Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2016
WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

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VIVER
Pe Anselmo BBorges
In Dn 13 Fev

Numa recente viagem à Índia, a um dado momento, no meio daquele trânsito absurdamente caótico e ensurdecedor, quando se fecha os olhos para não ver o que parece iminente: um choque em cadeia de uma infinidade de carros, motos, motoretas, bicicletas, riquexós e quejandos, pessoas em multidão a pé, alguém perguntou: "O que é que toda esta gente anda a fazer?" Resposta pronta e sábia de um professor ilustre: "Andam a viver." É isso: a viver. O que é que andamos a fazer? Tão simples como isto: a viver. Melhor ou pior, material, espiritual e moralmente falando. Todos, a viver.

E são tantas as vezes em que se não dá por isso: o milagre que é viver! Assim, numa sociedade na qual o perigo maior é a alienação - viver no fora de si -, quando a política se tornou um espectáculo indecoroso, quando Deus foi substituído pelo Dinheiro e o mundo se tornou globalmente perigoso e ameaçador, o jesuíta Juan Masiá, que, durante trinta anos, ensinou Filosofia, um semestre em Tóquio e outro em Madrid, vem com um belo livro, precisamente com o título: Vivir. Espiritualidad en pequeñas dosis. "Deixo-me acariciar pela brisa, saboreio a experiência de estar vivo, sentir palpitar a minha vida. E penso: viver, que maravilha e que enigma! Paro em silêncio a saborear esta vivência. Estou vivo, mas a minha vida supera-me: não é só minha nem a controlo. Viver é ser vivificado pela Vida que nos faz viver." A Vida vive-te, vive na Vida!

E aí estão três tarefas para a espiritualidade: dar-se conta do viver; agradecer por a Vida nos fazer viver, nos vivificar: vivemos graças à Fonte da Vida; vivificarmo-nos, darmos vida uns aos outros, na compaixão e na ajuda mútua para nos libertarmos. Lá está o poema zen: "O que é o mar? O que permite o peixe nadar. O que é o ar? O que permite o pássaro voar. O que é o Nada e o Vazio? A Vida que te faz viver." "Vejo a ervita entre as gretas do pavimento. Donde lhe virá a força para abrir passagem entre o asfalto?" "Palpo aqui uma Presença latente/Não sei quem é. /Mas brotam lágrimas de agradecimento." Então, o que é morrer senão sair para dentro da Vida verdadeira, definitiva e eterna: "vida no seio da Vida da vida"?

No meio do rebuliço estonteante, é decisiva a pausa e o silêncio. Chama-se cultura da pausa à tradição oriental de dar importância aos silêncios numa conversa, às margens numa folha escrita ou num quadro, aos intervalos entre as palavras, aos vazios nas letras, aos espaços livres na arquitectura, ao não dito na mensagem, à receptividade na contemplação. Parar para ouvir o silêncio e contemplar: em vez de olhares para ti e olhar para mim, deixemo-nos olhar ambos pela "Realidade-Assim-Sempre-Presente, cuja aura comum nos envolve". Sai de ti, para te encontrares no Todo. Deixa o eu superficial, transcende, descendo até ao eu profundo e ao "Assim-Sempre-Presente", que se manifesta. Sem pausas de silêncio, como poderíamos ouvir uma mensagem ou uma sinfonia? Sem intervalos, margens e vazios nas letras e entre as frases, como poderíamos ler e entender? E verdadeiramente viver?

O que é a liberdade? "Agir de acordo com o melhor de si mesmo." Mas "eu não sou eu. O meu autêntico eu é uno com tudo. Ser eu é não ser. Ser eu de verdade é ser-me no Todo", na consciência da inter-relação profunda de tudo com tudo. Perguntou ao jesuíta o monge budista: "Em que é que a sua religião e a nossa se parecem?" E respondeu: "Vós falais do amor de Deus e nós da compaixão do Buda. Mas nem vós nem nós praticamos. É nisso que mais nos parecemos." É essencial a lucidez da visão sem engano: sabedoria e solidariedade, contemplação e compaixão, lucidez cordial e cordialidade lúcida, sem tensão nem preguiça.

E como se reza? "Crer, viver e conviver" era o lema de um encontro de meditação e espiritualidade inter-religiosa, sendo um terço dos participantes budistas, a maioria sem filiação religiosa e uma minoria católicos. E ali se elaborou, com todos de acordo, colocando em duas colunas o "Pai Nosso" cristão e uma paráfrase do partilhar a espiritualidade inter-religiosa, a "Oração à Vida, a partir da vida": "Fonte da Vida, que estás na vida, que estás na minha vida, que estás em toda a parte, vivificando tudo. Que nos demos conta de que o Reinado da Vida vem e o construamos, vivificando-nos, dando vida uns aos outros e em tudo dando um sim à Vida. Que recebamos força de viver, fortaleza de corpo e espírito com pão de vida e esperança. Que nos capacitemos para conviver em reconciliação, recebendo e dando perdão, e para conviver com as pessoas mais desfavorecidas, com quem é diferente e com quem nos mostra inimizade. Que sejamos libertos de todo o mal: do mal no nosso interior e do mal que vulnera as relações humanas. Que dê fruto o trabalho pela libertação do mal social." Jesus ensinou: "Quando rezardes, dizei: Obrigado, Abbá, Pai e Mãe nossa. Dá-nos o pão do futuro no presente. Reconcilia-nos e livra-nos do mal."

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.



publicado por animo às 09:49
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WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMINGUES

 

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Tanta misericórdia já aborrece

A reforma da Cúria não é uma operação estética. Destina-se a dar um sinal concreto.

 

1. À saída de uma Igreja em Braga, um senhor, que eu não conhecia, veio directo a mim, indignado: eu já não posso com tanta misericórdia! Sem suspeitar o que dali podia vir, pedi-lhe alguma para mim. Explicou-se. Como bom e velho bracarense, sou católico, desde pequeno. Aprendi a doutrina na família e na igreja, onde também casei. Tenho filhos e netos. A minha mulher educou-os bem, raramente falto à missa e pertenço a várias confrarias.

Sendo assim, disse-lhe que não precisava da misericórdia de ninguém. Sorriu e acrescentou: sei quem é e conheço as suas ideias. Quero desabafar.

O Deus de Braga – disse-me – foi sempre um Deus medonho. A maioria da população vivia com medo do inferno. Do purgatório ninguém escapava. Esse Deus vigiava, dia e noite, as nossas acções. Na confissão era preciso prometer que não voltaria a cair naqueles pecados que estavam na lista dos mais vergonhosos. O propósito de emenda era a artimanha necessária para receber a absolvição.

Pela conversa, percebi que tinha andado no Seminário. Ele tinha verificado uma grave incongruência na Missa: do começo até ao fim, pedia-se perdão a Deus e aos outros, mas para ir à comunhão era preciso confessar-se, em privado, a um padre!

Observei-lhe que, na altura, a Missa era em latim e as pessoas para não perder o tempo aproveitavam para rezar o terço. Tive réplica imediata: agora, as pessoas podem saber que a Missa é o sacramento dos sacramentos, a realização mais bela da reconciliação, mas não serve de nada. É apenas um faz de conta ritual. O que realmente conta é o confessionário.

Este bracarense não é contra a confissão privada. Podem existir razões pessoais para o encontro, a sós, com um confessor. Ouvir e ser ouvido é uma exigência humana fundamental. Os psicólogos fazem o seu trabalho, mas não podem substituir o papel espiritual do sacramento da misericórdia, da esperança. Importa libertar a memória perdida nos labirintos do passado que assombra o presente e fecha o futuro.

2. Acabei por lhe dizer que continuava a não perceber a sua indignação com o Jubileu da Misericórdia. No começo da conversa até pensei que pertencia a esses grupos integristas e conservadores que não suportam as iniciativas do Papa Francisco. Um Ano de Jubileu da Misericórdia não me parece demais para limpar o sarro de séculos de um perverso deus do terror. Interrompeu-me: estou completamente de acordo com o Papa, mas já não aguento a ladainha da “misericórdia”, para tudo e para nada. Dentro de pouco tempo, vai ser integrada no beatério bracarense. Diz-se que a misericórdia não é para abolir a justiça, mas para a superar. Falam das “obras de misericórdia”, sete corporais e sete espirituais, como tínhamos aprendido na doutrina. Serviu de alguma coisa? Era a tabuada de catecismo.

Bergoglio, desde o começo do seu pontificado, mostrou que o seu adversário era a economia que mata, a idolatria do dinheiro, a globalização da indiferença perante um mundo onde se cava, dia-a-dia, um abismo entre os poucos muito ricos e os muitos muito pobres.

Não era conversa ideológica, como a direita gosta de sublinhar. O último número da revista Além-Mar [1] destaca que, no mês passado, a ONG Oxfam divulgou os últimos dados sobre a desigualdade. Nos últimos cinco anos, o património dos 62 multibilionários do planeta aumentou 44%. Simultaneamente, os rendimentos das camadas mais pobres da população caiu 41%. No ano passado, a riqueza acumulada por 1% da população mundial superou a dos restantes 99%.

O Sumo Pontífice, na Mensagem aos participantes na 46.ª edição do Fórum Económico Mundial, pediu aos responsáveis internacionais: “dêem vida a novos modelos empresariais que, ao promoverem o desenvolvimento de tecnologias avançadas, sejam também capazes de as utilizar para criar um trabalho digno para todos, apoiar e consolidar os direitos sociais e proteger o meio ambiente”.

3. A reforma da Cúria não é uma operação estética. Destina-se a dar um sinal concreto que só uma Igreja em reforma permanente poderá estar livre para ver o mundo a partir dos excluídos. As periferias existenciais deviam ser o centro das igrejas. Nesta opção, o Papa estava, apenas, a seguir a direcção que Jesus Cristo tomou há dois mil anos: descobrir a presença do Reino de Deus entre os excluídos, colocar o centro na periferia. Agora, porém, reconduzem-se as pessoas para dentro das igrejas. Não é uma Igreja de saída, mas de reentrada para a adoração da Reserva Eucarística, minando a simbólica da partilha de uma refeição. Jesus Cristo exposto nas vidas abandonadas na solidão, na doença, na miséria é substituído por algumas horas de adoração do Santíssimo exposto.

Observei-lhe que, na Igreja, há muitos carismas, muitas espiritualidades e nem tudo pode ser reduzido ao social. A mística não é abandono. Vê mais fundo e mais longe. Resposta: é com essas e outras semelhantes que se troca o Evangelho por uma colecção de devoções que Cristo não tinha nem recomendou.

[1] Além-Mar, Fevereiro 2016, p. 5



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MADRID

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MADRID

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Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2016
PRIME TIME PAPA E PATRIARCA RUSSO ENCONTRAM-SE EM....CUBA

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PRIME TIME
PAPA E PATRIARCA RUSSO ENCONTRAM-SE EM....CUBA.

Acabamos de assistir, via CNN, em Madrid, a mais um passo para a RECONSTRUÇÃO da Igreja de San Damião que o Jesus Cristo pediu a Francisco de Assis cujos passos segue este nosso Papa!
"Senhor, Fazei de mim um instrumento da Vossa Paz!"
Está tudo dito!!!

 



publicado por animo às 22:14
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MEMÓRIAS DA MEMÓRIA

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O tio Mark, para os da "nossa família" o tio Zuck, ou Zuquinho para os mais chegados, quis competir com a nossa "secção" MEMÓRIAS DA MEMÓRIA" e lembrou-nos este acontecimento de há dois anos: dizemos bem, é que, segundo o Tio Julio Isidro, ou o Julinho para os mais chegados, perdão, para os que gostamos que ele goste que gostemos dele, uffff!, não só participou nos saudosos Animados Almoços como começou a dar os primeiros passos no Facebook!!!!

Desde Madrid (olhe a coincidência, visitámos hoje o túmulo de San Isidro en la Catedral de Madrid!!!Crédo,hombre, veio a talhe de foice e...foi-se, pronto!!!), um grande abraço Júlio!

 



publicado por animo às 22:12
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MATINAS

SOL MAYOR NA PLAZZA

Manhã chuvosa em Madrid. Por instantes, o sol das minhas LISBOAS da Praça da Figueira, revela-se na Plazza Mayor. Estava lá!
(Vai boca chauvinisra....O nosso Terreiro do Paço mete a Plazza Mayor a um canto!!!!E ainda lhes emprestamos o Ronaldo!!)

 

 

 

 

 

 

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publicado por animo às 22:11
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MADRID . BANKIA DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE BES Á ESPANHOLA

 

MORADORES ACUSAM "A BANKIA" DE ENGANAR ESPANHA
PROTESTOS ESTA MANHÃ NA CALLE MAYOR, MADRID
POLÍCIA CHEGOU ENTRETANTO

Chovia na Calle Mayor quando alguns manifestantes tentaram colar na parede desta instituição bancária espanhola um enorme cartaz como mostramos e onde podia ler-se "TENEMOS LAS LHAVES DE TODAS LAS CASA" e, ainda, em targetas verdes mais pequenas "ESTE BANCO ENGANA ESPANHA"....
 Ao mesmo tempo outros elementos do grupo tentavam arrancar autocolantes publicitários daquele banco.No regresso, deparámos com um forte aparato policial - seis carrinhas da Polícia de Intervenção espanhola - mas os ânimos estavam calmos.
Registamos imagens em vídeo que editaremos mais tarde.
BANKIA, uma espécie de BES À ESPANHOLA!

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publicado por animo às 22:10
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Segunda-feira, 8 de Fevereiro de 2016
FELIZ ANO NOVO AMIGOS CHINESES COM MUITOS MACACOS/ânimo!!!!

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FELIZ ANO NOVO PARA OS NOSSOS LEITORES CHINESES!!!!

Haja ao menos um país que faz do ânimo motivo de celebração!!!
Thanks, Buddha!!!
Soyez le bienvenu Mr....Cat Stevens!!!!

 

 

 

 



publicado por animo às 22:28
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Domingo, 7 de Fevereiro de 2016
MEMÓRIAS DA MEMÓRIA Garcia Pereira e Arnaldo Matos frente a frente mas....de garfo e colher

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MEMÓRIAS DA MEMÓRIA
No final de Janeiro de 2014, nos AAAnimados Almoços que realizámos em parceria com a Asociação 25 de Abril, imaginem quem esteve animadamente a almoçar no AAA com Eduardo Lourenço?
Nem mais nem menos do que Garcia Pereira e....Arnaldo Matos.

Razão para perguntar, e se os AAAnimados Almoços não tivessem acabado?...
Talvez que nada do que foi noticiado tivesse tido lugar!
Pim!

Fotos. José Augusto, o mais temível fotojornalista/cidadão de Lisboa e arredores!!!



publicado por animo às 18:26
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MEMÓRIAS DA MEMÓRIA . PARABÉNS, EDUARDO LOURENÇO, novo conselheiro de Estado

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MEMÓRIAS DA MEMÓRIA

O Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, convidou para o Conselho de Estado, Eduardo Lourenço.
Todos os convidados dos AAAnimados Almoços - quase oitenta - nos merecem igual importância mas, seja-nos permtido, o almoço com um dos maiores vultos da nossa cultura é algo que jamais se apagará da nossa memória.
O Conselho de Estado tem no seu seio um dos grandes pensadores deste país. Os nossos parabéns para Eduardo Lourenço mas, também, para o Presidente... Marcelo pela escolha acertada.



publicado por animo às 18:24
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WEBANGELHO SEGUNDO FREI BENTO DOMINGUES

 

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Tirar o Evangelho da cadeia

Os Evangelhos não podem ser o arquivo morto das Igrejas.

 

1. Com intenções diversas, dizem-se que já é tempo de me convencer de que faço parte de uma minoria religiosa em extinção. Alguns afirmam-no como um lamento: depois do desprezo laicista pelas raízes cristãs da cultura europeia, passando pelo esquecimento ecuménico do Vaticano II, podemos estar a caminhar, a passos largos, para uma Europa muçulmana de cariz revanchista. Portugal, depois de um longo interregno, estaria incluído numa explícita vingança.

Não sou nada bom em sociologia religiosa e já não tenho idade para chegar a ver o que será esse futuro. Espero que as novas gerações católicas consigam libertar a Igreja de certas formas religiosas e movimentos que a asfixiam, mas não para os trocar por algo que se pareça com a vida da maioria dos países dominados pela lei islâmica.

Importa não esquecer que o movimento cristão nasceu de um processo libertário e só conseguirá tornar-se indispensável enquanto tal: É para a liberdade que Cristo vos libertou. Não vos deixeis prender, de novo, ao jugo da escravidão [1]. Seja ele qual for.

Nos últimos Domingos fui intimado a confrontar-me com essa questão, juntamente com os outros participantes na Eucaristia. É fundamental repensar tudo em confronto com a narrativa de S. Lucas [2]. A missão e a responsabilidade actual das Igrejas exigem que se perceba o que está em jogo nos acontecimentos, gestos, decisões e palavras do pontificado reformador do Papa Francisco.

Comecemos pelo texto evangélico. Jesus foi a Nazaré onde tinha sido criado e, segundo o seu costume, entrou, em dia de sábado, na sinagoga. Levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías [3]. Abrindo-o, encontrou a passagem onde está escrito:

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar o ano da graça do Senhor.

Diz S. Lucas que, chegado a esse ponto, enrolou o livro, entregou-o ao servente e sentou-se. Todos, na sinagoga, tinham os olhos fixos nele que fez, então, uma declaração insólita: Hoje realizou-se a Escritura que acabais de ouvir.

De repente, manifestou-se uma reviravolta no auditório que desencadeou uma polémica tão azeda que os seus conterrâneos resolveram acabar com esse improvisado e atrevido profeta. Estava a desonrar a sua terra e a sua parentela. Expulsaram-no para fora da cidade com intenção de o matar. Ele não se deixou intimidar.

2. Que terá, então, acontecido para provocar aquela reviravolta, dado que Jesus tinha chegado à sua terra depois de ter suscitado grande entusiasmo nas cidades por onde tinha passado?

O texto pode parecer algo confuso, mas no fundo os seus conterrâneos estão indignados com o que aconteceu: pode andar por aí a enganar as multidões, mas a nós não nos engana. Conhecemo-lo bem a ele e aos seus familiares.

Jesus, de facto, tinha reservado para Nazaré atitudes e declarações muito graves: primeiro, atreveu-se a fechar o livro imediatamente depois de uma leitura propositadamente incompleta do texto de Isaías sobre o ano jubilar, suprimindo a passagem sobre o dia da vingança, da ira de Deus; abandonou a sua qualidade de leitor e de intérprete da Escritura, para ser ele próprio a inaugurar esse tempo absolutamente novo, o tempo da pura graça do amor.

Isto significava que tinha acabado o estilo da conversa religiosa, repetitiva, da qual não se espera nada, pois com ela também nada acontece: é só falar!

Com Jesus, o cenário mudou: o dizer do amor faz acontecer! Do lirismo literário do texto de Isaías, saltou-se para as transformações da realidade. Nos capítulos a seguir à controvérsia, Jesus não se mostrou nada deprimido. Saiu na direcção de todas as periferias, a intervir, a suscitar e a organizar os colaboradores.

A estes pede-lhes que “sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso” e não se transformem em juízes de qualquer tribunal eclesiástico. Não quer cegos a fazer de lúcidos. Deseja pessoas de bom coração, não beatas com a boca cheia de invocações divinas. Sem a prática transformadora da realidade, a conversa é só areia movediça [4].

3. O entusiasmo que Jesus voltou a desencadear também estava semeado de obstáculos e confusões, tanto entre os mais ortodoxos como entre os próprios reformistas, os discípulos de João Baptista.

Para complicar o panorama, o Mestre altera o estatuto religioso das mulheres que passam a fazer parte do grupo dos discípulos. A nova ordem de coisas inclui judeus e gentios, homens e mulheres, a família dos que se deixaram seduzir pela boa nova do reino de Deus [5].

Não podemos deixar de ir ao encontro dessas narrativas de há dois mil anos. Inauguraram um tempo de vinho novo em odres novos. Os Evangelhos não podem ser o arquivo morto das Igrejas. Estas não podem viver sem a circulação permanente entre essa fonte e a complexidade do nosso tempo. Para escutar essa música dissonante é preciso querer nascer de novo e abandonar os mundos fechados para ver a luz.

[1] Gl, 5, 1

[2] 4, 14-36

[3] 61,1-2

[4] Lc 5- 6

[5] Lc  7-8

COMENTÁRIO

OBSERVAR O QUE ACONTECE
PARA FAZER ACONTECER

Afinal, meu querido Frei Bento, o esplendor do seu trabalho é devolver-nos ao Jesus Cristo inicial!!!
Como foi possível tornarmos difícil aquilo que, afinal, se nos afigura fácil....
A arte de nos devolver às origens da mensagem que liberta, que cria, que nos torna gente amada e com mais capacidade para AMAR.
Obrigado, Frei Bento.
Por si, claro, agradecemos ao Amigo!
antónio colaço

"Isto significava que tinha acabado o estilo da conversa religiosa, repetitiva, da qual não se espera nada, pois com ela também nada acontece: é só falar!

Com Jesus, o cenário mudou: o dizer do amor faz acontecer! Do lirismo literário do texto de Isaías, saltou-se para as transformações da realidade. Nos capítulos a seguir à controvérsia, Jesus não se mostrou nada deprimido. Saiu na direcção de todas as periferias, a intervir, a suscitar e a organizar os colaboradores"







publicado por animo às 13:38
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Sábado, 6 de Fevereiro de 2016
WEBANGELHO SEGUNDO ANSELMO BORGES

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Pe. Anselmo Borges

O GRANDE ENIGMA (2)
In DN

 

- Ao longo da história, os homens, face ao enigma do universo, acreditaram numa Presença divina pessoal e transcendente, invocável, da qual esperaram a libertação para além da morte. Essa crença foi universal e impunha-se como quase evidente até do ponto de vista social. O número de ateus confessos era reduzido. Foi a partir da modernidade que a ideia de Deus se tornou problemática e o ateísmo, face ao teísmo dogmático, se afirmou a si próprio também dogmaticamente, num frente-a-frente de dogmatismos.

2- Aspecto essencial da obra já aqui citada no sábado, do jesuíta Javier Monserrat, O grande enigma. Ateus e crentes face à incerteza do Além, é afirmar uma "mudança crucial" na história do pensamento, concretamente nos últimos dois terços do século XX. Com o nascimento da nova ciência, da nova física, estamos colocados na consciência de enigma e de incerteza e, por isso, numa profunda inquietação quanto às perguntas e respostas pela ultimidade. Pessoalmente, diria que esta é a ferida profunda da consciência europeia: de modo mais ou menos consciente, mais ou menos explícito, vive-se com a consciência da possibilidade do niilismo e do vazio de sentido último. O dogmatismo, tanto teísta como ateu, dava segurança. O teísmo crítico e o ateísmo crítico, pelo contrário, de acordo com a nova consciência do enigma do universo e da incerteza metafísica, sabem que os seus argumentos "são hipotéticos, não impositivos, e devem ser avaliados pela razão de cada homem até chegar a uma decisão pessoal livre". Deus não se impõe, não se manifesta com evidência, e o crente sabe que Deus poderia não existir e o ateu sabe que Deus poderia existir.

3- Na modernidade crítica, "teísmo e ateísmo são possíveis e podem ser construídos pela razão de forma legítima e honesta moralmente. Aliás, é o que vemos socialmente": há crentes e ateus honestos, que sabem o que isso quer dizer e se respeitam mutuamente, já que o carácter enigmático do universo está aberto às duas alternativas.

Segundo o modelo cosmológico padrão, vivemos num universo que se produziu no big bang e terminará numa morte energética futura: "um universo que nasce a partir de um "fundo" desconhecido no qual será reabsorvido". Trata-se, pois, de um universo que, existindo num tempo finito, dificilmente pode ter a sua suficiência em si mesmo, pondo assim a pergunta: qual é o seu fundamento último e absoluto? Como entender esse fundo ou "mar de energia", "essa espécie de meta-realidade ou dimensão metafísica à qual este nosso universo parece estar referido, segundo as evidências empíricas?" Pode-se argumentar que, a partir da finitude e das propriedades antrópicas deste universo, a realidade última, raiz e fundamento último em que assenta, é "uma Inteligência Pessoal capaz de criá-lo". O ateísmo seria outra conjectura metafísica, também filosófica: no pressuposto das teorias especulativas de multiversos ou múltiplos universos e de supercordas, essa meta-realidade apresentar-se-ia como "uma realidade impessoal na qual se produziria de modo cego o nosso universo".

4- Teísmo e ateísmo são confrontados com o silêncio de Deus. Este silêncio manifesta-se num duplo plano: no plano cósmico, porque Deus não se revela de modo evidente enquanto criador do universo. O outro é o silêncio de Deus "perante o drama da história, devido ao sofrimento humano pessoal e colectivo e ao mal natural cego e à perversidade humana".

Para o ateísmo, o silêncio de Deus é "prova" da sua inexistência, pois há incompatibilidade entre um Deus real e o seu silêncio, sobretudo quando se pensa no calvário do mundo. Como é que um Deus criador, infinitamente bom e poderoso, cala, quando, perante o sofrimento atroz, insuportável, concretamente dos inocentes, se lhe pede ajuda, gritando, suplicando? O silêncio de Deus faz que o ateísmo seja como que "um ajuste de contas" com Deus, sobretudo quando se pensa na malvadez dos responsáveis religiosos. Se Deus existe, é como se não quisesse que acreditemos nele. Para o crente, não é menor o desconcerto, ao ver-se confrontado com a dor alucinante, o abandono, o fracasso, a traição, a guerra, um tsunami, a angústia da vida, o afundamento na morte...

5- "Tanto a religiosidade humana como o ateísmo são sempre rácio-emocionais", embora no juízo sobre Deus predomine a força dos impulsos emocionais, da esperança e do sentido. Afinal, a fé é um combate, e a razão e a emoção podem manter o homem aberto à esperança da existência de um Deus que quer salvar, "acreditando na existência de um Deus oculto e libertador, por cima do seu silêncio". É possível dar a Deus um voto livre e pessoal de confiança, voto que mostra a sua razoabilidade no próprio acto de confiar. "Não tem sentido viver sem sentido", mas, ousando entregar-se confiadamente a Deus pela fé, tudo aparece como mais razoável, com luz, com sentido, sentido final precisamente em Deus, o Deus oculto e salvador.

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.
.......................................................
COMENTÁRIO

É POSSÍVEL OBSERVAR O SILÊNCIO DE DEUS
E ..... FICAR CALADO?

Apetece-me pedir ao meu querido amigo Pe Anselmo Borges, como uma das tarefas para que o podemos e devemos convocar, que intente levar por diante uma espécie de Obervação de Deus.
Será que Deus se deixa observar?...
Para já (e este é o ponto de que parto) criou-nos com a tremenda capacidade de levantar questões, TODAS as questões, nomeadamente, a de questionar a Sua existência sem que tenhamos a cair-nos em cima uma Igreja que catalogue, desde logo, essa pergunta como um "pecado" e....dos mortais!
(Ainda temos, e de que maneira, notícias da existência dessa Igreja)

(Em edição. Mais perguntas em breve)
antónio colaço

 



publicado por animo às 19:16
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Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2016
OMD - OBSERVATÓRIO DO MUNDO DIGITAL OBSERVAR O QUE ACONTECE .FAZER ACONTECER

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PRIME TIME

ANTÓNIO COLAÇO INTEGRA EQUIPA DO
OBSERVATÓRIO DO MUNDO DIGITAL

Na imagem o momento decisivo (todos os momentos decisivos têm a mesa como local de decisão!) em que António Colaço e Jose Magalhaes selaram o acordo a partir do qual ficou assegurada a presença do antigo assessor de imprensa do GPPS e um dos pioneiros do movimento das rádios livres e televisões de proximidade ( um dos poucos militantes do audiovisual com processo no DIAP por emissão ilegal de TV em Lisboa, no 25 de Abril de 1995!!!Uau!!!) na construção do Observatório do Mundo Digital, como "uma entidade da sociedade civil criada para monitorizar e estudar as múltiplas expressões da revolução digital em curso e avaliar o seu impacto transformador nas várias esferas da vida económica, social e cultural".
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Esteve difícil a negociação já que Colaço fazia depender a aceitação do chorudo contrato pela entrega de um Ferrari, último modelo, a que o "boss" do OMD (não confundir com ÓMeuDeus!!!) se opôs enquanto o novo observador militante não perder o avantajado peso que exibe ( querem-se observadores ágeis prontos a cobrir TUDO o que esteja a acontecer e que meta intervenção digital ). A segunda condição exigida pelo boss Zmaglh ( como carinhosamente é conhecido há séculos) reporta-se a um número de "Likes" a alcançar pela página do Observatório no FB objectivo que está nas mãos do antigo "radialista" conseguir alcançar.
Aliás o almoço que se documenta, vegetariano, foi já o cumprimento da cláusula de emagrecimento a que nos referimos.
3

Agora mais a sério.É uma privilégio trabalhar com o meu querido amigo José Magalhães que conheço desde há muito e de quem, neste momento quero recordar duas pequenas histórias para que, de alguma forma, não só se ateste esta velha cumplicidade, como, também, e sobretudo, se deseje alcançar os maiores êxitos na aventura que agora iniciamos.
A primeira história tem a ver com o facto de que após a saída do PCP, o deputado independente Zmaglh sem qualquer meio de intervenção (os deputados não tinham ainda, como hoje, os seus gabinetes próprios) e vendo-o eu naquela triste solidão na exígua sala de Imprensa para onde ia preparar as suas intervenções, consegui "desviar" do GPPS uma velha náquina de escrever para que a pudesse utilizar!!!(Computadores, quédeles?!).
A segunda e afortunada história tem a ver quando aquele que considero o verdadeiro pai da web em Portugal conseguiu "entrar" na Biblioteca da Casa Branca, nos States, depois de afinar cabos e mais cabos sob a minha patética contemplação e de repente me grita " Colaço, conseguimos entrar na rede da Biblioteca da Casa Branca!!!!"

E uma terceira história, como bónus: José Magalhães é, também, o pai da abertura da Assembleia ao mundo pela criação do Canal Parlamento. Quando distribuí aos jornalistas de então o projecto de lei que a criava (já tinha sido alvo da tal diligência do DIAP pela emissão pirata de TV) no momento seguinte dizia-lhes, despindo o fato de assessor e assumindo o de pirata: "isto é muito bom, mas nós queremos a legalização das têvês de proximidade quanto antes!!!"

Aí está o OMD para nos tornar, então, cada vez mais próximos uns dos outros.
Loooooooonga vida, pois, ao Observatório do Mundo Digital!
antónio colaço

 
 
 
Observatório do Mundo Digital

O Observatório do Mundo Digital (OMD) é uma entidade da sociedade civil criada para monitorizar e estudar as múltiplas expressões da revolução digital em curso... e avaliar o seu impacto transformador nas várias esferas da vida económica, social e cultural.

Através da produção e colocação à leitura pública de dados, informações, estudos e notícias sobre a vida digital em Portugal e no exterior o OMD pretende contribuir para sensibilização e ampla informação dos cidadãos e organizações sociais sobre temas relevantes da sociedade de informação e do conhecimento.

Numa fase histórica em que Portugal participa activamente no processo de mudança tecnológica em curso à escala planetária, continua a existir um preocupante défice de debate das grandes opções das políticas públicas digitais. Essa omissão distingue negativamente a praça pública nacional e prejudica a tomada de decisões que irão influenciar fortemente o futuro colectivo em domínios vitais como a economia digital, as liberdades dos cidadãos, a segurança pública e o acesso ao conhecimento.

Felizmente, em contraste com o que sucedia até 1996, há hoje em Portugal centros de reflexão e decisão sobre quase todos os temas da Agenda Digital. Os protagonistas de projectos concretos conseguem ter voz nos media e sobrevivem ainda algumas revistas de informática, cuja designação traduz, aliás, a dificuldade de adaptação aos avanços ocorridos. Tendo sido extintos, nos anos mais recentes, os centros públicos de monitorização do desenvolvimento da sociedade de informação, desvaneceu-se também o impulso do momento fundador das políticas públicas de promoção da agenda digital, sob liderança do Prof. José Mariano Gago.

A mudança de ciclo político ocorrida no último trimestre de 2015 augura melhores dias para o mundo digital, com o reganhar de importância das várias vertentes da política de promoção da sociedade de informação e sinais de dinâmica económica assente na inovação de start-ups tecnológicas.

Um Observatório do Mundo Digital ajudará a reforçar a transparência das medidas adoptadas pelos decisores públicos e privados e ajudará a que no debate público sobre os temas, polémicos ou não, exista pluralidade de pontos de vista e convocação de olhares qualificados, devendo ser esse o único critério relevante numa estrutura apartidária e aberta à diversidade. A missão de esclarecimento público a levar a cabo pelo OMD será realizada mediante intervenção sistemática junto dos mais diversos órgãos de comunicação e através de seminários, colóquios e debates.

Será organizada igualmente a edição de ebooks e publicações regulares, diárias, mensais e um Relatório Anual sobre o Estado do Mundo Digital em Portugal.

 

 

 

 



publicado por animo às 20:04
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Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2016
VÉSPERAS

VÉSPERAS

Tudo está preparado.O vinhedo podado.Pressente-se um silencioso borbulhar.
Primavera....é só esperar.

Fotos.Vila Nova de Azeitão . Vinhasda Quinta da Bacalhoa, Vila e José Maria Fonseca.

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publicado por animo às 10:11
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