Uma semana depois a ânimo continua a ver o sol nascer e a dar graças por tal Benção,a admirar-se e a agradecer todos os incríveis gestos de amizade, a exaltar-se com os mais recônditos pormenores em que tropeça, desde o continuado voo das gaivotas, aos ansiosos e cansados rostos dos habitantes das paragens do 727,732,para terminar nas derradeiras despedidas do astro rei ele mesmo desesperado pela primavera que tarda.
Mas...uma semana depois, a ânimo reconhece que precisa de mais algum tempo para beber até à última gota o sangue de uma compulsividade comunicativa que jamais poderá voltar a criar-lhe a ilusão de que o mundo só pula e avança na rigorosa proporção do seu desmedido e desregrado egocentrismo.
A ânimo esteve no fabuloso concerto de Ano Novo e também na homenagem a Gustav Leonhardt, chegou, finalmente, à fala com esse imparável João Vaz, dinamizador por excelência dos adormecidos órgãos de Lisboa e com quem queremos voltar a falar, a ânimo tem visitado exposições, doentes com a morte no horizonte, gente com ideias aos montes....e com tudo a ânimo se rejubila sem que tenha de descer à vila.
Por quê, então, este continuado silêncio?
Essa resposta só a continuação deste silêncio permitirá.
A ânimo aceita, no entanto, que quem quiser possa subir a este terreiro dos "COMENTARIOS", ou através do seu mail, aqui apressando, com o seu voluntário testemunho, o fim deste silencioso mundo.
Muito obrigado.
antónio colaço
COMENTÁRIOS
Links Amigos