". Também neste domínio, Francisco quer seguir o exemplo do seu homónimo, Francisco de Assis, patrono dos animais e da natureza, que olhou para os seres da criação como irmãos, e espera que a sua encíclica contribua para que a humanidade toda tome mais consciência do seu dever de proteger a Mãe Terra, nomeadamente através das conversações sobre as alterações climáticas, em Paris, em Dezembro próximo.

2- No contexto da modernidade e no quadro da subjectividade moderna, que tudo objectiva, a natureza tem sido considerada simplesmente como objecto e reservatório de recursos a explorar pelo homem. Mas os sinais de alarme estão aí e são muitos os peritos a chamar a atenção - vou seguir a obra importante de Leonardo Boff: Sustentabilidade. M. Löwy: "Todos os semáforos estão no vermelho: é evidente que a busca enlouquecida do lucro, a lógica produtivista e mercantil da civilização capitalista/industrial nos levam para um desastre ecológico de proporções incalculáveis; a dinâmica do crescimento infinito, induzido pela expansão capitalista, ameaça destruir os fundamentos naturais da vida humana no planeta." Partindo da ameaça que pesa sobre a vida humana, o famoso biólogo E. Wilson, criador do termo "biodiversidade", escreveu a obra A Criação: Salvemos a Terra. O geneticista A. Jacquard escreveu, na sua obra Le Compte à Rebours a-t-il Commencé?, um capítulo com o título dramático: "A preparação do suicídio colectivo." O bioquímico e médico James Lovelock, autor da teoria de Gaia - a Terra como superorganismo vivo - e da obra Gaia: Alerta Final, prevê para finais deste nosso século XXI o desaparecimento de uma grande parte da humanidade.

Hoje já muito dificilmente se pode duvidar da responsabilidade do homem pelo desastre que se anuncia. Cada pessoa emite por ano quatro toneladas de dióxido de carbono e a humanidade toda 3000 milhões de toneladas. A pergunta é: como poderá a Terra digerir esta carga de veneno? De qualquer modo, os desastres naturais evidenciam a incapacidade de manter o seu equilíbrio. I. Ramonet (Le Monde Diplomatique, 13/05/2012) afirma que, em 2010, 90% dos desastres naturais foram consequência do aquecimento global, causando a morte de 300 000 pessoas e um prejuízo económico de 100 000 milhões de euros.

3- Ecologia, economia, ética remetem, no seu étimo, para casa, morada. Ecologia (de oikos e logos) é o discurso e o tratado da casa; economia (de oikos e nomos) é a lei, o governo da casa; ética (de êthos) é o comportamento que se deve ter para habitar a nossa morada.

Temos cada vez mais consciência de que a nossa morada comum é a Terra e o governo da casa é o da casa comum de toda a humanidade. Somos uma só humanidade e temos uma só casa comum e uma única história e destino comuns. E todos os seres humanos são iguais e, para serem éticos, os princípios pelos quais nos regemos devem poder ser universalizados. Ora, o actual consumo dos ricos não é universalizável. Um norte-americano consome em média seis vezes mais do que um indiano. A humanidade continua dividida entre os que beneficiam dos recursos da natureza e da técnica (uns 20%) e os que estão à margem e abandonados (os outros 80%). Se quiséssemos universalizar o nível de consumo dos países ricos, precisaríamos de três Terras iguais àquela em que habitamos. Aproximamo-nos dos limites da Terra e forçá-la faz que ela reaja na forma de furacões, secas, inundações, tsunamis e todos os tipos de catástrofes, continua Boff. Num mundo limitado, não é possível um progresso ilimitado. Impõe-se reduzir o consumo e entrar na moderação partilhada. Claro que precisamos de desenvolvimento, mas ele tem de ser sustentado e sustentável, pensando também nos pobres e nas gerações futuras.

Precisamos de um novo macroparadigma, para lá do antropocentrismo devorador. No dizer de Bertrand Piccard, "é preciso tender para a "ecomanidade", que alia ecologia, economia e humanismo".

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

 



publicado por animo às 13:10
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Quarta-feira, 13 de Maio de 2015
EPM CONTINUA EM OPEN WEEK

As ausências aqui da casa por causa destas ( tão trabalhosas quanto gostosas) presenças:
Vídeos publicados na página do Facebook da EPM-Escola Profissional do Montijo (vê no Google!).
É só passares por lá e...fazer LIKE!!!!
antónio colaço

 



publicado por animo às 05:33
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Terça-feira, 12 de Maio de 2015
EPM OPEN WEEK .VI SEMANA DA SAÚDE E DO DESPORTO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Algumas das razões porque todo o tempo é pouco para OUTRAS ANIMAÇÕES.
Ou de como a OPEN WEEK, da EPM-Escola Profissional do Montijo, nos convoca para dar o nosso melhor na colaboração que vimos ali prestando na edição de algumas reportagens nesta VI SEMANA DA SAÚDE E DO DESPORTO.

(Vídeos pubicados na página de Facebook da EPM.É só ir ao Google, procurar e....fazer LIKE, ou, como diria o saudoso Laurodérmio, GOSTO!!!.)

antónio colaço

 



publicado por animo às 03:49
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