É um António José Seguro muito tranquilo, como nos dirá mais à frente no almoço em privado –“Estou muito tranquilo.Sei onde quero chegar!” – nós que o confrontámos com aqueles argumentos que têm sido como que a cassette dos seus principais opositores, dentro e fora do partido, ou seja, segundo os mesmos "a gestão dos seus silêncios, o aparelhismo que domina como poucos e o não lhe serem conhecidas posições de fundo".
A tudo, Seguro responde que, desde sempre, teve contactos com as pessoas e com os militantes e que a sua proximidade com os cidadãos não é de hoje e vai ser a pedra de toque a partir da qual quer construir um PS muito mais próximo dos cidadãos, não se cansando de dizer que quer um partido “ onde todos sejam tidos em conta” e onde o partido possa contar com eles. As adesões em massa que tem registado nos últimos dias, nomeadamente, de alguns militantes que estavam a pensar deixar o PS, como nos refere, fundamentam a tranquilidade que respira
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Percebe-se que não tem pressa embora compreenda que os portugueses precisam de contar com um PS que, dirá, “sempre teve como responsabilidade cuidar da democracia!”.Mas,António José Seguro não se fica pela visão caseira da política e prepara um desafio aos lideres socialistas europeus no sentido de pôr fim “a 17 políticas económicas” e a nenhuma política europeia devidamente afirmada, tal como defende, aliás, num artigo hoje publicado no Público.Para os que o criticam de não ter opinião… fica ainda ainformação de que na próxima segunda-feira, no Hotel Meridien, será lançado o livro "COMPROMISSOS PARA O FUTURO"com alguns dos seus artigos publicados nos últimos tempos, em especial no Expresso.
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António José Seguro quer um grupo parlamentar onde a liberdade de voto seja a regra e a disciplina a excepção, apenas para as matérias que possam pôr em causa a governabilidade do país.
Sobre a troika dirá que “uma coisa é a troika, outra a agenda liberal do PSD”!
Quer ser “uma oposição responsável”, não vê o poder como um fim e sim como um meio e acha que” as pessoas devem ser o centro das políticas”, reconhecendo que “entre mim e Passos Coelho há um oceano ideológico”!
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Mas, o grande momento do almoço estava para chegar com a esperada e aguardada intervenção de Vasco Lourenço que lhe vai lançar o mote para aquela que, em nosso entender, pode ser considerada a grande mensagem desta iniciativa da ânimo/RES PUBLICA.
Vasco adianta, a dado passo, que “sem desmontar o monstro da corrupção, não vamos a lado nenhum.Talvez fosse a batalha que glorificasse o futuro secretário geral do PS que, aliás, gostava que António José Seguro ganhasse, embora ,como é que vai ser com um grupo parlamentar feito pelos outros?!”
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António José Seguro, na resposta, não perde pela demora: “As pessoas estão carentes de exemplos.Eu vou dar o meu próprio exemplo. Não pactuarei com as nuvens que possam pairar. Temos de reconciliar os cidadãos com a política!Fazemos pouca pedagogia política!”
antónio colaço
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