Era uma homenagem há muito desejada. Na pessoa do meu querido amigo João Paulo Guerra homenagear todos aqueles que, talvez sem o saberem, fizeram com que, aos poucos, descobrisse o trilho dos caminhos de um jornalismo empenhado, onde, mais do que dar notícias do que acontece, é preciso, também, fazer acontecer.
Nomes como Adelino Gomes, Joaquim Furtado, Luis Filipe Costa e outros, saltam-me, de imediato ao caminho.
Foi pelas mãos do saudoso Josué da Silva, grande repórter do Diário de Lisboa do início da década de setenta, que JPG me foi apresentado e daí a entrar como colaborador do mítico Notícias da Amadora foi um passo.O meu primeiro e eterno cartão de jornalista, assinado, imaginem, por Carlos Carvalhas, acompanha-me até ao fim dos meus dias!
Quem sabe, João, encontramos aí os primórdios da ânimo e tudo o que se lhe seguiu desde as rádios livres, às emissões piratas de tv, o processo no DIAP, e hoje, de regresso a animar estes media de proximidade, vulgo redes sociais?!
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Um eterno obrigado.
Chega.
Esta breve evocação teve como objectivo tentar perceber o que é que nos falta, hoje, que temos liberdade, novos e mais sofisticados meios tecnológicos audiovisuais, para sermos mais felizes e, sobretudo, mais solidários, sem andarmos a fugir da PIDE, a escrever nas entrelinhas, a ver os textos censurados, etc.
De tudo isso e muito mais a conversa com o João Paulo, que declara guerra a tudo o que é de "plástico", políticos e jornalistas, como podem ouvir desde já ("o Zé Rodrigues dos Santos é tão plástico como o Sócrates, comparado com os antecessores!").
antónio colaço
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