Montijo.Piscina Municipal, esta manhã.
POR ESTAS HORAS ALGUNS AMIGOS DEMORAM-SE EM GINÁSIOS APETRECHADÍSSIMOS em desenvolverem todas as massas musculares de que somos feitos. Mais do que invejá-los, para além de respeitá-los,por vezes assustam-me algumas das imagens que connosco por aqui vão partilhando.
Foto.Google
Por mim,hoje,foi uma belíssima manhã em que o pouco tempo de que disponho, voou. A piscina municipal do Montijo está virada a nascente e como é feita de grandes vidraças, o sol desce connosco ao mais profundo das águas. Adoro combinar natação com meditação em apneia.
Foto.Google.
Hoje,como há muito não acontecia,passeei-me pelos "jardins" da minha mente.
Porque não somos a nossa mente, antes, somos muito mais do que a nossa condicionada mente, lá estava o jardim onde estão alojadas todas as ideias feitas da Culpabilidade (desde logo, a maldição com que nos habituámos (habituaram, pais, educadores, sociedade) a olhar para o nosso próprio corpo), da Arrogância( as ideias que nos transmitiram de nunca nos darmos por vencidos, por ex. numa discussão, as ideias de que somos únicos e os melhores do mundo, etc,etc), da Presunção (o que fazemos é sempre melhor que os outros, etc,etc, do Egoísmo (os outros só servem enquanto me servem, etc,etc).....e tantas outras ideias que durante muitos anos julgámos que eram o nosso verdadeiro ser, que éramos, de facto, aqueles, que respondiam por nós, e que ali não havia nada a mudar tão condicionados estávamos pelos comportamentos que lhes correspondiam!
Ideias que estiveram na origem de tanto e inquestionável sofrimento.
Ideias que tardámos a descobrir que mais não eram do que o somatório condicionado de erros sucessivos de gerações que assim nos educaram.
Ideias que, como na caverna platónica, mas muito distante dela, nos impediram de perceber que o verdadeiro EU de cada um de nós está para além de tudo isso e nos permite, agora, observar de que se fizeram todos esses anos perdidos indo muito a tempo de corrigir identidades falsas, de um falso eu, apostando, AGORA, na vivência de dias mais PLENOS, mais consoantes a PLENITUDE de que somos feitos.
Por isso, o sofrimento diminuiu e de que maneira quando conseguimos, nestes passeios connosco próprios, perceber como tudo não deve passar-se!
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Os meus músculos podem não ser exibidos em nenhum certame mas....cada vez mais me dou ao luxo de tornar mais leve a massa muscular que me permite estes momentos de plenitude.
Obrigado.
antónio colaço