balanço final
ANA CATARINA RESPONDE A VASCO LOURENÇO
O PS CONTARÁ SEMPRE COM TODOS
PARA GOVERNAR
Vasco Lourenço tem afirmado por diversas vezes, e ontem voltou a fazê-lo, de que "o pior que podia acontecer nas próximas eleições legislativas era o PS ter uma maioria absoluta!"
Como simpatizante do PS afirmou, no entanto, que desejava uma vitória de "arromba" do PS nas autárquicas.
Ana Catarina aproveitou o balanço final que costumamos fazer com os nossos convidados para lhe responder.
A versão integral.
autárquicas 2017
ANA CATARINA MENDES QUER MAIS AUTONOMIA
MAIS COMPETÊNCIAS E MAIS FINANCIAMENTO
Ana Catarina Mendes desmontou a estratégia do PSD e de Passos Coelho que, de tão empenhados em provocarem eleições legislativas antecipadas, esqueceram a preparação das autárquicas descrevendo o triste e "desnorteado" espectáculo de uma preparação autárquica eleitoral "a conta gotas"....
Ana Catarina quer maior coesão territorial afirmando que tal só se consegue com autarquias com mais autonomia, mais competências e um maior financiamento.
"Se tivermos os melhores projectos e os melhores protagonistas continuaremos a merecer a confiança dos cidadãos", afirmou.
Assim, com "tranquilidade" e "sem andar a conta gotas", o PS realizará em 6 de Maio a sua Convenção Autárquica na qual serão anunciados todos os candidatos.
A intervenção na integra.
VASCO LOURENCO QUER VITÓRIA DE ARROMBA DO PS NAS AUTÁRQUICAS
(sobretudo em Lisboa)
MAS REJEITA MAIORIA ABSOLUTA NAS LEGISLATIVAS
Como simpatizante do PS, Vasco Lourenço desejou, na sua habitual introdução dos AAAnimados Almoços, desta vez com Ana Catarina Mendes, a coordenadora nacional das AUTÁRQUICAS2017 do PS,que o PS "arrombe" nas eleições autárquicas, sobretudo em Lisboa, mas manteve a ideia anteriormente afirmada de que, nas Legislativas, queria que a geringonça con...tinuasse como até aqui!
Ou seja, que o PS vencesse mas sem maioria absoluta.
As declarações do ministro holandês e lider do Eurogrupo mereceram igualmente o voto de que "já deveria ter sido corrido!"
"O PROCESSO EUROPEU TAL COMO FOI CONCEBIDO É UM PROCESSO FALHADO E COMO TAL SÓ PODIA CRIAR CONDIÇÕES PARA GERAR UM IDIOTA DAQUELES!."
A versão integral!
MATINAS
Quase a fechar a edição da ânimo....
Já estou a ouvir os novos ardin@s:
-Olhá ânimo, sai às quintas!!!!Traz o Adelino e a Sofia e o NOVO JORNALISMO COM VALORES ÉTICOS DENTRO!
jornalismo em questão
BALANÇO FINAL
Adelino Gomes e Sofia Branco numa breve síntese do muito que foi dito.
ADELINO GOMES NOS AAANIMADOS ALMOÇOS
POR UM JORNALISMO COM VALORES ÉTICOS
"Na medida em que o jornalismo prescindir de valores éticos, então não me terão a defendê-lo", afirmou Adelino Gomes a concluir a sua acutilante intervenção (lá vai adjectivação, Sofia!)....
Ao apostarmos no modelo de almoço que juntou a juventude da nova Presidente do Sindicato dos Jornalistas com a tarimba, a sabedoria de Adelino Gomes (Sofia adorou que assim a tratássemos e considerou que só por isso tinha valido a pena ir participar neste AAA!)perseguíamos uma receita que poderia ter como resultado uma reflexão no tempo por causa dos novos tempos que o mesmo é dizer dos novos desafios que se levantam a este sector dos media onde, porventura, as novas tecnologias, provavelmente mais que em qualquer outro sector (é relativo, sim) convocam para mudanças cujo alcance ainda mal se vislumbre.
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Creio que foi uma aposta ganha.
Sobretudo porque podemos oferecer aos nossos leitores as versões integrais de tudo quanto foi dito nas intervenções iniciais de ambos os convidados.
Também por isso, e para que não se perca mais tempo referindo aspectos importantes mas laterais, como seja a questão que une Adelino e Sofia em serem contra o facto de os jornalistas se constituírem como assistentes em processos judiciais (Adelino diria que "é um disparate. Perverte a função jornalística"!) ou a opinião em que divergem quanto a quem pode ser jornalista hoje, dizia, o melhor é mergulhar nesta tão escatológica quanto "epifânica" intervenção de Adelino.
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Só mais um pormenor.Na última peça, o Balanço Final, com que encerramos esta reportagem alargada, alguns destes aspectos são melhor clarificados pelos nossos convidados.
A ambos, o nosso obrigado.
AANIMADO ALMOÇO . ADELINO GOMES IGUAL A SI PRÓPRIO
NA MEDIDA EM QUE O JORNALISMO PRESCINDA DE VALORES ÉTICOS
ENTÃO NÃO ME TERÃO A DEFENDÊ-LO
Fiz questão em captar a frase derradeira com que Adelino terminou a sua intervenção e se dirigiu para o seu lugar.
Escatológica intervenção, diria, que este olhar interpela como quem diz, sei que pensas como eu!
E também não posso deixar de testemunhar o privilégio de mais uma colaboração com este decano do jornalismo português,sobretudo quando me lembro das vezes em que calhava estar a seu lado na fila para o eléctrico em Sete Rios,cabelos longos, desgrenhados ao vento,que já ouvia atentamente no Página 1 da Renascença, puto deslumbrado de mim a querer sussurar-lhe "quando for grande quero fazer como tu"!
A intervenção na integra já a seguir.
AAANIMADO ALMOÇO . SOFIA BRANCO ALERTA
EXCESSIVA CONCENTRAÇÃO DE MEDIA NAS MÃOS DE MUITO POUCOS
QUE USAM O JORNALISMO COMO PLATAFORMA PARA FAZER OUTROS NEGÓCIOS!
E ainda a exigência de um jornalismo diferente na Assembleia onde, segundo disse, "todos fazem o mesmo!"
Sofia deixa um desafio para que façam diferente.
"Passei muito pouco tempo na Assembleia porque percebi que aquilo não era para mim.Não tenho paciência para rebanho!"
Já a seguir a versão integral das duas importantes intervenções e onde poderá perceber porque é que a Presidente do Sindicato dos Jornalistas não acredita no chamado "jornalismo de cidadão"!
HOJE O 25 DE ABRIL E A SUA ASSOCIAÇÃO
NÃO VENDEM NA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Ouça, na integra, a intervenção de Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, no AAAnimado Almoço que contou com as presenças de Sofia Branco, a presidente do Sindicato dos Jornalistas e de Adelino Gomes,um dos mais credenciados jornalistas portugueses e um dos grandes repórteres do 25 de Abril de 1974.
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Vasco Lourenço está contra o facto de os jornalistas se constituírem assistentes nos processos judiciais, contribuindo, assim, para os antecipados julgamentos na praça publica.
A má cobertura, ou a falta dela, do recente Seminário sobre "Justiça para Todos", iniciativa da Associação 25 de Abril mereceu fortes críticas do seu presidente.
FRANCISCO UM QUASE TESTAMENTO (2)
1 - Para o Papa Francisco, a definição de Deus é misericórdia, mas sem uma concepção delicodoce, pois a misericórdia é exigente. Avisa que é preciso ser coerente; não se pode ter uma vida dupla: "Sou muito católico, vou sempre à missa, mas não pago o justo aos meus funcionários, exploro as pessoas, faço jogo sujo nos negócios... É daí que vem ouvirmos tantas vezes: "ser católico como aquele?, é melhor ser ateu"."
Na frente do seu combate está a idolatria do dinheiro, como aconteceu com Jesus: o dinheiro transformado em ídolo absoluto é incompatível com a fé no Deus da Vida: "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." Por isso, diz "não" a uma economia da exclusão e da iniquidade. "Essa economia mata"; vivemos "na ditadura de uma economia sem rosto e sem objectivos verdadeiramente humanos"; "a cultura do bem-estar anestesia--nos"; acusado de comunista, responde: "esta mensagem não é marxismo, mas Evangelho puro."
2 - Foi assim que, continuando com a entrevista ao El País, respondeu: "Eu não estou a fazer nenhuma revolução. Estou apenas a tentar que o Evangelho prossiga, vá por diante. Eu procuro, não sei se consigo, fazer o que o Evangelho manda. Sou pecador e nem sempre consigo, mas é isso que procuro. É curioso: a história da Igreja não a levaram por diante os teólogos, os padres, os bispos... sim, em parte sim, mas os verdadeiros protagonistas da história da Igreja são os santos, isto é, aqueles que se sacrificaram para que o Evangelho se tornasse concreto: as pessoas que vivem do seu trabalho com dignidade, que criam os filhos, enterram os seus mortos, cuidam dos avós, essa é a nossa classe média, os enfermeiros, os cuidadores. O ponto fixo é o concreto. Do ponto de vista económico, hoje a classe média tende a desaparecer, cada vez mais, e pode-se correr o risco de refugiar-se nas cavernas ideológicas. Mas esta é a "classe média de santidade": o pai, a mãe, que celebram a sua família, com os seus pecados e as suas virtudes, o avô, a avó. A família."
Como deve ser a Igreja? "Que não deixe de ser próxima. Que procure ser continuamente próxima das pessoas. Uma Igreja que não é próxima pode ser uma boa ONG, mas não é Igreja."
Preocupações? "A minha preocupação é a guerra. Estamos na Terceira Guerra Mundial em pedacinhos. E, ultimamente, já se fala de uma possível guerra nuclear, como se fosse um jogo de cartas. É isso que mais me preocupa. E preocupa-me a desproporção económica: que um pequeno grupo tenha mais de 80% da riqueza, que no centro do sistema económico esteja o deus dinheiro e não o homem e a mulher, o humano. Então cria-se a cultura do descarte."
Sobre a corrupção. "É um grande pecado. Mas julgo que não devemos atribuir-nos o exclusivo. A corrupção existiu sempre. Sempre. Aqui. Se se ler a história dos papas, deparamos com cada escândalo!... Tenho vários exemplos de países próximos onde houve corrupção na história, mas fico-me pelos meus. Basta pensar no papa Alexandre VI, e dona Lucrécia..." "Na Cúria, há gente corrupta. Mas muitos santos também."
Quanto aos refugiados, os governos estão à altura? "Cada um faz o que pode e o que quer. É muito difícil fazer um juízo. Mas, claro, que o Mediterrâneo se tenha tornado um cemitério tem de nos fazer pensar."
É um Papa incómodo? "Não, não. Eu julgo que, atendendo aos meus pecados, deveria ser mais incompreendido. O mártir da incompreensão foi Paulo VI. Eu não me sinto incompreendido. Sinto-me acompanhado, e acompanhado por todo o tipo de gente, jovens, velhos... Sim, alguns por aí não estão de acordo, e têm esse direito, porque, se eu me sentisse mal por alguém não estar de acordo, haveria na minha atitude um gérmen de ditador. Têm direito a não estar de acordo, direito a pensar que o caminho é perigoso, que pode dar maus resultados, que... têm direito. Mas que dialoguem sempre, que não atirem a pedra e escondam a mão. Isso não. A isso ninguém tem direito. Atirar a pedra e esconder a mão não é humano, isso é delinquência."
Sobre a diplomacia do Vaticano. "Eu peço ao Senhor a graça de não tomar nenhuma medida por causa da imagem. Que seja por honestidade, por serviço, esses são os critérios. A diplomacia vaticana tem que ser mediadora, não intermediária. Sim, ao longo da história, a diplomacia vaticana fez manobras ou encontros e encheu o bolso: aí cometeu um pecado gravíssimo. O mediador faz pontes que não são para ele, mas para que os outros caminhem. E não cobra portagem. Fez a ponte e vai-se. Para mim, essa deve ser a imagem da diplomacia vaticana: mediadores e não intermediários. Construtores de pontes."
Que se pede e exige na política? "Diálogo. É o conselho que dou a qualquer país. Por favor, diálogo. Hoje, com o desenvolvimento que há, não se pode conceber uma política sem diálogo."
Sobre o tráfico de mulheres. "Há em toda a parte. Na Europa... A situação dessas mulheres é de terror. Na casa que visitei, havia uma a quem tinham cortado uma orelha..." Na Igreja, é preciso ir mais longe quanto ao papel das mulheres.
"A teologia da libertação foi uma coisa positiva na América Latina. Foi condenada a parte que optou pela análise marxista da realidade." E advertiu para os perigos dos movimentos populistas.
Vai à China? "Quando me convidarem. São eles que sabem."
Nos seus consistórios, criou cardeais dos cinco continentes. "Como gostaria que fosse o conclave que elegerá o seu sucessor?" Resposta: "Que seja católico. Um conclave católico que escolha o meu sucessor." Vai vê-lo? "Isso não sei. Que Deus decida. Quando sentir que não posso mais, foi o meu mestre, o papa Bento XVI, que me ensinou como devo fazer. E se Deus me levar antes, vê-lo-ei do outro lado. Espero que não seja a partir do inferno... Mas que seja um conclave católico."
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