Atenção, a peça que vai seguir-se, destina-se a participar num concurso de Gastronomia do Sapo!!!
O quê, julgavam que íamos confeccionar "Sapo à Lagareiro?!"
Crédo!!!Ó balha-nos Deus!!!
Pronto, Filipa Vacondeus de nós, aí vai disto!!!!
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A receita inspira-se numa dica do meu amigo Zé Henrique, mais conhecido como "Diabo Amarelo", do restaurante Casa Velha, em Mação, mas a que demos um toque revolucionário!
É uma receita para os tempos troikianos em que vivemos, pois pode ser feita a partir de "Migas de Paloco", um derivado do Bacalhau!
Deixa-se uma embalagem de Migas de Paloco, ou duas, a demolhar, de um dia para o outro.
Desfia-se e deixa-se a escorrer a água.
Descascam-se várias batatas que se cortam às rodelas e que se podem levar ao lume para uma cozedura muito rápida.Mal levante fervura, retira-se a água e aguarda o momento de juntar todos os ingredientes.
Em seguida, colocam-se três ovos a cozer que depois se guardam num pratinho ou tigelinha para ficarem disponíveis aquando da preparação da travessa, como vamos ver.O mesmo procedimento para a salsa, a gosto, e algumas fatias de pão de milho esboroado.
Entretanto cortam-se três cebolas às rodelas,várias cabeças de alho em pedacinhos,juntam-se duas folhas de louro, bastante azeite e algum vinagre de vinho que vai ao forno a alourar.
Logo que a cebola e o alho estejam alourados - é conveniente ir vigiando o forno e mexendo para conseguir uniformidade - retiram-se e vamos começar a colocar as sucessivas camadas de cebola e o bacalhau,o pão de milho esboroado, o ovo migado e a salsa.
Uma vez a travessa composta, pode deitar-se mais algum azeite, polvilha-se com o resto de pão de milho a que se junta algum pão ralado.
Vai ao forno e vai-se controlando o tempo por forma a que não queime em demasia.
Para acompanhar, umas fatias de pão de milho sabem sempre bem!
E pronto,o nosso "Bacaulhauzinho à Lagareiro" está pronto a servir acompanhado de um bom tinto bem encorpado!!!
A receita tem a ver com a prova do azeite nos lagares e, tradicionalmente o bacalhau é , era, assado nas brasas do lume que aquecia a água para a limpeza do azeite e nas suas cinzas eram assadas as famosa batatas a murro!
Nada disso.
Aquim fomos mais pacíficos mas não menos exigentes no paladar!!!
Sapinhos de todo o mundo...Lagarai-vos!!!
antónio colaço
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