Nunca fui um grande jogador de futebol.
Mas desde que me conheço sempre tive uma grande paixão pelo futebol e, nele, pelo meu clube de sempre, o grande Benfica.
Aos onze anos, o meu querido Pai Zé Jacinto transformou-me uns sapatos velhos numas chuteiras de meter respeito, com pitões de sola, vulgo travessas que ocupavam a sola do sapato de um lado ao outro.
No meu primeiro ano de Filosofia/Teologia, no Porto, chumbei a uma cadeira de antropologia por estar tão empenhado em organizar, em Cardigos, no velhinho "Estádio da Encosta da Serrra", um torneio de Futebol que fez subir ao pelado as equipas de Cardigos, Proença, Sertã e Vales e que na altura já cultivavam entre si um bairrismo de se lhe tirar o chapéu.
Não apareço nas fotos da equipa principal dos saudosos Galitos de Cardigos mas ainda entrei por alguns minutos.
Creio que as minhas energias se foram todas para a sachola com que cavei, na véspera, o campo todo a dar cabo dos perigosos tufos de erva do "encascalhado relvado"!!!
No seminário, mais novo, nunca tinha lugar na selecção dos melhores.Mas também me vingava arrancando dos barros circundantes do campo municipal de jogos do meu Gavião natal,figurinhas de barro para os meus presépios, pois então.
Mas....a minha coroa de glória é esta fotografia a que hoje dou destaque,recolhida no "estádio conventual" dos meus queridos frades Capuchinhos do Ameal, Porto!!!
Nem todos se podem gabar de possuir uma foto destas!!!
Repare-se na determinação do remate - atente-se no susto do meu querido Frei João Santos Costa- uma fotografia toda cheia de estilo, toda cheia de uma incontida imitação do meu ídolo de sempre, Eusébio.
Se algum dos jogadores do Benfica por aqui passar, nas horas que nos separam, ponham aqui os olhos rapazes!!!
Vamos lá a jogar com garra.
Com mais ou menos estilo, mas....que a bola estale no fundo das redes azuis e brancas.