DA ARTE E DOS ESPAÇOS INESPERADOS
PARA A EXPOR SEGUNDO OBRIST
Ou, de como chega ao fim este memorável dia que antecipa, em parte, a celebração dos "50 anos de Artes Plásticas " que espero poder comemorar em Abril de 2019.
...Alguns assuntos que esperava poder abordar nesta conversa ficaram para melhor ocasião dado o formato escolhido.
Devo dizer que me agradou imenso até porque sou dos que pensam que os artistas deveriam sentir-se agradecidos pelo facto do público,razão de ser do seu trabalho, querer saber um pouco sobre as escolhas que o levaram por este ou por aquele caminho estético.
Algumas elites - as do costume - considerarão como rebaixante a participação neste tipo de programas.
Para eles só dá mesmo magazines literários com epistemológicas elocubrações que só meia dúzia de iluminados estão em condições de acompanhar.
Nada contra a Arte pela Arte.Entro em qualquer debate papo que queiram, mas este tu cá tu lá com a descoberta do Belo onde menos se espera, continua a fascinar-me.
Hoje,ter dito em pleno canal de televisao, no programa com maior audiencia nacional, que a minha mota mete a lata de sopa do Andy Warhol a um canto, mais do que fanfarronice barata de artista ressabiado, pretendeu, tão simplesmente, reclamar para uma simples mota o mesmo estatuto de coisa bela que o Andy quis afirmar com as rupturas que criou com as escolhas da sua arte.
É um combate desigual este de não ter "padrinhos", vulgo, "curadores", "críticos de Arte", "marchands"....
Mas é também no grande curador Hans Ulrich Obrist que me apoio para continuar a acreditar nas minhas escolhas.
Diz ao Expresso, ao falar dos "espaços inesperados para mostrar ARTE contemporanea", que " quando fui para Paris aluguei um quarto de hotel e convidei artistas a instalarem os seus trabalhos no meu quarto."
A minha mota e mais uma quase dúzia de obras, instalaram-se hoje num estúdio de televisão.
Melhor, no mais intimo de alguns milhões de lares portugueses.
Ou antes, e ainda, por via do Facebook, uma Exposição global, dos States a Timisoara.
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